Modelling conservation in the Amazon basin.

Expansion of the cattle and soy industries in the Amazon basin has increased deforestation rates and will soon push all-weather highways into the region's core. In the face of this growing pressure, a comprehensive conservation strategy for the Amazon basin should protect its watersheds, the full range of species and ecosystem diversity, and the stability of regional climates. Here we report that protected areas in the Amazon basin--the central feature of prevailing conservation approaches--are an important but insufficient component of this strategy, based on policy-sensitive simulations of future deforestation. By 2050, current trends in agricultural expansion will eliminate a total of 40% of Amazon forests, including at least two-thirds of the forest cover of six major watersheds and 12 ecoregions, releasing 32 +/- 8 Pg of carbon to the atmosphere. One-quarter of the 382 mammalian species examined will lose more than 40% of the forest within their Amazon ranges. Although an expanded and enforced network of protected areas could avoid as much as one-third of this projected forest loss, conservation on private lands is also essential. Expanding market pressures for sound land management and prevention of forest clearing on lands unsuitable for agriculture are critical ingredients of a strategy for comprehensive conservation.

Cenários de desmatamento para a Amazônia / Deforestation scenarios for Amazonia

A AMAZÕNIA está entrando em uma era de rápidas mudanças impulsionadas pela previsão de asfaltamento de rodovias que estimularão a expansão da fronteira agrícola e de exploração madeireira. O declínio do custo de transporte tem importantes implicações para a biodiversidade, emissão de gases que contribuem para o efeito estufa e prosperidade da sociedade da Amazônia a longo prazo. Para analisar esse contexto, foi desenvolvido um modelo de simulação de desmatamento na bacia Amazônica, sensível a diferentes cenários de políticas públicas frente à expansão da infra-estrutura de transporte pela região. Resultados do modelo indicam que, dentro de um cenário pessimista, o desmatamento projetado pode eliminar, até meados deste século, 40 por cento dos atuais 5,4 milhões de km² de florestas da Amazônia, liberando o equivalente a 32 Pg (10(9) toneladas) de carbono para atmosfera. A modelagem de cenários alternativos aponta que a expansão de uma rede de áreas protegidas, efetivamente implementadas, poderia reduzir em até 1/3 as perdas florestais projetadas. Contudo, outras medidas de conservação são ainda necessárias para se manter a integridade funcional das paisagens e bacias hidrográficas amazônicas. Atuais experimentos em conservação florestal em propriedades privadas, mercados de serviços ambientais e zoneamento agro-ecológico devem ser refinados e multiplicados a fim de se buscar uma conservação extensiva.