Objetivo:
Apresentar o estudo morfológico do
endotélio vascular de
artérias cerebrais humanas e discutir aplicações e limitações da miceoscopia de força atômica (AFM) no estudo de
patologia vascular. Material e
método:
Foram utilizadas amostras do segmento M1 e da bifurcação da
artéria cerebral média, com e sem
doença aterosclerótica. Imagens topográficas, obtidas por
microscopia eletrônica de varredura (
MEV) das amostras fixadas quimicamente e desidratadas mediante ponto crítico foram confrontadas com imagens de amostras não fixadas, obtidas por AFM.
Resultados:
As
células endoteliais nos segmentos retos de M1 e da bifurcação da ACM, sem
doença aterosclerótica, são alongadas e alinhadas com eixo axial do vaso, porém poligonais e sem
orientação preferencial na bifurcação aterosclerótica.A bifurcação com
aterosclerose apresenta uma monocamada endotelial altamente irregular e corrugada que invagina na
luz do vaso e mostra características heterogêneas na superfície da membrana. A resolução das imagens de
MEV foi superior àquela obtida nas imagens de AFM a baixa magnificação. Nas imagens de AFM, a parte lateral e as uniões celulares são pouco definidas e a varredura em altas magnificações diminui a resolução. Contudo, é possível determinar a
topografia tridimensional da superfície celular, podendo-se, ao mesmo
tempo, realizar estudos funcionais.
Conclusão:
Apesar da combinação única de alta resolução de imagem e operação sob condições próximas às fisiológicas, a AFM em amostras flexíveis apresenta resolução que depende do tipo de cantilever e do grau de
hidratação da amostra. Por isso, em amostras vasculares as condições fisiológicas terão de ser estritamente reproduzidas...