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1.
Saúde Soc ; 31(4): e200357pt, 2022. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1410125

RESUMO

Resumo A atenção diferenciada é um princípio fundamental para um cuidado não colonizador das populações indígenas. Um dos desafios nesse campo é o planejamento reprodutivo, por envolver tensões entre vontades coletivas e individuais, além da tutela e da autonomia, principalmente com a inserção mais contínua de profissionais via Programa Mais Médicos, como ocorreu no Território Yanomami. O objetivo deste artigo é discutir os aspectos envolvidos na atenção diferenciada ao planejamento reprodutivo, por meio da comparação entre o trabalho de profissionais de saúde em área indígena e não indígena. Para tanto, foi realizado um estudo de caso etnográfico com observação participante do exercício das equipes acessadas pela Supervisão do Programa Mais Médicos e entrevistas com seis profissionais, selecionados pela diversidade de seus perfis. A partir da análise de conteúdo, foram identificadas três categorias: diferença e desigualdade; similaridades; e desafios. Tais divisões trazem a noção de comparação fisiológica, que gera abordagem biomédica, passando pela confusão entre diferença e desigualdade, aspecto responsável por favorecer a colonização e a negação dos direitos - e até as compreensões dos profissionais sobre a cultura - que atravessam o diálogo intercultural.


Abstract Differentiated care is a fundamental principle for a non-colonizing care of the Indigenous populations. One of the challenges within this field is reproductive planning since it involves tensions between collective and individual wills, as well as between authority and autonomy, especially with the more continuous insertion of professionals with the Programa Mais Médicos (More Doctor Program), as occurred in the Yanomami Territory. This article aims to discuss the aspects involved in a differentiated care regarding reproductive planning by comparing the work of health professionals in Indigenous and non-Indigenous areas. Thus, an ethnographic case study was conducted based on participant observation of the teams' practice, accessed via the Programa Mais Médicos Supervision, and interviews with six professionals, selected for the diversity of their profile. From the content analysis, three categories were identified: difference and inequality, similarities, and challenges. These divisions allows for the notion of physiological comparison, which generates a biomedical approach, encompassing the confusion between difference and inequality, the aspect responsible for favoring colonization and the denial of rights - and even the understandings of professionals about the culture - which permeates the intercultural dialogue.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Consórcios de Saúde , Planejamento Familiar , Disparidades nos Níveis de Saúde , Saúde de Populações Indígenas , Saúde Reprodutiva , Pessoal de Saúde , Antropologia Cultural
2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(supl.1): e00189618, 2020. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1055643

RESUMO

As desigualdades sociais no Brasil se refletem na busca por atenção pelas mulheres com abortamento, as quais enfrentam barreiras individuais, sociais e estruturais, expondo-as a situações de vulnerabilidades. São as negras as mais expostas a essas barreiras, desde a procura pelo serviço até o atendimento. O estudo objetivou analisar os fatores relacionados às barreiras individuais na busca do primeiro atendimento pós-aborto segundo raça/cor. A pesquisa foi realizada em Salvador (Bahia), Recife (Pernambuco) e São Luís (Maranhão), Brasil, com 2.640 usuárias internadas em hospitais públicos. Foi realizada regressão logística para análise das diferenças segundo raça/cor (branca, parda e preta), considerando-se "não houve barreiras individuais na busca pelo primeiro atendimento" como categoria de referência da variável dependente. Das entrevistadas, 35,7% eram pretas, 53,3% pardas e 11% brancas. Mulheres pretas tinham menor escolaridade, menos filhos e declararam mais o aborto como provocado (31,1%), após 12 semanas de gestação (15,4%). Relataram mais barreiras individuais na busca pelo primeiro atendimento (32% vs. 28% entre pardas e 20,3% entre brancas), tais como o medo de ser maltratada e não ter dinheiro para o transporte. Na regressão, confirmou-se a associação entre raça/cor preta e parda e barreiras individuais na busca de cuidados pós-aborto, mesmo após o ajuste por todas as variáveis selecionadas. Os resultados confirmam a situação de vulnerabilidade das pretas e pardas. A discriminação racial nos serviços de saúde e o estigma em relação ao aborto podem atuar simultaneamente, retardando a ida das mulheres ao serviço, o que pode configurar uma situação limite de maior agravamento do quadro pós-abortamento.


