Interferências oclusais em pacientes tratados ortodonticamente / Occlusal interferences in patients submitted to orthodontic treatment

RESUMO

Com o objetivo de avaliar os contatos oclusais de pacientes tratados ortodonticamente, foram selecionados 30 pacientes com intercuspidação oclusal estática satisfatória eboa finalização ortodôntica. Esses pacientes foram moldados imediatamente após a remoçãodos aparelhos superior e inferior e seus modelos montados em articuladores semiajustáveis nas posições de relação cêntrica e máxima intercuspidação. Avaliou-se a presença de deslizeentre estas duas posições nos sentidos anteroposterior, vertical e sagital; a presença de contatos prematuros na posição de relação cêntrica; o tipo de guia de desoclusão; a presençade prematuridades no lado de não trabalho. Dos 30 pacientes analisados, apenas três apresentaram as posições de relação cêntrica e máxima intercuspidação coincidentes. Os outrosmostraram diferenças quando avaliados nos sentidos anteroposterior, vertical e sagital, Foram identificados contatos prematuros em todos os pacientes, sendo que os segundos molares foram os responsáveis pela maior parte destes contatos prematuros. Quanto à análise dos guias de desoclusão, a maior parte desses pacientes apresentou guia anterior e apenas três pacientes apresentaram contato no lado de não trabalho. Torna-se evidente a necessidade de uma avaliação em longo prazo para determinar as mudanças que podem ocorrer no que diz respeito aos contatos oclusais, em pacientes tratados ortodonticamente, para se decidirquanto à necessidade de um ajuste oclusal.

ABSTRACT

With the aim of evaluating the occlusal contacts of patients that weresubmitted to orthodontic treatment, it was selected thirty patients with a good orthodontic treatment outcome. It was done the study casts immediately after the appliance removal and those casts were mounted in the semi-adjustable articulator in the centric relation andin the maximal intercuspation position. It was evaluated if there was any difference between those positions in the antero-posterior, vertical or lateral way; if there was any premature contact in the centric relation position; the type of desocclusion guidance and if there wasany premature contact in the non-working side. Of the thirty patients analyzed, only threedidn't show any difference between centric relation and maximal intercuspation. It wasidentified premature contacts in ali patients and in most of them the second molars causedit. Most patients presented an anterior guidance and only three patients had contacts inthe non-working side. It becomes clear the need of a long term evaluation to determine thechanges that may occur with those occlusal contacts so it can be decided if there is anyneed of an occlusal adjustment.