ABSTRACT
Níveis de testosterona sérica já foram relacionados a piora de fatores hematológicos, função e envelhecimento vascular, contribuindo potencialmente para formação de trombos. Com o envelhecimento, dados epidemiológicos mostram declínio dos níveis de testosterona, prejuízo da função vascular e aumento das incidências de doenças vasculares, como o AVE. Objetivo: Descrever estudos que abordaram a potencial relação dos níveis de testosterona com a prevenção, apresentação clínica e prognóstico do AVE. Métodos: Uma pesquisa e seleção de artigos foi conduzida em três diferentes bases de dados (MEDLINE, SCIELO, LILACS) utilizando termos relacionados a testosterona e AVE (inglês e português), filtrada para estudos em humanos. Apenas estudos que abordaram algum aspecto da relação entre testosterona e AVE foram incluídos para discussão no presente estudo. Resultados: A busca resultou em 12 estudos relevantes para análise e discussão (7 observacionais, 3 transversais, 2 experimentais). Estudos observacionais verificaram um papel protetor da testosterona na incidência de AVE. Estudos transversais verificaram alterações endocrinológicas, como o hipogonadismo, na fase aguda do AVE, bem como melhor apresentação clínica (gravidade, tamanho da lesão). Estudos experimentais controlados verificaram benefícios clínicos e funcionais da suplementação de testosterona em pacientes em reabilitação. Conclusão: Apesar dos potenciais diversos benefícios destacados de níveis mais altos de testosterona no AVE, mais estudos que abordem de forma sistematizada o papel da testosterona em aspectos preventivos, de apresentação clínica, e de reabilitação e prognóstico serão bem vindos, para melhor manejo e otimização do tratamento do AVE.
Serum testosterone levels have already been related to endothelial function, vascular aging and hemathological factors, possibly contributing to thrombus formation. As aging progresses, epidemiological data shows declining testosterone levels, impaired vascular function and an increasing incidence of vascular diseases like stroke. Objective: The aim of present paper is to describe studies with a possible relation of testosterone levels with stroke prevention, clinical presentation, and prognosis. Methods: A research and selection of articles, filtering for humans studies only, was conducted in three different eletronic scientific databases, (MEDLINE, SCIELO, LILACS), using related and registered terms (english and portuguese) about "stroke" and "testosterone". Only studies that encompasses the role of testosterone in stroke and its different clinical aspects were included in the present review. Results: The search retrieved 12 relevant studies for analysis and discussion relating testosterone and stroke (7 observational, 3 cross sectional, 2 experimental). Observational studies verified a preventive role of testosterone levels on stroke incidence, cross-sectional studies verified endocrinologial alterations like hypogonadism on acute stroke phase and better clinical presentation (severity, brain lesion size). Experimental controled studies observed clinical benefits of testosterone supplementation in rehabilitation patients. Conclusion: Despite the potential benefits of higher levels of testosterne in stroke spectrum, more studies that systematically aproach the role of testosterone in stroke prevention, severity, clinical features, prognosis, rehabilitation and mortality will be welcome to better elaborate future medical management and otimization in stroke spectrum.
Subject(s)
Humans , Testosterone/blood , Stroke/prevention & control , Rehabilitation , AndrogensABSTRACT
A prevalência de fatores de risco para doenças cardiovasculares (FRCV) aumenta em linearidade com o envelhecimento.Doenças debilitadoras do espectro de ação da medicina física e reabilitação podem promovero aparecimento ou agravar comorbidades prévias e FRCV. Em idosos em acompanhamento ambulatorialregular, realizando atividade física adaptada (AFA) como terapia em centro de reabilitação, notou-se altafrequência da presença de fatores de risco cardiovascular constadas em prontuário médico. Objetivo: Avaliara prevalência de fatores de risco cardiovascular em idosos encaminhados para realização de atividade físicaadaptada, visando mapeamento do perfil de risco desta população específica. Método: Coleta e análiseobservacional de dados constados em prontuário médico, de idosos (> 60 anos), em realização de AFA eacompanhamento ambulatorial regular, sobre diversos FRCV (Hipertensão Arterial Sistêmica - HAS; DiabetesMelitus - DM, Dislipidemia - DLP; Tabagismo; Sobrepeso/Obesidade - Sobrep/OB; História familiar - HF).Resultados: Foram encontrados cento e dez (n = 110) pacientes idosos (média de idade 72,9 ± 7,1 anos). Informaçõesconstadas em prontuário sobre tabagismo, Sobrep/OB e HF, foram apenas encontradas em 11,8%,52,7%, e 0%, respectivamente, e assim excluídas de posteriores análises. A prevalência de HAS, DLP e DMforam de 69,0%, 46,3% e 27,2%, respectivamente. Apenas 