Antimicrobial prophylaxis is not indicated for horses undergoing general anaesthesia for elective orthopaedic MRI.

RESUMO

CONTEXTO: Febre é uma complicação comum após anestesia geral. Contudo, a incidência de febre em cavalos submetidos à ressonância magnética (RM) é desconhecida. OBJETIVO: Determinar a incidência de febre pós­anestésica em cavalos submetidos à RM devido à lesões ortopédicas e determinar se terapia antimicrobiana é necessária para reduzir a incidência de febre pós­anestésica. Nossa hipótese é que o uso de antimicrobianos é associado com a redução da incidência de febre pós­anestésica. DELINEAMENTO DO ESTUDO: Estudo retrospectivo transversal. METODOLOGIA: Esse estudo retrospectivo incluiu 791 equinos submetidos à RM por motivos ortopédicos, entre Junho de 2006 e Março de 2020, que recuperaram de anestesia geral, e não foram submetidos à cirurgia ou terapia intensa logo após a recuperação. Fatores que potencialmente poderiam ser associados com febre pós­anestésica foram avaliados utilizando regressão logística multivariada. Informações do paciente, como sexo e idade, tempo de viagem, anormalidades nos exames de sangue (hemograma e bioquímico) pré­anestésico, uso profilático de antimicrobianos, uso de anti­inflamatório não­esteroidal no período peri­anestésico, tempo de anestesia, e tempo de recuperação foram avaliados para possível associação com febre pós­anestésica. RESULTADOS: Dos 791 casos de RM, 44 (5.6%) desenvolveram febre pós­anestésica. Cavalos que receberam terapia antimicrobiana profilática foram (OR 3.8, 95% CI 1.98­7.46; p ≤ 0.001) vezes mais prováveis de desenvolverem febre pós­anestésica do que aqueles que não receberam antimicrobianos. Cavalos jovens (1­4 anos de idade) foram OR 2.8, 95% CI 1.26­6.17; p = 0.01) vezes mais prováveis de desenvolverem febre comparado com cavalos adultos (≥5 anos de idade). PRINCIPAIS LIMITAÇÕES: As limitações deste estudo são aquelas de uma análise retrospectiva, incluindo a seleção não randomizada dos pacientes e prontuários incompletos. CONCLUSÕES: Enquanto febre pode indicar a presença de infecção, a maioria das febres no período logo após anestesia se resolveram antes da alta do hospital e não tiveram nenhuma causa identificada. O uso profilático de antimicrobianos para reduzir a possível chance de febre pós­anestésica em casos de RM eletiva não é suportada por este estudo.