Las desigualdades sociales en Brasil se reflejan en la búsqueda de atención sanitaria por parte de las mujeres que abortan, que enfrentan barreras individuales, sociales y estructurales, exponiéndolas a situaciones de vulnerabilidad. Las negras son las más expuestas a estas barreras, desde la búsqueda del servicio hasta la atención. El estudio tuvo como objetivo analizar los factores relacionados con las barreras individuales en la búsqueda de la primera atención post-aborto según raza/color. La investigación se realizó en Salvador (Bahia), Recife (Pernambuco) y São Luis (Maranhão), Brasil, con 2.640 pacientes internadas en hospitales públicos. Se realizó una regresión logística para el análisis de las diferencias según raza/color (blanca, mulata/mestiza y negra), considerándose "no tuvo barreras individuales en la búsqueda de la primera atención" como categoría de referencia de la variable dependiente. De las entrevistadas 35,7% eran negras, 53,3% mulatas/mestizas y 11% blancas. Las mujeres negras tenían menor escolaridad, menos hijos y declararon más el aborto como provocado (31,1%), tras 12 semanas de gestación (15,4%). Informaron más barreras individuales en la búsqueda de la primera atención (32% vs. 28% entre multas/mestizas y un 20,3% entre las blancas), tales como el miedo de ser maltratada y no tener dinero para el transporte. En la regresión se confirmó la asociación entre raza/color negro y mulato/mestizo y barreras individuales en la búsqueda de cuidados post-aborto, incluso tras el ajuste por todas las variables seleccionadas. Los resultados confirman la situación de vulnerabilidad de las negras y mulatas/mestizas. La discriminación racial en los servicios de salud y el estigma en relación con el aborto pueden actuar simultáneamente, retardando la ida de las mujeres al servicio de salud, lo que puede constituir una situación límite de mayor gravedad en el cuadro post-aborto.


Social inequalities in Brazil are reflected in women's search for abortion care, when they face individual, social, and structural barriers and are exposed to situations of vulnerability. Black women are the most heavily exposed to these barriers, from the search for the service to the care itself. The study aimed to analyze factors related to individual barriers in the search for first post-abortion care according to race/color. The study was conducted in Salvador (Bahia State), Recife, (Pernambuco State) and São Luís (Maranhão State), Brazil, with 2,640 patients admitted to public hospitals. Logistic regression was performed to analyze differences according to race/color (white, brown, and black), with "no individual barriers in the search for first care" as the reference category in the dependent variable. Of the women interviewed, 35.7% were black, 53.3% brown, and 11% white. Black women had less schooling, fewer children, and reported more induced abortions (31.1%) and more second-trimester abortions (15.4%). Black women reported more individual barriers in the search for first care (32% vs. 28% in brown women and 20.3% in whites), such as fear of being mistreated and lack of money for transportation. Regression analysis confirmed the association between black and brown race/color and individual barriers in the search for post-abortion care, even after adjusting for all the selected variables. The results confirmed the situation of vulnerability for black women and brown women in Brazil. Racial discrimination in health services and abortion-related stigma can act simultaneously, delaying women's access to health services, a limitation that can further complicate their post-abortion condition.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Criança , Aborto Induzido , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Brasil , Inquéritos e Questionários , Estigma Social
3.
Epidemiol. serv. saúde ; 28(2): e2018003, 2019. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1012076

RESUMO

Objetivo: descrever as mortes de mulheres em idade reprodutiva e materna entre indígenas do estado de Pernambuco, Brasil, no período de 2006 a 2012. Métodos: trata-se de um estudo descritivo, realizado a partir de linkage entre o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e seu módulo de investigação (SIM-Web); as causas de morte foram consideradas de acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - 10a Revisão (CID-10). Resultados: obteve-se um banco de dados composto por 115 registros, dos quais apenas 58,3% foram informados no SIM como indígenas; as principais causas de óbito foram doenças do aparelho circulatório (27,0%), causas externas (14,8%), neoplasias (13,0%) e causas maternas (8,7%). Conclusão: houve sub-registro das mortes de mulheres indígenas em idade reprodutiva; as doenças do aparelho circulatório foram as principais causas desses óbitos, embora as mortes maternas ainda representem importante causa de óbito na população estudada.


