ABSTRACT
Objetivo: identificar a proporção de violência autoprovocada em adultos em relação aos casos notificados no Espírito Santo no período de 2011-2018 e sua associação com características individuais e do evento. Métodos: estudo transversal, realizado com dados dos casos notificados de violência do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Espírito Santo, entre 2011 e 2018. A população de interesse foi de indivíduos na faixa etária de 20 a 59 anos. O desfecho foi violência autoprovocada. Características individuais e do evento foram as variáveis independentes. Realizou-se análise bivariada e multivariada apresentadas em razão de prevalência bruta e ajustada. Resultados: a proporção de violência autoprovocada notificada foi de 29,6% no período estudado. Considerando o montante de casos de violência notificados, foram verificadas associações de violência autoprovocada com sexo feminino, ter idade 20 a 29 anos, apresentar maior escolaridade, deficiência ou transtorno mental, residência como local de ocorrência, suspeita de uso de álcool e ausência de história de ocorrência anterior. Conclusão: as variáveis relacionadas ao indivíduo e ao ambiente da ocorrência estão associadas a violência autoprovocada, indicando um perfil específico para estes casos de violência em relação ao conjunto das notificações.
Objective: identify the proportion of self-inflicted violence in adults in relation to reported cases in Espírito Santo in the period 2011-2018 and its association with individual and event characteristics. Methods: cross-sectional study, conducted with data from reported cases of violence from the Brazilian Information System for Notifiable Diseases (SINAN) of Espírito Santo, between 2011 and 2018. The population of interest was individuals in the aged between 20 and 59 years. The outcome variable was self-inflicted violence. The individual and event characteristics were the independent variables. Bivariate and multivariate analysis were performed and presented in relation to the crude and adjusted prevalence ratio. Results: the proportion of self-inflicted violence reported was 29.6% in the period studied. Considering the number of reported cases of violence, associations of self-inflicted violence were verified with the female gender, age range of 20 to 29 years, higher education, disability or mental disorder, residence as place of occurrence, suspected alcohol use, and no history of previous event occurrence. Conclusion: the variables related to the individual and the environment of the occurrence are associated with self-inflicted violence, indicating a specific profile for these cases of violence in relation to the set of notifications
Objetivo: identificar la proporción de violencia autoinflingida de adultos en relación a casos informados en Espírito Santo en período 2011-2018 y su asociación con características individuales y del evento. Métodos: estudio transversal, realizado sobre datos de los casos informados de violencia del Sistema de Información de Enfermedades de Notificación Obligatoria (SINAN, acorde sigla en portugués) de Espírito Santo, entre 2011 y 2018. La población de interés corresponde a individuos en faja etaria de 20 a 59 años. El desenlace refiere a violencia autoinflingida. Las características individuales y del evento fueron las variables independientes. Se realizó análisis bivariado y multivariado, expresados en razón de prevalencia bruta y ajustada. Resultados: la proporción de violencia autoinflingida informada fue del 29,6% en el período estudiado. Considerando la cantidad de casos de violencia notificados, fueron verificadas asociaciones de violencia autoinflingida con sexo femenino, edad de 20 a 29 años, tener mayor escolarización, deficiencia o trastorno mental, domicilio como lugar de ocurrencia, sospecha de abuso de alcohol y ausencia de historial de ocurrencia previa. Conclusión: las variables relacionadas al individuo y al ámbito de ocurrencia están asociadas a violencia autoinflingida, indicando un perfil específico para estos casos de violencia en relación al conjunto de notificaciones.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Young Adult , Self-Injurious Behavior/epidemiology , Health Information Systems/statistics & numerical data , Morbidity , MortalityABSTRACT
This study analyzes the association between violence against women during pregnancy and intimate partner socioeconomic and behavioral characteristics. We conducted an analytical cross-sectional study with 327 postpartum women admitted to a maternity hospital in a city in Espírito Santo, Brazil using a questionnaire to collect data on intimate partner socioeconomic and behavioral characteristics. Intimate partner violence was assessed using questions based on the World Health Organisation instrument "Violence against Women (WHO VAW STUDY)". Associations were tested using crude and adjusted Poisson regression. The prevalence of psychological violence during pregnancy was higher among women whose partners consumed alcohol, refused to use condoms, and were not the infant's biological father. Physical violence was associated with women whose partners did not work and refused to use condoms. The prevalence of sexual violence during pregnancy was more than nine times higher among women with partners who refused to use condoms. The findings demonstrate that antenatal care is an opportune time to approach partners about health care and address violence. It is necessary to promote the utilization of health services by men in order to address risk factors for violence during pregnancy.
