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1.
Rev. bras. saúde ocup ; 48: edepi7, 2023. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1521825

RESUMO

Resumo Objetivo: descrever três indicadores de saúde bucal - as proporções de perda dentária, de consulta ao dentista e de frequência de escovação dentária - segundo o tipo de inserção na força de trabalho, no ano de 2019. Métodos: estudo descritivo realizado com dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. Foram incluídos indivíduos empregados ou desempregados, com 18 anos ou mais. Foram calculados os indicadores de saúde bucal, assim como seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados: a amostra foi composta por 54.343 trabalhadores, sendo 29.889 (53,9%) do sexo masculino. A proporção de perda de 13 ou mais dentes foi maior no setor informal [10,5% (IC95%: 9,8;11,2)]. A proporção de pessoas que não consultaram um dentista nos últimos 12 meses foi maior no setor informal [51,9% (IC95%: 50,8;53,0)] e entre os desempregados [52,4% (IC95%: 49,6;55,2)]. Menor frequência de escovação dentária foi observada no grupo com vínculo informal de emprego [5,2% (IC95%: 4,7;5,6)] e entre indivíduos do sexo masculino [7,5% (IC95%: 6,8;8,2)]. Conclusão: piores indicadores foram encontrados entre os trabalhadores do setor informal ou desempregados e foram observadas desigualdades entre os sexos.


Abstract Objective: to describe three oral health indicators-the proportions of tooth loss, dental visits, and toothbrushing frequency-according to job market insertion in 2019. Methods: a descriptive study with data from the 2019 Brazilian National Health Survey (PNS). We included individuals aged from 18 years or older, irrespective of employment status. We calculated the oral health indicators, as well as their respective 95% confidence intervals (95%CI). Results: the sample was composed by 54,343 workers, 29,889 (53.9%) being male. The proportion of 13 or more teeth loss was higher in the informal employment sector [10.5% (95%CI: 9.8;11.2)]. The proportion of people that did not consult a dentist in the previous 12 months was higher in the informal sector [51.9% (95%CI: 50.8;53.0)] and among unemployed [52.4% (95%CI: 49.6;55.2)]. Lower toothbrushing frequency was observed in the informal workers' group [5.2% (95%CI: 4.7;5.6)] and among male workers [7.5% (95%CI: 6.8;8.2)]. Conclusion: worse oral health indicators were found among informal and unemployed workers, in addition to gender inequalities.

2.
Rev. saúde pública (Online) ; 57: 6, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1432147

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To evaluate the prevalence of reported symptoms of flu-like syndrome (FS) among HCW and compare HCW and non-HCW on the chance of reporting these symptoms, this study analyzed data of a population-based survey conducted in Brazil. METHODS A cross-sectional analysis was performed with self-reported data from the Brazilian National Household Sample Survey (PNAD Covid-19) from May 2020. The authors analyzed a probability sample of 125,179 workers, aged 18 to 65, with monthly income lower than US$ 3 500. The variable HCW or non-HCW was the covariate of interest and having reported FS symptoms or not was the outcome variable. Authors tested interactions of HCW with other covariates. A logit model - when controlling for sociodemographic, employment, and geographic characteristics - investigated the chance of HCW reporting FS compared to non-HCW. RESULTS HCW have a significant effect (odds ratio of 1.369) on reporting FS symptoms when compared to non-HCW. HCW account for 4.17% of the sample, with a higher frequency of FS (3.38%) than observed for non-HCW (2.43%). Female, non-white and older individuals had higher chance to report FS. CONCLUSIONS The HCW had a higher chance of reporting symptoms than non-HCW aged over 18 years in the labor force. These results emphasize guidelines for preventive measures to reduce workplace exposures in the healthcare facilities. The prevalence is disproportionately affecting HCW women and HCW non-whites. In the regions North and Northeast the steeper progression is consistent with the hypothesis of socioeconomic factors, and it explains the greater prevalence in HCW and non-HCW living in those territories.


Assuntos
Masculino , Feminino , Equipe de Assistência ao Paciente , Sinais e Sintomas Respiratórios , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos Epidemiológicos
3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(9): e00129420, 2021. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1339555

RESUMO

This study aims to describe the prevalence and factors associated of physical and psychosocial demands among Brazilian workers. Data were obtained from the 2013 Brazilian National Health Survey. Physical demand was defined as jobs that require intense physical effort or excessive walking, whereas psychosocial demand was defined as involvement in stressful activities. Multivariate logistic regression was used to estimate the association between demands and health conditions, occupational characteristics, and work conditions. Out of 39,590 participants, 54.4% reported physical demands and 35.5% psychosocial demands at work. After adjustment for sociodemographic characteristics, health conditions, occupational characteristics, and work conditions remained significantly associated with physical or psychosocial workload. The results suggest that in Brazil the work has a high level of physical and psychosocial demands, which are associated with occupational features and health conditions. It is necessary to incorporate work activities as significant factors to investigate the causes of diseases. And the interventions and policies aimed at preventing the negative occupational exposures are urgent, and can contribute to improve physical and psychosocial health at the workplace.


O objetivo do estudo foi descrever a prevalência de demandas físicas e psicossociais e fatores associados entre trabalhadores brasileiros. Os dados foram obtidos da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013. A demanda física foi definida como trabalhos que exigem esforço físico intenso ou caminhadas excessivas. A demanda psicossocial foi definida como envolvimento em atividades que levam ao nervosismo. A regressão logística multivariada foi utilizada para estimar a associação entre demandas e condições de saúde, características ocupacionais e condições de trabalho. Dos 39.590 participantes, 54,4% relataram demandas físicas e 35,5% demandas psicossociais no trabalho. Depois de ajustar para características sociodemográficas, as condições de saúde, características ocupacionais e condições de trabalho permaneceram associadas significativamente com a carga de trabalho física ou psicossocial. Os resultados sugerem que o trabalho no Brasil apresenta níveis elevados de demandas físicas e psicossociais. Essa demanda está associada a características ocupacionais e condições de saúde. É necessário incorporar as atividades laborais enquanto fatores importantes na investigação das causas de doenças. Além disso, são urgentes as intervenções e políticas de prevenção das exposições ocupacionais negativas, podendo contribuir para melhorar a saúde física e psicossocial no local de trabalho.


El objetivo de este estudio fue describir la prevalencia y factores asociados a las exigencias físicas y psicosociales entre trabajadores brasileños. Los datos se obtuvieron de la Encuesta Nacional de Salud de 2013 en Brasil. La exigencia física fue definida como trabajos que requieren un esfuerzo físico intenso o caminar excesivamente. La exigencia psicosocial fue definida como la implicación en actividades que conducen al nerviosismo. Se utilizó una regresión logística multivariada para estimar la asociación entre exigencias y condiciones de salud, características ocupacionales y condiciones laborales. De los 39.590 participantes, un 54,4% informó de exigencias físicas y un 35,5% de psicosociales en el trabajo. Tras el ajuste por características sociodemográficas, las condiciones de salud, características y condiciones laborales continuaron significativamente asociadas a la carga de trabajo física o psicosocial. Los resultados sugieren que en Brasil el trabajo posse una alta exigencia física y psicosocial. Asimismo, esta exigencia está asociada con características laborales y condiciones de salud. Es necesario incorporar las actividades laborales como factores importantes para investigar las causas de enfermedades. Asimismo, son urgentes las intervenciones y políticas con el objetivo de prevenir exposiciones laborales negativas, y pueden contribuir a mejorar la salud física y psicosocial en el lugar de trabajo.


