RESUMEN
OBJETIVO: Analisar as práticas precoces de alimentação e o tipo de dieta de prematuros na alta hospitalar. MÉTODOS: Estudo descritivo, a partir de uma coorte retrospectiva de dois anos, com 203 prematuros com peso menor que 1 500g, na maternidade do Hospital Geral de Bonsucesso, Rio de Janeiro. Foram avaliadas as seguintes práticas: dias para início de dieta enteral, dias para atingir a dieta enteral plena, dias para início e tempo de uso de nutrição parenteral e o tipo de dieta na alta hospitalar. RESULTADOS: O tempo médio para início de dieta enteral foi de 6,5 dias (IC95 por cento 6,0-7,2), enquanto para atingir a dieta enteral plena levou-se, em média, 18,9 dias (IC95 por cento 17,6-20,3). A média de dias para início de nutrição parenteral foi de 2,8 dias (IC95 por cento 2,6-3,0) e o tempo de uso de nutrição parenteral foi de 10,8 dias (IC95 por cento 9,7-11,9). As práticas se associaram, sendo encontrada a maior correlação entre dias para atingir dieta plena e dias de uso de nutrição parenteral (Pearson=0,69). Quanto menor o peso de nascimento, maior o tempo para início de dieta enteral, para atingir a dieta enteral plena e de uso de nutrição parenteral. Para o início de nutrição parenteral, não foi observada esta tendência. Na alta, o tipo de dieta mais freqüente foi o aleitamento complementado (61,6 por cento), seguido da alimentação artificial (26,1 por cento) e do aleitamento materno exclusivo (12,3 por cento). CONCLUSÃO: Este estudo revelou que há demora em iniciar a alimentação de prematuros. A proporção total de aleitamento na alta foi de 74 por cento. Esforços merecem ser envidados para alimentar precocemente e promover o aleitamento materno nestes pacientes.
OBJECTIVE: This study analyzed the early feeding practices and the type of diet at discharge of preterm infants. METHODS: This descriptive, retrospective two-year cohort study included 203 preterm infants (weight< 1 500g) from the Bonsucesso General Hospital, Rio de Janeiro. The following practices were analyzed: days to start enteral feeding, days to achieve full enteral feeding, days to start and duration of parenteral nutrition and also, type of diet at discharge. RESULTS: The mean time to start enteral feeding was 6.5 days (CI 95 percent 6.0-7.2); to achieve full enteral feeding, 18.9 days (CI 95 percent 17.6-20.3); to start parenteral nutrition, 2.8 days (CI 95 percent 2.6-3.0). Parenteral nutrition lasted 10.8 days (CI 95 percent 9.7-11.9). The feeding practices were associated and the highest correlation occurred between days to achieve full enteral feeding and duration of parenteral nutrition (Pearson=0.69). The length of time to start enteral feeding, achieve full enteral feeding and use of parenteral nutrition increases with decreasing birth weight. This trend was not observed for time to start parenteral nutrition. At discharge, the most common feeding practices were mixed feeding (61.6 percent) followed by formula feeding (26.1 percent) and exclusive breastfeeding (12.3 percent). CONCLUSION: This study showed that there is a delay in starting to feed preterm infants. Total breastfeeding proportion at discharge was 74.0 percent. Efforts are necessary to start feeding these patients sooner and promote breastfeeding.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Recién Nacido , Dieta , Dieta/métodos , Recien Nacido Prematuro/fisiologíaRESUMEN
Este é um trabalho de conclusão do curso de especialização em gestão hospitalar da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz realizado como desdobramento de suas atividades. É interessante destacar que a instituição de saúde que representamos, no caso o Hospital de Bonsucesso (HGB), tem grande proximidade com a ENSP / FIOCRUZ. Além de vizinhos próximos no sentido geográfico temos tido longo dos anos um intercâmbio bastante profícuo. Foram inúmeras as turmas de especialização em Gestão Hospitalar que contaram anualmente com profissionais provinientes do HGB em busca de maior qualificação no desempenho de suas atividades gerenciais. Estes produtos de conclusão de curso têm ofertado frutos não só para a instituição como repercutido na própria rede de saúde com multiplicação das experiências exitosas no campo da gestão hospitalar. Serviram-nos de inspiração, pela proximidade do objeto, o trabalho de Alfredo Brasil Teixeira e Paulo César Fernandes realizado em 2003 que tocou a linha cuidado da doença cardiovascular e culminou com a implantação do brilhante protocolo da Dor Torácica presentemente em processo de implantação nos hospitais do município do Rio de Janeiro. Assim, como gestores em nossa área de atuação institucional, temos como objetivo realizar um trabalho que possa trazer resultados positivos, sendo piloto para outras áreas do hospital, especificamente no que diz respeito ao gerenciamento interno de leitos. Partimos do Planejamento Estratégico Situacional de Carlos Matus em versão simplificada e adaptada, respaldados na diretriz de qualidade, a qual associamos nossa experiência institucional na expectativa de implantação real do plano e produção de mudanças efetivas para a organização