Este estudo analisa a associação das violências contra a mulher durante a gestação segundo as características socioeconômicas e comportamentais do parceiro íntimo. Trata-se de um estudo transversal analítico em uma maternidade de um município do Espírito Santo com 327 puérperas, onde foram coletados dados sobre as características do parceiro íntimo. O instrumento da Organização Mundial da Saúde foi utilizado para rastrear a violência por parceiro íntimo na gestação. Foram obtidas as associações pela regressão de Poisson bruta e ajustada. Puérperas cujos parceiros consumiam bebida alcoólica, não eram os pais biológicos da criança e se recusavam a usar preservativo tiveram maior prevalência de violência psicológica na gestação. A violência física se associou às puérperas cujos parceiros não trabalhavam e se recusavam a usar preservativo. Puérperas com parceiros que se recusavam a usar preservativo tiveram prevalência nove vezes maior de sofrer violência sexual na gestação. Desse modo, o pré-natal se apresenta como um momento oportuno para abordar os parceiros quanto ao cuidado em saúde e enfrentamento à violência. É necessário ampliar o acolhimento dos homens pelos serviços de saúde para intervir nos fatores que favorecem a violência na gestação.
Subject(s)
Intimate Partner Violence , Sex Offenses , Cross-Sectional Studies , Female , Humans , Male , Physical Abuse , Pregnancy , Prevalence , Risk Factors , Sexual Partners/psychology , Socioeconomic FactorsABSTRACT
Resumo Este estudo analisa a associação das violências contra a mulher durante a gestação segundo as características socioeconômicas e comportamentais do parceiro íntimo. Trata-se de um estudo transversal analítico em uma maternidade de um município do Espírito Santo com 327 puérperas, onde foram coletados dados sobre as características do parceiro íntimo. O instrumento da Organização Mundial da Saúde foi utilizado para rastrear a violência por parceiro íntimo na gestação. Foram obtidas as associações pela regressão de Poisson bruta e ajustada. Puérperas cujos parceiros consumiam bebida alcoólica, não eram os pais biológicos da criança e se recusavam a usar preservativo tiveram maior prevalência de violência psicológica na gestação. A violência física se associou às puérperas cujos parceiros não trabalhavam e se recusavam a usar preservativo. Puérperas com parceiros que se recusavam a usar preservativo tiveram prevalência nove vezes maior de sofrer violência sexual na gestação. Desse modo, o pré-natal se apresenta como um momento oportuno para abordar os parceiros quanto ao cuidado em saúde e enfrentamento à violência. É necessário ampliar o acolhimento dos homens pelos serviços de saúde para intervir nos fatores que favorecem a violência na gestação.
Abstract This study analyzes the association between violence against women during pregnancy and intimate partner socioeconomic and behavioral characteristics. We conducted an analytical cross-sectional study with 327 postpartum women admitted to a maternity hospital in a city in Espírito Santo, Brazil using a questionnaire to collect data on intimate partner socioeconomic and behavioral characteristics. Intimate partner violence was assessed using questions based on the World Health Organisation instrument "Violence against Women (WHO VAW STUDY)". Associations were tested using crude and adjusted Poisson regression. The prevalence of psychological violence during pregnancy was higher among women whose partners consumed alcohol, refused to use condoms, and were not the infant's biological father. Physical violence was associated with women whose partners did not work and refused to use condoms. The prevalence of sexual violence during pregnancy was more than nine times higher among women with partners who refused to use condoms. The findings demonstrate that antenatal care is an opportune time to approach partners about health care and address violence. It is necessary to promote the utilization of health services by men in order to address risk factors for violence during pregnancy.
