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1.
Diagn. tratamento ; 28(3): 117-20, jul-set de 2023.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1517919

RESUMO

Indivíduos transgêneros (ou trans) apresentam diferença entre a sua identidade de gênero e o sexo que lhe foi atribuído ao nascimento, o que provoca sofrimento grave, nomeado como disforia de gênero, estado que apresenta melhora após a transição para o gênero autor-reconhecido. Pessoas transgêneras apresentam os piores marcadores de saúde mental entre os LGBTQIA+. O objetivo deste texto é levantar aspectos psicossociais e sexuais de indivíduos transgêneros e trazer algumas recomendações para profissionais de saúde. Os tratamentos disponibilizados para essa população são os de afirmação de gênero (supressão da puberdade, tratamento hormonal cruzado, cirurgia reconstrutiva torácica e cirurgias genitais afirmativas de gênero). Muitas vezes, as alterações corporais conseguem diminuir os sintomas de disforia, melhorando a qualidade de vida. Porém, para muitos deles, apenas a mudança do papel social de gênero é suficiente. As disfunções sexuais mais frequentes experimentadas por mulheres e homens trans são dificuldades para iniciar e buscar contato sexual (mulheres, 26%, homens, 32%) e para atingir o orgasmo (29% e 15%). A atenção à saúde transgênera deve conter cuidados inter e multidisciplinares holísticos, envolvendo endocrinologia, cirurgia, voz e comunicação, atenção primária, saúde reprodutiva, saúde sexual e mental para acompanhar intervenções de afirmação de gênero, bem como prevenção, cuidado e gerenciamento de doenças crônicas. Indivíduos transgêneros enfrentam, além de todas as questões que afligem a sociedade contemporânea, a invisibilidade reforçada principalmente pela falta de conhecimento e pelos preconceitos. Faz-se necessário um atendimento que seja acolhedor, educativo, não preconceituoso e que respeite a individualidade daqueles que carregam em suas histórias sofrimento e violência.


Assuntos
Disfunções Sexuais Fisiológicas , Pessoal de Saúde , Cirurgia de Readequação Sexual , Disforia de Gênero , Minorias Sexuais e de Gênero , Identidade de Gênero
2.
J Behav Addict ; 12(1): 261-277, 2023 Mar 30.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-36897612

RESUMO

Background: Little attention has been given to efficacious treatment and adherence to treatment of compulsive sexual behavior (CSB). Aims: Randomized controlled trial investigated short-term psychodynamic group therapy followed by relapse prevention group (STPGP-RPGT) and pharmacological treatment (PT) for CSB men on sexual compulsivity and adherence. Method: 135 men, 38 (SD = 9) years old on average, were randomly assigned to 1) STPGP-RPGT; 2) PT; 3) Both. Participants completed measures at baseline, 25th, and 34th week. 57 (42.2%) participants dropped out between baseline and 25th week, and 68 (50.4%) between baseline and 34th week. 94 (69.6%) did not adhere (80% pills taken or attended 75% therapy sessions). Results: A significant interaction effect was found between time and group (F (4, 128) = 2.62, P = 0.038, ES = 0.08), showing who received PT improved less in sexual compulsivity than those who received STPGP-RPGT (t = 2.41; P = 0.038; ES = 0.60) and PT + STPGP-RPGT (t = 3.15; P = 0.007, ES = 0.74). Adherent participants improved more in sexual compulsivity than non-adherent at the 25th week (t = 2.82; P = 0.006, ES = 0.65) and 34th week (t = 2.26; P = 0.027, ES = 0.55), but there was no interaction effect, F (2, 130) = 2.88; P = 0.06; ES = 0.04). The most reported behavior (masturbation) showed greater risk of non-adherence (72.6%). Discussion and conclusions: Adherent participants improved better than non-adherent. Participants who received psychotherapy improved better than those who received PT. Methodological limitations preclude conclusions on efficacy.


