Julgamentos da posição e direção da tomada de fotografias por adultos e crianças: um estudo de percepção de profundidade em fotografias

RESUMO

Verifica se as distorções geométricas produzidas pela redução e ampliação instrumental alteram a percepção espacial de 7 cenas conhecidas, utilizando-se fotografias em 3 experimentos feitos com 50 adultos e crianças de 7 a l4 anos, que indicam, numa planta baixa da escola, o local exato (ponto) e a direção (vetor) em que devem se posicionar para ter a visão correspondente à imagem de cada fotografia. Observa nos 3 experimentos uma aproximação progressiva das posições julgadas pelos Ss para com os objetos representados à medida que o campo visual das fotos se reduz, havendo subestimação de distância inclusive nos julgamentos das fotos tiradas com a objetiva normal; os efeitos perceptuais produzidos pela redução e ampliação foram observados nos julgamentos de todos os Ss, mas o grau de acuracidade nos julgamentos de posição e direção de tomada de fotos é bem menor nas crianças de 7 a 9 anos; os Ss acima de 10 anos indicam discriminação das diferenças entre os estímulos dos 3 experimentos. Conclui que a profundidade percebida em fotos resulta de um ajuste da posição do observador baseado nos limites da representação fotográfica e no campo de visão da cena retratada. Os efeitos da configuração espacial das cenas e da redução/ampliação são adicionais, diferenciando os julgamentos de posição e direção de tomada das fotos entre as cenas (AU)