RESUMO
Objetivo: Analisar a evolução pós-operatória de pacientes submetidos a DCR externa identificando e caracterizando os casos de insucesso a fim de aprimorar os índices de resultados positivos das cirurgias realizadas no Serviço de Plástica Ocular do Hospital São Geraldo - UFMG. Metodologia: Levantamento de prontuários de 17 pacientes com OVL baixa submetidos pela primeira vez a DCR no período de 1999 a 2002. Diagnóstico de OVL através de exames clínicos e DCG. Os casos de falência identificados com a mesma propedêutica além de endoscopia nasal. Os dados foram coletados através do protocolo padronizado, armazenados e analisados no software Epiinfo. Resultados: 17 pacientes, 5 (29,4 porcento) homens e 12 (70,4 porcento) mulheres com média de idade de 42,5 anos. A maioria, 14 (82,4 porcento), foi submetida a DCR externa com entubação bicanalicular onde o tempo médio de permanência do tubo de silicone foi de 4,4 meses. O tempo médio de acompanhamento pós-operatório dos pacientes foi de 7,9 meses. Observou-se 4 (23,5 porcento) casos de falência. Conclusões: Não constatou-se associação estatística entre sexo, idade, entubação bicanalicular, experiência dos cirurgiões e a recidiva da OVL. O índice de sucesso foi baixo, 75 porcento. O estudo mostra a importância do preenchimento correto dos prontuários com utilização de protocolos como fonte de pesquisa e padronização de um serviço. Mesmo sem significância estatística, talves pela pequena amostragem, fica claro a importância de cirurgiões experientes para garantir o êxito do procedimento.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Dacriocistorinostomia , Obstrução dos Ductos Lacrimais/etiologia , Complicações Pós-Operatórias , Sistemas Computadorizados de Registros MédicosRESUMO
Objetivo: Descrever e comparar com a literatura o perfil do paciente com trauma ocular atendido no Hospital São Geraldo da Universidade Federal de Minas Gerais (HSG-UFMG). Métodos: Foram avaliados 310 pacientes com história de trauma ocular que procuraram o HSG-UFMG, no período de 1º de setembro a 31 de dezembro de 2000. Todos os pacientes foram submetidos a um questionário padronizado e exame oftalmológico. Resultados: A faixa etária mais acometida foi entre os 15 e 30 anos, com 126 casos (40,7 por cento). O trauma ocular foi mais comum no sexo masculino, 252 casos (81,3 por cento). As principais causas de trauma ocular foram acidentes de trabalho 166 (54,1 por cento), acidentes no lazer 52 (16,9 por cento) e acidentes domésticos 42 (13,7 por cento). O local mais freqüente do trauma foi no ambiente de trabalho, com 51,3 por cento dos casos. O trauma mais freqüente foi o corpo estranho superficial, acometendo 110 pacientes (35,5 por cento), seguido do trauma ocular contuso, com 73 (23,5 por cento) e da laceração lamelar em 49 (15,9 por cento). Nos pacientes com menos de 15 anos os traumas mais comuns foram contuso (31,3 por cento), a laceração lamelar (22,9 por cento) e o penetrante (20,8 por cento) Conclusão: A partir dos dados obtidos dos pacientes atendidos com trauma ocular na urgência do HSG-UFMG é possível concluir que: 1. a maior parcela dos atendidos foram homens (81,3 por cento), entre 15 e 30 anos (40,7 por cento); 2. a maioria dos traumas ocorreu durante o dia (84,8 por cento) e o atendimento foi realizado nas primeiras 24 horas em 66,8 por cento dos casos; 3. o local mais freqüente do trauma foi no ambiente de trabalho (51,3 por cento), seguido do ambiente doméstico (28,2 por cento); 4. a principal causa de trauma ocular foi acidente de trabalho (51,3 por cento); 5. o trauma mais freqüente foi o corpo estranho superficial (35,5 por cento), seguido do trauma ocular contuso (23,5 por cento); 6. na faixa etária menor que 15 anos os traumas mais comuns foram o trauma ocular contuso (31,3 por cento), a laceração lamelar (22,9 por cento) e o trauma ocular penetrante (20,8 por cento).