Introdução:
Avaliamos a
segurança e
eficácia do uso de
protamina, guiada pelo
tempo de
coagulação ativado, para a
remoção imediata do introdutor arterial femoral em
pacientes submetidos à
intervenção coronária percutânea com
heparina não fracionada, com o objetivo de propor um algoritmo para a prática clínica.
Métodos:
Estudo prospectivo, com
pacientes consecutivos, com
angina estável ou com
síndrome coronariana aguda de baixo ou moderado
risco. Comparamos os
pacientes com a retirada precoce do introdutor arterial àqueles nos quais o introdutor foi retirado de acordo com o
protocolo convencional. A
decisão pela
remoção precoce ou convencional do introdutor foi deixada a critério do operador.
Resultados:
O grupo de
remoção precoce (n = 149) apresentou
menor tempo de manuseio do sítio de punção que o grupo de
remoção convencional (58,3 ± 21,4 minutos vs. 355 ± 62,9 minutos; p < 0,01), principalmente devido à redução do
tempo até a retirada do introdutor (42,3 ± 21,1 minutos vs. 338,6 ± 61,5 minutos; p < 0,01), sem impacto sobre a duração da compressão femoral (16,0 ± 3,6 minutos vs. 16,4 ± 5,1 minutos; p = 0,49). Não houve
trombose hospitalar de stent e nem diferença significativa na
incidência de eventos vasculares ou hemorrágicos. A
incidência de outras hemorragias, que levaram à
hospitalização prolongada, foi
menor no grupo de
remoção precoce (1,3% vs. 5,1%; p = 0,05).
Conclusões:
O uso seletivo de uma abordagem, para a
remoção imediata do introdutor femoral guiada pelo
tempo de
coagulação ativado e a
administração de
protamina, é
seguro e eficaz em
pacientes submetidos à intervenção coronária...