Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 90
Filtrar
Mais filtros







Intervalo de ano de publicação
1.
Arq. bras. cardiol ; 120(12): e20230409, dez. 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1533711

RESUMO

Resumo Fundamento A rigidez arterial pode afetar diretamente os rins, que são perfundidos passivamente por alto fluxo. No entanto, determinar se a relação entre rigidez arterial e função renal depende das condições de diabetes e hipertensão é uma questão controversa. Objetivo Investigar a relação entre a rigidez arterial, por velocidade da onda de pulso carotídea-femoral (VOPcf), e a incidência de doença renal crônica (DRC) em indivíduos e verificar se essa associação está presente em indivíduos sem hipertensão e diabetes. Métodos Estudo longitudinal com 11.647 participantes do ELSA-Brasil acompanhados por quatro anos (2008/10-2012/14). A VOPcf basal foi agrupada por quartil, de acordo com pontos de corte específicos com relação a sexo. A presença de DRC foi verificada pela taxa de filtração glomerular (TFGe-CKD-EPI) < 60 ml/min/1,73 m2 e/ou relação albumina/creatinina ≥ 30 mg/g. Modelos de regressão logística foram executados para toda a coorte e uma subamostra livre de hipertensão e diabetes no início do estudo, após ajuste para idade, sexo, raça, escolaridade, tabagismo, relação colesterol/HDL, índice de massa corporal, diabetes, uso de anti-hipertensivos, pressão arterial sistólica, frequência cardíaca e doenças cardiovasculares. A significância estatística foi fixada em 5%. Resultados A chance de DRC foi de 42% (IC de 95%: 1,05;1,92) maior entre indivíduos no quartil superior da VOPcf. Entre os participantes normotensos e não diabéticos, os indivíduos do 2º, 3º e 4º quartis da VOPcf apresentaram maiores chances de desenvolver DRC, quando comparados aos do quartil inferior, sendo a magnitude dessa associação maior para aqueles do quartil superior (OR: 1,81 IC de 95%: 1,14;2,86). Conclusão A maior VOPcf aumentou as chances de DRC, e sugere que esse efeito é ainda maior em indivíduos sem diabetes e hipertensão.


Abstract Background Arterial stiffening can directly affect the kidneys, which are passively perfused by a high flow. However, whether the relation between arterial stiffness and renal function depends on diabetes and hypertension conditions, is a matter of debate. Objective To investigate the relationship between arterial stiffening by carotid-to-femoral pulse wave velocity (cfPWV) and chronic kidney disease (CKD) incidence in individuals and verify whether this association is present in individuals without hypertension and diabetes. Methods A longitudinal study of 11,647 participants of the ELSA-Brasil followed up for four years (2008/10-2012/14). Baseline cfPWV was grouped per quartile, according to sex-specific cut-offs. Presence of CKD was ascertained by glomerular filtration rate (eGFR-CKD-EPI) < 60 ml/min/1.73 m2 and/or albumin-to-creatinine ratio ≥ 30 mg/g. Logistic regression models were run for the whole cohort and a subsample free from hypertension and diabetes at baseline, after adjustment for age, sex, race, schooling, smoking, cholesterol/HDL ratio, body mass index, diabetes, use of antihypertensive, systolic blood pressure, heart rate, and cardiovascular disease. Statistical significance was set at 5%. Results The chance of CKD was 42% (CI 95%: 1.05;1.92) greater among individuals in the upper quartile of cfPWV. Among normotensive, non-diabetic participants, individuals in the 2nd, 3rd, and 4th quartiles of cfPWV presented greater chances of developing CKD, as compared to those in the lower quartile, and the magnitude of this association was the greatest for those in the upper quartile (OR: 1.81 CI 95%: 1.14;2.86). Conclusion Higher cfPWV increased the chances of CKD and suggests that this effect is even greater in individuals without diabetes and hypertension.

2.
Rev. bras. epidemiol ; 26: e230057, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1529849

RESUMO

ABSTRACT Objective: To evaluate accuracy and agreement between creatinine clearance (CrCl) measured in 12-h urine and glomerular filtration rate (GFR) calculated by the Modification of Diet in Renal Disease (MDRD-4) and the Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration (CKD-EPI) formulas, with and without adjustment for race/color. Methods: Baseline data from the Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brazil) in adults (35-74 years of age) of both genders were used. Serum creatinine was measured in fasting blood and urinary creatinine was measured in an overnight 12-h urine collect. The agreement between CrCl and the calculated GFR was analyzed by the Bland-Altman method. One-way analysis of variance (ANOVA) with race/color factor was used to verify differences between means of CrCl and GFR with and without correction for race/color. Statistical significance was accepted for p<0.05. Results: From 15,105 participants in the ELSA-Brazil, 12,813 had a validated urine collect. The Bland-Altman diagrams showed that formulas and CrCl agree with each other with a better accuracy for GFR <90 mL/.min x 1.73m2. The adjustment by race/color increased data dispersion. In this range, one-way ANOVA of CrCl with race/color factor showed similarity between groups (p=0.27). Conclusion: MDRD-4 and CKD-EPI are useful formulas for screening cases of chronic kidney disease, and correction by race/color, only in blacks or in black and brown subjects, proved to be unnecessary and reduced the reliability of the equations.