ABSTRACT
OBJECTIVE: To verify prevalence and factors associated with the use of sleep-inducing medication among women receiving primary health care (PHC) in Vitória, ES, Brazil. METHODS: This was a cross-sectional study conducted in 2014 with women aged 20-59. We analyzed association of sleep-inducing medication use with socioeconomic factors and experiences of violence (Poisson regression). RESULTS: Out of 991 participants, 18.5% were using sleep-inducing medication and 45.9% had used it at some point in their lives. Current and lifetime use of these medications was associated with age, years of education, as well as psychological, physical and sexual violence in the last year (p-value<0.05). Lower family income (PR=1.30; 95%CI 1.03;1.64) and controlling partner (PR=1.35; 95%CI 1.08;1.69) were associated with current use, while experience of sexual violence in childhood (PR=1.33; 95%CI 1.13;1.56) was associated with lifetime use. CONCLUSION: Use of sleep-inducing medication was frequent among PHC service users, and was associated with socioeconomic factors and experiences of violence.
Subject(s)
Primary Health Care , Sleep , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Female , Humans , Male , PrevalenceABSTRACT
Objetivo: Verificar a prevalência e fatores associados ao uso de medicamento indutor do sono entre mulheres assistidas na Atenção Primária à Saúde (APS), Vitória, ES, Brasil. Métodos: Estudo transversal com mulheres de 20-59 anos, realizado em 2014. Analisou-se a associação do uso de indutor do sono com fatores socioeconômicos e experiências de violência (regressão de Poisson). Resultados: Entre 991 participantes, 18,5% usavam medicamento indutor do sono e 45,9% usaram-no alguma vez na vida. Seu uso, atualmente e ao longo da vida, associou-se a idade, escolaridade e violências psicológica, física e sexual no último ano (p-valor<0,05). Menor renda familiar (RP=1,30; IC95% 1,03;1,64) e parceiro controlador (RP=1,35; IC95% 1,08;1,69) associaram-se ao uso atual, enquanto experiência de violência sexual na infância (RP=1,33; IC95% 1,13;1,56) associou-se ao uso alguma vez na vida. Conclusão: O uso de medicamento indutor do sono foi frequente entre usuárias da APS, associando-se a fatores socioeconômicos e experiências de violência.
Objetivo: Verificar la prevalencia y los factores asociados al uso de medicamentos inductores del sueño en mujeres en la Atención Primaria de Salud (APS) de Vitória, ES, Brasil. Métodos: Estudio transversal con mujeres de 20 a 59 años realizado en 2014. Se analizó la asociación del uso de inductores del sueño con factores socioeconómicos y violencia (regresión de Poisson). Resultados: Entre las 991 participantes, 18,5% usó medicamentos inductores y 45,9% los había usado en algún momento. El uso, actual y en la vida, de estos medicamentos se asoció con la edad, años de educación, violencia psicológica, física y sexual en el último año (p-valor<0,05). Ingresos familiares bajos (RP=1,30; IC95% 1,03;1,64) y pareja controladora (RP=1,35; IC95% 1,08;1,69) se asociaron con el uso actual, mientras que la experiencia de violencia en la infancia (RP=1,33; IC95% 1,13;1,56) se asoció con el uso alguna vez en la vida. Conclusión: El uso de inductores del sueño fue frecuente entre usuarias de la APS, asociado a factores socioeconómicos y violencia.
Objective: To verify prevalence and factors associated with the use of sleep-inducing medication among women receiving primary health care (PHC) in Vitória, ES, Brazil. Methods: This was a cross-sectional study conducted in 2014 with women aged 20-59. We analyzed association of sleep-inducing medication use with socioeconomic factors and experiences of violence (Poisson regression). Results: Out of 991 participants, 18.5% were using sleep-inducing medication and 45.9% had used it at some point in their lives. Current and lifetime use of these medications was associated with age, years of education, as well as psychological, physical and sexual violence in the last year (p-valor<0,05). Lower family income (PR=1.30; 95%CI 1.03;1.64) and controlling partner (PR=1.35; 95%CI 1.08;1.69) were associated with current use, while experience of sexual violence in childhood (PR=1.33; 95%CI 1.13;1.56) was associated with lifetime use. Conclusion: Use of sleep-inducing medication was frequent among PHC service users, and was associated with socioeconomic factors and experiences of violence.