Assuntos
Comportamento Sexual , Disfunções Sexuais Psicogênicas , Masculino , Humanos , Criança , Psicoterapia , Comportamento Compulsivo/tratamento farmacológico
3.
Diagn. tratamento ; 28(1): 29-32, jan-mar. 2023.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1413201

RESUMO

A prevalência das disfunções sexuais é alta na população geral. A capacidade de regular as experiências emocionais facilita o relacionamento mais adaptado aos estados internos e às condições ambientais. A prática da atenção plena promove atenção à experiência do momento presente ­ com curiosidade, abertura, aceitação, não reatividade e não julgamento ­ e tem se mostrado eficaz para melhorar muitas condições biopsicossociais, sendo utilizada em ambientes de saúde, escolas e locais de trabalho. O objetivo é apresentar atualizações na abordagem das dificuldades sexuais por meio do desenvolvimento da atenção plena. Entre outras recomendações, o treinamento para descentralizar a atenção, o desenvolvimento de habilidades para perceber pensamentos e sentimentos como estados mentais, não necessariamente reais, além de promover aceitação, compaixão e melhor gestão de pensamentos intrusivos e ruminativos são alguns pontos positivos da prática da atenção plena como única abordagem ou associada a outras. É apresentado um protocolo com grupo terapêutico para desenvolvimento da atenção plena para casais, em que o parceiro é sobrevivente do câncer de próstata. Segue uma proposta terapêutica com oito módulos desenvolvida em formato presencial e adaptada para a plataforma virtual. Os módulos são: definições e causas da disfunção sexual; conscientização crescente das sensações físicas; exploração do corpo e julgamentos sobre ele; consciência de pensamentos e crenças sexuais; trabalho com aversão e autotoque; consciência das sensações sexuais; foco sensorial com o parceiro; manutenção (e aumento) dos ganhos. Essa prática desenvolvida online abriu um campo importante para beneficiar portadores de disfunção sexual com dificuldade para buscar outras modalidades de intervenção.


Assuntos
Neoplasias da Próstata , Terapia Cognitivo-Comportamental , Sexualidade , Disfunções Sexuais Psicogênicas , Atenção Plena
4.
Int J Impot Res ; 35(4): 340-349, 2023 Jun.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-35194149

RESUMO

The aim of this study was to estimate the prevalence of sexual dysfunction in depressive disorders in individuals not in pharmacological treatment. For this purpose, we performed a systematic review and meta-analysis using the PRISMA guidelines, and the review was registered in PROSPERO (registration number CRD42020179709). Studies that evaluated sexual function and dysfunction in major depressive disorder (MDD) and persistent depressive disorder (PDD) were identified through searches in PubMed/Medline, Web of Science, PsychINFO, Scopus, and Scielo. Twelve cross-sectional studies were eligible. In women with MDD, the pooled prevalence rates of sexual impairment were: 47.22% (95% CI: 34.86-59.58) for arousal; 65.30% (95% CI: 45.86-84.73) for desire; 36.98% (95% CI: 28.42-45.54) for lubrication; 34.17% (95% CI: 17.87-50.46) for orgasm; and 33.91% (95% CI: 17.48-50.34) for sexual satisfaction. In men, the sexual impairment prevalence rates were: 26.45% (95% CI: 12.26-40.63) for arousal; 40.32% (95% CI: 22.19-58.46) for desire; 32.07% (95% CI: 26.14-37.99) for erection; 35.27% (95% CI: 5.13-65.41) for orgasm; and 23.05% (95% CI: 13.60-32.51) for sexual satisfaction. Overall sexual dysfunction was found in 82.75% of women (95% CI: 74.71-90.78) and 63.26% of men (95% CI: 52.83-73.69). Our results show that various sexual functions are impaired in MDD, making imperative the systematic evaluation of these alterations by clinicians. Future studies should be conducted, especially in PDD, to elucidate the role of these disorders in sexual function.


Assuntos
Transtorno Depressivo Maior , Disfunções Sexuais Fisiológicas , Masculino , Feminino , Humanos , Transtorno Depressivo Maior/complicações , Transtorno Depressivo Maior/epidemiologia , Estudos Transversais , Prevalência , Comportamento Sexual , Disfunções Sexuais Fisiológicas/epidemiologia
5.
Diagn. tratamento ; 27(3): 91-3, jul-set. 2022.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1380677

