RESUMO
OBJETIVOS: Identificar a freqüência das alterações oculares em pacientes hansenianos residentes em hospital-colônia; comprovar a predileção pelo segmento anterior do olho em relação ao posterior. MÉTODOS: Fez-se estudo transversal de 115 olhos de 58 pacientes internados no abrigo João Paulo II, em Marituba - Pará, no período de agosto a outubro de 1999. Os dados epidemiológicos da pesquisa foram obtidos da ficha de cada paciente e de dados colhidos durante o exame oftalmológico. Todos os pacientes estudados estavam curados da hanseníase segundo as normas do Ministério da Saúde. RESULTADOS: Em 114 olhos (99,1 por cento) foi observado envolvimento ocular, sendo a maioria (77,2 por cento) pertencente à forma virchowiana. Os achados oculares mais freqüentes nos anexos oculares foram a madarose ciliar parcial (70,4 por cento) e a madarose superciliar parcial (59,1 por cento). Quanto ao bulbo ocular, o achado mais freqüente relacionado à hanseníase foi a diminuição e/ou ausência de sensibilidade corneana observada em 42,6 por cento dos olhos, seguida da midríase paralítica (16,5 por cento) encontrada no pós-operatório dos pacientes submetidos a facectomia, achado ligado intimamente à atrofia de íris (8,7 por cento), comumente observada nestes pacientes. Não foi encontrada nenhuma alteração à fundoscopia que pudesse ser atribuída à hanseníase. CONCLUSÕES: A alta prevalência de alterações do bulbo ocular e anexos em pacientes portadores de hanseníase, principalmente na forma virchowiana, indicam a necessidade da assistência contínua a esses pacientes mesmo após a cura da doença.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso de 80 Anos ou mais , Hanseníase/complicações , Oftalmopatias/etiologia , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Hospitais de Dermatologia Sanitária de Patologia Tropical , Oftalmopatias/epidemiologia , Oftalmopatias/patologia , PrevalênciaRESUMO
Os autores descrevem 2 casos de uveite cronica anterior de achados semelhantes aos da artrite reumatoide juvenil, porem sem comprometimento articular ou sistemico. Embasados nos dados da literatura fazem o diagnostico de uveite cronica da adolescente e propoem para esta patologia o nome sindrome de Perkins, em homenagem ao autor que melhor estudou a doenca