Subject(s)
Humans , Female , Adult , Middle Aged , Young Adult , Sleep/physiology , Violence Against Women , Sleep Aids, Pharmaceutical/administration & dosage , Socioeconomic Factors , Mental Health , Observational StudyABSTRACT
Resumo Objetivo verificar a prevalência de sintomas de depressão pós-parto em puérperas atendidas em uma maternidade pública e sua associação com características socioeconômicas e de apoio social. Método estudo epidemiológico, analítico, do tipo transversal, em uma maternidade pública conduzido de agosto a outubro de 2017. A amostra de 330 puérperas foi entrevistada por meio da aplicação de um formulário, para mensuração da presença de sintomas de depressão pós-parto. Foi utilizada a escala de depressão pós-natal de Edimburgo. Já para mensuração do apoio social, foi utilizado o instrumento Medical Outcomes Study. A medida de associação adotada foi a razão de prevalência (RP) com intervalos de confiança de 95% (IC95%), e aplicada a regressão de Poisson ajustada. Resultados a prevalência de sintomas de DPP foi de 29,7%. A idade entre 14 e 24 anos (PR:1,60; 95%CI: 1,10-2,34), ter até 8 anos de escolaridade (RP:1,39; IC95%:1,01-2,14) e o baixo nível de suporte social afetivo (RP:1,52; IC95%:1,07-2,14) e emocional (RP:2,12; IC95%:1,41-3,19) estiveram associados à maior prevalência de sintomas de DPP. Conclusão e implicações para a prática nesse contexto, os profissionais de saúde podem possuir um papel essencial no qual podem desenvolver, em conjunto, um plano de cuidados de acordo com as necessidades da mulher em período gravídico-puerperal.
Resumen Objetivo verificar la prevalencia de síntomas de depresión posparto en mujeres posparto atendidas en una maternidad pública y su asociación con características socioeconómicas y de apoyo social. Método estudio analítico transversal en una maternidad pública realizada entre agosto y octubre de 2017. La muestra de 330 puérperas fue entrevistada mediante la aplicación de un formulario, para medir la presencia de síntomas de depresión postparto. Se utilizó la Escala de Depresión Postnatal de Edimburgo. Para medir el apoyo social se utilizó el instrumento Medical Outcomes Study. La medida de asociación adoptada fue la razón de prevalencia (RP) con intervalos de confianza del 95% (IC del 95%) y se aplicó la regresión de Poisson ajustada. Resultados la prevalencia de síntomas de DPP fue de 29,7%. Edad entre 14 y 24 años (PR:1,60; 95%CI: 1,10-2,34), tener hasta 8 años de escolaridad (RP: 1,39; IC 95%: 1,01 - 2,14) y el bajo nivel de apoyo social afectivo (RP: 1,52; IC del 95%: 1,07 - 2,14) y emocional (RP: 2,12; IC del 95%: 1,41-3,19) se asociaron con una mayor prevalencia de síntomas de PPD. Conclusión e implicaciones para la práctica en este contexto, los profesionales de la salud pueden jugar un papel fundamental en el que puedan desarrollar conjuntamente un plan de cuidados acorde a las necesidades de la mujer en el período gestacional-puerperal.