RESUMO

A população mundial tem vivido mais e deve manter uma boa saúde durante o processo de envelhecimento. Idosos expressam o desejo de preservar a vida sexual ativa, porém, mesmo com evidências de que o bem-estar sexual desempenha papel importante no sucesso dessa etapa de vida, os elementos facilitadores dessa condição têm sido pouco estudados. A diminuição e a interrupção dessa atividade entre as mulheres estão associadas à presença de disfunção erétil e/ou adoecimento do parceiro, entre outros fatores. Considerando a importância da satisfação sexual de mulheres em processo de envelhecimento, esse texto tem como objetivo discutir os elementos facilitadores dessa satisfação, na população idosa, visto que a manutenção da satisfação sexual é um forte preditor do envelhecimento saudável, assim como a atividade social e a saúde geral. Os estereótipos sociais, os preconceitos de familiares e pessoas com quem convivem, a falta de privacidade e a crença de que a viuvez encerra a vida sexual são algumas das barreiras à expressão do desejo sexual dessas mulheres. A maioria das mulheres mais velhas gostariam de permanecer sexualmente ativas, inclusive aquelas sem parceria. Por isso, os profissionais de saúde precisam estar conscientes da importância de novas referências sobre a sexualidade das mulheres em qualquer fase da vida. A diversidade de possibilidades de função e desempenho sexual ao longo do envelhecimento deve ser discutida para incentivá-las a serem sexualmente ativas e fortalecerem a resposta aos estímulos sexuais.


Assuntos
Envelhecimento , Casamento , Saúde do Idoso , Viuvez , Saúde Sexual
6.
Sci Rep ; 12(1): 11176, 2022 07 01.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-35778514

RESUMO

Asexual, lesbian, gay, bisexual, and trans (ALGBT) individuals face worse life conditions and violence rates than their heterosexual cisgender counterparts. Brazil is often highlighted for having one of the highest rates of hate-related homicides against ALGBTs in the world. However, to date, Brazil's ALGBT population has not been investigated with a representative sample, and basic information such as population size or sociodemographic characteristics are mostly based in non-systematic data. We aimed to assess the proportion of asexual, lesbian, gay, bisexual, trans and non-binary adults in Brazil, their sociodemographic characteristics, and self-reported violence rates. In 2018, a sample (n = 6000) of the Brazilian adult population answered a face-to-face survey assessing sociodemographic characteristics, gender identity, sexual orientation, and self-reported psychological, physical, verbal, and sexual violence. Among Brazilian adults, 12.04% are ALGBT: 5.76% asexual, 0.93% lesbian, 1.37% gay, 2.12% bisexual, 0.68 trans, and 1.18% non-binary. Compared to heterosexual cisgender men, most ALGBT individuals have worse socioeconomic indicators and higher rates of self-reported psychological and verbal violence. All ALGBT groups and heterosexual cisgender women reported sexual violence more often than heterosexual cisgender men. It was reported between 4 up to 25 times more often by heterosexual cisgender women and trans individuals, respectively. The rates of the other ALGBT groups sit among the two. Our findings provide evidence of the important size of the ALGBT Brazilian population, as well as their socioeconomic vulnerability, and concerning violence levels experienced by the group. Policy makers may refer to the present article in order to mitigate this population's vulnerability and to better understand its sociodemographic characteristics.


Assuntos
Bissexualidade , Identidade de Gênero , Adulto , Brasil/epidemiologia , Feminino , Humanos , Masculino , Autorrelato , Violência
7.
Diagn. tratamento ; 27(2): 44-7, abr-jun. 2022.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1369111

RESUMO

Em geral, maior nível de estresse durante a pandemia agravou a saúde mental e sexual. Estresse financeiro refere-se à ausência de renda satisfatória e insatisfação com essa condição. Piores condições econômicas geraram o estresse financeiro e o comprometimento da qualidade de vida dos casais. O objetivo desse texto é discutir a influência de estressores financeiros no relacionamento conjugal e na saúde mental e sexual. Embora os casais iniciem a vida conjugal com expectativas positivas, dificuldades financeiras preveem aumento de depressão, diminuição da satisfação conjugal e aumento dos conflitos, com maior probabilidade de divórcio. A administração conjunta da renda tem sido associada a uma melhor qualidade e coesão nos relacionamentos, especialmente para as mulheres, enquanto contas individuais podem minar a satisfação feminina, reduzindo sentimentos de intimidade, compatibilidade sexual e satisfação com a resolução de conflitos. Na abordagem de relacionamento conjugal e saúde sexual, as percepções podem desempenhar um papel mais importante do que os fatos objetivos. A percepção da satisfação financeira e sexual prevê melhor a estabilidade conjugal do que os recursos financeiros objetivos ou a frequência de relações sexuais. O estresse financeiro está associado não só a maior insatisfação financeira como também sexual, levando a maior instabilidade conjugal. Habilidades comunicacionais saudáveis, para comunicação financeira e relacional, facilitam a abordagem de questões relativas a dinheiro e sexo, adequando a percepção dessas questões. Gestão financeira, percepção de satisfação sexual e habilidades comunicacionais juntas desempenham um papel preponderante na qualidade da vida conjugal.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Casamento/psicologia , Saúde Mental , Comunicação , Saúde Sexual , Estresse Financeiro/psicologia , Renda
9.
Diagn. tratamento ; 26(2): 79-84, abr.-jun. 2021.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1280729

