RESUMO
Este artigo teve como objetivo ponderar acerca de sofrimentos de grupos que se veem forçados a migrar para espaços urbanos na Amazônia, rompendo relações com a terra. Foram utilizadas categorias analíticas de dois grupos de pesquisa de universidades brasileiras e apresentados relatos de sofrimento psíquico de indígenas das etnias sateré-maué e hixcariana, ambas no Estado do Amazonas, após a migração para a cidade. A metodologia de coleta foi a etnografia, e a análise foi feita sob categorias da Psicologia sócio-histórica. Resultados sugerem que a desigualdade social vivida pelos povos indígenas atravessa os sofrimentos vividos na urbe, caracterizando-se por ser um sofrimento ético-político. A concepção de saúde e a categoria de comum se mostraram, neste artigo, como formas de potência para esses povos viverem em contexto urbano.
This article aimed at bringing into consideration the suffering of groups that are forced to migrate to urban spaces in the Amazon area, breaking up their relations with the land. We have used analytical categories of two research groups from Brazilian universities and presented reports of psychological distress experienced by Sateré-Maué and Hixcariana indigenous people, in the Amazonas State, after migrating to the city boundaries. Ethnography was applied as the methodology of collection and the analysis was carried out under categories of sociohistorical Psychology. Results suggest that the social inequality experienced by indigenous peoples goes through the sufferings experienced in the city, being characterized as an ethical-political suffering. The concept of health and the category of common, on this paper, proved to be forms of power for these peoples to live in an urban context.
Este artículo tuvo como objetivo reflexionar sobre el sufrimiento de los grupos que se ven obligados a migrar a espacios urbanos en la Amazonía, rompiendo relaciones con la tierra. Se utilizaron categorías analíticas de dos grupos de investigación de universidades brasileñas y se presentaron informes de angustia psicológica de las etnias indígenas Sateré-Maué e Hixcariana, en el Estado de Amazonas, después de la migración a la ciudad. La metodología de recolección fue la etnografía y el análisis se realizó bajo categorías de Psicología sociohistórica. Los resultados sugieren que la desigualdad social experimentada por los pueblos indígenas atraviesa los sufrimientos experimentados en la ciudad, caracterizándose como un sufrimiento ético-político. El concepto de salud y la categoría de común, en este artículo, demostraron ser formas de poder para que estos pueblos vivan en un contexto urbano.
Assuntos
Povos Indígenas , Psicologia Social , Migração Humana , Angústia Psicológica , Antropologia CulturalRESUMO
Esta obra apresenta-se como mais que um dos bons frutos dos Cursos de EspecializaçaÌo realizados pela Fiocruz nos anos de 2010/2011 e 2013/2014, posto que discute diferentes formas de divulgar temas cientiÌficos e ainda aponta a complexidade e os matizes do fazer e comunicar cieÌncia no Bioma AmazoÌnia. A divulgaçaÌo da cieÌncia para a sociedade eÌ importante para que ela perceba, irrefutavelmente, a importaÌncia dos investimentos em cieÌncia, tecnologia e inovaçaÌo como necessaÌrios para mudança de cenaÌrios indesejados e para alavancar o potencial dessa rica regiaÌo. Potencial cantado em verso e prosa, mas que soÌ poderaÌ se constituir em riqueza para seu povo por meios naÌo hegemoÌnicos de produçaÌo e formulaçaÌo de poliÌticas puÌblicas. E isso soÌ eÌ possiÌvel aliando a cieÌncia aos interesses da sociedade, aos saberes e aiÌ o jornalismo cientiÌfico robusto eÌ veiÌculo de muÌltiplas vias: ouvindo, analisando de forma criÌtica e transmitindo aos pesquisadores os anseios e necessidades dessa sociedade; levando a ela tudo aquilo que eÌ produzido pelos pesquisadores, os limites e as incertezas inerentes aÌ cieÌncia e aÌ inovaçaÌo; monitorando e avaliando igualmente açoÌes de governantes e setores poliÌticos e estrateÌgias adotadas para o desenvolvimento da cieÌncia, tecnologia e inovaçaÌo no Amazonas.