Abstract Objective to verify the prevalence of postpartum depression symptoms in postpartum women assisted at a public maternity hospital and its association with socioeconomic and social support characteristics. Method this is an epidemiological, analytical, cross-sectional study in a public maternity hospital conducted from August to October 2017. A sample of 330 postpartum women was interviewed using a form to measure the presence postpartum depression symptoms. The Edinburgh Postnatal Depression Scale was used. To measure social support, the Medical Outcomes Study instrument was used. The measure of association adopted was the prevalence ratio (PR) with 95% confidence intervals (95%CI), and adjusted Poisson regression was applied. Results the prevalence of PPD symptoms was 29.7%. Age between 14 and 24 years (PR:1.60; 95%CI: 1.10-2.34), have up to 8 years of education (PR:1.39; 95%CI: 1.01-2.14) and the low level of affective (PR:1.52; 95%CI: 1.07-2.14) and emotional (PR:2.12; 95%CI: 1.41-3.19) social support were associated with higher prevalence of PPD symptoms. Conclusion and implications for practice in this context, health professionals can play an essential role in which they can jointly develop a care plan according to the needs of women in the pregnancy-puerperal period.
Subject(s)
Humans , Female , Adult , Young Adult , Social Support , Women's Health/statistics & numerical data , Depression, Postpartum/epidemiology , Postpartum Period/psychology , Socioeconomic Factors , Brazil/epidemiology , Prevalence , Cross-Sectional Studies , Risk FactorsABSTRACT
OBJECTIVE: To assess the prevalence of postpartum depression symptoms among puerperal women and their association with violence. METHODS: This was a cross-sectional study with puerperal women cared for at a public maternity hospital in Cariacica, ES, Brazil, in 2017. A questionnaire prepared by the authors and validated instruments were used. Pearson's chi-square test was performed in the analysis and association was expressed in prevalence ratios (PR) and 95% confidence intervals (95%CI). RESULTS: Postpartum depression symptom prevalence was 36.7% (95%CI 31.6;42.0). Total family income was inversely associated with this prevalence (p<0.05). Mothers who were single (PR=1.75 - 95%CI 1.17;2.64), wished to abort (PR=1.96 - 95%CI 1.50;2.56), drank alcohol during pregnancy (PR=1.37 - 95%CI 1.00;1.86), experienced intimate partner violence in their lifetime (PR=1.94 - 95%CI 1.38;2.73), and during pregnancy (PR=1.41 - 95%CI 1.07;1.85), had higher prevalence of depression symptoms. CONCLUSION: Postpartum depression symptoms are associated with marital status, wanting to abort, alcohol consumption during pregnancy and intimate partner violence.
Subject(s)
Depression, Postpartum , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Depression, Postpartum/epidemiology , Female , Humans , Pregnancy , Prevalence , Risk Factors , ViolenceABSTRACT
Objetivo: Analisar a prevalência de sintomas depressivos pós-parto entre puérperas e sua associação com a violência. Métodos: Estudo transversal com puérperas atendidas em uma maternidade pública de Cariacica, ES, Brasil, em 2017. Utilizou-se questionário elaborado pelos autores e instrumentos validados. Na análise, realizou-se teste qui-quadrado de Pearson e a associação foi apresentada por razão de prevalências (RP) e intervalo de confiança de 95% (IC95%). Resultados: A prevalência de sintomas depressivos pós-parto foi 36,7% (IC95% 31,6;42,0). Renda familiar total associou-se inversamente com essa prevalência (p<0,05). Puérperas solteiras (RP=1,75 - IC95% 1,17;2,64), que desejaram abortar (RP=1,96 - IC95% 1,50;2,56), que consumiram bebida alcoólica na gestação (RP=1,37 - IC95% 1,00;1,86), que vivenciaram violência por parceiro íntimo na vida (RP=1,94 - IC95% 1,38;2,73) e na gravidez (RP=1,41 - IC95% 1,07;1,85) tiveram maiores prevalências de sintomas depressivos. Conclusão: Sintomas depressivos pós-parto associam-se a situação conjugal, desejo de realizar aborto, consumo de álcool na gestação e violência por parceiro íntimo.
