Saúde mental e fatores de risco e proteção: focalizando adolescentes cumprindo medidas socioeducativas / Young offenders in brazil: mental health and factors of risk and protection

ABSTRACT

The literature has indicated that young offenders may show varied problems of mental health; however, in Brazil a limited number of studies are focused on that question OBJECTIVE: Identify the health, self-esteem and social support levels of male young offenders complying with not confined socio-educational measures, the parenting styles adopted towards them and identify the relationship between these variables METHODS: It is an exploratory and correlational study in which 33 male young offenders aged between 14 and 18 years who attend the socio-educational programme of a mid-size city in the State of São Paulo, Brazil, took part on the study, they answered specific instruments to appraise different variables of focus RESULTS: The results indicate that 67% of the adolescents presented mental health disorders; 84% perceive that the social support received is below "low" or "medium", and 33% judge the parental style of their caregiver as a risk. The greater the negligence and poor support of the family and caregivers, the lower the self-esteem of young offenders CONCLUSIONS: Most of the adolescents had mental health disorders and evaluated the social support received as low or medium. All participants evaluated negatively the parental style adopted by their parents. The parental style used was considered below average and risky. Furthermore, was observed that the lower the self-esteem of the adolescents and the lower the family support perceived by them, the higher was the degree of parental negligence evaluated. It is understood that these results reinforce the need for intersectoral coordination in actions aimed at this population.

RESUMO

A literatura tem apontado que adolescentes em conflito com a lei podem apresentar diversos problemas de saúde mental, porém poucos estudos brasileiros abordam essa questão OBJETIVOS: Identificar os níveis de saúde mental, auto-estima e suporte social de adolescentes cumprindo medidas sócio-educativas em meio aberto, os estilos parentais adotados pelos seus responsáveis e identificar relações entre estas variáveis MÉTODO: Trata-se de estudo exploratório e correlacional. Participaram do estudo 33 adolescentes em cumprimento de medidas sócio-educativas em uma cidade do interior do estado de São Paulo/Brasil, com idade entre 14 e 18 anos que responderam a instrumentos específicos para avaliação das variáveis focalizadas RESULTADOS: Os resultados revelaram que a maior parte dos adolescentes apresentaram problemas de saúde mental e avaliaram o suporte social que recebem como sendo baixo ou médio. Além disso, o estilo parental adotado pelos responsáveis é regular abaixo da média ou de risco e todos os adolescentes avaliaram negativamente os estilos parentais adotados por seus responsáveis. Observou-se que quanto menor a auto-estima dos adolescentes, menor é o suporte familiar percebido por eles e mais seus responsáveis adotam a prática parental de negligência CONCLUSÃO: A maior parte dos adolescentes apresentaram problemas de saúde mental. Além disso, quanto menor a auto-estima dos adolescentes, menor foi o suporte familiar percebido por eles e mais seus responsáveis adotam a prática parental de negligência. Compreende-se que estes resultados reforçam a necessidade de articulação intersetorial nas ações que focalizam esta população.