RESUMO
Propósito/Contexto. El artículo hace un recorrido por conceptos centrales de propuestas feministas contemporáneas para ofrecer análisis filosóficos, epistemológicos y políticos, útiles para la fundamentación y la práctica de la Bioética contemporánea. Se busca profundizar y problematizar conceptos centrales de teorías bioéticas como autonomía, justicia y vulnerabilidad, desde una perspectiva anclada en una comprensión de los fenómenos sociales y las subjetividades como inmersas en un entramado complejo de estructuras de poder. Metodología/Enfoque. El texto se formula desde una perspectiva filosófica y analítica que construye un hilado de conceptos y categorías para la revisión y el enriquecimiento de algunos fundamentos de la Bioética contemporánea. Se acude a fuentes diversas de teorías feministas, teorías filosóficas y propuestas políticas para la construcción de una manera de situarse epistemológica y políticamente frente a los problemas bioéticos de la llamada perspectiva feminista. Resultados/Hallazgos. Se propone que la adopción de una perspectiva feminista para la Bioética se entienda no como el conjunto reducido de problemas de las mujeres, ni como simple inclusión de mujeres en las discusiones bioéticas, sino como la adopción de una manera de situar, observar y analizar fenómenos sociales y problemas bioéticos desde una comprensión de las causas estructurales de las opresiones, que conciba al género, la raza, la clase social, la orientación sexual, la discapacidad y otros ejes de diferencia, como categorías de análisis centrales. Discusión/Conclusiones/Contribuciones. La adopción de una perspectiva feminista implica una revisión crítica de los fundamentos del campo, particularmente del principialismo como versión más difundida, haciendo visibles algunas de sus limitaciones y consecuencias problemáticas. Asimismo, lleva a una revisión epistemológica de los saberes involucrados en el campo y a sus prácticas deliberativas, señalando la importancia de atender a las condiciones que impiden o dificultan el cumplimiento del compromiso político de la Bioética como espacio pluralista y transformador de las sociedades.
Purpose/Context. The article reviews central concepts of contemporary feminist proposals in order to offer philosophical, epistemological and political analyses useful for the foundation and practice of contemporary bioethics. It seeks to deepen and problematize central concepts of bioethical theories such as autonomy, justice and vulnerability from a perspective anchored in an understanding of social phenomena and subjectivities as immersed in a complex web of power structures. Methodology/Approach. The text is formulated from a philosophical and analytical perspective that builds a thread of concepts and categories for the revision and enrichment of some fundamentals of contemporary bioethics. Diverse sources of feminist theories, philosophical theories and political proposals are used to construct a way of situating oneself epistemologically and politically in the face of the bioethical problems of the so-called feminist perspective. Results/Findings. It is proposed that the adoption of a feminist perspective for bioethics should be understood not as a reduced set of women's problems, nor as a simple inclusion of women in bioethical discussions, but as the adoption of a way of situating, observing and analyzing social phenomena and bioethical problems from an understanding of the structural causes of oppressions, which conceives gender, race, social class, sexual orientation, disability and other axes of difference, as central categories of analysis. Discussion/Conclusions/Contributions. The adoption of a feminist perspective implies a critical review of the foundations of the field, particularly of principlism as the most widespread version, making visible some of its limitations and problematic consequences. It also leads to an epistemological review of the knowledge involved in the field and its deliberative practices, pointing out the importance of addressing the conditions that prevent or hinder the fulfillment of the political commitment of bioethics as a pluralistic and transformative space for societies.
