Comparação das atividades antimicrobianas de meropenem e imipenem/cilastatina: o laboratório necessita testar rotineiramente os dois antimicrobianos? / Comparative antimicrobial activity between meropenem and imipenem/cilastatina: does the clinical laboratory need to test both imipenem and meropenem routinely?
J. bras. patol. med. lab
; 38(1): 13-20, mar. 2002. ilus
Artigo
em Português
| LILACS
| ID: lil-316935
Biblioteca responsável:
BR14.1
RESUMO
O meropenem e o imipenem representam os ßðlactâmicos com maior espectro e potência antimicrobiana, e são os únicos carbapenêmicos disponíveis para uso clínico no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa. O meropenem apresenta atividade in vitro superior contra gramðnegativos, enquanto que o imipenem é discretamente mais ativo contra gramðpositivos. Os objetivos deste estudo são comparar as atividade in vitro destes dois carbapenêmicos e avaliar a necessidade de o laboratório clínico testáðlos em sua rotina. Os resultados da avaliação dos padrões de sensibilidade de 2.144 bacilos gramðnegativos pela técnica de microdiluição em caldo foram analisados. Contra enterobactérias, o meropenem apresentou atividade pelo menos oito vezes maior que o imipenem. Contra Pseudomonas aeruginosa, o meropenem (CIM50 de 1 µg/ml) também apresentou atividade superior à do imipenem (CIM50 de 1 µg/ml para ambos). Somente 2,7 por cento das amostras avaliadas apresentaram resultados discordantes entre os dois carbapenêmicos em termos de categoria de sensibilidade ð isto é, foram sensíveis a um e resistentes ao outro. Quarenta e seis amostras (2,14 por cento) foram sensíveis ao meropenem e resistentes ao imipenem, enquanto que somente 12 amostras (0,55 por centro) apresentaram sensibilidade ao imipenem e resistência ao meropenem. A grande maioria dos resultados discordantes (91,4 por centro) ocorreu entre as amostras de bacilos gramðnegativos nãoðfermentadores da glicose (BGNðNF). Entre as 1.350 enterobactérias testadas houve apenas cinco resultados discordantes (0,37 por cento), enquanto que entre os BGNðNF ocorreram 53 (6,67 por cento). Além disso, em cerca de 80 por cento, as amostras foram sensíveis ao meropenem e resistentes ao imipenem. Os resultados deste estudo indicam que o laboratório de microbiologia pode testar apenas um dos carbapenêmicos contra enterobactérias, considerando para o outro o mesmo resultado. É importante que os resultados dos dois carbapenêmicos sejam colocados no relatório, para que o médico possa escolher aquele que achar mais adequado. Por outro lado, para os BGNðNF, o laboratório deve realizar o teste de sensibilidade com os dois carbapenêmicos separadamente
Texto completo:
Disponível
Coleções:
Bases de dados internacionais
Contexto em Saúde:
Doenças Negligenciadas
Problema de saúde:
Doenças Negligenciadas
/
Zoonoses
Base de dados:
LILACS
Assunto principal:
Proteus
/
Pseudomonas
/
Pseudomonas aeruginosa
/
Serratia
/
Acinetobacter
/
Citrobacter
/
Resistência Microbiana a Medicamentos
/
Cilastatina
/
Testes de Sensibilidade Microbiana
/
Providencia
Tipo de estudo:
Ensaio clínico controlado
Idioma:
Português
Revista:
J. bras. patol. med. lab
Assunto da revista:
Patologia
Ano de publicação:
2002
Tipo de documento:
Artigo
País de afiliação:
Brasil
Instituição/País de afiliação:
Universidade Federal de São Paulo/BR