18,2% dos idosos não apresentavam nenhumFRCV (HAS, DLP, DM), 34,5% um fator associado, 33,6% dois fatores, 13,7% três fatores. Dos idosos avaliados,28,2% já apresentavam cardiopatia instalada. Conclusão: Foi verificada alta prevalência de HAS, DLP, DM ecardiopatia já instalada em idosos em realização regular de AFA em centro de reabilitação, fazendo desta,população de alto risco. Fatores de risco cardiovascular de suma importância como tabagismo, obesidadee história familiar de DCV não foram adequadamente mapeados, com déficits de informação constada nosprontuários médicos avaliados. Devido ao tamanho e especificidade da amostra do presente estudo, estes resultadospodem não representar a realidade atual dos centros de reabilitação em âmbito nacional, devendoser melhor investigados em estudos futuros. No entanto, os dados apresentados são alarmantes e devem serconsiderados com especial atenção, visto que não houve adequado mapeamento de todos os FRCV
The prevalence of cardiovascular disease risk factors (CVRF) increases linearly with age. Debilitating diseaseswithin the ambit of physical medicine and rehabilitation can promote or aggravate pre-existing comorbiditiesand CVRFs. A high prevalence of CVRFs was noted in the medical histories of elderly patients receivingregular ambulatory follow up while performing adapted physical activity (APA) as therapy in a rehabilitationcenter. Objective: To evaluate the presence of CVRFs in the elderly who are practicing APA, in order to mapthe risk profile of this specific population. Method: Collection and observational analysis of data found in themedical histories of the elderly (> 60 years) practicing APA, and in regular ambulatory follow up, concerningseveral CVRFs (Systemic Arterial Hypertension - SAH, Diabetes Mellitus - DM, Dyslipidemia - DLP, Smoking;Excess weight/Obesity - EW/Ob, Family history - FH). Results: one hundred and ten (n = 110) elderly patientswere found (average age 72.9 ± 7.1 years). Information in medical history about smoking, EW/Ob and FH,were only found in 11.8%, 52.7%, and 0%, respectively, and were thus excluded from posterior analysis. Theprevalence of SAH, DLP and DM were 69.0%, 46.3%, and 27.2%, respectively. Only 18.2% of these elderlypresented no CVRF (SAH, DLP, DM), 34.5% one associated factor, 33.6% two factors, 13.7% three factors. Ofthose evaluated, 28.2% already presented established cardiopathy. Conclusion: A high prevalence of SAH,DLP, DM and established cardiopathy among the elderly practicing regular APA in one rehabilitation centerwas noted, labeling this sample population with high risk profile. Cardiovascular risk factors of crucial importancelike smoking, obesity, and a family history of cardiac disease were not appropriately mapped, with littlesuch information found in the evaluated medical histories. Due to the size and specificity of the present studysample, this result could not express the actual national scope of rehabilitation centers, and should be betterinvestigated in future studies. However, the present data are alarming and must be considered with specialattention, since no appropriate map of CVRFs was made.
Subject(s)
Health Profile , Cardiovascular Diseases/epidemiology , Exercise , Health of the Elderly , Risk Factors , Observational StudyABSTRACT
Suplementação de Creatina (Cr) têm sido utilizada de forma segura e eficaz em diversas condições de saúde e doença, incluindo fraqueza, atrofia e distúrbios metabólicos musculares. Na Doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), a isquemia crônica promove atrofia, denervação e prejuízos metabólicos musculares, reduzindo a força e resistência, prejudicando a aptidão física geral. Tomando em conjunto, os benefícios conhecidos da suplementação de Cr e a apresentação clínica da DAOP, apresentam a suplementação de Cr como potencial agente terapêutico a ser considerado. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática da literatura científica procurando por estudos envolvendo a suplementação de Cr em portadores de DAOP, publicados nos últimos dez anos. Método: Uma pesquisa por artigos escritos em português e inglês no período descrito, incluindo o cruzamento de termos relacionados a DAOP e a suplementação de Cr foi realizada no PubMed, SciELO, e LILACS. Resultados: Um único estudo avaliou a influência da suplementação de Cr na amostra desejada (DAOP), descrevendo efeitos positivos na distância de caminhada e em propriedades sanguíneas. Devido à escassez de dados sobre o tema, o potencial uso da Cr na DAOP incluindo considerações metabólicas, funcionais e estruturais foi discutido. Conclusão: Apesar das apresentadas considerações para a utilização da Cr como potencial agente terapêutico na DAOP, apenas um estudo prévio verificou benefícios. Assim ainda há uma grande lacuna na literatura científica, deixando campo aberto para futuros estudos na procura de possíveis benefícios no combate a perda funcional, prejuízo da estrutura e metabolismo muscular de indivíduos doentes.