RESUMO

A doença de Peyronie, notória desde 1743, segue sendo um grande desafio na prática médica, com prevalência relevante e grande impacto na vida sexual dos casais. O tratamento cirúrgico é a principal modalidade terapêutica capaz de restabelecer a vida sexual nos pacientes com doença de Peyronie significativa. A escolha do momento de implementação do tratamento cirúrgico, bem como a escolha da técnica a ser empregada, varia de acordo com três pontos centrais: a fase da doença, a deformidade apresentada e a função erétil. Estes pilares para a decisão terapêutica do paciente com doença de Peyronie possuem nuances, não sendo simples a caracterização destes fatores em muitos casos. Uma avaliação pré-operatória criteriosa, fundamental para a melhor escolha terapêutica, exige experiência e um conhecimento aprofundado sobre o tema. O objetivo do presente artigo é promover uma ampla discussão acerca de fatores primordiais da avaliação pré-operatória de pacientes com doença de Peyronie.


Assuntos
Doenças do Pênis , Induração Peniana , Cuidados Pré-Operatórios , Implante Peniano , Disfunção Erétil
11.
Diagn. tratamento ; 26(1): 35-38, jan.-mar. 2021.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1247984

RESUMO

Infertilidade é uma condição que afeta muitos casais. Entre 30% e 40% de mulheres em fertilização assistida apresentam depressão e ansiedade. O relacionamento conjugal também é atingido. Fatores psicossociais que podem tornar indivíduos inférteis mais vulneráveis ao estresse são: características de personalidade, sentimentos de ameaça ou de perda relacionados à infertilidade, percepção de pouco controle sobre a condição de infertilidade e o resultado do tratamento, utilização frequente de estratégias de enfrentamento caracterizadas por evitação e fuga, insatisfação conjugal e dificuldade de comunicação do casal e rede de apoio social insuficiente. Observou-se pequena associação, mas significativa, entre estresse e angústia e a redução das chances de gravidez com o tratamento. A infertilidade e as abordagens terapêuticas para fertilização provocam mudanças na autoestima, no relacionamento e na função sexual. As disfunções sexuais atingem as mulheres (43% a 90%) e os homens (48% a 58%). Além do sofrimento psíquico nas mulheres e em seus parceiros, o comprometimento da vida sexual do casal pode afetar a continuidade do relacionamento, inclusive para o enfrentamento dos desafios do casal que se torna pai e mãe, quando o tratamento é bem-sucedido. A confirmação de que a resiliência pode desempenhar função de proteção nesse percurso, fortalece a importância do acompanhamento psicológico, visando otimizar todos os recursos para melhor superação dessa fase da vida dos casais.


Assuntos
Ansiedade , Saúde Mental , Sexualidade , Fertilização , Infertilidade
12.
Sci Rep ; 11(1): 2240, 2021 01 26.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-33500432

RESUMO

Studies estimate that gender-diverse persons represent 0.1 to 2% of populations investigated, but no such assessment was performed in Latin America. In a representative sample of Brazil's adult population (n = 6000), we investigated participants' sociodemographic characteristics and possible associations between these and current gender identity, categorized as cisgender, transgender or non-binary gender. We also investigated transgender individuals' distress associated with gender-related body characteristics. As main results, we found that transgender individuals represented 0.69% (CI95% = 0.48-0.90) of the sample, whereas non-binary persons were 1.19% (CI95% = 0.92-1.47). These percentages were not different among Brazil's 5 geographic regions. Preliminary analyses showed that transgender individuals were on average younger (32.8 ± 14.2 years, CI95% = 28.5-37.1), compared to cisgender (42.2 ± 15.9, CI95% = 42.5-42.8) and non-binary (42.1 ± 16.5 years, CI95% = 38.3-46.5) groups. Non-binary persons are less likely to be in a relationship compared to cisgender individuals (OR = 0.57, CI95% = 0.35-0.93). In the transgender group, 85% of transgender men and 50% of transgender women reported distress due to gender-related body characteristics. Our main findings draw attention that gender-diverse Brazilian individuals represent around 2% of the country's adult population (almost 3 million people), and are homogeneously located throughout the country, reiterating the urgency of public health policies for these individuals in the five Brazilian sub-regions.