Assuntos
Humanos , Exposição Ocupacional , Doenças Profissionais/epidemiologia , Estresse Psicológico/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Inquéritos e Questionários , Fatores de Risco , Carga de Trabalho , Local de Trabalho , Ocupações
4.
Rev. Nutr. (Online) ; 34: e200129, 2021. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1351562

RESUMO

ABSTRACT Objective To estimate the prevalence and factors associated with the regular consumption of fruits and vegetables by the civil servants of the Minas Gerais State Judicial System. Methods This is a cross-sectional analytical study, with a representative sample (n=1.005) of the Minas Gerais State Judicial System's civil servants. The outcome variable "regular fruit and vegetable consumption" refers to fruit and vegetable consumption on five or more days per week. The explanatory variables were divided into three blocks: (1) sociodemographic (gender, age, education, race/skin color; income); (2) health conditions and life habits (chronic diseases, absenteeism due to illness, consumption of alcoholic beverages, smoking, physical activity and nutritional status); and (3) work characteristics and psychosocial factors (weekly workload, position, overtime, use of the electronic Judicial Process, county, psychological demand and control). Hierarchical Poisson regression by blocks was used to analyze potential factors associated with the outcome. Results The prevalence of regular consumption of fruits and vegetables was 55.3%. Associations were found with female gender, income above 12 minimum wages, sufficient physical activity, use of Electronic Judicial Process, while there was a negative association with alcohol abuse. Conclusion Regular consumption of fruit and vegetable among civil servants in the Judiciary was positively associated with female gender, higher incomes and physical activity. The consumption of alcoholic beverages was negatively associated with the outcome. Educational actions and programs aimed at encouraging healthy lifestyle habits are recommended, in order to raise awareness and involve public servants at all stages of the process.


RESUMO Objetivo Estimar a prevalência e os fatores associados ao consumo regular de frutas e de hortaliças dos servidores do Judiciário mineiro. Métodos Trata-se de um estudo transversal analítico, com amostra representativa (n=1.005) de servidores do Judiciário mineiro. A variável desfecho "consumo regular de Frutas e Hortaliças" se refere ao consumo de frutas e de hortaliças em cinco ou mais dias da semana. As variáveis explicativas foram divididas em três blocos: (1) sociodemográficos (sexo, idade, escolaridade, raça/cor; renda); (2) condições de saúde e hábitos de vida (doenças crônicas, absenteísmo-doença, consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo, prática de atividade física e estado nutricional); e (3) características do trabalho e fatores psicossociais (carga horária semanal, cargo, hora extra, utilização do Processo Judicial Eletrônico, comarca, demanda psicológica e controle). Foi utilizada a regressão de Poisson hierárquica por blocos para analisar possíveis fatores associados ao desfecho. Resultados A prevalência do consumo regular de frutas e de hortaliças foi de 55,3%. Foram verificadas associações positivas com sexo feminino, renda acima de 12 salários-mínimos, atividade física suficiente e utilização do Processo Judicial Eletrônico; em contrapartida, foi encontrada associação negativa com o consumo abusivo de bebidas alcoólicas. Conclusão O consumo regular de frutas e de hortaliças entre os servidores do Judiciário foi associado positivamente com sexo feminino, maiores rendas e prática de atividade física. O consumo de bebidas alcoólicas foi negativamente associado ao desfecho. Recomenda-se ações e programas educativos voltados para o estímulo de hábitos de vida saudáveis, de maneira a sensibilizar e envolver os servidores públicos em todas as etapas do processo.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Verduras , Poder Judiciário , Ingestão de Alimentos , Empregados do Governo , Frutas
5.
Rev. saúde pública (Online) ; 54: 28, 2020. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1094414

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To assess the years of life lost due to premature death and disability-adjusted life years (DALY) as a result of chronic noncommunicable diseases attributable to occupational hazard factors, and to compare their position according to the risk ranking for chronic noncommunicable diseases in 1990 and 2016. METHODS Data for the DALY indicator, estimated from the Global Burden of Disease 2016 (GBD 2016) study, were analyzed for noncommunicable chronic diseases attributable to occupational, and other risk factors, selected in Brazil. A descriptive analysis was performed comparing the proportion of DALY by sex and age group (15 to 49 and 50 to 69 years old), as well as the ranking of occupational hazard factors in 1990 and 2016. RESULTS In 2016, ergonomic risk factors, carcinogenic agents, and noise in the workplace were among the 25 largest contributors to DALY for chronic noncommunicable diseases affecting the age group between 15 and 49 years. The contribution of all occupational hazard factors increased in 2016, except for occupational aerodispersoids affecting men. Concerning the age group between 50 and 69, occupational carcinogens stand out, with an increase of 26.0% for men, and 17.1% for women in 2016. Risk factors evaluated according to their 1990 and 2016 ranking show that occupational hazards have all scored higher on the second evaluation (2016), especially when compared with other risks. CONCLUSIONS The global burden of chronic noncommunicable diseases attributed to occupational hazard factors has become increasingly important. We suggest the strengthening of the approach of occupational hazard factors in the agendas for tackling these diseases in Brazil.


RESUMO OBJETIVO Avaliar anos de vida perdidos por morte prematura e por incapacidade ( disability-adjusted life years - DALY) em decorrência de doenças crônicas não transmissíveis atribuíveis a fatores de risco ocupacionais e comparar a posição desses fatores no ranking dos riscos para doenças crônicas não transmissíveis em 1990 e 2016. MÉTODOS Os dados referentes ao indicador DALY, estimado no estudo de Carga Global de Doenças de 2016 (GBD 2016), foram analisados para doenças crônicas não transmissíveis atribuíveis a fatores de risco ocupacionais e outros selecionados no Brasil. Realizou-se análise descritiva comparando a proporção de DALY por sexo e faixa etária (15 a 49 e 50 a 69 anos), além do ranqueamento de atribuição dos fatores de risco ocupacionais em 1990 e 2016. RESULTADOS Em 2016, fatores de risco ergonômicos, agentes carcinogênicos e ruído no ambiente laboral estiveram entre os 25 que mais contribuíram para os DALY por doenças crônicas não transmissíveis na faixa etária de 15 a 49 anos. A contribuição de todos fatores de risco ocupacionais aumentou em 2016, exceto os aerodispersoides ocupacionais para os homens. Para a faixa etária de 50 a 69 anos, sobressaem os agentes carcinogênicos ocupacionais, com aumento de 26.0% para homens e 17.1% para mulheres em 2016. Comparando o ranqueamento de 1990 e 2016 dos fatores de risco avaliados, os ocupacionais ascenderam de posição, com destaque em relação aos demais. CONCLUSÕES A carga global de doenças crônicas não transmissíveis atribuídas aos fatores de risco ocupacionais têm adquirido importância crescente. Sugere-se reforçar a abordagem dos fatores de risco ocupacionais nas agendas para enfrentamento dessas doenças no Brasil.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Idoso , Adulto Jovem , Doença Crônica/epidemiologia , Expectativa de Vida , Exposição Ocupacional/efeitos adversos , Carga Global da Doença , Doenças Profissionais/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Fatores de Risco , Pessoa de Meia-Idade
6.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 24(8): 2923-2932, ago. 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1011883

RESUMO

Resumo Inquéritos Ocupacionais são métodos de coleta de dados dos estudos transversais indispensáveis à elaboração de políticas públicas voltadas à saúde do trabalhador. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática sobre artigos que retratavam resultados de Inquéritos Ocupacionais conduzidos no Brasil, no período de 2005 a 2015. Baseada na recomendação Prisma, esta revisão selecionou artigos indexados em base de dados Medline, Lilacs e SciELO. A análise dos dados consistiu na descrição dos Inquéritos Ocupacionais de acordo com: grandes regiões nas quais as pesquisas foram realizadas, técnicas e instrumentos utilizados, temas abordados, setores da economia nos quais as relações saúde-trabalho foram investigadas e critérios metodológicos. Observou-se diferenças na distribuição dos Inquéritos Ocupacionais regional e setorialmente. A estrutura das investigações, em sua maioria, se interessava em identificar adoecimento em trabalhadores. Ausência de consenso no tocante aos métodos utilizados foi observada com prejuízos para a comparação de resultados e monitoramento da saúde e condições de trabalho. Esforços são necessários para a elaboração de consensos e fomento à pesquisa em setores e regiões ainda pouco exploradas.


Abstract Occupational Surveys are methods of collecting data from the cross-sectional studies, which are indispensable for the elaboration of public policies oriented to workers' health. The objective of this study was to perform a systematic review on articles that featured results of Occupational Surveys conducted in Brazil from 2005 to 2015. Based on the Prisma recommendation, this review selected articles indexed in Medline, Lilacs and Scielo databases. Analysis of the data consisted of the description of the Occupational Surveys according to: large regions in which the research was carried out; techniques and instruments used; topics covered; sectors of the economy in which health-work relations were investigated; and methodological criteria. Differences in the distribution of Occupational Surveys were observed regionally and by sector. The structure of the investigations, for the most part, was concerned with identifying sickness in workers. A lack of consensus regarding the methods used was revealed, which consequently prejudiced the comparison of results and monitoring of health and working conditions. Efforts are needed to build consensus and foster research in sectors and regions that are as yet scantly explored.