RESUMO Objetivo: Avaliar a acurácia e a concordância entre o clearance de creatinina (ClCr) medido na urina de 12 h e a taxa de filtração glomerular (TFG) calculada pelas fórmulas Modification of Diet in Renal Disease (MDRD-4) e Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration (CKD-EPI), com e sem ajuste por raça/cor. Métodos: Foram usados dados da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), em adultos (35-74 anos) de ambos os sexos. A creatinina sérica foi medida no sangue em jejum e a creatinina urinária foi medida na urina de 12 h coletada no período noturno. A concordância entre o ClCr e a TFG calculada pelas fórmulas foi analisada pelo método de Bland-Altman. Análise de variância (ANOVA) de uma via com fator raça/cor foi usada para comparar médias do ClCr e da TFG calculadas com e sem ajuste por raça/cor. A significância estatística foi aceita para p<0,05. Resultados: Dos 15.105 participantes do ELSA-Brasil, 12.813 tiveram a coleta urinária de 12 h validada. Os diagramas de Bland-Altman mostraram que as fórmulas e o ClCr concordam entre si e têm melhor acurácia para TFG <90 mL/min/1,73m2, e que o ajuste por raça/cor aumenta a dispersão dos dados. Nessa faixa, a ANOVA de uma via do ClCr com fator raça/cor mostrou semelhança entre grupos (p=0,27). Conclusão: MDRD-4 e CKD-EPI são fórmulas adequadas para rastreamento da doença renal crônica na população brasileira, sendo desnecessário o ajuste por raça/cor para o uso desses instrumentos, uma vez que a introdução do ajuste tanto em pretos quanto em pretos e pardos diminuiu a acurácia dos métodos.

3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(1): e00341920, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1355978

RESUMO

Resumo: Pretos e pardos apresentam grandes desvantagens de saúde, possuem menores chances de ascensão na hierarquia social no curso de vida e menores níveis socioeconômicos do que brancos como resultado do racismo estrutural. Entretanto, pouco se sabe sobre o papel mediador da mobilidade intergeracional na associação entre racismo e saúde. O objetivo do presente estudo foi investigar a associação entre racismo e a autoavaliação de saúde, e verificar em que medida a mobilidade social intergeracional media essa associação. Estudo transversal realizado com dados de 14.386 participantes da linha de base (2008-2010) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Escolaridade materna, escolaridade do participante, classe sócio-ocupacional do chefe de família e classe sócio-ocupacional do participante compuseram os indicadores de mobilidade social intergeracional (educacional e sócio-ocupacional). Modelos de regressão logística foram utilizados. A prevalência de autoavaliação de saúde ruim foi de 15%, 24% e 28% entre brancos, pardos e pretos, respectivamente. Após ajustes por idade, sexo e centro de investigação foram encontradas maiores chances de autoavaliação de saúde ruim entre pretos (OR = 2,15; IC95%: 1,92-2,41) e pardos (OR = 1,82; IC95%: 1,64-2,01) quando comparados aos brancos. A mobilidade educacional e sócio-ocupacional intergeracional mediaram, respectivamente, 66% e 53% da associação entre a raça/cor e autoavaliação de saúde ruim em pretos, e 61% e 51% em pardos, respectivamente. Resultados confirmam a iniquidade racial na autoavaliação de saúde e apontam que a mobilidade social intergeracional desfavorável é um importante mecanismo para explicar essa iniquidade.


