A tomada de perspectiva social: uma análise qualitativa com estudantes paraibanos / Social perspective taking: a qualitative analysis with students from João Pessoa, capital city of Paraiba State, Brazil

RESUMO

Este estudo teve o objetivo avaliar a capacidade de tomada de perspectiva de estudantes (crianças, adolescentes e adultos) matriculados nas redes pública e privada de ensino da cidade de João Pessoa e verificar a influência das variáveis idade, tipo de escola e gênero sobre esta capacidade. O enfoque teórico adotado foi a teoria de Robert Selman sobre a tomada de perspectiva social. Participaram 149 estudantes com idades variando entre 5 e 26 anos, homens e mulheres; estes responderam um questionário com o dilema de Olga e o dilema dos Sem-terra e dados sócio-demográficos. As respostas sobre os dilemas foram categorizadas conforme os níveis de tomada de perspectiva social propostos por Selman. A análise das freqüências de respostas dadas ao dilema de Olga revelou diferenças significativas em relação à variável idade; não foram encontradas diferenças quanto às variáveis tipo de escola e sexo. Já a análise das freqüências de respostas dadas ao dilema dos sem terra revelou diferenças significativas quanto à idade e o tipo de escola. Os resultados foram discutidos com base na literatura e em estudos empíricos pertinentes.(AU)

ABSTRACT

This study aims to evaluate the perspective taking ability of students (children, teenagers and adults) enrolled in public and private schools in the city of João Pessoa to verify the influence of the age, school type and gender variables on this skill. The theoretical approach adopted is Robert Selman’s theory on social perspective taking. 149 students participated, from ages 5 to 26 years old, both male and female. The Olga dilemma, Landless dilemma questionnaire and also a socio-demographic data survey were conducted. The answers on the dilemmas were categorized according to the levels of decision- on social perspective taking proposed by Selman. The analysis of the response frequency to Olga’s dilemma revealed significant differences in the age variable; no differences were found in the school type and gender variables. However, the analysis of the frequency responses to the plight of the Landless dilemma revealed significant differences in age and type of school. The results were discussed based on the literature and relevant empirical studies.(AU)