Um dos principais fatores que fazem com que as mulheres interrompam a amamentação precocemente, é o uso de medicamentos seja pelo receio de causar algum dano à criança, pelo acesso a informações muitas vezes inadequadas, ou mesmo por orientações incorretas de profissionais de saúde. O Ministério da Saúde publicou em 2010, a segunda edição do manual “Amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias”, disponível para download gratuito no site do Ministério da Saúde(1). Este manual utiliza as categorias de risco das drogas e seus respectivos marcadores Verde, Amarelo e Vermelho:
Verde = Uso compatível com a amamentação: Desta categoria fazem parte os fármacos cujo uso é potencialmente seguro durante a lactação, haja vista não haver relatos de efeitos farmacológicos significativos para o lactente.
Amarelo = Uso criterioso durante a amamentação: Nesta categoria estão os medicamentos cujo uso no período da lactação depende da avaliação do risco/benefício. Quando utilizados, exigem monitorização clínica e/ou laboratorial do lactente, devendo ser utilizados durante o menor tempo e na menor dose possível. Novos medicamentos cuja segurança durante a amamentação ainda não foi devidamente documentada encontram-se nesta categoria.
Vermelho = Uso contraindicado durante a amamentação: Esta categoria compreende as drogas que exigem a interrupção da amamentação, pelas evidências ou risco significativo de efeitos colaterais importantes no lactente.
Segundo o documento cientifico da Sociedade Brasileira de Pediatria(2), o princípio fundamental da prescrição de medicamentos para nutrizes baseia-se, sobretudo, na avaliação do risco versus benefício. Os aspectos a serem avaliados incluem os benefícios da amamentação, o alívio dos sintomas e da doença sobre a saúde materna e os riscos da terapêutica para o lactente e para a produção láctea.