RESUMEN
Introdução: as ceratites são infecções da córnea, que acontecem pós-trauma, cirúrgico ou não, ou em indivíduos imunossuprimidos e que podem ter como agente etiológico micobactérias não-tuberculosas (MNTs). O diagnóstico das ceratites por MNTs é feito pelos aspectos clínicos em associação à identificação do patógeno. Não existe um consenso na literatura com relação ao tratamento farmacológico. Objetivos: o objetivo primário é identificar as opções terapêuticas farmacológicas para ceratites por MNTs e, o secundário, descrever os aspectos clínicos dessa infecção. Metodologia: um total de 214 artigos foram encontrados através da pesquisa nas fontes CAPES, LILACS, PUBMED e Biblioteca Cochrane, utilizando-se as combinações de palavras chave: "ceratite" e "micobactérias não-tuberculosas, destes, após o uso dos critérios de exclusão, 4 artigos foram selecionados. Resultados: partindose das 4 publicações selecionadas foram reunidos 5 casos clínicos, todos com história de trauma corneano, cirúrgico ou não. Os 5 pacientes foram submetidos à técnica diagnóstica não-invasiva e em todos foi identificada MNT. Os tratamentos farmacológicos foram feitos com antimicrobianos das classes das quinolonas, aminoglicosídeos e macrolídeos. Em um dos casos foi usado um corticoide e em dois foi feita associação com anti-inflamatório não-esteroide. Conclusão: o tratamento farmacológico da ceratite por MNTs é de longo prazo, e, neste estudo, variou de 3 semanas a 6 meses. Os quimioterápicos usados são os aminoglicosídeos, macrolídeos e quinolonas e, em alguns casos, a combinação destes. O uso de anti-inflamatórios não-esteroidais e esteroidais não é consensual. Quanto aos aspectos clínicos, observam-se características comuns a outras ceratites infecciosas
Asunto(s)
Humanos , Queratitis , Micobacterias no TuberculosasRESUMEN
A prescrição de antimicrobianos é necessária quando da realização de inúmeros procedimentos odontológicos. No entanto, o uso indiscriminado destes medicamentos pode trazer conseqüencias negativas, com risco para a saúde do paciente e a geração de microorganismos resistentes. Existe uma grande variação de protocolos recomendados, mas pouca base científica para as recomendações. O modo de tratar as infecções é frequentemente empírico, gerando muitas vezes prescrições inadequadas. O objetivo deste estudo foi avaliar os critérios utilizados por uma amostra de cirurgiões-dentistas, da cidade de Salvador-BA, quanto à prescrição de antimicrobianos de forma profilática, antes da intervenção cirúrgica, e determinar quais as drogas mais empregadas e sob qual regime terapêutico. Para isso, foram aplicados questionários a profissionais que atuam nas áreas de clínica geral, cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial, endodontia e periodontia. No total foram avaliados 103 questionários. Os resultados revelaram que a amoxicilina é o antimicrobiano de primeira escolha para a maioria dos profissionais e que apenas 33 por cento dos entrevistados empregam corretamente o protocolo de profilaxia antibiótica pré-operatória, segundo a American Heart Association (AHA)