Assuntos
Humanos , Política Pública , Saúde Ocupacional , Doenças Profissionais/epidemiologia , Brasil , Inquéritos e Questionários
7.
Rev. bras. epidemiol ; 22: e190021, 2019. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-990733

RESUMO

RESUMO: Introdução: O uso de ansiolíticos é uma opção no tratamento de sintomas psíquicos. Contudo, ainda que o uso seja controlado há riscos de dependência, intoxicação e alterações cognitivas. O uso não controlado entre trabalhadores agrava tais problemas. Objetivos: Identificar a prevalência do uso de ansiolíticos e conhecer os fatores associados ao consumo em bombeiros militares. Método: Pesquisa transversal de base censitária investigou 711 bombeiros de Belo Horizonte, Minas Gerais, por meio de autorrelato. Regressão logística multinomial foi utilizada para verificar associação entre características sociodemográficas, condições de vida, trabalho e saúde e consumo de ansiolíticos de modo controlado ou não. Resultados: A prevalência do uso de ansiolíticos foi 9,9%. Para 7,5% dos bombeiros o consumo ocorreu sem indicação e/ou controle terapêutico especializado. O uso controlado foi associado ao relato compatível com Transtorno Mental Comum (OR = 23,6; IC95% 6,54 - 85,11). O uso não controlado foi associado ao tempo de serviço (OR = 2,57; IC95% 1,03 - 6,40), ao tabagismo (OR = 3,22; IC95% 1,50 - 6,91) e ao Transtorno Mental Comum (OR = 4,02; IC95% 2,17 - 7,45). Conclusão: A alta prevalência de consumo indica alerta para as ações dos programas de saúde ocupacional.


ABSTRACT: Introduction: Use of anxiolytic drugs is an option for treating psychological symptoms. However, even if their use is controlled, there are risks of dependence, intoxication and cognitive alterations. Uncontrolled use among workers worsens these problems. Objectives: Identify the prevalence of anxiolytic use and to know the factors associated with consumption in military firefighters. Method: Cross-sectional survey of 711 firefighters from Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil, was conducted through self-reporting. Multinomial logistic regression was used to investigate associations between sociodemographic characteristics, living, working and health conditions and anxiolytic consumption in a controlled or uncontrolled manner. Results: Prevalence of anxiolytic use was 9.9%. For 7.5% of firefighters the consumption occurred without indication and/or specialized therapeutic control. Controlled use was only associated with symptoms compatible with Common Mental Disorder (OR = 23.6; 95%CI 6.54 - 85.11). Uncontrolled use was associated with length of service (OR = 2.57; 95%CI 1.03 - 6.40), smoking (OR = 3.22; 95%CI 1.50 - 6.91) and symptomatology compatible with Common Mental Disorder (OR = 4.02; 95%CI 2.17 - 7.45). Conclusion: The high prevalence of consumption indicates alert to occupational health programs.


Assuntos
Humanos , Masculino , Ansiolíticos/uso terapêutico , Bombeiros/psicologia , Transtornos Mentais/tratamento farmacológico , Militares/psicologia , Doenças Profissionais/tratamento farmacológico , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Métodos Epidemiológicos , Saúde Ocupacional , Transtornos Mentais/epidemiologia , Doenças Profissionais/epidemiologia
8.
Rev. bras. epidemiol ; 22: e190029, 2019. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-990730

RESUMO

RESUMO: Objetivo: Analisar os fatores demográficos, comportamentais e ocupacionais associados à obesidade em trabalhadores do transporte coletivo urbano de cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Minas Gerais, Brasil. Método: Estudo transversal com 1.448 motoristas e cobradores da RMBH. Dados antropométricos, demográficos, comportamentais, de vínculo com a empresa e condições do ônibus foram coletados, em 2012, por meio de questionário aplicado face a face por entrevistador. Para o cálculo da obesidade, utilizou-se como ponto de corte o índice de massa corporal ≥ 30 kg/m2. Razões de prevalência (RP) e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram ajustados pela técnica de regressão multivariada de Poisson. Resultados: A prevalência da obesidade entre os trabalhadores foi de 16,1%. O sexo feminino (RP = 1,84; IC95% 1,37 - 2,49), estar nas faixas etárias dos 30 aos 39 anos (RP = 1,66; IC95% 1,17 - 2,37) e dos 40 aos 49 anos (RP = 1,59; IC95% 1,04 - 2,42), tempo no cargo de 5,01 a 10 anos (RP = 1,52; IC95% 1,04 - 2,42) e 20,01 a 47 anos (RP = 1,90; IC95% 1,21 - 3,00) e inatividade física (RP 1,32; IC95% 1,01 - 1,73) permaneceram independentemente associados à obesidade após o ajuste multivariado dos dados. Conclusão: Tais achados evidenciam a necessidade de considerar, nas discussões sobre promoção da saúde dos rodoviários, ações que incentivem a participação dos trabalhadores em atividades saudáveis, assim como a melhoria da organização e gestão do trabalho, para que este seja um promotor de saúde e bem-estar nesta população.


ABSTRACT: Objective: To analyze the demographic, behavioral and occupational factors associated with obesity among urban collective transportation workers of the Metropolitan Region of Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil. Method: This is a cross-sectional study conducted with 1,448 drivers and collectors in the Metropolitan Region of Belo Horizonte. Anthropometric, demographic, behavioral data, as well as participants' link to the company and bus conditions were gathered in 2012 through a questionnaire applied by an interviewer. To calculate obesity, the body mass index cut off point was ≥ 30 kg/m2. Prevalence ratios (PR) and respective 95% confidence intervals (95%CI) were adjusted by Poisson's multivariate regression. Results: The prevalence of obesity among urban collective transportation workers was 16.1%. Female sex (PR = 1.84; 95%CI 1.37 - 2.49), aging 30 to 39 years old (PR = 1.66; 95%CI 1.17 - 2.37) and 40 to 49 years old (PR = 1.59; 95%CI 1.04 - 2.42), being in the same job role from 5.01 to 10 years (PR = 1.52; 95%CI 1.04 - 2,42) and from 20.01 to 47 years (PR = 1.90; 95%CI 1.21 - 3.00), and physical inactivity (PR = 1.32; 95%CI 1.01 - 1.73) remained independently associated with obesity after multivariate adjustment data. Conclusion: These findings highlight the need to consider actions that encourage employees to participate in healthy activities when discussing health promotion for public transport workers, as well as actions to improve the organization and management of work, so it becomes a health and well-being feature for this population.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Obesidade/epidemiologia , Doenças Profissionais/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Condução de Veículo , Meios de Transporte , População Urbana , Brasil/epidemiologia , Índice de Massa Corporal , Saúde Ocupacional , Pessoa de Meia-Idade , Obesidade/etiologia , Doenças Profissionais/etiologia
9.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(10): e00094218, 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1039379

RESUMO

O objetivo foi descrever a prevalência de exposição ocupacional a ruído e analisar os fatores associados a essa condição na população brasileira. Neste estudo transversal, de base populacional, utilizaram-se dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013. A amostra foi composta de 36.442 brasileiros com 18 anos ou mais de idade. A variável desfecho foi a exposição autorreferida a ruído durante o trabalho. Para avaliar os possíveis fatores associados à exposição a ruído, foi utilizado o teste qui-quadrado de Pearson, assim como o modelo de Poisson, com variâncias robustas, tanto uni quanto multivariado. Os resultados obtidos identificaram prevalência de exposição ao ruído de 32,1%, variando de 40,9% (Santa Catarina) a 21,9% (Piauí). Houve menor prevalência entre as mulheres (RP = 0,57; IC95%: 0,55-0,59) e no grupo com 55 anos ou mais (RP = 0,70; IC95%: 0,65-0,76). Detectou-se maior prevalência na faixa de 25 a 54 anos (RP = 1,00; IC95%: 0,95-1,06), nível médio de instrução (RP = 1,36; IC95%: 1,29-1,44), relato de cansaço (RP = 1,35; IC95%: 1,30-1,40), dificuldade auditiva (RP = 1,27; IC95%: 1,19-1,35), história de acidente de trabalho (RP = 1,37; IC95%: 1,25-1,50). A prevalência de autorrelato de exposição a ruído ocupacional foi superior àquela observada em três países da América Latina. Maior prevalência entre homens, trabalhadores jovens e menos escolarizados era esperada. As associações com problemas auditivos e não auditivos sugerem medidas sistêmicas. Ajustes das perguntas da PNS são desejáveis para favorecer comparabilidade e monitoramento.


