RESUMEN
O sistema renina-angiotensina-aldosterona vem despertando cada vez mais interesse em relação a seus efeitos no sistema cardiovascular. Atualmente, crescentes avanços nos estudos clínico-experimentais tem proporcionado melhor esclarecimento da fisiopatologia deste sistema , com ênfase no papel da aldosterona como indutora de lesão de órgãos-alvo, por promovar inapropriada expansão da volemia, remodelamento e fibrose do sistema cardiovascular, sobretudo do coração e dos rins. No coração, a aldosterona está relacionada ao desenvolvimento de hipertrofia ventricular, fibrose e falência cardíaca. Níveis elevados de aldosterona plasmática estão associados a pior prognóstico na insuficiência cardíaca congestiva e na fase aguda do infarto agudo do miocárdio. No rim, a aldosterona promove infalmação, injúria, fibrose e alteração da hemodinâmica glomerular, com consequente aumento da proteinúria e piora progressiva da função renal. Produz, também, aletrações no metabolismo da glicose e está relacionada à obesidade e à hipertensão arterial sistêmica. Os efeitos causados pela aldosterona são mais exuberantes em pacientes com hiperaldosteronismo primário, sendo de extrema importância seu reconhecimento precoce. O uso de antagonistas da aldosterona diminui seu efeito deletério no sistema cardiovascular melhorando a sobrevida e o prognóstico dos pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, nefropatia e hiperaldosteronismo primário.