RESUMEN
INTRODUÇÃO E/OU FUNDAMENTOS: A oclusão percutânea da comunicação interatrial (CIA) com dispositivo intracardíaco é bem estabelecida mundialmente como a modalidade terapêutica de eleição para pacientes com anatomia favorável devido à sua eficácia, segurança e custo-efetividade. Além disto, possui menor morbidade que a correção cirúrgica. Após um longo processo que começou em 2013, o Sistema Único de Saúde (SUS) finalmente incorporou a oclusão percutânea da CIA em 2018. O impacto da sua aplicação em centros de alta complexidade dentro do sistema público de saúde ainda não é conhecido. MÉTODOS: Estudo observacional descritivo no qual foram incluídos todos os pacientes submetidos à oclusão percutânea da CIA com prótese Amplatzer® em um centro cardiológico de alta complexidade após a incorporação pelo SUS. Variáveis analisadas: idade e peso na data do procedimento, tempo de internação, necessidade de terapia intensiva, presença de complicações, taxa de oclusão e número de pacientes em lista de espera cirúrgica que foram tratados após a incorporação. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Foram tratados 305 pacientes no período de fevereiro de 2018 a agosto de 2022. A idade variou de 8 meses a 79 anos (mediana 16 anos) e o peso de 4,3 a 138 quilos (mediana 52 quilos). Houve 4 casos de complicações graves (1,3%): erosão e embolização (2 casos cada), todos com necessidade de cirurgia. Nos casos sem complicação não houve necessidade de terapia intensiva e a alta hospitalar foi dada após uma mediana de 24 horas. Oclusão total ou fluxos residuais menores que 4 milímetros foram observados em todos os pacientes. Antes de 2018, havia 105 pacientes (sendo 55 adultos maiores de 21 anos) na fila cirúrgica tradicional, com tempo médio de espera de 3 anos. Todos esses pacientes foram tratados percutaneamente antes desse prazo, portanto a oclusão percutânea da CIA melhora a eficiência de um centro cardiológico de alta complexidade, entregando um serviço custo-efetivo, seguro e de alta qualidade.
RESUMEN
INTRODUÇÃO E/OU FUNDAMENTOS: A oclusão percutânea (OP) das comunicações interatriais (CIA) tipo ostium secundum é a modalidade terapêutica de eleição para pacientes de anatomia favorável. De modo geral, o procedimento é realizado de forma eletiva após 4-5 anos de idade e peso > 15 kgs, já que a grande maioria dos pacientes é oligo ou assintomática. Entretanto, existe um sub-grupo de pacientes muito sintomáticos abaixo desta idade e peso que podem se beneficiar da OP, como mostra a literatura. No Brasil ainda há uma certa resistência ou desinformação em relação a factibilidade, segurança e a eficácia da OP nesta população de menor peso. Sendo assim, é importante saber os desfechos deste tipo de procedimento em nosso meio. MÉTODOS: Estudo de coorte observacional longitudinal de crianças abaixo de 15 kg submetidos a OP da CIA com repercussão hemodinâmica em um centro cardiológico de alta complexidade. As indicações para realização do procedimento foram: anatomia favorável, manejo clínico de difícil controle devido a ICC ou a quadros repetidos de broncoespasmo, déficit pondero-estatural, síndromes genéticas ou comorbidades. A prótese usada foi a Amplatzer®, implantada com técnicas habituais sob anestesia geral e monitoração da ecocardiografia transesofágica. O seguimento constou de visitas clínicas e exames ecocardiográficos realizados no dia seguinte do procedimento e com 1, 6 e 12 meses após. As varáveis usadas para análise de desfecho foram: sucesso no implante, incidência de complicações graves e taxas de oclusão. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Foram avaliadas 62 crianças entre 2018 a 2022. O peso variou de 4,3 a 15 kgs com mediana de 11,8 kgs. A idade variou de 8 meses a 7 anos com mediana de 2 ½ anos. A mediana do maior diâmetro da CIA foi 12 mm e a das próteses 15 mm. O implante foi realizado com sucesso em todos os pacientes. Dois pacientes apresentaram complicações consideradas graves: um caso de trombose venosa profunda, resolvida com anticoagulação, e outro de possível erosão 1 mês após o procedimento com necessidade de cirurgia. Oclusão da CIA foi observada à ecocardiografia transtorácica em todos os pacientes no dia seguinte do procedimento ou durante o seguimento. A OP da CIA em pacientes menores de 15kg muito sintomáticos com de anatomia favorável é factível, segura e eficaz. Deve ser considerada a modalidade terapêutica de eleição também nesta população, não havendo necessidade de postergar o procedimento quando há indicação clínica para o fechamento.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Preescolar , Defectos del Tabique Interatrial , Oclusión CoronariaRESUMEN
ABSTRACT Objective: To identify the patient profile that obtains better clinical and quality of life improvement after lumbar spinal stenosis surgery, comparing the results in the pre and postoperative periods. Methods: Thirty-seven patients with lumbar spine stenosis submitted to surgery were prospectively evaluated. Through the 36-Item Short Form General Health Survey (SF-36) questionnaire we performed a preoperative analysis to identify morbidities and social security benefit earning. The SF-36 is a subjective postoperative questionnaire to assess surgical success six months after the surgery. Results: There were unfavorable outcomes in patients who received social security benefits and in those who had morbidities. According to the SF-36 score, the surgical result is better when the patient is non-smoker (p=0.05), non-hypertense (p=0.040), non-diabetic (p =0.010) or non sedentary (p=0.019), respectively on mental health, pain, social aspects and general health domains. Conclusion: The patient profiles that best benefit from the surgery are those who do not have morbidities and had no social security benefit. Evidence Level II, Prospective Study.
RESUMEN
OBJECTIVE: To identify the patient profile that obtains better clinical and quality of life improvement after lumbar spinal stenosis surgery, comparing the results in the pre and postoperative periods. METHODS: Thirty-seven patients with lumbar spine stenosis submitted to surgery were prospectively evaluated. Through the 36-Item Short Form General Health Survey (SF-36) questionnaire we performed a preoperative analysis to identify morbidities and social security benefit earning. The SF-36 is a subjective postoperative questionnaire to assess surgical success six months after the surgery. RESULTS: There were unfavorable outcomes in patients who received social security benefits and in those who had morbidities. According to the SF-36 score, the surgical result is better when the patient is non-smoker (p=0.05), non-hypertense (p=0.040), non-diabetic (p =0.010) or non sedentary (p=0.019), respectively on mental health, pain, social aspects and general health domains. CONCLUSION: The patient profiles that best benefit from the surgery are those who do not have morbidities and had no social security benefit. Evidence Level II, Prospective Study.