Avaliação dos fatores de instabilidade nas fraturas de rádio distal

RESUMO

Objetivo: avaliar os critérios de instabilidade para as fraturas de rádio distal em adultos. Métodos: foram analisados, em estudo prospectivo, 58 pacientes com fratura de rádio distal, sendo inicialmente proposto o tratamento conservador com aparelho gessado, após redução fechada nos casos necessários. Foram divididos em dois grupos Grupo G1 com 32 (55,2%) pacientes que apresentavam, no exame inicial, menos de três critérios de instabilidade (idade maior de 60 anos; presença do ângulo de inclinação dorsal maior do que 20º ; cominuição dorsal; fratura intra-articular; fratura da ulna associada) e grupo G2 com 26 (44,8%) pacientes que tinham três ou mais critérios de instabilidade associados. Foram encaminhados para tratamento cirúrgico os casos que durante o seguimento apresentaram perda da redução da fratura (encurtamento radial maior que cinco milímetros; ou desvio dorsal maior que cinco graus; ou degrau na articulação maior de dois milímetros). Resultados: no grupo G1 ocorreu perda da redução em um (3,1%) paciente, sendo que 31 (96,9%) evoluíram satisfatoriamente com o tratamento conservador; e no grupo G2 todos evoluíram com perda da redução, progredindo para tratamento cirúrgico. Conclusão: no nosso estudo, os critérios de instabilidade para fratura de rádio distal, mostraram-se um parâmetro adequado para decisão do tratamento