Resumen: Negros y mulatos presentan grandes desventajas de salud, poseen menores oportunidades de ascensión en la jerarquía social en el trascurso de su vida, y menores niveles socioeconómicos que los blancos, como resultado del racismo estructural. No obstante, poco se sabe sobre el papel mediador de la movilidad intergeneracional en la asociación entre racismo y salud. El objetivo de este estudio fue investigar la asociación entre racismo y autoevaluación de salud, así como verificar en qué medida la movilidad social intergeneracional interfiere en esa asociación. Se trata de un estudio transversal, realizado con datos de 14.386 participantes de la base de referencia (2008-2010) del Estudio Longitudinal de Salud de Adultos (ELSA-Brasil). La escolaridad materna, del participante, clase socio-ocupacional del jefe de familia y clase socio-ocupacional del participante compusieron los indicadores de movilidad social intergeneracional (educacional y socio-ocupacional). Se utilizaron modelos de regresión logística. La prevalencia de autoevaluación de mala salud fue de 15%, 24% y 28% entre blancos, mulatos/mestizos y negros, respectivamente. Tras los ajustes por edad, sexo y centro de investigación, se encontraron mayores oportunidades de autoevaluación de mala salud entre negros (OR = 2,15; IC95%: 1,92-2,41) y mulatos/mestizos (OR = 1,82; IC95%: 1,64-2,01), cuando se compara con los blancos. La movilidad educacional y socio-ocupacional intergeneracional mediaron, respectivamente, 66% y 53% de la asociación entre raza/color y autoevaluación de mala salud en negros, y 61% y 51% en mulatos/mestizos, respectivamente. Los resultados confirman la inequidad racial en la autoevaluación de salud y apuntan que la movilidad social intergeneracional desfavorable es un importante mecanismo para explicar esa inequidad.


Abstract: Blacks and Browns have major health disadvantages, are less likely to rise in the social hierarchy throughout the course of life, and pertain to lower socioeconomic levels than Whites as a result of structural racism. However, little is known about the mediating role of intergenerational mobility in the association between race/skin color and health. The aim of the present study was to investigate the association between racism and self-rated health and to verify to what extent intergenerational social mobility mediates this association. This was a cross-sectional study conducted with data from 14,386 participants from the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil) baseline (2008-2010). Maternal education, education of the participant, socio-occupational class of the head of household, and socio-occupational class of the participant were used in the indicators of intergenerational social mobility (educational and socio-occupational). Logistic regression models were used. The prevalence of poor self-rated health was 15%, 24%, and 28% among Whites, Browns, and Blacks, respectively. After adjustments for age, sex, and research center, greater chances of poor self-rated health were found among Blacks (OR = 2.15; 95%CI: 1.92-2.41) and Browns (OR = 1.82; 95%CI: 1.64-2.01) when compared to Whites. Intergenerational educational and socio-occupational mobility mediated, respectively, 66% and 53% of the association between race/color and poor self-rated health in Blacks, and 61% and 51% in Browns, respectively. Results confirm racial iniquity in self-rated health and point out that unfavorable intergenerational social mobility is an important mechanism to explain this iniquity.


Assuntos
Humanos , Adulto , Mobilidade Social , Racismo , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Estudos Longitudinais
4.
Arq. bras. cardiol ; 117(3): 426-434, Sept. 2021. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1339193

RESUMO

Resumo Fundamento: A fibrilação ou flutter atrial (FFA) é a arritmia cardíaca sustentada mais comum. Existem poucos dados sobre a epidemiologia da FFA na América do Sul. Objetivo: O presente estudo procurou descrever a epidemiologia clínica da FFA e o uso de anticoagulantes na avaliação da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Métodos: Foram analisados dados de 13.260 participantes do ELSA-Brasil. A FFA foi definida pelo eletrocardiograma ou por autorrelato. Modelos de regressão logística foram construídos para analisar fatores associados à FFA. Este estudo também analisou se idade e sexo estavam associados ao uso de anticoagulantes para evitar acidente vascular cerebral. O nível de significância foi de 5%. Resultados: A idade mediana foi de 51 anos, e 7.213 (54,4%) participantes eram mulheres. A FFA foi detectada em 333 (2,5%) participantes. O aumento da idade (razão de chances [RC]:1,05; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1,04-1,07), hipertensão (RC:1,44; IC95%:1,14-1,81) coronariopatia (RC: 5,11; IC95%:3,85-6,79), insuficiência cardíaca (RC:7,37; IC95%:5,00-10,87) e febre reumática (RC:3,38; IC95%:2,28-5,02) foram associadas à FFA. Dos 185 participantes com FFA e pontuação no CHA2DS2-VASc≥2, apenas 20 (10,8%) usavam anticoagulantes (50,0% entre aqueles com FFA no eletrocardiograma de linha de base). O uso de anticoagulantes nesse grupo foi associado a maior idade (1,8% vs 17,7% naqueles com idade ≤ 54 e ≥ 65 anos, respectivamente; p=0,013). Observou-se uma tendência ao menor uso de anticoagulantes em mulheres (7,1% vs. 16,4% em mulheres e homens, respectivamente; p=0,055). Conclusões: No recrutamento do ELSA-Brasil, 2,5% dos participantes tinham FFA. O baixo uso de anticoagulantes era comum, o que representa um desafio para os cuidados de saúde nesse cenário.


