Tradução, interpretação e poesia. Faces do mesmo? / Translation, interpretation and poetry. Faces of the same?
Rev. psicanal
; 21(3): 587-603, dez. 2014.
Artigo
em Português
| LILACS
| ID: biblio-836496
Biblioteca responsável:
BR18.1
RESUMO
A tradução, como a interpretação psicanalítica, é sempre incompleta, defeituosa, imperfeita, assim como o próprio sujeito. Os poetas permitem ao leitor brincar com as palavras, sílabas ou frases, desfrutando do texto ao seu bel-prazer. Tradutores se beneficiam com a polissemia do texto, a fim de recriar a sua própria versão do original. O analista, ao interpretar, condensa a polissemia do discurso do sujeito em análise. Todas as versões são sempre inesperadas para os três. Tentamos retomar aqui a poesia dos textos originais de Freud, solapada por algumas traduções. Investigamos também a estreita relação entre o poeta e o psicanalista, apontada por Lacan, bem como alguns parâmetros clínicos importantes que poderiam ser incluídos na pesquisa da interpretação psicanalítica e também na produção da poesia. Poesia, que é um efeito de sentido, é também um não-sentido. Portanto, não se situa no terreno da significação racional, mas sim nos limites do impossível. Paradoxalmente, abre infinitas possibilidades ao sujeito.
ABSTRACT
Translation, as the psychoanalytic interpretation, is always incomplete, flawed and imperfect, as the subject himself. Poets allow readers to play with words, syllables or phrases, enjoying the text at their own leisure. Translators benefit the most from the polysemy of the text in order to recreate their own version of the original. The analyst, by interpreting, condenses the polysemy of the analytic subjects discourse. All versions are always unexpected for the three of them. We try to reexamine the poetry of Freuds original texts, undermined by some translations. We also investigate the close relationship between the poet and the psychoanalyst, pointed by Lacan, as well as some important clinical parameters that could be included in the research of psychoanalytic interpretation and also in the production of poetry. Poetry, which is an effect of sense, is also a nonsense. Therefore, it does not stand on the ground of rational meaning, but rather within the limits of the impossible. Paradoxically, opens up endless possibilities for the subject.
RESUMEN
La traducción, así como la interpretación psicoanalítica, es siempre incompleta, defectuosa, imperfecta, así como el propio sujeto. Los poetas permiten al lector jugar con las palabras, sílabas u oraciones, disfrutando del texto a su sabor y antojo. Traductores se benefician con la polisemia del texto con el fin de recrear su propia versión del original. El analista, al interpretar, condensa la polisemia del discurso del sujeto en análisis. Todas las versiones son siempre inesperadas para los tres. Tratamos de volver a examinar la poesía de los textos originales de Freud, minada por algunas traducciones. También investigaremos la estrecha relación entre el poeta y el psicoanalista, bellamente señalada por Lacan, bien como algunos parámetros clínicos importantes que podrían ser incluidos en la investigación de la interpretación psicoanalítica y también en la producción de poesía. Poesía, que es un efecto de sentido, es también un no-sentido. Por lo tanto, no se sitúa en el terreno de la significación racional, pero si en los límites de lo imposible. Paradójicamente, se abre un sinfín de posibilidades para el sujeto.
Texto completo:
Disponível
Coleções:
Bases de dados internacionais
Base de dados:
LILACS
Assunto principal:
Poesia como Assunto
/
Interpretação Psicanalítica
/
Tradução
/
Teoria Freudiana
Limite:
Humanos
Idioma:
Português
Revista:
Rev. psicanal
Assunto da revista:
Psiquiatria
Ano de publicação:
2014
Tipo de documento:
Artigo
País de afiliação:
Brasil
Instituição/País de afiliação:
Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro/BR
/
Instituto Cultural Freud/BR