The objectives were to describe the prevalence of occupational exposure to noise and to analyze associated factors in the Brazilian population. This cross-sectional population-based study used data from the Brazilian National Health Survey (PNS, 2013). The sample consisted of 36,442 Brazilians 18 years or older. The outcome variable was self-reported exposure to noise during work. To assess possible factors associated with exposure to noise, we used Pearson's chi-square test and the univariate and multivariate Poisson model with robust variance. The results showed 32.1% prevalence of exposure to noise, varying from 40.9% (Santa Catarina, Brazil) to 21.9% (Piauí, Brazil). Prevalence was lower in women (PR = 0.57; 95%CI: 0.55-0.59) and in individuals 55 years or older (PR = 0.70; 95%CI: 0.65-0.76). Higher prevalence was associated with the 25-54-year age bracket (PR = 1.00; 95%CI: 0.95-1.06), middle schooling level (PR = 1.36; 95%CI: 1.29-1.44), self-reported fatigue (PR = 1.35; 95%CI: 1.30-1.40), hearing impairment (PR = 1.27; 95%CI: 1.19-1.35), and history of work-related accident (PR = 1.37; 95%CI: 1.25-1.50). Prevalence of self-reported exposure to occupational noise was higher than in three other Latin American countries. Higher prevalence among men, younger workers, and those with less schooling was expected. The associations with auditory and non-auditory problems suggest the need for systemic interventions. Adjustments to the questions in the PNS are desirable to favor comparability and monitoring.


El objetivo fue describir la prevalencia de exposición ocupacional al ruido y analizar factores asociados a esta condición en la población brasileña. En este estudio transversal, de base poblacional, se utilizaron datos de la Encuesta Nacional de Salud (PNS) de 2013. La muestra estaba compuesta por 36.442 brasileños con 18 años o más de edad. La variable desenlace fue la exposición autoinformada al ruido durante el trabajo. Para evaluar los posibles factores asociados a la exposición al ruido se utilizó el test chi-cuadrado de Pearson, así como el modelo de Poisson con variancias robustas, tanto uni- como multivariado. Los resultados obtenidos identificaron una prevalencia de exposición al ruido de 32,1%, variando de 40,9% (Santa Catarina) a 21,9% (Piauí). Menor prevalencia entre las mujeres (RP = 0,57; IC95%: 0,55-0,59) y en el grupo con 55 años o más (RP = 0,70; IC95%: 0,65-0,76). Mayor prevalencia en la franja de 25 a 54 años (RP = 1,00; IC95%: 0,95-1,06), nivel medio de instrucción (RP = 1,36; IC95%: 1,29-1,44), relatos de cansancio (RP = 1,35; IC95%: 1,30-1,40), dificultad auditiva (RP = 1,27; IC95%: 1,19-1,35), historia de accidente laboral (RP = 1,37; IC95%: 1,25-1,50). La prevalencia de autoinforme de exposición a ruido ocupacional fue superior a la observada en tres países latinoamericanos. La mayor prevalencia entre hombres, trabajadores jóvenes y menos escolarizados era esperada. Las asociaciones con problemas auditivos y no auditivos sugieren medidas sistémicas. Es deseable que se produzcan ajustes en las preguntas de la PNS para favorecer comparabilidad y el monitoreo.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Exposição Ocupacional/estatística & dados numéricos , Ruído Ocupacional/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Características de Residência , Fatores Sexuais , Métodos Epidemiológicos , Saúde Ocupacional , Pessoa de Meia-Idade
10.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(supl.1): e00081118, 2019. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1001685

RESUMO

Abstract: The objectives were to assess the joint effect of working hours paid per week and multiple job holding on sickness absence, by sex, among basic education teachers in Brazil. This study is based on a survey carried out over a representative sample of 5,116 active basic education teachers in Brazil between 2015 and 2016 (Educatel Study). We created a dummy variable to assess the joint effect of weekly paid working hours [standard (35-40 hours); part-time (< 35 hours); moderately long (41-50 hours); and very long (> 50 hours)] and multiple job holding (working in several schools - no/yes). Working 35-40 hours in one school was the reference category. We conducted Poisson regression models with robust variance to obtain prevalence ratios (PR) and 95% confidence intervals (95%CI) of the association with self-certified sickness absence and medically certified sickness absence. Models were adjusted for age, type of contract and salary, and stratified by sex. Significant associations with sickness absence were only found among teachers working in more than one school. Associations with self-certified sickness absence were found among women with standard and men with moderately long working hours, and for both women and men working > 50 hours (PR: 1.21, 95%CI: 1.09-1.35; PR: 1.40, 95%CI: 1.18-1.66; respectively). Associations with medically certified sickness absence were found among teachers working > 50 hours, among women (PR: 1.30, 95%CI: 1.03-1.63) and men (PR: 1.41, 95%CI: 1.04-1.92). Teachers working longer hours in several schools could be suffering health problems, deriving in work absence.


Resumen: El objetivo de este estudio fue evaluar el efecto conjunto de las horas laborales pagadas semanalmente y pluriempleo, en relación con las ausencias por enfermedad, según el por sexo, entre profesores de educación básica en Brasil. Este estudio se llevó a acabo sobre una encuesta de una muestra representativa de 5.116 profesores activos de educación básica en Brasil, entre 2015 y 2016 (Estudio Educatel). Creamos una variable dummy para evaluar el efecto conjunto de las horas laborales pagadas semanalmente [estándar (35-40 horas); a tiempo parcial (< 35 horas); moderadamente largas (41-50 horas); y muy largas (> 50 horas)] y el pluriempleo (trabajando en varias escuelas no/sí). Estar trabajando 35-40h en una escuela fue la categoría de referencia. Se realizaron modelos de regresión de Poisson con varianza robusta para obtener la razón de prevalencia (RP) e intervalos de 95% de confianza (IC95%) de la asociación con las ausencias por enfermedad justificadas personalmente y las ausencias por enfermedad con certificado médico. Los modelos fueron ajustados por edad, tipo de contrato y salario, y estratificados por sexo. Las asociaciones significativas con ausencias por enfermedad se encontraron sólo entre profesores que trabajaban en más de una escuela. Las asociaciones con las ausencias por enfermedad justificadas personalmente se hallaron entre mujeres con horas de trabajo estándar y hombres con horas de trabajo moderadamente largas, y para ambos, mujeres y hombres trabajando > 50 horas (RP: 1,21, IC95%: 1,09-1,35; RP: 1,40, IC95%: 1,18-1,66; respectivamente). Las asociaciones con las ausencias por enfermedad con certificado médico se hallaron entre profesores trabajando > 50 horas, entre mujeres (RP: 1,30, IC95%: 1,03-1,63) y hombres (RP: 1,41, IC95%: 1,04-1,92). Los profesores que trabajan más horas en varias escuelas podrían estar sufriendo problemas de salud, ocasionando ausencias laborales.


