RESUMEN
Introdução: O objetivo foi desenvolver uma revisão de escopo que mapeie pesquisas disponíveis que respondam à questão: "O que se sabe sobre o impacto da blefaroplastia na qualidade de vida? Qual sua abrangência no Sistema Único de Saúde?". Método: Levantamento bibliográfico nas bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde, Periódicos Capes, SciELO, LILACS, Medline e Cochrane Library, com estudos publicados nos últimos cinco anos. Resultados: Foram selecionados 323 estudos para pré-análise e a amostra final contou com 19 estudos. A qualidade de vida foi analisada em sete dos estudos incluídos (36,8%) e os demais analisaram critérios funcionais (31,5%) ou outras questões subjetivas que podem estar ligadas à qualidade de vida (26,3%). A maioria dos estudos demonstrou que a blefaroplastia traz melhora na qualidade de vida e em critérios indiretos como autoestima, satisfação pessoal e bem-estar, além de melhora da visão. Os dados sobre a cobertura da cirurgia no contexto público são escassos e não foi encontrado nenhum estudo que tratasse desse tema. Conclusão: A blefaroplastia impacta positivamente na qualidade de vida, reforçando a necessidade de se fazer cumprir o direito de realização do procedimento na saúde pública, quando comprovada sua indicação. A ausência de dados sobre a blefaroplastia no Sistema Único de Saúde demonstra alguma negligência deste tópico no âmbito da saúde pública. Portanto, a presente pesquisa tem importância em evidenciar tal lacuna, incentivando a realização de estudos que aprofundem a análise do impacto da blefaroplastia na qualidade de vida, bem como, busquem entender melhor sua cobertura e formas de ampliá-la.
Introduction: The aim was to conduct a comprehensive scoping review of available researches on the impact of blepharoplasty on quality of life and its scope within the Unified Health System. Methods: A literature search was performed in the Virtual Health Library, Capes Journals, SciELO, LILACS, Medline, and Cochrane Library databases for studies published within the past five years. Results: Out of the 323 studies initially selected, nineteen studies were included in the final sample. Seven studies (36.8%) examined the impact of blepharoplasty on quality of life, while others assessed functional criteria (31.5%) or subjective factors related to quality of life (26.3%). The majority of the studies demonstrated positive effects of blepharoplasty on quality of life, self-esteem, personal satisfaction, well-being, and visual improvement. However, limited data were found regarding the coverage of blepharoplasty in the public healthcare system, with no specific studies on this topic. Conclusion: Blepharoplasty has been shown to positively impact quality of life, highlighting the need to ensure the access to this procedure within the public healthcare when appropriate. The lack of data on blepharoplasty within the Unified Health System indicates a research gap and emphasizes the importance of further studies to explore its impact on quality of life, as well as its coverage and expansion.
RESUMEN
A dor lombar crônica é um problema de saúde pública. Intervenções voltadas para seu tratamento envolvem tanto exercícios quanto a educação do indivíduo. Objetivo: Avaliar a efetividade de um protocolo de exercícios do método Pilates e do programa "Escola de Coluna" na redução dor e incapacidade funcional, na melhora da qualidade de vida, flexibilidade e qualidade do sono em indivíduos com dor lombar crônica inespecífica. Método: Ensaio controlado aleatorizado, 84 indivíduos com dor lombar crônica. Os participantes foram aleatoriamente alocados no Grupo Pilates (n= 43) ou Grupo Controle (n= 41). Os desfechos primários foram dor (Escala Visual Numérica), incapacidade funcional (Roland-Morris Disability Questionnaire - RMDQ) e qualidade de vida (SF-36). Os desfechos secundários foram flexibilidade (teste do 3o dedo ao chão) e qualidade do sono (Pittsburgh Sleep Quality Index - PSQI). Resultados: O Grupo Pilates foi superior ao Grupo Controle (p < 0,05) na intensidade da dor, incapacidade funcional, flexibilidade e em cinco domínios de qualidade de vida (capacidade funcional, aspectos físicos, dor, vitalidade e estado geral de saúde). Não houve diferença entre os grupos para a qualidade do sono. Conclusão: Exercícios do método Pilates podem ser considerados como uma alternativa de intervenção para indivíduos com dor lombar crônica não específica. O Grupo Pilates foi superior ao programa "Escola de Coluna" nos desfechos dor, incapacidade funcional, flexibilidade e em cinco domínios de qualidade de vida. Devido à baixa aderência às intervenções propostas, alternativas para melhorar a aderência devem ser estabelecidas em estudos futuros.
Low back pain is a major health and socioeconomic problem. Exercises and patient awareness are among the possible positive strategies for treating nonspecific chronic low back pain. Objective: The objective of this study was to determine the effectiveness of the Pilates Method and the "Back School" program in the treatment of nonspecific chronic low back pain. Method: A randomized controlled trial with blinded assessors. Eighty-four individuals with chronic nonspecific low back pain.Interventions: Participants were randomly allocated into two groups: Pilates Group (n= 43) or Control Group - "Back School" (n= 41). The primary outcomes were: pain (Numeric Rating Scale), quality of life (SF-36), and disability (Roland-Morris Disability Questionnaire - RMDQ). The secondary outcomes were: Flexibility (Fingertip-to-Floor Test FTF) and sleep quality (Pittsburgh Sleep Quality Index - PSQI). Results: The Pilates Group was superior to the Control Group (p<0.05) in outcomes of pain intensity, disability, flexibility, and in five domains of SF-36 (physical functioning, role limitations due to physical health, pain, vitality, and general health). There was no significant difference between groups for sleep quality. Conclusion: The Pilates protocol provided significant improvements and can be considered an option for treating nonspecific chronic low back pain. The Pilates Group was superior to the "Back School" program for pain reduction, improved functional capacity, flexibility, and five quality of life domains. Due to the considerable low adhesion to both interventions, alternatives to improve adherence should be proposed in future studies.