Anastomotic Leaks following Esophagectomy for Esophageal and Gastroesophageal Junction Cancer: The Key Is the Multidisciplinary Management.
GE Port J Gastroenterol
; 30(1): 38-48, 2023 Jan.
Article
in En
| MEDLINE
| ID: mdl-36743992
RESUMO
Introdução: A deiscência anastomótica após esofagectomia está associada a uma elevada taxa de mortalidade e qualidade de vida comprometida. Objetivo: Avaliar a eficácia da abordagem da deiscência de anastomose esofágica após esofagectomia por neoplasia do esófago e da junção esofagogastrica (JEG). Métodos: Foram revistos retrospetivamente todos os doentes submetidos a esofagectomia por neoplasia do esófago e da JEG num hospital terciário entre 2014 e 2019 (n = 119) e analisados os fatores de risco e as diferentes abordagens na deiscência anastomótica. Resultados: A idade avançada e a presença de metastização ganglionar foram identificados como fatores de risco independentes para deiscência anastomótica (OR 1.06, 95% IC 1.001.13 e 4.89, IC 1.0921.8). Os doentes com deiscência anastomótica estiveram mais dias internados na unidade de cuidados intensivos (UCI) (mediana 14 vs. 4 dias) e tiveram uma mortalidade aos 30 dias e intra-hospitalar mais elevada (15% vs. 2% e 35% vs. 4%, respectivamente). A primeira abordagem terapêutica foi cirúrgica em 13 doentes, endoscópica em 10 e conservadora em 3. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre estes doentes, com uma tendência para a presença de sépsis e de deiscências de maior dimensão nos doentes abordados cirurgicamente. Durante o seguimento, 3 doentes do grupo cirúrgico (23%) e 9 do grupo endoscópico (90%) tiveram alta hospitalar sob dieta oral (p = 0.001). A taxa de mortalidade intra-hospitalar foi de 38% no grupo cirúrgico, 33% no grupo conservador e 10% no grupo endoscópico (p = 0.132). Nos doentes com deiscência anastomótica, a presença de choque sético ao diagnóstico foi o único preditor de mortalidade (p = 0.004). O tempo de internamento na UCI não foi significativamente menor no grupo submetido a tratamento endoscópico (mediana de 4 dias vs. 16 dias no grupo cirúrgico, p = 0.212). Conclusão: A identificação de fatores de risco para deiscência anastomótica após esofagectomia pode ajudar a alterar a optimização pré-procedimento. Os resultados deste estudo sugerem incluir uma abordagem endoscópica nos doentes com deiscência anastomótica.
Full text:
1
Collection:
01-internacional
Database:
MEDLINE
Type of study:
Prognostic_studies
/
Risk_factors_studies
Aspects:
Patient_preference
Language:
En
Journal:
GE Port J Gastroenterol
Year:
2023
Document type:
Article
Affiliation country:
Portugal
Country of publication:
Suiza