Resumo: O estudo teve como objetivos avaliar o efeito conjunto das horas semanais de trabalho remunerado e do fato de ter vários empregos sobre o absenteísmo por motivo de doença entre professores de ensino básico, desagregado por sexo, no Brasil. Este estudo teve como base um inquérito realizado em uma amostra representativa de 5.116 professores de ensino básico em atividade no Brasil entre 2015 e 2016 (Estudo Educatel). Criamos uma variável dummy para avaliar o efeito conjunto das horas semanais de trabalho remunerado [padrão (35-40 horas); tempo parcial (< 35 horas); semana de trabalho moderadamente longa (41-50 horas) e muito longa (> 50 horas)] e múltiplos empregos (trabalho em mais de uma escola - não/sim). A categoria de referência foi o trabalho em uma única escola durante 35-40 horas semanais. Realizamos modelos de regressão de Poisson com variância robusta para obter razões de prevalência (RP) e intervalos de confiança de 95% (IC95%) para a associação com ausência no trabalho por motivo de saúde alegado pelo próprio indivíduo, e com atestado médico. Os modelos foram ajustados para idade, tipo de vínculo de trabalho e salário, e estratificados por sexo. Os resultados só mostraram associações significativas com absenteísmo por motivo de saúde em professores que trabalhavam em mais de uma escola. Foram observadas associações com ausência por motivo de saúde alegado pelo próprio indivíduo em mulheres com semana de trabalho padrão e em homens com semana moderadamente longa, e em mulheres e homens que trabalhavam mais de 50 horas por semana (RP: 1,21, IC95%: 1,09-1,35; RP: 1,40, IC95%: 1,18-1,66; respectivamente). Foram encontradas associações com ausência com atestado médico entre professores que trabalhavam mais de 50 horas por semana, em mulheres (RP: 1,30, IC95%: 1,03-1,63) e homens (RP: 1,41, IC95%: 1,04-1,92). Professores brasileiros que trabalham horas longas em várias escolas podem sofrer problemas de saúde, levando ao absenteísmo.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Tolerância ao Trabalho Programado , Absenteísmo , Professores Escolares/organização & administração , Fatores Socioeconômicos , Fatores de Tempo , Brasil , Fatores Sexuais , Estudos Transversais , Entrevistas como Assunto , Inquéritos e Questionários , Saúde Ocupacional , Local de Trabalho , Licença Médica/estatística & dados numéricos , Pessoa de Meia-Idade
11.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(supl.1): e00169517, 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1001688

RESUMO

Morbidades em geral e licenças médicas são prevalentes no grupo dos professores da Educação Básica, cuja missão é essencial para a formação dos cidadãos. O objetivo foi produzir informações sobre as características demográficas, características da escola e da rede de ensino, e situação de saúde do grupo que percebeu pressão laboral. A amostra probabilística foi calculada por seleção aleatória simples, de maneira a representar o universo de 2.229.269 professores da Educação Básica no Brasil. O questionário multitemático foi respondido ao telefone. A pergunta que deu origem à variável desfecho, "Você tem dificuldade para faltar ao trabalho mesmo quando está com dor ou outro problema de saúde?", foi testada e validada. A resposta viabilizou operacionalizar empiricamente o conceito de pressão laboral. Utilizou-se o teste do qui-quadrado de Pearson e o método de árvore de decisão na análise multivariada. O ajuste do modelo final foi avaliado por meio da estimativa de risco de classificação incorreta. As subdivisões da árvore indicam o apoio social como o primeiro determinante da pressão laboral, 55% relataram que têm dificuldade para faltar ao trabalho, mesmo quando estão com dor ou qualquer outro problema de saúde, 70% do grupo que avaliou sua saúde como ruim e muito ruim se sentiram pressionados para comparecer ao trabalho quando doentes ou com dor. Os fatores associados foram: fraco apoio social, ambiente agitado em função da indisciplina dos alunos e problema de saúde considerado como doença ocupacional. Diante das metas de valorização dos professores da Educação Básica, diferenciais de gênero e estilos de gestão, além da infraestrutura nas escolas, devem ser considerados.


Morbilidades en general y bajas médicas son prevalentes en el grupo de los profesores de Educación Básica, cuya misión es esencial para la formación de ciudadanos. El objetivo fue producir información sobre las características demográficas, características de la escuela y de la red de enseñanza, y situación de salud del grupo que percibió presión laboral. La muestra probabilística se calculó por selección aleatoria simple, de manera que represente el universo de 2.229.269 profesores de Educación Básica en Brasil. El cuestionario multitemático se respondió por teléfono. La pregunta que dio origen a la variable desenlace: ¿usted tiene dificultad para faltar al trabajo incluso cuando sufre dolor u otro problema de salud? Se probó y validó. La respuesta hizo viable visibilizar empíricamente el concepto de presión laboral. Se utilizó el test del chi-cuadrado de Pearson y el método del árbol de decisión en el análisis multivariado. El ajuste del modelo final se evaluó mediante la estimativa de riesgo de clasificación incorrecta. Las subdivisiones del árbol indican el apoyo social como el primer determinante de presión laboral, un 55% informaron que tienen dificultad para faltar al trabajo, incluso cuando sufren dolor o cualquier otro problema de salud; un 70% del grupo, que evaluó su salud como mala y muy mala, se sintió presionado para comparecer al trabajo cuando estaban enfermos o sufrían dolores. Los factores asociados fueron: escaso apoyo social, ambiente agitado en función de la indisciplina de los alumnos y problema de salud considerado como enfermedad ocupacional. Ante estas metas de valorización de los profesores de educación básica, se deben considerar diferenciales de género y estilos de gestión, además de las infraestructuras en las escuelas.


Diseases in general and work absenteeism due to illness are prevalent among schoolteachers in Basic Education, whose mission is essential for preparing future citizens. This study study aimed to produce information on demographics, characteristics of the schools and school systems, and health status of the group of teachers that felt pressured to work even when sick. The probabilistic sample was calculated by simple random selection in order to represent the total universe of 2,229,269 Brazilian schoolteachers working in Basic Education (preschool-12). Teachers answered a multi-thematic questionnaire by telephone. The question leading to the outcome variable, "Do you experience difficulty missing work even when you're feeling pain or have some other health problem?", was tested and validated. The answer allowed empirically operationalizing the concept of pressure to work when sick. The multivariate analysis used Pearson's chi-square test and the decision tree method. The final model's fit was assessed by estimating the risk of incorrect classification. The tree's subdivisions pointed to weak social support as the first determinant of pressure to work, 55% reported difficulty missing work when they were feeling pain or having some other health problem, and 70% of the group that rated their health as bad or very bad felt pressured to appear for work even when sick or in pain. The associated factors were: weak social support, an agitated workplace due to unruly students, and health problems that were considered work-related diseases. Given the goals of valuing schoolteachers in Basic Education, attention should be given to gender differences, management styles, and infrastructure in the schools.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Nível de Saúde , Local de Trabalho , Absenteísmo , Professores Escolares/organização & administração , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Árvores de Decisões , Fatores Sexuais , Inquéritos e Questionários , Saúde Ocupacional , Análise Espacial , Estresse Ocupacional , Pessoa de Meia-Idade
12.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 23(5): 1363-1374, Mai. 2018. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-890570

RESUMO

Resumo A dor musculoesquelética em profissionais do setor de transporte tem sido relacionada às condições de trabalho. Objetivou-se estimar a prevalência de dor cervical e sua relação com a dor em outros sítios (braços, mãos e ombros). Verificou-se a associação entre dor no pescoço, relacionada ou não à dor nos outros sítios, com os fatores ocupacionais. Estudo transversal, descritivo e analítico. Foram entrevistados 799 motoristas e 708 cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Brasil. Para o desfecho foi considerada a resposta sobre a existência de dor por sítio anatômico. A prevalência de dor musculoesquelética no pescoço foi de 16,3%. Para ombros, braços e mãos foram 15,4%, 13,3% e 6,3%, respectivamente. Aqueles com dor no pescoço apresentaram maiores prevalências de dores nas demais áreas estudadas. Os fatores associados à dor musculoesquelética foram sexo feminino, relato de incapacidade, percepção de ameaça a segurança, vibração, ruído elevado ou insuportável e adoção de postura desconfortável. Os resultados indicaram a elaboração de pistas para transformação do ambiente de trabalho, de maneira a contribuir para a promoção da saúde dos trabalhadores.