Objetivo: Analizar la prevalencia de síntomas depresivos posparto en puérperas y su asociación con la violencia. Métodos: Estudio transversal con puérperas atendidas en una maternidad pública de Cariacica, ES, Brasil, en 2017. Se utilizó un cuestionario elaborado por los autores e instrumentos validados. En el análisis se realizó la prueba de chi-cuadrado de Pearson y la asociación se presentó por razón de prevalencia (RP) e intervalo de confianza del 95% (IC95%). Resultados: La prevalencia de síntomas depresivos posparto fue del 36,7% (IC95% 31,6;42,0). El ingreso familiar total se asoció inversamente con esta prevalencia (p<0,05). Madres solteras (RP=1,75 - IC95% 1,17;2,64), que deseaban abortar (RP=1,96 - IC95% 1,50;2,56), que consumieron alcohol durante el embarazo (RP=1,37 - IC95% 1,00;1,86), que experimentaron violencia de pareja íntima en la vida (RP=1,94 - IC95% 1,38;2,73) y durante el embarazo (RP=1,41 - IC95% 1,07;1,85) tuvieron una mayor prevalencia de síntomas depresivos. Conclusión: Los síntomas depresivos posparto están asociados con el estado civil, el deseo de abortar, el consumo de alcohol durante el embarazo y la violencia de la pareja íntima.
Objective: To assess the prevalence of postpartum depression symptoms among puerperal women and their association with violence. Methods: This was a cross-sectional study with puerperal women cared for at a public maternity hospital in Cariacica, ES, Brazil, in 2017. A questionnaire prepared by the authors and validated instruments were used. Pearson's chi-square test was performed in the analysis and association was expressed in prevalence ratios (PR) and 95% confidence intervals (95%CI). Results: Postpartum depression symptom prevalence was 36.7% (95%CI 31.6;42.0). Total family income was inversely associated with this prevalence (p<0.05). Mothers who were single (PR=1.75 - 95%CI 1.17;2.64), wished to abort (PR=1.96 - 95%CI 1.50;2.56), drank alcohol during pregnancy (PR=1.37 - 95%CI 1.00;1.86), experienced intimate partner violence in their lifetime (PR=1.94 - 95%CI 1.38;2.73), and during pregnancy (PR=1.41 - 95%CI 1.07;1.85), had higher prevalence of depression symptoms. Conclusion: Postpartum depression symptoms are associated with marital status, wanting to abort, alcohol consumption during pregnancy and intimate partner violence.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Depression, Postpartum/epidemiology , Postpartum Period , Violence Against Women , Puerperal Disorders , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Intimate Partner ViolenceABSTRACT
OBJECTIVE: To identify the prevalence of violence during pregnancy and the association with the socioeconomic, behavioral and clinical characteristics of pregnant women. METHODS: Cross-sectional study in a low-risk maternity hospital in the municipality of Cariacica, Espírito Santo. A total of 330 puerperal women were interviewed from August to October 2017. Information on socioeconomic, behavioral, reproductive and clinical characteristics, as well as life experiences, was collected through a questionnaire. To identify the types of violence, the proper World Health Organization instrument was used. Gross bivariate and multivariate analysis was performed and adjusted for Poisson regression with robust variance. RESULTS: Prevalence was 16.1% (95%CI 2.5-20.4) for psychological violence, 7.6% (95%CI 5.1-11.0) for physical violence and 2.7% (95%CI 1.4-5.2) for sexual violence. Psychological violence remained associated with age, family income, beginning of sexual life, disease in pregnancy, desire to interrupt pregnancy and number of partners. Physical violence was associated with schooling, beginning of sexual life and disease in pregnancy. Sexual violence remained associated with marital status and desire to interrupt pregnancy (p < 0.05). CONCLUSIONS: Psychological violence by an intimate partner was the most prevalent among pregnant women. Women that were younger, had lower income and less schooling, who started their sexual life before the age of 14 and who wished to interrupt pregnancy, experienced violence more frequently during pregnancy.