Objetivo: describir las muertes de mujeres en edad fértil y materna entre indígenas del estado de Pernambuco, Brasil, en el periodo de 2006 a 2012. Métodos: se trata de un estudio descriptivo realizado a partir del linkage entre el Sistema de Informaciones sobre Mortalidad (SIM) y su módulo de investigación (SIM-Web). Resultados: las causas de muertes fueron consideradas según la Clasificación Estadística Internacional de Enfermedades y Problemas Relacionados a la Salud - 10a Revisión (CID-10); se obtuvo un banco compuesto por 115 registros, de los cuales 58,3% fueran informados al SIM como indígenas; las principales causas de óbito fueron enfermedades del aparato circulatorio (27,0%), causas externas (14,8%), neoplasias (13,0%) y causas maternas (8,7%). Conclusión: hubo subregistro de las muertes de mujeres indígenas en edad fértil; las principales causas de esas muertes fueron las enfermedades del aparato circulatorio, aunque las muertes maternas todavía representen importante causa de óbito en la población estudiada.


Objective: to describe maternal deaths and deaths of women of childbearing age in the indigenous population in the state of Pernambuco, Brazil, from 2006 to 2012. Method: this is a descriptive study based on linkage of data from the Mortality Information System (SIM) and its investigation module (SIM-Web); causes of death were considered in accordance with the International Statistical Classification of Diseases and Health Related Problems - 10th Revision (ICD-10). Results: linkage provided a database comprised of 115 records, of which only 58.3% were recorded on SIM as indigenous; the main causes of death were diseases of the circulatory system (27.0%), external causes (14.8%), neoplasms (13.0%), and maternal factors (8.7%). Conclusion: deaths of indigenous women of childbearing age were underreported; the main cause of these deaths were diseases of the circulatory system, although maternal deaths still represent an important cause of death in the population studied.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Mortalidade Materna , Saúde da Mulher , Disparidades nos Níveis de Saúde , Saúde de Populações Indígenas , Morte Materna/estatística & dados numéricos , Brasil , Epidemiologia Descritiva , Sistemas de Informação em Saúde , Confiabilidade dos Dados , Povos Indígenas
4.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-962178

RESUMO

OBJECTIVE To analyze the association between unintended pregnancy and postpartum depression.METHODS This is a prospective cohort study conducted with 1,121 pregnant aged 18 to 49 years, who attended the prenatal program devised by the Brazilian Family Health Strategy, Recife, PE, Northeastern Brazil, between July 2005 and December 2006. We interviewed 1,121 women during pregnancy and 1,057 after childbirth. Unintended pregnancy was evaluated during the first interview and postpartum depression symptoms were assessed using the Edinburgh Postnatal Depression Screening Scale. The crude and adjusted odds ratios for the studied association were estimated using logistic regression analysis.RESULTS The frequency for unintended pregnancy was 60.2%; 25.9% presented postpartum depression symptoms. Those who had unintended pregnancies had a higher likelihood of presenting this symptoms, even after adjusting for confounding variables (OR = 1.48; 95%CI 1.09;2.01). When the Self Reporting Questionnaire (SRQ-20) variable was included, the association decreased, however, remained statistically significant (OR = 1.42; 95%CI 1.03;1.97).CONCLUSIONS Unintended pregnancy showed association with subsequent postpartum depressive symptoms. This suggests that high values in Edinburgh Postnatal Depression Screening Scale may result from unintended pregnancy.