Creatine (Cr) Supplementation has been efficient and safely used as a therapeutic aid in many health and sickness conditions including muscle weakness, atrophy and metabolic disturbances. In Peripheral arterial obstructive disease (PAOD), chronic ischemia leads to muscle fiber atrophy and denervation, negative muscle metabolism alterations, thus reducing strength and endurance, impairing general physical fitness. Adding the studied benefits of Cr supplementation and the clinical frame of PAOD, it presents Cr Supplementation as a potential therapeutic aid to be considered. Objective: To make a systematic review in scientific literature, searching for studies involving Cr supplementation in PAOD individuals. Method: A search for Portuguese and English written articles, published over the last ten years, including terms related to PAOD and Cr supplementation, was conducted on PubMed SciELO, and LILACS. Results: Only one study evaluated the influence of Cr supplementation in the desired sample (PAOD), describing positive effects in walking distance and blood properties. Due to lack of scientific data, the use Cr supplementation in PAOD population, including metabolic, functional and structural considerations was discussed. Conclusion: Despite the presented discussion for using Cr supplementation in PAOD as a potential therapeutic aid, only one previous study could verify its benefits. Therefore, it still has a gap in scientific literature, leaving several possibilities for future studies researching for possible benefits to counteract the loss of functional fitness and impairments in musculoskeletal structure and metabolism of diseased individuals.
Subject(s)
Humans , Creatine/therapeutic use , Peripheral Arterial Disease/rehabilitation , Intermittent ClaudicationABSTRACT
BACKGROUND: The objective of this study was to analyze the muscle strength and endurance of the proximal and distal lower-extremity muscles in peripheral artery disease (PAD) patients. METHODS: Twenty patients with bilateral PAD with symptoms of intermittent claudication and nine control subjects without PAD were included in the study, comprising 40 and 18 legs, respectively. All subjects performed an isokinetic muscle test to evaluate the muscle strength and endurance of the proximal (knee extension and knee flexion movements) and distal (plantar flexion and dorsiflexion movements) muscle groups in the lower extremity. RESULTS: Compared with the control group, the PAD group presented lower muscle strength in knee flexion (-14.0%), dorsiflexion (-26.0%), and plantar flexion (-21.2%) movements (P < 0.05) but similar strength in knee extension movements (P > 0.05). The PAD patients presented a 13.5% lower knee flexion/extension strength ratio compared with the control subjects (P < 0.05), as well as lower muscle endurance in dorsiflexion (-28.1%) and plantar flexion (-17.0%) movements (P < 0.05). The muscle endurance in knee flexion and knee extension movements was similar between PAD patients and the control subjects (P > 0.05). CONCLUSION: PAD patients present lower proximal and distal muscle strength and lower distal muscle endurance than control patients. Therefore, interventions to improve muscle strength and endurance should be prescribed for PAD patients.
