RESUMEN
Fall represents an important cause of death and its relation with the population aging evidences the need of a broad analysis considering different aspects associated with its occurrence. The objective of this study was to compare fatal victims due to unintentional fall among adults, young olds, olds, and oldest olds, according to sociodemographic data, characteristics, and severity of the trauma. This study is a cross-sectional, comparative study analyzing autopsy reports of fatal victims due to fall, admitted to the Medical Legal Institute of Sao Paulo, Sao Paulo, Brazil, in 2015. The following age groups were: adults (≥18 and <60 years), young olds (≥60 and <70 years), olds (≥70 and <80 years), and oldest olds (≥80 years). The Pearson's χ, Fisher's exact, Kruskal-Wallis, and Dunn tests were applied to compare the groups, with a significance level of 5%. Regarding the 469 fatalities analyzed (57.8% males, mean age: 71.3 ± 18.2 years), there was a higher frequency of oldest olds (43.5%), ground-level falls (70.1%), femoral fractures (35.0%), and delayed deaths (79.6%) due to posttraumatic complications (57.2%). Adults, young olds, olds, and oldest olds differed significantly (p ≤ .005) in relation to the total of analyzed variables, with a special remark on the differences between the age extremes. High frequencies of femoral fractures and delayed deaths due to complications of treatment in low-severity fall victims, especially those older than 70 years, make it necessary to improve fall prevention programs in the older adults and to create a line of care for this population.
Asunto(s)
Accidentes por Caídas/mortalidad , Distribución por Edad , Adulto , Anciano , Anciano de 80 o más Años , Autopsia , Brasil/epidemiología , Causas de Muerte , Estudios Transversales , Femenino , Humanos , Masculino , Persona de Mediana EdadRESUMEN
Introdução: os índices de trauma são ferramentas metodológicas essenciais para estratificação da gravidade e previsão de desfechos de vítimas de trauma. Analisar o desempenho dos índices na predição de complicações e mortalidade hospitalar é fundamental para auxiliar no alcance e manutenção da qualidade da assistência. Objetivo: avaliar o desempenho de índices de gravidade na predição de complicações e mortalidade de vítimas de trauma durante a internação hospitalar. Método: estudo de coorte retrospectivo, realizado por meio da análise de prontuários de vítimas de trauma, com idade 16 anos, atendidas entre 2017 e 2018 em um hospital privado da cidade de São Paulo, Brasil. As variáveis analisadas contemplaram dados sociodemográficos, informações relacionadas ao evento traumático, ao atendimento hospitalar e à ocorrência de complicações (gerais, infecciosas e não infecciosas) e mortalidade, além dos índices de gravidade Injury Severity Score (ISS), New Injury Severity Score (NISS), Revised Trauma Score (RTS), modified Rapid Emergency Medicine (mREMS), Trauma and Injury Severity Score (TRISS), New Trauma and Injury Severity Score (NTRISS), TRISS-like, NTRISS-like, TRISS SpO2 e NTRISS-like SpO2. Os testes Exato de Fisher e Qui- Quadrado de Pearson, além de Receiver Operating Characteristic Curves e análise da área sob a curva (AUC), foram realizados, com nível de significância de 5%. Resultados: a casuística foi composta por 837 pacientes (62,0% homens; idade média 51,3 anos). As quedas (44,7%) prevaleceram na amostra. As médias dos índices RTS, mREMS, ISS e NISS foram: 7,7 (±0,7), 2,3 (±2,4), 7,9 (±6,7) e 10,7 (±9,2), respectivamente. Com exceção do TRISS SpO2 (87,3±16,0), a média de probabilidade de sobrevida prevista em todos os demais índices mistos foi superior a 96,0%. Aproximadamente 17,0% das vítimas tiveram complicação, com destaque às não infecciosas (n=128), especialmente delirium (n=41) e lesão renal aguda (n=34). A taxa de mortalidade hospitalar foi de 2,9%. Houve diferença significativa entre o desfecho clínico dos pacientes e a ocorrência de complicações em geral (p<0,001) e não infecciosas (p<0,001). Na análise do desempenho dos índices para cada tipo de complicação infecciosa e não infecciosa avaliada individualmente, observou-se que os valores preditivos positivos (VPP) foram sempre muito baixos, contraindicando a sua aplicação na prática clínica. Na predição de complicações em geral (n=141) e não infecciosas (n=128), o TRISS (AUC 0,793 e 0,787, respectivamente) e o NTRISS (AUC 0,792 e 0,783, respectivamente) apresentaram os melhores desempenhos, com aumento importante dos VPP. Para os desfechos complicações infecciosas e mortalidade, nenhum dos índices apresentou boa capacidade preditiva nessa amostra, dados os VPP baixos. Conclusão: O TRISS e o NTRISS apresentaram melhor desempenho na predição de complicações em geral e não infecciosas dos pacientes da amostra. Considerando que o TRISS é um índice reconhecido e aplicado mundialmente, sugere-se seu uso na predição desses desfechos em vítimas de trauma atendidas em instituição privada, cujos resultados podem auxiliar em estratégias de programas de prevenção, pautados no melhor custo-benefício e na segurança do doente.