Abstract Musculoskeletal pain among professionals in the transport sector has been linked to working conditions. The scope of this study was to assess the prevalence of cervical musculoskeletal pain and its relation to pain in other areas (arms, hands and shoulders). The association between neck pain, related to pain in other areas or otherwise, was checked against occupational factors. A cross-sectional, descriptive and analytical study was conducted with 799 bus drivers and 708 fare collectors of the Metropolitan Region of Belo Horizonte, Brazil. The outcome was characterized according to the positive answer to the question about musculoskeletal pain in the anatomical areas studied. The prevalence of neck pain in the sample was highest at 16.3%, followed by pain in the shoulders 15.4%, arms 13.3% and hands 6.3%. The factors associated with musculoskeletal pain in the sample were being female, complaints of disability, perception of threat to safety, vibration, excessive or unbearable noise and sitting in an uncomfortable posture. The results provide clues to transformation of the workplace, thereby contributing to the enhancement of occupational health.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Meios de Transporte , Saúde Ocupacional , Dor Musculoesquelética/epidemiologia , Doenças Profissionais/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Prevalência , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Fatores de Risco , Cervicalgia/etiologia , Cervicalgia/epidemiologia , Dor Musculoesquelética/etiologia , Pessoa de Meia-Idade , Doenças Profissionais/etiologia
13.
Rev. bras. epidemiol ; 21(supl.1): e180004, 2018. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-977709

RESUMO

RESUMO: Objetivo: Analisar o uso de substâncias psicoativas (tabaco, álcool e drogas ilícitas) em escolares em relação a fatores sociodemográficos, contexto familiar e saúde mental. Métodos: Foram utilizados dados da amostra de 102.301 escolares do nono ano da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2015. Realizou-se o cálculo da prevalência de uso de tabaco e de álcool nos últimos 30 dias e experimentação de drogas, segundo variáveis sociodemográficas, contexto familiar e saúde mental. Procedeu-se a análise univariada, por teste do χ2 de Pearson e cálculo das odds ratios (OR) não ajustadas. Por fim, realizou-se análise multivariada para cada desfecho com as variáveis que apresentaram associação com os desfechos (p < 0,20), calculando-se as OR ajustadas com intervalo de confiança de 95%. Resultados: A prevalência de uso de tabaco foi de 5,6%; do uso de álcool, 23,8%; e da experimentação de drogas, 9,0%. A análise multivariada apontou que, no contexto familiar, morar com os pais, fazer refeição com pais ou responsável e a supervisão familiar foram associados a menor uso de substâncias; enquanto faltar às aulas sem consentimento dos pais aumentou a chance de uso. Maior chance do uso de substâncias esteve ainda associada a cor branca, aumento da idade, trabalhar, sentir-se solitário e ter insônia. Não ter amigos foi associado com uso de drogas e tabaco, porém foi protetor para o uso de álcool. Conclusões: A supervisão familiar foi protetora do uso de substâncias psicoativas em escolares brasileiros, enquanto trabalhar, sentir-se solitário e ter insônia aumentaram suas chances de uso.


ABSTRACT: Aim: To analyze the consumption of tobacco, alcohol and illicit drugs among schoolchildren according to demographic factors, family context and mental health. Methods: We used data from the National School-based Health Survey 2015 and included in the sample 102,301 schoolchildren in the 9th grade. We estimated the prevalence of tobacco and alcohol use in the last 30 days and drug experimentation according to demographic, mental health and family context variables. Then, a bivariate analysis was performed using Pearson's χ2 test and the unadjusted odds ratio (OR) was calculated. Finally, we conducted a multivariate analysis including independent variables with an unadjusted association (p < 0.20), for each outcome, estimating the adjusted OR with a 95% confidence interval. Results: The prevalence of tobacco consumption was 5.6%; alcohol consumption, 23.8%; and drug experimentation, 9.0%. Multivariate analysis has indicated that living with parents, having meals with parents or guardian, and family supervision were associated with lower substance consumption; whereas missing classes without parental consent has increased the chances of substance use. Increased chance of substance use was also associated with white skin color, increasing age, to work, feeling lonely and having insomnia. Not having friends was associated with drug and tobacco use, but this was protective for alcohol consumption. Conclusions: Family supervision was protective for psychoactive substance use among Brazilian schoolchildren, whereas work, loneliness and insomnia have increased their chances of use.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Drogas Ilícitas , Inquéritos Epidemiológicos/estatística & dados numéricos , Consumo de Álcool por Menores/estatística & dados numéricos , Fumar Tabaco/epidemiologia , Relações Pais-Filho , Assunção de Riscos , Instituições Acadêmicas/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Saúde Mental/estatística & dados numéricos , Prevalência , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Comportamento do Adolescente/psicologia , Distribuição por Sexo , Fatores de Proteção , Consumo de Álcool por Menores , Fumar Tabaco/psicologia
14.
Rev. bras. epidemiol ; 21(supl.1): e180018, 2018. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-977703

RESUMO

RESUMO: Introdução : A autoavaliação de saúde (AAS) é um indicador muito estudado entre adultos e idosos, mas pouco explorado em adolescentes. O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência e os fatores associados à autoavaliação ruim do estado de saúde em escolares brasileiros. Métodos : Foram analisados dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada em 2015; as prevalências e os respectivos valores do intervalo de confiança de 95% (IC95%) do indicador autoavaliação ruim do estado de saúde e dos fatores associados foram estimados. Foi realizada a análise de regressão logística múltipla. Resultados : Entre os escolares, 7,1% (IC95% 7,0 - 7,3) relataram autoavaliação ruim do estado de saúde. As características sociodemográficas, como sexo feminino, idade de 15 anos ou mais e raça/cor da pele amarela, parda e indígena; os comportamentos de risco de consumo regular de álcool e experimentação de drogas; e as questões relacionadas à saúde física e emocional mantiveram-se positivamente associadas ao desfecho estudado. Escolaridade materna e procurar serviços de saúde foram protetores. Conclusão : O impacto dos comportamentos de risco à saúde física e emocional necessitam ser abordados entre os estudantes. A escola apresenta-se como espaço seguro e oportuno para a promoção do estilo de vida saudável.


ABSTRACT: Introduction : Health self-assessment (HSA) is a widely studied indicator among adults and the elderly, but not often explored in adolescents. This study aimed to estimate the prevalence of poor self-rated health in Brazilian schoolchildren and associated factors. Methods : Data from the 2015 National Adolescent School-based Health Survey (PeNSE) were analyzed; prevalences and their 95% confidence intervals (95%CI) were estimated for poor self-rated health and associated factors. Multiple logistic regression analysis was performed. Results : A total of 7.1% (95%CI 7.0 - 7.3) of the schoolchildren reported a poor self-assessed health status. Sociodemographic characteristics, such as female gender, 15 years of age or older, yellow, brown and indigenous race/skin color; risk behaviors such as regular alcohol consumption and drug experimentation, and issues related to physical and emotional health remained positively associated with the outcome studied. Protective factors identified were maternal schooling and demand for health services. Conclusion : The impact of risky behaviors on physical and emotional health need to be addressed among students. The school presents itself as a safe and opportune space for promoting a healthy lifestyle.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Autoavaliação (Psicologia) , Nível de Saúde , Inquéritos Epidemiológicos/estatística & dados numéricos , Comportamento do Adolescente/psicologia , Relações Pais-Filho , Percepção , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Saúde Mental/estatística & dados numéricos , Estudos Transversais , Fatores de Risco
15.
Rev. saúde pública ; 51(supl.1): 10s, 2017. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-845915

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To describe the prevalence of work-related musculoskeletal disorder (WMSD) and analyze the factors associated with this outcome in the Brazilian population. METHODS In this cross-sectional, population-based study, we use data from the National Survey on Health (PNS) of 2013. The sample was composed of 60,202 Brazilians aged 18 years or older. The outcome variable was the occurrence of self-reported WMSD. Sociodemographic and occupational characteristics, personal resources, and health conditions were investigated as explanatory variables. Analyses were performed with the software Stata 12.0 and considered the weighting imposed by the sampling design of the study. Then, univariate and multivariate binary logistic models were carried out, considering a significance level of 5%. RESULTS The results obtained indicated that the prevalence of WMSD in the Brazilian population was of 2.5%, ranging from 0.2% (Acre) to 4.2% (Santa Catarina). The factors associated with a greater chance of occurrence of WMSD were: female sex (OR = 2.33; 95%CI 1.72–3.15); be temporarily away from work (OR = 2.44; 95%CI 1.41–4.23); be exposed to noise at the workplace (OR = 2.16; 95%CI 1.68–2.77); seniority equal to or greater than 4.5 years at the current job (OR = 1.37; 95%CI 1.09–1.72); participate in volunteer work (OR = 1.65; 95%CI 1.25–2.17); report medical diagnosis of arthritis or rheumatism (OR = 2.40; 95%CI 1.68–3.44); and depression (OR = 2.48; 95%CI 1.86–3.31). On the other hand, factors associated with less chance of WMSD were: not having a partner (OR = 0.73; 95%CI 0.37–0.71) and working in an open environment (OR = 0.51; 95%CI 0.37–0.71). CONCLUSIONS The associated factors and the prevalence found indicate regional and gender differences. Special attention to comorbidities and environmental noise monitoring would benefit the health of workers in the Country.