Finalidade/Contexto. O artigo revê conceitos centrais das propostas feministas contemporâneas a fim de oferecer análises filosóficas, epistemológicas e políticas que são úteis para a fundação e prática da bioética contemporânea. Procura aprofundar e problematizar conceitos centrais de teorias bioéticas tais como autonomia, justiça e vulnerabilidade numa perspectiva ancorada numa compreensão dos fenómenos sociais e subjectividades como imersos numa teia complexa de estruturas de poder. Metodologia/Aproximação. O texto é formulado de uma perspectiva filosófica e analítica que constrói um fio de conceitos e categorias para a revisão e enriquecimento de alguns dos fundamentos da bioética contemporânea. Diversas fontes de teorias feministas, teorias filosóficas e propostas políticas são utilizadas para construir uma forma de se situar epistemologicamente e politicamente face aos problemas bioéticos da chamada perspectiva feminista. Resultados/Findings. Propõe-se que a adopção de uma perspectiva feminista da bioética não deve ser entendida como um conjunto reduzido de problemas das mulheres, nem como uma simples inclusão das mulheres nas discussões bioéticas, mas como a adopção de uma forma de situar, observar e analisar os fenómenos sociais e os problemas bioéticos a partir de uma compreensão das causas estruturais das opressões, que concebe o género, raça, classe social, orientação sexual, deficiência e outros eixos de diferença como categorias centrais de análise. Discussão/Conclusões/Contribuições. A adopção de uma perspectiva feminista implica uma revisão crítica dos fundamentos do campo, particularmente do principlismo como a versão mais difundida, tornando visíveis algumas das suas limitações e consequências problemáticas. Conduz também a uma revisão epistemológica dos conhecimentos envolvidos no campo e das suas práticas deliberativas, salientando a importância de abordar as condições que impedem ou dificultam o cumprimento do compromisso político da bioética como um espaço pluralista e transformador para as sociedades.
RESUMO
RESUMEN. En este manuscrito se presentan aportes y reflexiones acerca de cómo la cartografía y las epistemologías feministas, en articulación, son potentes y resultan pertinentes para la investigación con familias y parentalidades. Se puntualizan algunas decisiones y abordajes metodológicos realizados en la tesis doctoral Ficciones de familias, adolescentes entre cuidados y tránsitos, realizada durante los años 2015 a 2019, en Uruguay. En primer lugar se deja planteado el entramado teórico y epistemológico que da soporte al posicionamiento ético y político de las investigadoras y a las prácticas de investigación-intervención realizadas. A continuación, se marcan algunos puntos donde las conexiones epistémico-teóricas entre cartografía y epistemologías feministas fueron emergiendo en la práctica de investigación. A saber, en la reconstrucción del problema-objeto de investigación, en la elección del punto de vista de los participantes y en el proceso de análisis donde el énfasis se ubica en la experiencia de encuentro con los adolescentes y la emergencia de analizadores que desestabilizan y catalizan los procesos de investigación en familias y parentalidades.
RESUMO. Neste texto discutimos acerca de como a cartografia e as epistemologias feministas, articuladas, são potentes e apropriadas para pesquisas com famílias e parentalidades. Pontuamos algumas decisões e abordagens metodológicas realizadas na tese de doutorado Ficciones de familias, adolescentes entre cuidados y tránsitos, realizada durante os anos 2015 a 2019, no Uruguai. Em primeiro lugar, apresenta-se a trama teórica e epistemológica que dá suporte ao posicionamento ético e político das investigadoras e as práticas de pesquisa-intervenção realizadas. Na sequência, marcamos alguns pontos de conexão epistemológicos e teóricos entre a cartografia e as epistemologias feministas que foram emergindo durante a pesquisa. Quais sejam, a reconstrução do problema de pesquisa, a eleição do ponto de vista dos e das participantes e o processo de análise, cuja ênfase está na experiência de encontro com os e as adolescentes e a emergência de analisadores que desestabilizam e catalisam os processos de pesquisa sobre famílias e parentalidades.
ABSTRACT. In this manuscript, contributions and reflections are presented about how articulations of cartography and feminist epistemologies are powerful and relevant for research with families and parenting. Some decisions and methodological approaches made in the doctoral thesis Family fictions, adolescents between care and transits, carried out during the years 2015 to 2019 in Uruguay, are specified. First, the theoretical and epistemological framework that supports the ethical and political positioning of the researchers and the research-intervention practices carried out is raised. Next, some points are shown where the epistemic-theoretical connections between cartography and feminist epistemologies were emerging in research practice. Namely, in the reconstruction of the problem-object of research, in the choice of the participants' point of view and in the analysis process that focuses on the experience of encountering adolescents and the emergence of analyzers that destabilize and catalyze the research processes in families and parenting.