Introduction: trauma scores are essential methodological tools to stratify the severity and to predict the outcomes of trauma victims. Analyzing the score performance in predicting complications and hospital mortality is fundamental to aid in achieving and maintaining the quality of care. Objective: to evaluate the performance of the severity scores in predicting the complications and mortality of trauma victims during hospitalization. Method: retrospective cohort study conducted by analysis of records of trauma victims, aging 16 years old, attended between 2017 and 2018 in a private hospital at São Paulo city, Brazil. The analyzed variables included sociodemographic data; information related to the trauma event, the hospital attendance, and the occurrence of complications (general, infectious, and noninfectious); and mortality; besides the severity scores Injury Severity Score (ISS), New Injury Severity Score (NISS), Revised Trauma Score (RTS), modified Rapid Emergency Medicine (mREMS), Trauma and Injury Severity Score (TRISS), New Trauma and Injury Severity Score (NTRISS), TRISS-like, NTRISS-like, TRISS SpO2, and NTRISS-like SpO2. Fisher's Exact Test and Pearson's Chi-Square Test, besides Receiver Operating Characteristic Curves and area the under curve analysis (AUC), were performed, with a 5% significance level. Results: the sample was composed by 837 patients (62.0% males; mean age of 51.3 years old). Falls (44.7%) prevailed in the sample. The mean RTS, mREMS, ISS, and NISS scores were: 7.7 (±0.7), 2.3 (±2.4), 7.9 (±6.7), and 10.7 (±9.2), respectively. Except for TRISS SpO2 (87.3±16.0), the mean survival probability predicted in all other mixed scores was higher than 96.0%. Approximately 17.0% of the victims presented a complication, highlighting the non-infectious ones (n=128), especially delirium (n=41) and acute kidney injury (n=34). The hospital mortality score was 2.9%. There was a significant difference between the clinical outcome of the patients and occurrence of general (p <0.001) and non-infectious (p <0.001) complications. In the score performance analysis individually assessed for each infectious and non-infectious complication, it was verified that the positive predictive values (PPV) were always very low, contraindicating their application in the clinical practice. In the prediction of general (n=141) and non-infectious (n=128) complications, TRISS (AUC of 0.793 and 0.787, respectively) and NTRISS (AUC of 0.792 and 0.783, respectively) presented the best performances, with a significant increase in PPV. For the outcomes infectious complications and mortality, no score presented good predictive capability in this sample, considering the low PPV. Conclusion: TRISS and NTRISS presented better performance in predicting general and non-infectious complications in the patients in the sample. Considering that TRISS is a recognized score that is applied worldwide, its use is suggested to predict such outcomes in trauma victims in private institutions, which results might aid in prevention program strategies, guided by the best costbenefit and the patient safety.