RESUMO OBJETIVO Descrever a prevalência de distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (Dort) e analisar os fatores associados com esse desfecho na população brasileira. MÉTODOS Neste estudo transversal, de base populacional, utilizamos dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013. A amostra foi composta por 60.202 brasileiros com 18 anos ou mais de idade. A variável desfecho foi a ocorrência de Dort autorreferida. Como variáveis explicativas, foram investigadas características sociodemográficas, ocupacionais, recursos pessoais e condições de saúde. As análises foram realizadas com o software Stata 12.0 e levaram em consideração as ponderações impostas pelo delineamento amostral do estudo. Foi realizado, então, um modelo logístico binário uni e multivariado, considerando o nível de significância de 5%. RESULTADOS Os resultados obtidos indicaram que a prevalência de Dort na população brasileira foi de 2,5%, variando de 0,2% (Acre) a 4,2% (Santa Catarina). Os fatores associados à maior chance de ocorrência de Dort foram: sexo feminino (OR = 2,33; IC95% 1,72–3,15); estar afastado temporariamente do trabalho (OR = 2,44; IC95% 1,41–4,23); estar exposto a ruído no local de trabalho (OR = 2,16; IC95% 1,68–2,77); antiguidade igual ou superior a 4,5 anos no trabalho atual (OR = 1,37; IC95% 1,09–1,72); participar de trabalho voluntário (OR = 1,65; IC95% 1,25–2,17); relatar diagnóstico médico de artrite ou reumatismo (OR = 2,40; IC95% 1,68–3,44) e de depressão (OR = 2,48; IC95% 1,86–3,31). Por outro lado, foram associados à menor chance de diagnóstico de Dort: não ter parceiro (OR = 0,73; IC95% 0,37–0,71) e trabalhar em ambiente aberto (OR = 0,51; IC95% 0,37–0,71). CONCLUSÕES Os fatores associados e a prevalência encontrada indicam diferenças regionais e de gênero. Especial atenção às comorbidades e monitoramento do ruído ambiental beneficiariam a saúde dos trabalhadores no país.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Transtornos Traumáticos Cumulativos/epidemiologia , Doenças Musculoesqueléticas/epidemiologia , Doenças Profissionais/epidemiologia , Traumatismos Ocupacionais/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Transtornos Traumáticos Cumulativos/classificação , Doenças Musculoesqueléticas/classificação , Prevalência , Características de Residência , Fatores de Risco , Autorrelato , Fatores Sexuais
16.
Cad. saúde pública (Online) ; 33(3): e00166815, 2017. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-839682

RESUMO

Resumo: Objetivou-se explorar a relação entre inserção no mercado de trabalho e as características de pacientes da amostra representativa de 2.475 adultos internados em 26 instituições brasileiras de saúde mental (15 Centros de Atendimento Psicossocial e 11 hospitais). Características sociodemográficas, clínicas e comportamentais foram obtidas de entrevistas estruturadas. Regressão multinomial foi utilizada. Maior probabilidade de afastamento temporário do mercado de trabalho foi observada em pacientes do sexo feminino, solteiros, divorciados ou viúvos, sem moradia estável e internados ou tratados pela primeira vez antes dos 18 anos de idade. Maior probabilidade de afastamento definitivo do mercado de trabalho foi observada entre os mais velhos. Afastamento temporário ou definitivo foi diretamente associado à baixa escolaridade, ao número de internações ao longo da vida e ao diagnóstico de transtorno mental grave; e inversamente associado ao uso de álcool e drogas. As vulnerabilidades ocupacionais identificadas suscitam o debate sobre a formulação de políticas setoriais.


Abstract: The objective was to explore the relationship between labor market participation and patient characteristics in a representative sample of 2,475 adults admitted to 26 Brazilian mental health institutions (15 Centers for Psychosocial Care and 11 hospitals). Socio-demographic, clinical, and behavioral characteristics were obtained with structured interviews. Multinomial regression was used. Increased likelihood of temporary absence from the work market was associated with female gender, single, divorced, or widowed conjugal status, lack of stable housing, and history of first admission or treatment before the age of 18. Increased likelihood of permanent absence from the labor market was associated with older age. Temporary or permanent leave from work was directly associated with low schooling, lifetime hospitalizations, and diagnosis of severe mental disorder and inversely associated with alcohol and drug use. The occupational vulnerabilities identified in the study raise the debate on specific policies for the mental health sector.


Resumen: El objetivo fue investigar la relación entre la inserción en el mercado laboral y las características de los pacientes de una muestra representativa de 2.475 adultos, internados en 26 instituciones brasileñas de salud mental (15 Centros de Atención Psicosocial y 11 hospitales). Las características sociodemográficas, clínicas y comportamentales se obtuvieron de entrevistas estructuradas. Se utilizó la regresión multinomial en el estudio. Una mayor probabilidad de apartarse temporalmente del mercado de trabajo se observó en pacientes del sexo femenino, solteros, divorciados o viudos, sin vivienda estable e internados o tratados por primera vez antes de los 18 años de edad. Una mayor probabilidad de abandonar definitivamente del mercado laboral se observó entre los más viejos. El abandono temporal o definitivo del mercado laboral se asoció directamente a la baja escolaridad, al número de internamientos a lo largo de la vida y al diagnóstico de trastorno mental grave; e inversamente asociado al uso de alcohol y drogas. Las vulnerabilidades ocupacionales identificadas suscitan el debate sobre la formulación de políticas sectoriales.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Emprego/estatística & dados numéricos , Transtornos Mentais/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Hospitais Psiquiátricos
17.
Cad. saúde pública ; 31(9): 1953-1963, Set. 2015. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-765128

RESUMO

Objetivou-se verificar a associação entre o diagnóstico de perda auditiva autorrelatado por trabalhadores do transporte urbano da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, e fatores individuais e ocupacionais. O tamanho da amostra foi calculado por quotas e estratificado por ocupação (motoristas e cobradores) nas empresas de Belo Horizonte, Betim e Contagem. A coleta de dados foi realizada face a face com o auxílio de netbooks pelos entrevistadores. A variável resposta foi definida pela resposta positiva à pergunta sobre a vigência de diagnóstico médico de perda auditiva. As variáveis independentes foram organizadas em 3 blocos: características sociodemográficas, estilo de vida e aspectos do trabalho. O diagnóstico de perda auditiva foi mencionado por 213 dos 1.527 trabalhadores e esteve associado à idade e ao diagnóstico de zumbido. Na esfera ocupacional, destacaram-se o absenteísmo-doença, antiguidade no cargo e dois riscos ambientais: ruído insuportável e vibração de corpo inteiro. Medidas de prevenção da perda auditiva para os trabalhadores do transporte urbano são necessárias.


This study analyzed the association between self-reported diagnosis of hearing loss and individual and occupational factors among urban transportation workers in Greater Metropolitan Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil. The sample size was calculated by quotas and stratified by occupation (drivers and fare collectors) in the urban transportation companies in Belo Horizonte, Betim, and Contagem. Data were collected with face-to-face interviews and recorded by the interviewers on netbooks. The dependent variable was defined as an affirmative response to the question on prevailing medical diagnosis of hearing loss. The independent variables were organized in three blocks: social and demographic characteristics, lifestyle, and work aspects. Diagnosis of hearing loss was reported by 213 of the 1,527 workers and was associated with age and diagnosis of tinnitus. At the occupational level, hearing loss was associated with history of sick leave, time-on-the-job, and two environmental risks, unbearable noise and whole-body vibration. Measures to prevent hearing loss are needed for urban transportation workers.


