Centralidade do trabalho e saúde mental / Centrality of work for mental health
Cad. psicol. soc. trab
; 262023.
Article
en Pt
| LILACS, INDEXPSI
| ID: biblio-1537443
Biblioteca responsable:
BR85.1
RESUMO
Partindo da noção de trabalho vivo, Christophe Dejours apresenta a tese da centralidade do trabalho para a subjetividade e a saúde mental. Para tanto, traz à baila a discussão sobre a atividade, a insuficiência da tarefa e a experiência de fracasso diante do real; bem como a inteligência do corpo e a afetividade, marcando sua transformação à medida que realiza a atividade, em uma relação dinâmica entre o corpo, a subjetividade e a atividade. Não sendo o trabalho algo solipsista, tais elementos se entrecruzam em meio a outrem, o que requisita a cooperação e os aspectos complexos da formulação de regras para a própria atividade e demanda a confiança, a deliberação coletiva. É nesse coletivo, no viver juntos, que pode ocorrer o reconhecimento que, realizado sobre o que é feito, permite a realização de si no campo social, voltando-se para quem o faz, para uma identidade, que é o que protege a saúde mental. Na ausência da convivialidade e reconhecimento, o trabalho produz sofrimento patógeno. Desse modo, Dejours demonstra que nunca há neutralidade do trabalho no que diz respeito à subjetividade e à identidade, possibilitando a realização de si ou sua destruição
ABSTRACT
Based on the notion of living work, Christophe Dejours presents the thesis of the centrality of work for subjectivity and mental health. To do so, he discusses activity, the insufficiency of the task, the experience of failure in the face of reality, and the intelligence of the body and affectivity, marking its transformation as it performs the activity in a dynamic relationship between the body, subjectivity, and the activity. Rather than configuring a solipsistic text, such elements intersect each other, requiring cooperation and the complex aspects of formulating rules for the activity itself, which requires trust and collective deliberation. It is in this collective, in living together, that recognition can occur, which , based on what is done, enables self-realization in the social field, turning to those who do it and to an identity, which is what protects mental health. In the absence of conviviality and recognition, work produces pathogenic suffering. Thus, the author shows that work is never neutral toward subjectivity and identity, enabling self-realization or its own destruction
Palabras clave
Texto completo:
1
Colección:
01-internacional
Base de datos:
INDEXPSI
/
LILACS
Asunto principal:
Trabajo
/
Salud Mental
Idioma:
Pt
Revista:
Cad. psicol. soc. trab
Asunto de la revista:
PSICOLOGIA
Año:
2023
Tipo del documento:
Article
País de afiliación:
Brasil
/
Francia
Pais de publicación:
Brasil