Subject(s)
Exercise Tolerance , Ischemia/physiopathology , Muscle Strength , Muscle, Skeletal/blood supply , Muscle, Skeletal/physiopathology , Peripheral Arterial Disease/physiopathology , Physical Endurance , Aged , Ankle Brachial Index , Case-Control Studies , Chi-Square Distribution , Cross-Sectional Studies , Exercise Test , Female , Humans , Lower Extremity , Male , Middle Aged , Muscle Strength Dynamometer , Peripheral Arterial Disease/diagnosis , Predictive Value of Tests , Ultrasonography, DopplerABSTRACT
Introdução: A síndrome da fragilidade, bastante comum em pessoas de idade avançada, consiste em um conjunto de sinais e sintomas no qual estão presentes critérios como perda de peso corporal não intencional em um ano (aproximadamente 5%), diminuição na velocidade da marcha, níveis baixos de atividade física,exaustão subjetiva e diminuição de força muscular. Os consequentes efeitos dessas mudanças relacionadas à idade, que incluem sarcopenia, disfunção imunológica e desregulação neuroendócrina, aumentam a vulnerabilidade do organismo ao estresse, reduzindo a habilidade de adaptar, compensar ou modular esses estímulos.Diferentes intervenções têm sido propostas para atenuar esse processo, sendo o exercício resistido(ER) uma das opções estudadas. Objetivo: Realizar uma revisão bibliográfica averiguando os efeitos dos ER na fisiopatologia da síndrome da fragilidade. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica do período de 2004 a 2010, por meio das bases de dados LILACS, MEDLINE e PubMed. Resultados: Por meio das análises dos estudos, foram observadas alterações nos sistemas hormonal e imune, atuando de forma sistêmica na reversão ou minimização dos efeitos da sarcopenia exercendo influência positiva na síndrome da fragilidade. Conclusão: O ER deve ser indicado como opção terapêutica para idosos frágeis ou pré-frágeis que não apresentem contra indicações para realização desta modalidade de exercício
INTRODUCTION: Fragility syndrome, very common in elderly people, consists of a set of signals and symptoms in which is present criteria such as not intentional weight loss (approximately 5%) in a year, reduction in the walking speed, low physical activity levels, subjective exhaustion and muscular strength reduction. The increasing effect of these changes related to age, which include sarcopenia, immunity functional disorder and neuroendocrinous misconduct, increase the vulnerability of the organism to stress, reducing the ability to adapt, compensate or modulate these stimuli. Several intervention proposals have been made to attenuate this process, and resistance exercises (RE) was one of the options studied. OBJECTIVES: To evaluate the effects of RE on the physiopathology of fragility syndrome. MATERIALS AND METHODS: A bibliographic review of the period 2004-2010 was made based on the data of LILACS, MEDLINE and PubMed. Results: Changes in the hormonal and immune systems were observed acting in a systemic way by reverting or minimizing the effects of sarcopenia.CONCLUSION: Resistance exercises should serve as therapy to those elderly who are fragile and do not present any health problems.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Aged , Exercise , Exercise Therapy , Frail Elderly , Hormones , Immune System , Sarcopenia , Weight LiftingABSTRACT
BACKGROUND: Isokinetic dynamometry is becoming increasingly important for the assessment of muscle function in individuals with intermittent claudication. However, there is still little information available about the cardiovascular responses of these patients during this type of assessment. OBJECTIVE: To assess and compare the cardiovascular responses recorded during the assessment of muscle strength and endurance for two exercises commonly used in patients with IC (plantar flexion/dorsiflexion and knee flexion/extension). METHODS: The sample consisted of 17 claudicant patients with stable disease for at least 6 months. During the isokinetic dynamometer testing, non-invasive measurements of heart rate, blood pressure and double product at rest and at peak exertion were obtained according to specific protocols established for muscle strength and endurance assessment. RESULTS: Except for diastolic blood pressure, heart rate, systolic blood pressure and double product values rose during the exercise compared to the resting stage (p < 0.05). Elevations in heart rate and double product values were higher during knee extension/flexion than during plantar flexion/dorsiflexion (p < 0.05). Increases in heart rate were also higher during the endurance assessment protocol than during muscle strength assessment. CONCLUSION: Isokinetic strength and endurance testing in patients with IC results in elevation of heart rate, systolic blood pressure and double product values during the exercises. These increases are higher during the muscle endurance exercises and in those involving greater muscle mass, suggesting that strength testing of small muscle groups causes less cardiovascular overload in these patients.
