ABSTRACT
Esta pesquisa qualitativa objetiva mapear os modos de subjetivação das crianças e adolescentes que mantém uma relação de permanência e de uso diverso com o espaço das ruas das metrópoles (trabalho, lazer, transgressões, moradia, etc), portanto, de relações. A proposta metodológica de análise é fundamentada pela articulação da noção de sujeito, instituição e discurso, elaborada por M. Guirado, que possibilita uma estratégia de pensamento importante e possível para a produção do conhecimento em psicologia. Foi realizada uma análise sobre a produção da "infância de rua" como categoria social e objeto de estudo acadêmico a partir da década de oitenta do século XX, bem como um estudo de campo com procedimentos de observação participante e entrevistas com crianças, adolescentes e adultos (quando estes mostravam ter uma história passada e presente com e na rua) na região da Avenida Paulista e do Centro antigo da cidade de São Paulo. A partir da análise do material de pesquisa produzido, com apontamentos das regularidades e das diferenças, foi possível desenhar um modo de reconhecimento com o espaço da rua mediado pela família, pela atividade que exerciam e pela própria vida que levavam.