Comportamento de uma amostra da população urbana de Juiz de Fora - MG perante a automedicação / Self-medication behavior of an urban population (Juiz de Fora-MG, Brazil)
HU rev
; 34(3): 185-190, jul.-set. 2008. tab, ilus
Article
en Pt
| LILACS
| ID: lil-530897
Biblioteca responsable:
BR378.1
RESUMO
Define-se automedicação como a utilização de medicamentos sem prescrição ou orientação médica. Quando inadequada, pode conduzir a efeitos indesejáveis ou enfermidades iatrogênicas, representando um problema a ser estudado. Objetivou-se investigar a prevalência da automedicação em uma amostra da população urbana de Juiz de Fora - MG, analisando seu perfil, além de revelar os fármacos mais adquiridos e sintomas mais comuns, e verificar diferenças de prevalência entre faixas etárias e níveis de escolaridade. Foi aplicado um questionário semiestruturado, contendo 13 questões, a 165 residentes do município de Juiz de Fora - MG, com idade superior a 18 anos, selecionados em amostra acidental. Como resultados, 66,2% dos entrevistados se automedicaram no último ano, sem variação entre sexos e faixas etárias; desses, 45% têm ensino médio completo e 19%, superior completo. O grupo farmacológico predominantemente consumido foi de analgésicos, e o sintoma que levou à automedicação mais citado foi dor. A forma de aquisição predominante foi compra em farmácia sem receita médica e 65,2% afirmaram ter considerado desnecessária uma consulta médica. Aqueles que se automedicam obtiveram o efeito esperado sem a ocorrência de complicações. Entre entrevistados que não se automedicam, o conhecimento e a preocupação com os riscos da automedicação e o hábito de leitura da bula são maiores. Concluímos que a relativa facilidade de obtenção de medicamentos nas farmácias deve ser analisada pelos órgãos competentes, com vistas a campanhas de esclarecimento e de favorecimento ao acesso à consulta. É preocupante a confiança da população na automedicação, associada ao relevante número de pessoas que afirmaram dificuldade de acesso ao médico.
ABSTRACT
Self-medication is defined as the use of drugs without medical prescription or guidance. Inadequate self-medication may lead to untoward iatrogenic effects. This study investigated the prevalence of self-medication in an urban sample from the city of Juiz de Fora, MG, Brazil. Other features such as the most commonly purchased drugs, the most common symptoms, and the customers`age range and educational level were investigated. A 13-question semi-structured questionnaire was applied to 165 randomly selected residents (aged over 18 years) of the city of Juiz de Fora, MG, Brazil. 66.2% used self-medication in the previous year, with no difference concerning sex and age. 45% of these had finished secondary school and 19% had a college degree. Analgesics were the most frequently purchased drugs, and pain the most common complaint. Purchase was predominantly over the counter, and 65.2% found a medical consultation unnecessary. Self-medication led to symptomatic relief without complications. Among those who do not use self-medication, knowledge and worry about this habit are greater, as well as the habit of datasheet reading. The relative ease with which drugs are obtained over the counter should be an issue for the regulating bodies. Confidence in self-medication is worrying, chiefly against the background of a relevant number of people complaining of difficulty to see a doctor. Information campaigns warning against the risks of self-medication, and easier access to medical consultations are necessary.
Palabras clave
Texto completo:
1
Colección:
01-internacional
Base de datos:
LILACS
Asunto principal:
Automedicación
/
Medicamentos sin Prescripción
Tipo de estudio:
Guideline
/
Qualitative_research
/
Risk_factors_studies
Límite:
Humans
País/Región como asunto:
America do sul
/
Brasil
Idioma:
Pt
Revista:
HU rev
Asunto de la revista:
MEDICINA
Año:
2008
Tipo del documento:
Article
País de afiliación:
Brasil
Pais de publicación:
Brasil