Asunto(s)
Heridas y Lesiones , Enfermería , Evaluación de Resultado en la Atención de Salud , MortalidadRESUMEN
OBJETIVOS: Avaliar a retenção do conhecimento teórico e as habilidades assimiladas por profissionais da atenção primária em saúde em treinamento de ressuscitação cardiopulmonar. MÉTODOS: Estudo quantitativo, com participantes dos treinamentos sobre parada cardiorrespiratória realizados entre agosto de 2013 e julho de 2014. Para avaliação da retenção do conhecimento, foi reaplicado, após um ano, o mesmo teste de múltipla escolha sobre o conteúdo da capacitação, que havia sido aplicado imediatamente após o treinamento citado. As médias dos dois testes foram comparadas por meio do teste de Wilcoxon, com nível de significância de 5%. A habilidade assimilada foi avaliada por meio da ferramenta Objective Structured Clinical Examination, composta por quatro estações práticas com diferentes ações e duração máxima de oito minutos cada, de acordo com os objetivos a serem cumpridos pelos examinandos. Estação 1: sequência correta da ressuscitação cardiopulmonar no adulto; estação 2: realização eficaz das compressões torácicas no adulto; estação 3: uso correto do desfibrilador externo automático no adulto; estação 4: desobstrução eficaz da via aérea em um bebê. A soma das pontuações por estação correspondeu a dez pontos. RESULTADOS: Entre os 89 profissionais que compuseram a casuística a maioria era do gênero feminino (87,6%) e a média de idade foi 37,3±9,9. Quarenta e oito (53,9%) eram atuantes como agentes comunitários de saúde. Na análise da retenção do conhecimento, observou-se queda do número médio de acertos comparando a média imediatamente após o treinamento (9,5±0,9) e um ano após (7,5±1,7) (p<0,001). Em relação à habilidade assimilada, as melhores médias finais obtidas pelos examinandos foram identificadas nas estações 2 (7,3±1,7) e 3 (7,3±1,6), seguidas da estação 1 (6,2±2,0). Na estação sobre desobstrução da via aérea do bebê, os profissionais apresentaram baixo desempenho (média final 3,2±1,8). CONCLUSÕES: A retenção do conhecimento teórico sobre ressuscitação cardiopulmonar pôde ser considerada parcialmente satisfatória, com diminuição um ano após o treinamento. Quanto à habilidade, os profissionais apresentaram bom desempenho nas estações práticas, com exceção dos cuidados relacionados à desobstrução da via aérea do bebê.
AIMS: To assess the theoretical knowledge retention and skills assimilation by primary health care professionals in cardiopulmonary resuscitation training. METHODS: Quantitative study involving participants in cardiorespiratory arrest training, held between August 2013 and July 2014. To assess the knowledge retention after one year, the same multiple-choice test on the training content that had been applied immediately after the training was reapplied. The averages of the two test scores were compared by means of the Wilcoxon test, significance being set at 5%. Skill assimilation was assessed using the Objective Structured Clinical Examination tool, which consists of four practical stations with different actions and a maximum length of eight minutes each, according to the objectives the students are expected to achieve. Station 1: correct sequence of cardiopulmonary resuscitation in adults; station 2: effective practice of chest compressions in adults; station 3: correct use of automated external defibrillator in adults; station 4: effective clearance of infant airway. The total score per workstation was ten points. RESULTS: Most of the 89 professionals in the sample were female (87.6%), with an average age of 37.3±9.9. Forty-eight professionals (53.9%) worked as community health agents. In the knowledge retention analysis, the mean number of right answers dropped when comparing the averages immediately after training (9.5±0.9) and one year later (7.5±1.7) (p<0.001). In the skills assimilation, the students' best final averages were identified in stations 2 (7.3±1.7) and 3 (7.3±1.6), followed by station 1 (6.2±2.0). In the station about infant airway clearance, the professionals' performance was low (final average 3.2±1.8). CONCLUSIONS: The theoretical knowledge retention on cardiopulmonary resuscitation could be considered partially satisfactory, with an observed drop one year after the training. Concerning the skills, the professionals performed well in the practical stations, except for the care related to infant airway clearance.