Correlatos existenciais da aceitabilidade da morte: Um estudo à luz do sentido na vida / Correlates existential on acceptance of death: A study in the light of meaning in life

RESUMO

O objetivo da presente pesquisa foi identificar em que medida a sensação de sentido na vida se associa à aceitabilidade da morte. Para tanto, realizaram-se dois estudos, o primeiro tendo por objetivo reunir evidências de validade fatorial e consistências internas dos instrumentos empregados Escala de Atitude Perante a Morte e Questionário Sentido de Vida. O Estudo 1 contou com uma amostra composta por 244 participantes, sendo a maioria do sexo feminino (33,2%), com média de idade de 27 anos (dp = 11,3; amplitude de 17 a 75 anos). Os resultados sugeriram que os instrumentos apresentaram parâmetros psicométricos adequados, indicando validade fatorial e consistência interna. Já o Estudo 2 contou com 243 participantes, com média de idade de 27 anos (dp = 11,7; amplitude de 16 a 72 anos ), sendo a maioria do sexo feminino, com 63,8%. Concluiu-se que a aceitabilidade da morte está associada tanto como índice de autoavaliação da congruência entre o “ser” e o “poder ser”, quanto com a sensação de realização de sentido; enquanto que a evitação e o medo da morte estão associados com abusca de sentido e maiores índices de autoavaliação de incongruência. As implicações destes resultados são discutidas e pesquisas futuras sugeridas.(AU)

ABSTRACT

This research aims to identify to what extent the sense of meaning in life is associated to the acceptability of death. In order to evaluate this aspect, two studies were performed. The first one aimed to find evidences of its factorial validity as well as to verify the reliability of the employed instruments Death Attitude Profile and Meaning Life Questionnaire. Thus, Study 1 consisted of 244 participants, in which most of them were female (66.8%), 27 years old in average (SD = 11.3; ranging from 17 to 75). The results suggested that the applied instruments showed adequate psychometric parameters, indicating factorial validity and reliability. On the other hand, Study 2 took a sample of 243 participants, with an average of 27 years old (SD = 11.7; ranging from 16 to 72), in which most of them were female (63.8%). The research concluded that the acceptability of death is associated to the kind of self-evaluation that leads to the congruence between the sense of what “one really is” to what “one can be”, as well as to the sense of achievement of meaning in life. Meanwhile, the avoidance and the fear of death are associated to the search of meaning as well as to high rates of incongruence in self-evaluating. The implications of these findings are discussed in this article, suggesting future researches on this subject.(AU)