El objetivo del presente trabajo es verificar la asociación entre el diagnóstico de la pérdida auditiva autoinformado por trabajadores del transporte urbano de la Región Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, y factores individuales y ocupacionales. El tamaño de la muestra fue calculado por cuotas y estratificación por ocupación (conductores y cobradores) en las empresas de Belo Horizonte, Betim y Contagem. La variable respuesta fue definida por la respuesta positiva a la pregunta sobre la vigencia de diagnóstico médico de pérdida auditiva. Se organizaron las variables independientes en tres bloques: características sociodemográficas, estilo de vida y aspectos del trabajo. De los 1527 trabajadores, 213 mencionaron el diagnóstico de pérdida auditiva, que se mostró asociado a la edad y al diagnóstico del zumbido. En la esfera ocupacional, se destacaron el absentismo-enfermedad, antigüedad en el cargo y dos riesgos ambientales: ruido excesivo y vibración del cuerpo entero. Es necesario que se tomen medidas para prevenir la pérdida auditiva de los trabajadores del transporte urbano.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Perda Auditiva/diagnóstico , Ruído dos Transportes/efeitos adversos , Doenças Profissionais/diagnóstico , Condução de Veículo , Brasil , Estudos Transversais , Autoavaliação Diagnóstica , Perda Auditiva/etiologia , Doenças Profissionais/etiologia , Fatores de Risco , Fatores Socioeconômicos , Meios de Transporte , População Urbana
18.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 19(12): 4727-4738, dez. 2014. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-727761

RESUMO

Este artigo buscou descrever o perfil dos trabalhadores no setor público municipal em relação à ocorrência autorreferida de dor musculoesquelética (DME). Em 2009, foi realizado um estudo seccional em Belo Horizonte que avaliou características sociodemográficas, funcionais, condição de saúde, hábitos e qualidade de vida, por meio de questionário autoaplicado. Utilizou-se o método Grade of Membership (GoM) para definir os perfis e os graus de pertencimento a cada perfil particular. Três perfis de referência foram identificados: trabalhador com dor; trabalhador sem dor; não respondentes. Diante dos perfis de referência, a tipologia de associação entre trabalho e ocorrência autorreferida de DME classificou 89,9% da amostra. A tipologia foi organizada em cinco perfis: misto (4,1%); trabalhador doente (12,0%); trabalhador mais vulnerável à DME (16,9%); trabalhador menos vulnerável à DME (22,6%); e trabalhador saudável (34,3%). A análise dos perfis permitiu esclarecer as conexões entre DME e os fatores físicos e psicossociais do trabalho no serviço público municipal, indicando vias para a reflexão sobre as iniquidades em saúde musculoesquelética e a vulnerabilidade ocupacional.


This article seeks to describe the profile of workers in the municipal public sector in relation to the occurrence of self-reported musculoskeletal pain (MSP). In 2009, a cross-sectional study was conducted in Belo Horizonte that assessed sociodemographic characteristics, functional health status, habits and quality of life, through a self-applied questionnaire. We used the Grade of Membership method (GoM) to define the profiles and the degree of belonging to each particular profile. Three reference profiles were identified: worker with pain; worker without pain, non-respondents. Given the reference profiles, the typology of association between work and self-reported occurrence of MSP classified 89.9% of the sample. The typology was organized into five profiles: mixed (4.1%); sick worker (12.0%); worker more vulnerable to MSP (16.9%); worker less vulnerable to MSP (22.6%); healthy worker (34.3%). The analysis made it possible to clarify the connections between MSP and the physical and psychosocial factors at work in the municipal public service, indicating avenues for further reflection on the inequities in musculoskeletal health and occupational vulnerability.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Setor Público , Dor Musculoesquelética/epidemiologia , Doenças Profissionais/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Autorrelato
19.
Rev. saúde pública ; 48(5): 750-757, 10/2014. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-727261

RESUMO

OBJECTIVE To analyze the factors associated with back pain in adults who live in quilombola territories. METHODS A population-based survey was performed on quilombola communities of Vitória da Conquista, state of Bahia, Northeastern Brazil. The sample (n = 750) was established via a raffle of residences. Semi-structured interviews were conducted to investigate sociodemographics and employment characteristics, lifestyle, and health conditions. The outcome was analyzed as a dichotomous variable (Poisson regression). RESULTS The prevalence of back pain was of 39.3%. Age ≥ 30 years and being a smoker were associated with the outcome. The employment status was not related to back pain. CONCLUSIONS The survey identified a high prevalence of back pain in adults. It is suggested to support the restructuring of the local public service in order to outline programs and access to healthy practices, assistance, diagnosis, and treatment of spine problems. .


OBJETIVO Analisar os fatores associados à dor nas costas em adultos residentes em territórios quilombolas. MÉTODOS Inquérito de base populacional foi realizado em 2011 em comunidades quilombolas de Vitória da Conquista, estado da Bahia, Brasil. A amostra (n = 750) foi estabelecida por meio de sorteio de domicílios. Entrevistas semiestruturadas foram realizadas para investigar características sociodemográficas e de emprego, hábitos de vida e estado de saúde. O desfecho foi analisado como variável dicotômica (regressão de Poisson). RESULTADOS A prevalência de dor nas costas foi 39,3%. Idade ≥ 30 anos e ser fumante foram associados ao desfecho. A situação de emprego não se associou à dor nas costas. CONCLUSÕES O inquérito identificou alta prevalência de dor nas costas em adultos. Sugere-se apoiar a (re)estruturação dos serviços públicos locais, a fim de delinear programas e acesso dos adultos quilombolas às práticas saudáveis, à assistência, ao diagnóstico e ao tratamento dos problemas da coluna vertebral. .


Assuntos
Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , População Negra/estatística & dados numéricos , Dor nas Costas/epidemiologia , Distribuição por Idade , Brasil/epidemiologia , Métodos Epidemiológicos , Fatores Socioeconômicos
20.
Cad. saúde pública ; 29(12): 2473-2486, Dez. 2013. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-697451

RESUMO

A prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) contribui para a carga mundial de doenças. O objetivo foi descrever a prevalência de TMC numa amostra de motoristas e cobradores da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, e verificar se as condições do trânsito e as condições internas aos ônibus estavam associadas ao desfecho. Os respondentes foram 1.607 trabalhadores. A amostra não probabilística foi estimada de acordo com as quotas do efetivo distribuído nas empresas de ônibus (n = 17.470). As entrevistas face a face utilizaram o questionário digital. Trânsito ruim perdeu significância estatística na análise multivariável; renda mais elevada e condições de trabalho e de segurança inadequadas mantiveram-se associadas ao desfecho. Comportamentos nocivos e situação vulnerável de saúde foram associados com TMC. Abordar a saúde dos trabalhadores dos ônibus urbanos é uma rara contribuição que pode amparar a elaboração de políticas públicas dirigidas às populações metropolitanas.


Common mental disorders (CMD) contribute to overall burden of disease. The current study aimed to describe the prevalence of CMD among a sample of bus drivers and fare collectors in Greater Metropolitan Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil, and investigate whether traffic conditions and conditions inside buses were associated with the outcome. This non-probabilistic sample of 1,607 workers was estimated from the size of the effective workforce (n = 17,470). Face-to-face interviews used a digital questionnaire with online data processing. Overall prevalence of CMD was 23.6%. Bad traffic conditions lost statistical significance in the multivariate analysis, while higher income and adverse working conditions and inadequate safety remained associated with the outcome. Harmful behavior and vulnerable health situations were associated with CMD. This study of urban bus workers' health is a unique contribution that can provide backing for public policies targeting metropolitan populations.


La prevalencia de enajenaciones mentales comunes contribuye a la carga mundial de enfermedades. El objetivo fue retratar la prevalencia de trastornos mentales comunes (TMC) en una muestra de conductores y cobradores del área metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, y verificar si las condiciones del tráfico y las condiciones del interior de los autobuses estaban asociadas al resultado. Los entrevistados fueron 1.607 trabajadores. La muestra no probabilística fue estimada de acuerdo con las cuotas del efectivo distribuido en las empresas de autobuses (n = 17.470). Las encuestas cara a cara utilizaron el cuestionario digital. El tráfico malo perdió significación estadística en el análisis multivariable; renta más elevada y condiciones de trabajo y de seguridad inadecuados se mantuvieron asociados al resultado. Comportamientos nocivos y situación vulnerable de salud se asociaron con TMC. Plantear la salud de los trabajadores de autobuses urbanos es una contribución rara que puede apoyarse la elaboración de políticas públicas dirigidas a las poblaciones metropolitanas.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Condução de Veículo/psicologia , Transtornos Mentais/epidemiologia , Doenças Profissionais/epidemiologia , Meios de Transporte/estatística & dados numéricos , Condução de Veículo/estatística & dados numéricos , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Transtornos Mentais/complicações , Doenças Profissionais/etiologia , Prevalência , Setor Público , Fatores de Risco , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos e Questionários , População Urbana
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