OBJETIVO Analisar a associação entre gravidez não pretendida e depressão pós-parto.MÉTODOS Estudo de coorte prospectivo realizado com 1.121 mulheres grávidas de 18 a 49 anos, acompanhadas no pré-natal pela Estratégia de Saúde da Família, Recife, PE, entre julho de 2005 e dezembro de 2006. Durante a gravidez e após o parto foram entrevistadas, respectivamente, 1.121 e 1.057 mulheres. A gravidez não pretendida foi avaliada durante a primeira entrevista e os sintomas depressivos após o parto foram avaliados utilizando-se a Edinburgh Postnatal Depression Screening Scale. Foram estimados os odds ratios simples e ajustados para a associação estudada, utilizando-se análise de regressão logística.RESULTADOS A frequência de gravidez não pretendida foi de 60,2%; 25,9% apresentaram sintomas depressivos após o parto. Aquelas com gravidez não pretendida tiveram maior chance de apresentar esse desfecho, mesmo após ajuste para variáveis de confundimento (OR = 1,48; IC95% 1,09;2,01). Ao se incluir a variável Self Reporting Questionnaire (SRQ-20), a associação diminuiu, mas manteve-se estatisticamente significativa (OR = 1,42; IC95% 1,03;1,97).CONCLUSÕES Gravidez não pretendida mostrou-se associada a sintomas depressivos após o parto. Isso sugere que valores elevados na Edinburgh Postnatal Depression Screening Scale podem resultar de gravidez não pretendida.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Depressão Pós-Parto/etiologia , Gravidez não Planejada/psicologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Estudos Prospectivos , Inquéritos e Questionários , Estudos de Coortes , Autorrelato , Pessoa de Meia-Idade
5.
Cad. saúde pública ; 25(6): 1361-1368, June 2009. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-515787

RESUMO

A case-control study was carried out at a public teaching hospital in Recife, Pernambuco State, Brazil in 1997 to investigate risk factors among women who feel regret after undergoing sterilization through tubal ligation. The study compared sterilized women who had requested or undergone a tubal reversal with women who were also sterilized but had not undergone this surgery, nor had requested to do so. Women showing a significantly greater probability of regret were those sterilized at a young age, those who had not themselves made the decision to undergo surgery , those for whom the sterilization was carried out up to the 45th day after childbirth and those who had acquired knowledge about contraceptive methods after the tubal ligation procedure. Having had a deceased child, a partner with no children prior to the current union or a change of partner after the tubal sterilization procedure were also associated to the request for or submission to tubal sterilization reversal. It is necessary to assess women's psycho-socio-demographic profiles, their reasons for requesting tubal ligation and to advise the patient about family planning in order to reduce rates of post-sterilization regret.


Um estudo do tipo caso controle foi conduzido em um hospital público de ensino no Recife, Pernambuco, Brasil, em 1997, para investigar os fatores de risco para o arrependimento da realização da laqueadura tubária, comparando mulheres laqueadas que solicitaram ou realizaram a reversão da laqueadura tubária com mulheres também laqueadas que não solicitaram e não se submeteram a esta cirurgia. As mulheres que mostraram uma maior probabilidade de arrependimento foram as esterilizadas quando jovens, as que não foram responsáveis pela decisão da cirurgia, as que realizaram a esterilização até o 45º dia pós-parto e as que adquiriram informações sobre métodos contraceptivos depois da laqueadura tubária. Morte de filhos, parceiros sem filhos anteriores à união atual e a mudança de parceiro após a laqueadura tubária também estiveram associados com a solicitação ou realização de reversão da laqueadura. Deve-se avaliar o perfil psicológico e sócio-demográfico das mulheres e seus motivos para solicitar a laqueadura tubária e aconselhá-las para o planejamento familiar a fim de reduzir os riscos de arrependimento futuro.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Emoções , Reversão da Esterilização/psicologia , Esterilização Tubária/psicologia , Fatores Etários , Brasil , Estudos de Casos e Controles , Comportamento Contraceptivo/psicologia , Tomada de Decisões , Serviços de Planejamento Familiar , Consentimento Livre e Esclarecido , Infertilidade Feminina/psicologia , Razão de Chances , Fatores Socioeconômicos , Adulto Jovem
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