Your browser doesn't support javascript.
loading
Teleconsulta médica: os limites éticos e o risco de negligência informacional / Medical teleconsultation: ethical limits and the risk of informational negligence / Teleconsulta médica: límites éticos y riesgo de negligencia informativa
Calado, Vinicius de Negreiros; Lamy, Marcelo.
Affiliation
  • Calado, Vinicius de Negreiros; Universidade Católica de Pernambuco. Recife. BR
  • Lamy, Marcelo; Universidade Santa Cecília. Santos. BR
Cad. Ibero Am. Direito Sanit. (Impr.) ; 9(3): 89-122, jul.-set.2020.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1121819
Responsible library: BR1930.9
RESUMO

Objetivo:

levantar a legislação vigente sobre a teleconsulta e realizar sua análise a partir do conceito de consulta médica e da necessidade do exame físico direto do paciente para a sua caracterização, bem como as limitações impostas pelo Código de Ética Médica (CEM) do Conselho Federal de Medicina (CFM), por seus pareceres e resoluções dos Conselhos Regionais, visando apontar seus limites e riscos de negligência médica informacional.

Metodologia:

revisão qualitativa e integrativa da legislação vigente, da literatura médica e jurídica especializada.

Resultados:

a prática da telemedicina é regulada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), mas a teleconsulta não é expressamente reconhecida pela entidade. Após a vigência da Portaria do Ministério da Saúde (MS) nº 467/2020 e da Lei nº 13.989/2020,que expressamente permitem a teleconsulta em caráter excepcional e transitório, evidenciou-se que os Conselhos Regionais de Medicina dos estados adotaram posicionamentos divergentes quanto ao tema. Demonstrou-se ainda que o parecer do Conselho Federal de Medicina nº 14/2017 é vinculante e possibilita a comunicação entre o médico e o seu paciente por recursos tecnológicos,quando já houver entre eles uma relação anterior.

Conclusão:

a teleconsulta é prática médica ética e possível, posto que não é proibida pela Resolução CFM nº 1.643/2002, abordada diretamente no Parecer CFM nº 14/2017, mas que depende de prévia relação médico-paciente para as situações ordinárias, estando diferida (e nunca dispensada) em situações de emergenciais e sendo necessária a formalização de termo de consentimento informado digital por qualquer meio de tecnologia da informação e comunicação,desde que garanta a integridade, segurança e o sigilo das informações.
ABSTRACT

Objective:

to analyze the current legislation on teleconsultation, based on the concept of medical consultation and the need for the physical examination of the patient for its characterization, as well as the limitations imposed by the Code of Medical Ethics of the Federal Council of Medicine (FCM), and by the opinions and resolutions of the Regional Councils, aiming to point out its limits and risks of informational medical negligence.

Methods:

qualitative and integrative review of current legislation, specialized medical and legal literature on the issue.

Results:

The practice of telemedicine is regulated by the Federal Council of Medicine, but teleconsultation is not expressly recognized by the entity. After the entry into force of the Administrative Rule No. 467/2020 from Ministry of Health and Law No. 13,989/2020, which expressly allows for teleconsultation in an exceptional and transitory nature, it was found that the Regional Councils of Medicine of the states adopted divergent positions regarding the theme. It was also evident that the opinion of the Federal Council of Medicine No. 14/2017 is binding and allows a "communication" between the doctor and his patient by technological resources, as long as these are already served by him.

Conclusion:

teleconsultation is an ethical and possible medical practice, since it is not prohibited by CFM Resolution No. 1,643/2002, addressed directly in ReportFCMnº 14/2017, but it depends on a previous doctor-patient relationship for ordinary situations, being deferred (and never dispensed) in emergency situations, being the formalization of digital informed consent by any means of information and communication technology is necessary, as long as it guarantees the integrity, security and confidentiality of information.
RESUMEN

Objetivo:

analizar la legislación vigente sobre la teleconsulta, basada en el concepto de consulta médica y la necesidad del examen físico cara a cara del paciente para su caracterización, así como las limitaciones impuestas por el Código de Ética Médica (CEM) del Consejo Federal de Medicina (CFM), por sus opiniones y resoluciones de los Consejos Regionales, con el objetivo de señalar sus límites y riesgos de negligencia médica informativa.

Metodología:

revisión cualitativa e integradora de la legislación vigente, la literatura médica y legal especializada sobre el tema.

Resultados:

El ejercicio de la telemedicina está regulado por el Consejo Federal de Medicina, pero la teleconsulta no está reconocida expresamente por la entidad. Luego de la entrada en vigor de la ordenanza del Ministerio de Salud (MS) No. 467/2020 y la Ley No. 13.989/2020, que permiten expresamente la teleconsulta con carácter excepcional y transitorio, se evidenció que los Consejos Regionales de Medicina de los estados adoptaron posiciones divergentes respecto al tema. También se evidenció que la opinión del Consejo Federal de Medicina nº14/2017 es vinculante y permite la "comunicación" entre el médico y su paciente por los recursos tecnológicos, siempre que estos ya sean atendidos por él.

Conclusión:

la teleconsulta es una práctica médica ética y posible, ya que no está prohibida por la Resolución CFM N ° 1.643 / 2002, abordado directamente en la opinión del CFM nº 14/2017, pero depende de una relación previa médico-paciente para situaciones ordinarias, diferirse (y nunca dispensarse) en situaciones de emergencia. La formalización de las TIC digitales por cualquier medio de tecnología de información y comunicación es necesaria, siempre que garantice la integridad, seguridad y confidencialidad de la información.


Full text: Available Collection: International databases Database: LILACS Type of study: Etiology study / Qualitative research / Risk factors Aspects: Ethical aspects Language: Portuguese Journal: Cad. Ibero Am. Direito Sanit. (Impr.) Journal subject: Direito Sanit rio / Jurisprudence Year: 2020 Document type: Article Affiliation country: Brazil Institution/Affiliation country: Universidade Católica de Pernambuco/BR / Universidade Santa Cecília/BR

Full text: Available Collection: International databases Database: LILACS Type of study: Etiology study / Qualitative research / Risk factors Aspects: Ethical aspects Language: Portuguese Journal: Cad. Ibero Am. Direito Sanit. (Impr.) Journal subject: Direito Sanit rio / Jurisprudence Year: 2020 Document type: Article Affiliation country: Brazil Institution/Affiliation country: Universidade Católica de Pernambuco/BR / Universidade Santa Cecília/BR
...