Subject(s)
Blood Pressure/physiology , Heart Rate/physiology , Intermittent Claudication/physiopathology , Isometric Contraction/physiology , Resistance Training/methods , Aged , Analysis of Variance , Ankle Joint/physiology , Humans , Knee Joint/physiology , Muscle Strength/physiologyABSTRACT
FUNDAMENTO: A dinamometria isocinética tem tido crescente importância para avaliação da função muscular em indivíduos com claudicação intermitente. No entanto, ainda há escassez de informações sobre as respostas cardiovasculares desses doentes durante este tipo de avaliação. OBJETIVO: Avaliar e comparar as respostas cardiovasculares na avaliação da força e resistência muscular de dois exercícios comumente utilizados para de pacientes com CI (flexão plantar/dorsiflexão e flexão/extensão de joelhos). MÉTODOS: Dezessete claudicantes com doença estável há pelo menos 6 meses compuseram a amostra avaliada no dinamômetro isocinético. Frequência cardíaca, pressão arterial e duplo produto foram mensurados não invasivamente em repouso e no pico do esforço, em protocolos específicos para avaliação de força e resistência muscular. RESULTADOS: Com exceção da pressão arterial diastólica, a frequência cardíaca, pressão arterial sistólica e o duplo produto aumentaram durante o exercício em comparação ao repouso (p < 0,05). A frequência cardíaca e o duplo produto sofreram maior elevação durante o exercício de extensão/flexão de joelho, em comparação ao exercício de flexão plantar/dorsiflexão (P < 0,05). Maiores incrementos na frequência cardíaca foram observados durante o protocolo de avaliação da resistência em comparação ao da avaliação da força muscular. CONCLUSÃO: Os testes isocinéticos de avaliação da força e resistência musculares em pacientes com CI promovem aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial sistólica e do duplo produto durante sua execução. Estes aumentos são maiores nos testes de resistência muscular e nos que envolvem maior massa muscular, sugerindo que testes de força de pequenos grupamentos musculares promovem menor sobrecarga cardiovascular nesses pacientes.
BACKGROUND: Isokinetic dynamometry is becoming increasingly important for the assessment of muscle function in individuals with intermittent claudication. However, there is still little information available about the cardiovascular responses of these patients during this type of assessment. OBJECTIVE: To assess and compare the cardiovascular responses recorded during the assessment of muscle strength and endurance for two exercises commonly used in patients with IC (plantar flexion/dorsiflexion and knee flexion/extension). METHODS: The sample consisted of 17 claudicant patients with stable disease for at least 6 months. During the isokinetic dynamometer testing, non-invasive measurements of heart rate, blood pressure and double product at rest and at peak exertion were obtained according to specific protocols established for muscle strength and endurance assessment. RESULTS: Except for diastolic blood pressure, heart rate, systolic blood pressure and double product values rose during the exercise compared to the resting stage (p < 0.05). Elevations in heart rate and double product values were higher during knee extension/flexion than during plantar flexion/dorsiflexion (p < 0.05). Increases in heart rate were also higher during the endurance assessment protocol than during muscle strength assessment. CONCLUSION: Isokinetic strength and endurance testing in patients with IC results in elevation of heart rate, systolic blood pressure and double product values during the exercises. These increases are higher during the muscle endurance exercises and in those involving greater muscle mass, suggesting that strength testing of small muscle groups causes less cardiovascular overload in these patients.
Subject(s)
Aged , Humans , Blood Pressure/physiology , Heart Rate/physiology , Intermittent Claudication/physiopathology , Isometric Contraction/physiology , Resistance Training/methods , Analysis of Variance , Ankle Joint/physiology , Knee Joint/physiology , Muscle Strength/physiologyABSTRACT
INTRODUÇÃO: Indivíduos com doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) apresentam atrofia muscular e redução da força de membros inferiores que, por sua vez, estão associadas às limitações na capacidade funcional. Consequentemente, a mensuração da força muscular pode ser útil na identificação dos níveis de força muscular e para monitorar as alterações na força em programas de intervenção. OBJETIVO: Analisar a reprodutibilidade do teste de uma repetição máxima (1-RM) em indivíduos com DAOP. Métodos: Fizeram parte da amostra 26 indivíduos com DAOP e sintomas de claudicação intermitente. Os indivíduos realizaram quatro sessões de teste de 1-RM no exercício extensão de joelhos unilateral, no membro com maior índice tornozelo-braço (ITB) e no membro com menor ITB. RESULTADOS: A força máxima aumentou significantemente da primeira para a segunda sessão de teste nos dois membros (4,1 ± 14,3 por cento na perna com menor ITB e 5,9 ± 13,1 por cento na perna com maior ITB). A análise dos limites de concordância revelou que, nos dois membros, as maiores diferenças médias e os maiores limites de concordância foram observados quando comparadas as sessões 1 e 2. CONCLUSÃO: A medida acurada da força máxima usando o teste de 1-RM, no exercício extensão de joelhos, em indivíduos com DAOP e sintomas de claudicação intermitente, é obtida quando duas sessões de testes de 1-RM são realizadas.
