Atuação da equipe multidisciplinar no luto / Performance of the multidisciplinary team in mourning
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo
; 30(2 Suppl. B): 258-258, abr-jun., 2020.
Artigo
em Português
| Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP
| ID: biblio-1117696
Biblioteca responsável:
BR79.1
RESUMO
INTRODUÇÃO:
A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clinica caracterizada por declínio gradual da função cardíaca, causando diversos sintomas. desse modo, pacientes com IC precisam elaborar diversas perdas durante o processo da doença até o óbito.OBJETIVO:
Descrever a atuação do profissional de saúde no processo de luto. Relato de Caso Trata-se de um adulto- jovem de 21 anos admitido na equipe de cuidados paliativos com Insuficiência Cardíaca avançada.RESULTADOS:
As últimas horas de vida do jovem foi inundada de tristeza e saudade. Nesse caso buscou-se escutar e permitir a expressão de sentimentos da mãe, essencialmente transmitir um acolhimento constante e sincero. Buscamos oferecer momento de contato da mãe com o filho morto conforme seu desejo. Após o óbito, a mãe começou a retirar os pertences do quarto e lembrou de histórias como a compra de um inalador silencioso que ele gostava muito, mas utilizou pouco porque estava nas últimas horas de vida. Demonstrou interesse em devolver um medicamento para a farmácia de alto custo, pois beneficiaria outro paciente. A mãe comentou com a psicóloga que o filho havia pedido perdão no dia anterior, uma vez que ,sentia-se um fardo para a família, porque não conseguiu cuidar da irmã e nunca trabalhou para realizar o sonho da mãe de ter uma casa, então, o choro e silêncio se fizeram presentes. Momento de ficar com a dor da ausência do filho, mas as lembranças das vivências. Ela também falou da preocupação com a outra filha de dez anos, como falar sobre a morte do irmão? Após intervenção e cuidado da equipe ela referiu que contaria para filha quando chegasse da escola. Posteriormente a saída da mãe do quarto, realizou-se os cuidados com o corpo, a enfermeira e a psicóloga acompanharam a mãe ao setor de internação para seguimento em relação as questões burocráticas e estabelecimento de contato com outros membros da família. Essa não foi a última etapa de intervenção da equipe, a mãe mantém acompanhamento do luto.CONCLUSÃO:
O ser humano não está preparado para a finitude, a mãe embora soubesse que iria perdê-lo não estava preparada para a morte. A enfermeira e a psicóloga atuaram com sensibilidade tanto nos momentos que precederam a morte, bem como à sua concretude, facilitando o contato entre familiares, amigos e expressão de sentimentos. Neste sentido, oferecer cuidados paliativos é vivenciar momentos de compaixão, novo sentido de cuidar e abrir espaço para o viver e o morrer, considerando paciente e família junto à equipe de saúde.
Texto completo:
Disponível
Coleções:
Bases de dados nacionais
/
Brasil
Contexto em Saúde:
ODS3 - Saúde e Bem-Estar
Problema de saúde:
Meta 3.1: Reduzir a mortalidade materna
Base de dados:
Sec. Est. Saúde SP
/
SESSP-IDPCPROD
Assunto principal:
Emoções
/
Acolhimento
/
Enfermeiras e Enfermeiros
Idioma:
Português
Revista:
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo
Ano de publicação:
2020
Tipo de documento:
Artigo
/
Congresso e conferência
Instituição/País de afiliação:
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/BR