Fitness cost of resistance to Bacillus thuringiensis in velvetbean caterpillar Anticarsia gemmatalis Hübner (Lepidoptera, Noctuidae) / Custo adaptativo da resistência a Bacillus thuringiensis em lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis Hübner (Lepidoptera, Noctuidae)

ABSTRACT

Selection pressure to obtain resistant genotypes can result in fitness cost. In this study, we report the effects of the selection pressure of a commercial formulation of Bacillus thuringiensis on biological aspects of a Dipel-resistant strain of velvetbean caterpillar, Anticarsia gemmatalis Hübner. Comparisons of Dipel-resistant and susceptible individuals revealed significant differences in pupal weight and larval development time. Both strains (Dipel-resistant and susceptible) were susceptible to Cry1Ac toxin expressed in foliar cotton tissues. Resistant and susceptible strains showed low survival rates of 22.5% and 51.2%, respectively, when fed with Greene diet containing Bt-cotton. Larvae bioassayed after three laboratory generations presented lower survival and less instar numbers than individuals maintained in the laboratory for more than 144 generations. Pupal weight was 9.4% lower and larval development time was 1.9 days longer in the resistant population than in the susceptible strain. Other parameters, such as duration of pupal stage, adult longevity, number of eggs per female, oviposition period, and egg fertility, remained unaffected.

RESUMO

A pressão de seleção para obter genótipos resistentes pode resultar em custo adaptativo. Neste estudo, relatamos os efeitos da pressão de seleção de uma formulação comercial de Bacillus thuringiensis sobre aspectos biológicos de uma raça Dipel-resistente da lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis Hübner. Comparações de indivíduos resistentes e suscetíveis a Dipel revelaram diferenças significativas em peso de pupas e tempo de desenvolvimento larval. Ambas as raças (suscetível e Dipel-resistente) foram suscetíveis à toxina Cry1Ac expressa em tecidos de folhas do algodoeiro. Linhagens resistentes e suscetíveis apresentaram baixas taxas de sobrevivência de 22,5% e 51,2%, respectivamente, quando alimentadas com dieta Greene contendo algodão Bt. As larvas utilizadas no bioensaio após três gerações de laboratório apresentaram menores taxas de sobrevivência e menores números de ínstares do que os indivíduos mantidos no laboratório por mais de 144 gerações. O peso das pupas foi 9,4% menor e o tempo de desenvolvimento foi 1,9 dias mais longo na população resistente do que na raça suscetível. Outros parâmetros, como duração do estágio pupal, longevidade de adultos, número de ovos por fêmea, período de oviposição e fertilidade de ovos, não foram afetados.