Subject(s)
Intimate Partner Violence/statistics & numerical data , Mental Health/statistics & numerical data , Physical Abuse/statistics & numerical data , Sex Offenses/statistics & numerical data , Sexual Partners/psychology , Spouse Abuse/statistics & numerical data , Adult , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Depression/epidemiology , Female , Humans , Intimate Partner Violence/psychology , Physical Abuse/psychology , Pregnancy , Prevalence , Risk Factors , Sex Offenses/psychology , Socioeconomic Factors , Spouse Abuse/psychologyABSTRACT
ABSTRACT OBJECTIVE To identify the prevalence of violence during pregnancy and the association with the socioeconomic, behavioral and clinical characteristics of pregnant women. METHODS Cross-sectional study in a low-risk maternity hospital in the municipality of Cariacica, Espírito Santo. A total of 330 puerperal women were interviewed from August to October 2017. Information on socioeconomic, behavioral, reproductive and clinical characteristics, as well as life experiences, was collected through a questionnaire. To identify the types of violence, the proper World Health Organization instrument was used. Gross bivariate and multivariate analysis was performed and adjusted for Poisson regression with robust variance. RESULTS Prevalence was 16.1% (95%CI 2.5-20.4) for psychological violence, 7.6% (95%CI 5.1-11.0) for physical violence and 2.7% (95%CI 1.4-5.2) for sexual violence. Psychological violence remained associated with age, family income, beginning of sexual life, disease in pregnancy, desire to interrupt pregnancy and number of partners. Physical violence was associated with schooling, beginning of sexual life and disease in pregnancy. Sexual violence remained associated with marital status and desire to interrupt pregnancy (p < 0.05). CONCLUSIONS Psychological violence by an intimate partner was the most prevalent among pregnant women. Women that were younger, had lower income and less schooling, who started their sexual life before the age of 14 and who wished to interrupt pregnancy, experienced violence more frequently during pregnancy.
RESUMO OBJETIVO Identificar a prevalência das violências durante a gestação e verificar a associação com as características socioeconômicas, comportamentais e clínicas da gestante. MÉTODOS Estudo transversal em uma maternidade de baixo risco do município de Cariacica, Espírito Santo. Foram entrevistadas 330 puérperas de agosto a outubro de 2017. Informações sobre as características socioeconômicas, comportamentais, reprodutivas e clínicas, assim como experiências de vida, foram coletadas por meio de questionário. Para identificar os tipos de violência, foi utilizado o instrumento da Organização Mundial da Saúde. Foi realizada análise bivariada e multivariada bruta e ajustada por regressão de Poisson com variância robusta. RESULTADOS As prevalências foram 16,1% (IC95% 2,5-20,4) para violência psicológica, 7,6% (IC95% 5,1-11,0) para a física e 2,7% (IC95% 1,4-5,2) para a sexual. A violência psicológica manteve-se associada a idade, renda familiar, início da vida sexual, doença na gravidez, desejo de interromper a gestação e número de parceiros. A violência física esteve associada a escolaridade, início da vida sexual e doença na gravidez. Já a violência sexual manteve-se associada a situação conjugal e desejo de interromper a gestação (p < 0,05). CONCLUSÕES A violência psicológica perpetrada pelo parceiro íntimo foi a de maior prevalência entre as gestantes. Mulheres mais jovens, com menor renda e escolaridade, que iniciaram a vida sexual até os 14 anos e que desejaram interromper a gravidez vivenciaram com maior frequência a violência durante a gestação.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Adult , Sex Offenses/statistics & numerical data , Spouse Abuse/statistics & numerical data , Sexual Partners/psychology , Mental Health/statistics & numerical data , Intimate Partner Violence/statistics & numerical data , Physical Abuse/statistics & numerical data , Sex Offenses/psychology , Socioeconomic Factors , Spouse Abuse/psychology , Brazil/epidemiology , Prevalence , Cross-Sectional Studies , Risk Factors , Depression/epidemiology , Intimate Partner Violence/psychology , Physical Abuse/psychologyABSTRACT
OBJECTIVES: to estimate prevalence and factors associated with having mammography examinations among adult women aged 40 to 59 years old in primary health care services. METHODS: a cross-sectional study was performed in 26 health centers in Vitória, Espírito Santo, Brazil; data were collected from March to September 2014; the independent variables described sociodemographic, behavioral and reproductive characteristics, having mammography performed every two years as the outcome. RESULTS: 400 users participated, 57.8% of whom undergo mammography every two years; having the examination was more prevalent among women aged 50-59 years (PR=1.48 - 95%CI 1.25;1.75), those belonging to economic class A/B (PR=1.81 - 95%CI 1.22;2.68) and those who no longer menstruate (PR=1.31 - 95%CI 1.08;1.60). CONCLUSION: although the proportion of mammography examinations performed is in keeping with recommended levels, a higher frequency was found among the 50-59 age group belonging to class A/B, suggesting unequal access to this examination.
