A sexualidade no envelhecer: um estudo com idosos em reabilitação / The sexuality in aging: a study with elderly under rehabilitation

RESUMO

O objetivo deste estudo descritivo foi caracterizar os participantes do Grupo de Educação a Saúde (GES) da Divisão de Medicina de Reabilitação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (DMR-HCFMUSP) quanto à prática de atividade sexual de idosos, identificando as alterações na função sexual e expectativas dos mesmos com relação à sexualidade. Para a coleta dos dados utilizou-se instrumento específico, com três partes, na primeira foram informados dados sócio-demográficos; nas demais partes tanto homens quanto mulheres foram questionados quanto a regiões do corpo onde preferiam a estimulação sexual, a freqüência da atividade sexual e formas de obtenção de prazer. Para os homens foram direcionadas questões específicas sobre ereção, ejaculação. Para mulheres investigou-se a ocorrência de orgasmos e libido, bem como aspectos fisiológicos envolvidos no ato sexual. Nossa amostra foi de 36 pacientes, cuja média de idade era de 70 a 75 anos, sendo 31 mulheres (86 por cento). Quanto ao estado civil 16 eram viúvos (44 por cento) 10 casados (28 por cento); 5 solteiros (14 por cento). Os dados apontam que 12 dos participantes praticam sexo de 0 a 3 vezes por semana. Em relação à freqüência das atividades sexuais 77 por cento participantes julgaram-na satisfatória e 21 afirmaram sentir prazer (81 por cento). A forma de estímulo preferida foi o uso de carícias 10 (56 por cento), seguida por carícias e beijos em 4 (22 por cento). Como zona erógena, 8 (30 por cento) pessoas mencionam a cabeça, seguida de boca e pescoço 6 (22 por cento), mamilos, peito e genitais 2 (7 por cento). O estudo permitiu a verificação das características peculiares da atividade sexual em idosos, servindo como base para investigações clínicas aprofundadas a partir das quais abordagens mais amplas podem ser implementadas.