O mito (complexo) dos vampiros: sua importância psicológica e psicopatológica

RESUMO

O autor se refere aos mitos, como efeito de 'complexos' que continuam a ter valor destacado para a investigação do inconsciente. Contudo, julga que a Psicanálise tem sempre enfatizado demais a Mitologia antiga, esquecendo-se da atual, principalmente como a mesma aparece no cinema e estórias em quadrinhos. A esse respeito, considera o 'mito dos vampiros', como surge na psicopatologia desenhos de esquizofrênicos, por exemplo e em psicologia figuras 'vampirescas' conforme criação de Hollywood e imitadas pelas mulheres mais sofisticadas de todo o mundo e mais recentemente, as figuras femininas em muitas estórias em quadrinhos, inclusive na Rússia. Vampiro e Édipo, conclui, concentram de maneira surpreendente, configurações psicodinâmicas evolutivas, verdadeiros marcos básicos para a compreensão psicológica e psicodinâmica. Enquanto 'Édipo' ilustra e sintetiza o 'inconsciente' da fase fálica (genital), exaustivamente estudado por Freud e responsável pelos conflitos neuróticos, 'Vampiro' faz o mesmo com a fase oral, aprofundada por Melanie Klein e ligada aos aspectos psicóticos da personalidade humana (AU)