Subject(s)
Breast Neoplasms/diagnosis , Health Services Accessibility/statistics & numerical data , Mammography/statistics & numerical data , Primary Health Care/statistics & numerical data , Adult , Age Factors , Brazil , Cross-Sectional Studies , Female , Healthcare Disparities/statistics & numerical data , Humans , Middle Aged , Prevalence , Socioeconomic FactorsABSTRACT
Objetivo: analisar a prevalência e os fatores associados à realização da mamografia em mulheres com idade de 40 a 59 anos, usuárias da atenção primária à saúde, em Vitória, Espírito Santo, Brasil. Métodos: estudo transversal, em 26 unidades de saúde; os dados foram coletados de março a setembro de 2014; as variáveis independentes descreveram características sociodemográficas, comportamentais e reprodutivas, com o desfecho de realização de mamografia a cada dois anos. Resultados: participaram 400 usuárias, das quais 57,8% realizaram a mamografia a cada dois anos; a realização do exame foi mais prevalente entre mulheres de 50 a 59 anos (RP=1,48 - IC95%1,25;1,75), da classe econômica A/B (RP=1,81 - IC95%1,22;2,68) e que não menstruam (RP=1,31 - IC95%1,08;1,60). Conclusão: apesar de a proporção de realização da mamografia estar conforme o recomendado, no grupo de 50 a 59 anos, observa-se maior frequência na classe A/B, o que sugere desigualdade no acesso ao exame.
Objetivo: estimar la prevalencia y los factores asociados a la realización de mamografía en mujeres adultas, entre 40 y 59 años, usuarias de la atención primaria de salud. Métodos: estudio transversal, en 26 unidades de salud de Vitória, Espírito Santo, Brasil; los datos fueron recolectados de marzo a septiembre de 2014; las variables independientes describieron características sociodemográficas, comportamentales y reproductivas, con desenlace de realización de mamografía a cada dos años. Resultados: participaron 400 usuarias, de las cuales 57,8% realizaron mamografía a cada dos años; el examen fue más prevalente entre mujeres de 50 a 59 años (RP=1,48 - IC95%1,25;1,75), de classe económica A/B (RP=1,81 - IC95%1,22;2,68) y que ya no menstrúan (RP=1,31 - IC95%1,08;1,60). Conclusión: a pesar de la proporción de realización de la mamografía estar dentro de lo recomendado, en el grupo de 50 a 59 años, se observa mayor frecuencia en la clase A/B, lo que sugiere desigualdad de acceso al examen.
Objectives: to estimate prevalence and factors associated with having mammography examinations among adult women aged 40 to 59 years old in primary health care services. Methods: a cross-sectional study was performed in 26 health centers in Vitória, Espírito Santo, Brazil; data were collected from March to September 2014; the independent variables described sociodemographic, behavioral and reproductive characteristics, having mammography performed every two years as the outcome. Results: 400 users participated, 57.8% of whom undergo mammography every two years; having the examination was more prevalent among women aged 50-59 years (PR=1.48 - 95%CI 1.25;1.75), those belonging to economic class A/B (PR=1.81 - 95%CI 1.22;2.68) and those who no longer menstruate (PR=1.31 - 95%CI 1.08;1.60). Conclusion: although the proportion of mammography examinations performed is in keeping with recommended levels, a higher frequency was found among the 50-59 age group belonging to class A/B, suggesting unequal access to this examination.