RÉSUMÉ
A nefrectomia laparoscópica parcial (NLP) foi inicialmente descrita nos modelos animais, e subseqüentemente realizada em 1992 num paciente com pielonefrite e litíase em 1992. Num esforço para diminuir a morbidade operatória e melhorar a hemostasia laparoscópica, vários pesquisadores têm desenvolvido inúmeras técnicas para facilitar o procedimento. Este artigo irá descrever as várias técnicas que atualmente estão sendo realizadas clinicamente, além daquelas em desenvolvimento, e também discutirá as possibilidades que vêm sendo desenvolvidas para o futuro. As principais técnicas descritas e discutidas são: nefrectomia laparoscópica pura (duplicação da cirurgia aberta), torniquete amarrado, torniquete renal com alça dupla, endosnare, nefrectomia laparoscópica parcial com auxílio manual, corte ultrassônico, coagulação por rádio-freqüência, jato de água, laser por microondas e de hólmio. Concluindo, devemos enfatizar que, para que um procedimento seja realizado laparoscopicamente deve-se demonstrar que esta abordagem tem igual ou superior eficácia, e com menor morbidade, quando comparada à cirurgia aberta. Isto é evidente no caso da nefrectomia laparoscópica radical. Se o mesmo se aplica à nefrectomia laparoscópica parcial (NLP) ainda está para ser determinado. Entretanto, até o momento, as técnicas descritas têm obtido sucesso em modelos animais e em pequenas séries clínicas. Desta forma, a NLP é certamente um procedimento eficaz aplicável a muitos casos. Entretanto, a NLP não substituirá a nefrectomia parcial aberta no caso de vários tipos de tumores.