INTRODUCTION: Patients with peripheral obstructive arterial disease (PAD) present muscle atrophy and reduced strength in the legs which have been associated with impairment in physical function. Consequently, the assessment of leg strength can be useful for identifying muscle weakness and analyzing the efficacy of intervention programs for patients with PAD. OBJECTIVE: To assess the reliability of the 1-RM test in patients with PAD. Methods: The sample was composed of twenty-six patients with PAD and symptoms of mild intermittent claudication. Patients performed the 1-RM tests in the knee extension exercise in the leg with lower ankle brachial index (ABI) and in the leg with higher ABI. This protocol was repeated in four sessions to assess the reliability of the maximum strength measurements. RESULTS: Maximal strength increased significantly from session 1 to session 2 in both legs (4.1 ± 14.3 percent in the leg with lower ABI and 5.9 ± 13.1 percent in the leg with higher ABI). The analysis of agreement revealed that higher bias and higher limits of agreement were observed in both legs when sessions 1 and 2 were compared. CONCLUSION: Reliable assessment of strength using 1-RM test in knee extension exercise in patients with PAD and symptoms of intermittent claudication is obtained when 2 test sessions are performed.
Subject(s)
Humans , Intermittent Claudication , Muscle Strength , Peripheral Vascular Diseases , Reproducibility of ResultsABSTRACT
OBJECTIVE: To analyze concentric and eccentric strength and endurance in patients with unilateral intermittent claudication. INTRODUCTION: Basic motor tasks are composed of concentric, isometric, and eccentric actions, which are related and contribute to physical performance. In previous studies of patients with intermittent claudication, the disease-related reduction in concentric and isometric muscular strength and endurance resulted in poorer walking performance. To date, no study has evaluated eccentric muscle action in patients with intermittent claudication. METHODS: Eleven patients with unilateral intermittent claudication performed isokinetic concentric and eccentric actions at the ankle joints to assess peak torque and total work in both symptomatic and asymptomatic legs. RESULTS: Concentric peak torque and total work were lower in the symptomatic than in the asymptomatic leg (80 +/- 32 vs. 95 +/- 41 N/m, P = 0.01; 1479 +/- 667 vs. 1709 +/- 879 J, P = 0.03, respectively). There were no differences in eccentric peak torque and total work between symptomatic and asymptomatic legs (96 +/- 30 vs. 108 +/- 48 N/m; 1852 +/- 879 vs. 1891 +/- 755 J, respectively). CONCLUSION: Strength and endurance in the symptomatic leg were lower during concentric compared to eccentric action. Future studies are recommended to investigate the mechanisms underlying these responses and to analyze the effects of interventions to improve concentric strength and endurance on functional limitations in patients with intermittent claudication.
Subject(s)
Intermittent Claudication/physiopathology , Muscle Contraction/physiology , Muscle Strength/physiology , Physical Endurance/physiology , Ankle Brachial Index , Exercise Test , Humans , Leg , Male , Middle Aged , TorqueABSTRACT
A creatina foi descoberta há mais de um século, porém seu uso tornou-se importante no cenário esportivo a partir dos anos 70. Desde então, o aprofundamento dos conhecimentos e dos protocolos de utilização fez desta substância o recurso ergogênico lícito mais estudado e utilizado por atletas atualmente. Os benefícios da suplementação em atletas serviram de modelo para estudo da utilização como adjuvante terapêutico em indivíduos doentes, que apresentam alguma deficiência de síntese e ressíntese de ATP, doenças neurológicas e musculares, ou que cursam com atrofia ou prejuízo do metabolismo muscular...
Creatine was discovered more than one century ago, but its use became important in sports scenario in the 70s. Since then, the improvement in knowledge and utilization protocols made this substance the licit ergogenic aid most studied and used by athletes nowadays. The benefits of supplementation in athletes served as a model for studies in diseased individuals, that present ATP synthesis or ressynthesis deficiency, neurological and muscular diseases, or that suffer from muscular atrophy or impairment of muscular metabolism...
Subject(s)
Creatine/therapeutic use , Infant Nutritional Physiological Phenomena , Adenosine TriphosphateABSTRACT
BACKGROUND: Althoughobesity is usually observed in peripheral arterial disease (PAD) patients, the effects of the association between these diseases on walking capacity are not well documented. OBJECTIVE: The main objectives of this study were to determine the effects of obesity on exercise tolerance and post-exercise hemodynamic recovery in elderly PAD patients. METHODS: 46 patients with stable symptoms of intermittent claudication were classified according to their body mass index (BMI) into normal group (NOR) = BMI <28.0 and obese or in risk of obesity group (OBE) = BMI >or=28.0. All patients performed a progressive graded treadmill test. During exercise, ventilatory responses were evaluated and pre- and post-exercise ankle and arm blood pressures were measured. RESULTS: Exercise tolerance and oxygen consumption at total walking time were similar between OBE and NOR. However, OBE showed a lower claudication time (309 +/- 151 vs. 459 +/- 272 s, p = 0.02) with a similar oxygen consumption at this time. In addition, OBE presented a longer time for ankle brachial index recovery after exercise (7.8 +/- 2.8 vs. 6.3 +/- 2.6 min, p = 0.02). CONCLUSION: Obesity in elderly PAD patients decreased time to claudication, and delayed post-exercise hemodynamic recovery. These results suggest that muscle metabolic demand, and not total workload, is responsible for the start of the claudication and maximal exercise tolerance in PAD patients. Moreover, claudication duration might be responsible for the time needed to a complete hemodynamic recovery after exercise.