Assuntos
Pessoas Transgênero/estatística & dados numéricos , Adulto , Brasil/epidemiologia , Feminino , Identidade de Gênero , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Inquéritos e Questionários
14.
Diagn. tratamento ; 25(4): 162-166, 20201200.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1146917

RESUMO

A ejaculação precoce é um dos transtornos sexuais mais prevalentes na população masculina com prevalência média de cerca de 30%. Possui diversas classificações de entidades médicas e classificações internacionais de doenças, todas elas tendo em comum um reduzido tempo de latência intravaginal, incapacidade de controle ejaculatório e consequências psicológicas negativas para o indivíduo e/ou para o casal. Dentre as causas da patologia, destacam-se alterações nas vias de neurotransmissão serotoninérgica, hipersensibilidade genital e causas genéticas nas patologias primárias. Na ejaculação precoce secundária devem-se pesquisar distúrbios psicogênicos, hormonais, sintomas de trato urinário inferior e disfunção erétil. O correto diagnóstico é importante para indicação e planejamento do tratamento adequado. Em casos de ejaculação precoce primária, o tratamento preferencial é o medicamentoso. Os tratamentos medicamentosos disponíveis podem ser por via oral ou de aplicação tópica. Dentre os tratamentos orais, destacam-se os antidepressivos com ação serotoninérgica que devem ser utilizados de modo contínuo. Outras classes de medicações utilizadas são os inibidores da fosfodieterase do tipo 5 e os opioides como tramadol. Como opção às medicações orais, as medicações de aplicação tópica peniana são aplicadas sob demanda na glande um período antes do encontro sexual, cujo tempo varia conforme o medicamento escolhido, e que podem ter apresentação no formato gel ou spray, contendo primariamente uma mistura de lidocaína e prilocaína ou compostos de naturais como o SS-Cream (Severance Secret Cream).


Assuntos
Coito , Quimioterapia Combinada , Ejaculação , Anestésicos , Antidepressivos
17.
Diagn. tratamento ; 25(3): 109-115, jul.-set. 2020.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1129414

RESUMO

O câncer de próstata é uma das neoplasias mais frequentes na população masculina. A prostatectomia radical está entre os principais tratamentos para essa afecção, sendo a primeira escolha para casos de doenças localizadas e localmente avançadas. Contudo, essa modalidade de tratamento cirúrgico costuma trazer grande prejuízo à função sexual masculina como um todo. Sabe-se que a disfunção erétil é uma complicação frequente e temida do tratamento cirúrgico do câncer de próstata, de forma que há diversas estratégias para prevenir e tratar tal condição. Porém, uma adequada reabilitação sexual desses pacientes envolve um atendimento global às dificuldades encontradas no restabelecimento de uma vida sexual satisfatória, não apenas focado na qualidade das ereções. Infelizmente, há uma série de problemas sexuais frequentes que são desencadeados pela prostatectomia radical, mas que ainda são extremamente negligenciados no cuidado pós-operatório. Dentre eles podemos citar: queda do desejo sexual, perda de volume peniano, desenvolvimento de deformidades penianas e distúrbios do orgasmo e da ejaculação. Neste artigo são abordados os principais efeitos sexuais da prostatectomia radical que costumam ser negligenciados no seguimento


Assuntos
Orgasmo , Prostatectomia , Reabilitação , Ejaculação , Disfunção Erétil
18.
Diagn. tratamento ; 25(2): 01-04, abr.-jun. 2020.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1116057

