Dislipidemias / Dyslipidemias
RBM rev. bras. med
; 68(1/2)jan.-fev. 2011.
Artigo
em Português
| LILACS
| ID: lil-621002
Biblioteca responsável:
BR1.1
RESUMO
O conhecimento da abordagem diagnóstica e terapêutica das dislipidemias é de fundamental importância não apenas para o cardiologista, visto que as dislipidemias são achados frequentes em sua forma isolada ou associada a outros distúrbios metabólicos (tireoideanos, hepáticos, renais ou associados ao diabetes mellitus), em consequência do emprego de medicamentos como diuréticos, beta-bloqueadores, imunossupressores, antirretrovirais, corticosteroides e ainda nas formas genéticas.As dislipidemias podem ter sua expressão fenotípica na infância ou, mais tardiamente, desencadeadas pelo estilo de vida inapropriado, especialmente sedentarismo, dieta inadequada, resistência à insulina e outros fatores relacionados ao estilo de vida. Podem ou não apresentar sinais clínicos característicos e associar-se a complicações, como doença aterosclerótica ou pancreatite. A abordagem desses pacientes deve visar mudanças do estilo de vida e o emprego de tratamento medicamentoso, por tempo prolongado, em geral ao longo da vida. As indicações para o uso de fármacos hipolipemiantes e as metas a serem atingidas estão bem definidas por diretrizes. O uso de hipolipemiantes requer o conhecimento de suas características farmacodinâmicas e farmacocinéticas, perfil de segurança e eventos adversos, interações com outros fármacos e presença de comorbidades. A clara associação entre os fatores de risco e a aterosclerose norteou a elaboração de algoritmos para a estratificação do risco cardiovascular e os ensaios clínicos randomizados forneceram a base de evidências para a utilização dos hipolipemiantes na prevenção primária e secundária da doença cardiovascular e em muitas outras situações clínicas, de acordo com as estimativas de risco. O fármaco de escolha para o tratamento da hipercolesterolemia é a estatina, mas em algumas situações não são suficientes para se atingir os níveis desejados de colesterol, sendo necessária adição de inibidores da absorção de colesterol ou outras medidas associadas. Hipertrigliceridemias devem ser tratadas para prevenir episódios de pancreatite e também com o objetivo de reduzir complicações cardiovasculares. Situações especiais, como os transplantados, idosos, portadores da síndrome da imunodeficiência adquirida e outras condições em que a aterosclerose seja uma condição comumente associada, devem ter seu risco avaliado de maneira semelhante e o tratamento instituído, levando-se em conta o risco/benefício do tratamento e os fármacos mais adequados para cada situação.
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Coleções:
Bases de dados internacionais
Base de dados:
LILACS
Tipo de estudo:
Ensaio clínico controlado
/
Guia de prática clínica
/
Fatores de risco
Idioma:
Português
Revista:
RBM rev. bras. med
Assunto da revista:
Medicina
Ano de publicação:
2011
Tipo de documento:
Artigo
País de afiliação:
Brasil
Instituição/País de afiliação:
Pontifícia Universidade Católica de Campinas/BR
/
Universidade Federal de São Paulo/BR