Subject(s)
Intermittent Claudication/etiology , Intermittent Claudication/physiopathology , Obesity/complications , Obesity/physiopathology , Peripheral Vascular Diseases/complications , Peripheral Vascular Diseases/physiopathology , Aged , Exercise Test , Female , Hemodynamics , Humans , Male , Middle Aged , Oxygen ConsumptionABSTRACT
OBJECTIVE: To analyze concentric and eccentric strength and endurance in patients with unilateral intermittent claudication. INTRODUCTION: Basic motor tasks are composed of concentric, isometric, and eccentric actions, which are related and contribute to physical performance. In previous studies of patients with intermittent claudication, the disease-related reduction in concentric and isometric muscular strength and endurance resulted in poorer walking performance. To date, no study has evaluated eccentric muscle action in patients with intermittent claudication. METHODS: Eleven patients with unilateral intermittent claudication performed isokinetic concentric and eccentric actions at the ankle joints to assess peak torque and total work in both symptomatic and asymptomatic legs. RESULTS: Concentric peak torque and total work were lower in the symptomatic than in the asymptomatic leg (80 ± 32 vs. 95 ± 41 N/m, P = 0.01; 1479 ± 667 vs. 1709 ± 879 J, P = 0.03, respectively). There were no differences in eccentric peak torque and total work between symptomatic and asymptomatic legs (96 ± 30 vs. 108 ± 48 N/m; 1852 ± 879 vs. 1891 ± 755 J, respectively). CONCLUSION: Strength and endurance in the symptomatic leg were lower during concentric compared to eccentric action. Future studies are recommended to investigate the mechanisms underlying these responses and to analyze the effects of interventions to improve concentric strength and endurance on functional limitations in patients with intermittent claudication.
Subject(s)
Humans , Male , Middle Aged , Intermittent Claudication/physiopathology , Muscle Contraction/physiology , Muscle Strength/physiology , Physical Endurance/physiology , Ankle Brachial Index , Exercise Test , Leg , TorqueABSTRACT
A associação da piora da condição funcional e aumento de comorbidades em idades mais avançadas, faz do atual envelhecimento populacional um quadro que merece atenção crescente por parte do profissional médico. Este profissional está certamente entre os mais questionados sobre recomendações de atividades físicas adequadas para pessoas idosas ou debilitadas. No entanto, a formação generalista não têm abrangido aspectos atuais relacionados à fisiologia do exercício e prescrição de atividades físicas adequadas para estas populações. Exercícios resistidos têm ganhado crescente importância na comunidade científica como forma de exercícios seguros e eficazes, trazendo benefícios de caráter preventivo e terapêutico para pessoas idosas ou debilitadas. Assim, objetivando que mais indivíduos possam se beneficiar da recomendação de exercícios resistidos, fez se necessária uma atualização destes conhecimentos para o profissional médico.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Aged, 80 and over , Exercise , Exercise Movement Techniques , Exercise Therapy , Physical Exertion , Motor Activity , SafetyABSTRACT
A prática regular de exercícios é parte do tratamento clínico inicial para pacientes com doença arterial obstrutiva periférica. Nesse sentido, a utilização de exercícios contra resistência (exercícios resistidos) tem sido amplamente recomendada para diferentes populações, especialmente para pessoas idosas com e sem doenças associadas. Os poucos trabalhos encontrados utilizando essa forma de exercícios em pacientes com doença arterial obstrutiva periférica documentam a sua eficiência terapêutica. No entanto, os efeitos documentados dos exercícios resistidos em outras populações têm evidenciado melhoria da aptidão física e da qualidade de vida, com segurança cardiovascular e músculo-esquelética. Essas informações fornecem indicativos sobre os possíveis benefícios dos exercícios resistidos na terapia de indivíduos com doença arterial obstrutiva periférica. Nesse sentido, esta revisão objetivou apresentar informações científicas que permitam auxiliar a prescrição dos exercícios resistidos para essa população.