RESUMO

A ejaculação retardada caracteriza-se pelo atraso acentuado da ejaculação, mesmo com estimulação sexual adequada e desejo de ejacular. A prevalência estimada é de 1% a 4%. Tentativas prolongadas para atingir o orgasmo causam exaustão e desconforto genital. Há influência de fatores biopsicossociais-comportamentais e culturais que podem desencadear, reforçar ou agravar a probabilidade de ocorrência. Pode ser desencadeada por medicações. Conduz a uma menor satisfação no relacionamento, ansiedade com o desempenho sexual, a uma atividade sexual menos frequente e problemas relacionados à saúde. Portadores sentem menos excitação sexual subjetiva, apesar da resposta erétil ser boa, e diminuição da sensibilidade peniana. A frequência de masturbação é alta, com estilo próprio e as fantasias sexuais preferidas não ocorrem no sexo com parceria. Preferem masturbação ao sexo compartilhado. Mantêm a ereção, mesmo quando perdem a excitação, aparentemente pela necessidade de satisfazer a parceria. Os fatores psicológicos incluem medos, hostilidade, ansiedade de desempenho e sentimento de culpa. O tratamento deve ser particularizado, individual ou do casal. Dados limitados apoiam psicoterapia, farmacoterapia e/ou estimulação vibratória peniana como opções de manejo. Indicadas reeducação masturbatória e aproximação das fantasias à realidade do paciente. Fantasias sexuais não convencionais são frequentes e dificultam o tratamento. A psicoterapia busca diminuir o estigma, facilitar a comunicação entre os parceiros, informar e diminuir a ansiedade relacionada à atividade sexual. Também são úteis as atividades lúdicas e as práticas sexuais alternativas. Os casos mais graves se beneficiam do tratamento medicamentoso integrado ao psicoterapêutico, mesmo havendo complicações psicossociais-comportamentais e culturais concomitantes.


Assuntos
Psicoterapia , Comportamento Sexual , Coito , Ejaculação , Masturbação
19.
Diagn. tratamento ; 24(4): [170-173], out - dez. 2019.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1049394

RESUMO

Casais tendem a um declínio do interesse sexual, mais intenso na população feminina, acompanhado de menor satisfação conjugal. Mindfulness, ou consciência plena, é um estado caracterizado pela atenção centrada no momento. Possíveis mecanismos que tornam essa prática eficaz incluem: maior satisfação relacional, melhora na imagem corporal, maior consciência interoceptiva, diminuição do humor deprimido e da ansiedade. O treinamento na prática mindfulness baseia-se em oito sessões de grupo em que se associam diferentes procedimentos para a consciência corporal, tais como o escaneamento corporal, a respiração com atenção, a caminhada meditativa e os exercícios de compaixão e autocompaixão. Intervenções baseadas em mindfulness estimulam o foco nas sensações de excitação, o que pode melhorar a função sexual. A prática mindfulness desempenha papel importante no aumento da satisfação com o relacionamento conjugal e na habilidade do indivíduo em responder com menos emocionalidade ao estresse, além de favorecer a percepção positiva da relação, por melhorar a qualidade da comunicação durante uma interlocução. Atenção plena pode ajudar a amenizar interferências cognitivas durante a atividade sexual. O aumento da consciência corporal facilita a regulação emocional e comportamentos mais intencionais. A prática mindfulness atua nas barreiras psicológicas para uma experiência sexual satisfatória, diminuindo distrações relacionadas ao corpo e ao desempenho e melhorando a autoimagem genital, condições que favorecem a consciência interoceptiva e a satisfação conjugal.


Assuntos
Casamento , Disfunções Sexuais Psicogênicas , Saúde Sexual , Atenção Plena
20.
Diagn. tratamento ; 24(3): [106-110], jul - set. 2019.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1026698

RESUMO

As parafilias, antes conhecidas como perversões sexuais, foram, ao longo da história, ora consideradas patologias ora não. Em 2013, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) estabeleceu a distinção entre parafilias e transtornos parafílicos (TP), a partir da qual somente os últimos passaram a ser considerados doenças e, portanto, passíveis de tratamento. A presença de comorbidades e a farmacologia das medicações utilizadas são de fundamental importância na escolha da abordagem dos TP. Drogas que inibem a atividade sexual (como antidopaminérgicos, serotoninérgicos, antiandrógenos e outras) podem ser prescritas conforme comorbidades sexuais, psiquiátricas ou sistêmicas. Tratar um transtorno exibicionista associado à doença de Wilson e a uma psicose orgânica é diferente de tratar este mesmo TP associado a hipotireoidismo e depressão, por exemplo. É recomendado que o comportamento parafílico seja inibido sem impedir que o sujeito mantenha a função sexual. No entanto, quando o risco de agressão sexual é maior, muitos autores indicam inibição mais intensa, por meio de antiandrógenos potentes, a chamada "castração química", a qual não está autorizada no Brasil.


Assuntos
Transtornos Parafílicos , Comorbidade , Sexualidade , Tratamento Farmacológico , Ética
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