Physical training improves physical fitness and the quality of life of patients on hemodialysis / Treinamento físico melhora a aptidão física e a qualidade de vida de pacientes em hemodiálise

ABSTRACT

The aim of this study was to analyze the effects of physical training (PT) on physical fitness and quality of life (QoL) of patients undergoing hemodialysis (HD). For this purpose, 22 patients were randomly divided into a nonintervention group (control, n=11) and an intervention group (n=11). Patients in the intervention group were submitted to PT (consisting of aerobic exercise, strength training, and stretching) during HD, three times/week, for 4 months. Physical fitness was evaluated by the six-minute walk test (T6), respiratory muscle strength (RMS) testing, chair-stand test (CST), and abdominal strength test. The SF-36 was used to evaluate QoL. In addition, a semistructured interview was applied to evaluate the patient's perception of the benefits of PT. After PT, patients in the intervention group showed an increase in the distance walked in the T6 (p<0.004), RMS (inspiratory pressure p<0.002; expiratory pressure p<0.001), CST (p<0.001), and abdominal strength test (p<0.001). In addition, improvement of QoL was observed in the following domains physical functioning (p<0.001), physical role functioning (p<0.003), pain (p<0.04), general health (p<0.02), and emotional well-being (p<0.01). The interviews permitted to divide the patient's perception of the benefits of PT into three categories physical, psychological, and social benefits. In conclusion, PT improved the physical fitness and QoL of patients on HD as demonstrated by the assessment of the researchers and by the perception of the patients themselves.

RESUMO

O objetivo do estudo foi analisar os efeitos do treinamento físico (TF) sobre a aptidão física e a qualidade de vida (QV) de pacientes em hemodiálise (HD). Para isso, 22 pacientes foram divididos aleatoriamente em grupo controle - GC (n=11) e grupo experimental - GE (n=11). O GE realizou TF (constituído por exercício aeróbio, contra resistência e alongamentos) durante a HD, três vezes/semana, por quatro meses. A aptidão física foi avaliada por meio do teste de seis minutos de caminhada (T6); da força muscular respiratória (TFMR); do teste de sentar e levantar (TSL); e da resistência muscular localizada (RML) de abdome. Para avaliar a QV, foi utilizado o SF-36. Além disso, uma entrevista semiestruturada foi aplicada para avaliar a percepção dos pacientes sobre os benefícios do TF. Após o TF o GE apresentou aumento na distância percorrida no T6 (p<0,004), no TFMR (pressão inspiratória p<0,002; pressão expiratória p<0,001); no TSL (p<0,001) e na RML de abdome (p<0,001). A melhora da QV de vida também foi observada, para os domínios funcionamento físico (p<0,001), função física (p<0,003), dor (p<0,04), saúde geral (p<0,02) e bem-estar emocional (p<0,01). A partir das entrevistas, três categorias foram criadas sobre os benefícios do TF na percepção dos pacientes benefícios físicos, psicológicos e sociais. Sendo assim, foi possível concluir que o TF promoveu melhora na aptidão física e na QV de paciente em HD, tanto na avaliação dos pesquisadores, quanto na dos pesquisados.