A regular physical activity program is part of the initial clinical approach to patients with peripheral arterial obstructive disease. Therefore, use of exercises against resistance loads (resistance training) has been widely recommended for different populations, especially for elderly individuals with and without associated diseases. The few studies that have used this form of exercise in patients with peripheral arterial obstructive disease demonstrated its therapeutic efficiency. However, reported effects of resistance training in other populations have evidenced improvement in physical fitness and quality of life, with cardiovascular and musculoskeletal safety. These data indicate the possible benefits of resistance training in peripheral arterial obstructive disease therapy. Thus, this review aimed at presenting scientific information that can help prescription of resistance training for this population.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Intermittent Claudication/complications , Intermittent Claudication/diagnosis , Peripheral Vascular Diseases/complications , Peripheral Vascular Diseases/diagnosis , Exercise Therapy/methods , Exercise/physiologyABSTRACT
Indivíduos com doença arterial obstrutiva periférica apresentam perda funcional, principalmente em membros inferiores, gerando prejuízo da capacidade de caminhada. Os testes de caminhada são rotineiramente utilizados para avaliação e seguimento desses pacientes. Em pacientes idosos, com comorbidades e limitações associadas à claudicação intermitente, torna-se difícil a avaliação pela caminhada, principalmente nos casos de doença bilateral com acometimento desigual, onde o membro mais afetado limita a avaliação do menos afetado. A avaliação muscular isocinética é uma metodologia alternativa aos testes de caminhada para avaliar de forma individualizada as perdas funcionais geradas pela doença nos diferentes grupamentos musculares em territórios isquêmicos.
Individuals with peripheral arterial obstrutive disease presents functional losses, mainly in the lower limbs, generating an impaired walking capacity. Walking tests are routinely used for evaluation and follow up of these patients. In elder patients, with comorbities and limitations associated with intermittent claudication, the evaluation by walking tests becomes difficult, mainly in the cases of bilateral disease with different affection, where the less diseased limb limits the evaluation of the most diseased limb. The muscular isokinetic assessment is an alternative methodology of walking tests to individually evaluate the disease generated functional losses in the different muscular groupings in ischemic territories.
Subject(s)
Humans , Aged , Peripheral Vascular Diseases/physiopathology , Muscle Fatigue , Muscle Strength , Walk Test/adverse effectsABSTRACT
O envelhecimento da população mundial propiciou o incremento das doenças crônico degenerativas, colocando a comunidade científica diante de um grande desafio na busca e escolha dos melhores e mais econômicos tratamentos. A doença arterial periférica, que surge como complicação da aterosclerose, apresenta incidência que aumenta linearmente com o avançar da idade, somando-se, portanto, a diversas outras patologias que já acometem este grupo populacional. A documentação dos benefícios em custo e eficácia, da utilização de exercícios como indicação primária para o tratamento de pacientes idosos, tornou-se excelente alternativa para este grupo populacional, que já utiliza diversas medicações, devido a outras doenças crônicas. Os benefícios dos exercícios resistidos foram ainda pouco explorados como forma isolada de tratamento da doença arterial periférica em idosos, mas já deixam indícios que esta forma de exercícios pode e deve ser utilizada para o tratamento da patologia referida, pois pode reverter ou retardar as concomitantes alterações degenerativas que acometem seus portadores, diminuindo de forma significativa as muitas limitações impostas pela doença em associação com o envelhecimento sedentário.
The aging of the world population has provoked an increase of chronic degenerative diseases, facing the scientific community with the challenge to search and choose the best and most feasible treatments. Peripheral arterial disease, which appears as a complication of arteriosclerosis, shows increased and continuous incidence as age progresses, therefore adding to several other diseases that ensue this portion of the population. The conclusive evidence of efficiency and cost-benefits in the use of exercise as a primary indication for the treatment of aging patients has become an excellent alternative for this population group, which already uses various medications due to other chronic diseases. The benefits of resistance exercise still have not been fully explored as an isolated treatment for peripheral arterial disease in aged persons, however has already indicated that this form of exercising can and should be used for the treatment of the referred pathology, since it can reverts or delays the associated degenerative alterations which commits their carriers, diminishing significantly the many limitations imposed by the disease in association with sedentary aging.