Abstract Background: Atrial fibrillation or flutter (AFF) is the most common sustained cardiac arrhythmia. Limited data can be found on AFF epidemiology in South America. Objective: The present study sought to describe the clinical epidemiology of AFF and the use of stroke prevention medication in the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil) baseline assessment. Methods: This study analyzed data from 13,260 ELSA-Brasil participants. AFF was defined according to ECG recording or by self-report. Logistic regression models were built to analyze factors associated with AFF. This study also analyzed if age and sex were associated with anticoagulant use for stroke prevention. Significance level was set at 5%. Results: Median age was 51 years and 7,213 (54.4%) participants were women. AFF was present in 333 (2.5%) participants. Increasing age (odds ratio [OR]:1.05; 95% confidence interval [95%CI]: 1.04-1.07), hypertension (OR:1.44; 95%CI: 1.14-1.81), coronary heart disease (OR: 5.11; 95%CI: 3.85-6.79), heart failure (OR:7.37; 95%CI: 5.00-10.87), and rheumatic fever (OR:3.38; 95%CI: 2.28-5.02) were associated with AFF. From 185 participants with AFF and a CHA2DS2-VASc score ≥2, only 20 (10.8%) used anticoagulants (50.0% among those with AFF in the baseline ECG). Stroke prevention in this group was associated with a higher age (1.8% vs 17.7% in those aged ≤ 54 and ≥ 65 years, respectively; p=0.013). A trend towards a reduced anticoagulant use was observed in women (7.1% vs. 16.4% in women and men, respectively; p=0.055). Conclusions: At the ELSA-Brasil baseline, 2.5% of the participants had AFF. The lack of stroke prevention was common, which is an especially challenging point for healthcare in this setting.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Idoso , Fibrilação Atrial/diagnóstico , Fibrilação Atrial/epidemiologia , Acidente Vascular Cerebral/diagnóstico , Acidente Vascular Cerebral/prevenção & controle , Acidente Vascular Cerebral/epidemiologia , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Estudos Longitudinais , Medição de Risco , Eletrocardiografia , Autorrelato , Pessoa de Meia-Idade , Anticoagulantes/uso terapêutico
5.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(9): e00168918, 2021. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1345629

RESUMO

Abstract: The objective of the present study was to evaluate the association between social position and anthropometric status in women and men Brazilian adult. This was a cross-sectional study that used baseline data collected from 2008 to 2010 for the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil, in Portuguese), in the six major Brazilian state capital cities. A total of 15,105 active and retired civil servants aged from 35 to 74 years. Two latent variables were defined by latent class analysis, social position and anthropometric status. Both constructs and the analyses were separately evaluated by sex. Associations were assessed using multivariate logistic regression analysis with adjustment for age, self-reported skin color/race, and marital status. Around 44% of the women and 26% of the men were classified as overweight or obese. Social position tended to be lower in women (43.2%) and higher among men (40.4%). Heavier women were more likely to be black and brown-skinned, whereas slimmer women were more likely to be white. After adjustment, women's weight increased as social position decreased (OR = 1.52; 95%CI: 1.36-1.70), whereas in men weight decreased as social position decreased (OR = 0.87; 95%CI: 0.76-0.99). Social position affected the anthropometric status of women and men differently, with body patterns also being affected by ethnicity/skin color, showing the potentiality of taking the intersectional perspective when investigating the possible social determinants of the phenomenon.


Resumo: O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre posição social e o estado antropométrico em brasileiros adultos de ambos os sexos. O estudo transversal usou dados coletados entre 2008 e 2010 pelo Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), nas seis maiores capitais brasileiras. Um total de 15.105 funcionários públicos, ativos e aposentados, de ambos os sexos, entre 35 e 74 anos de idade. Duas variáveis latentes foram definidas pela análise de classes latentes: posição social e estado antropométrico. Os construtos e análises foram avaliados separadamente por sexo. As associações foram avaliadas com o uso de análise de regressão logística multivariada, ajustada para idade, cor/raça e estado civil. Em torno de 44% das mulheres e 26% dos homens foram classificados com sobrepeso ou obesidade. A posição social tendia a ser mais baixa nas mulheres (43,2%) e mais alta nos homens (40,4%). Houve uma proporção maior de mulheres com sobrepeso ou obesidade entre as pretas e pardas, e proporção maior de mulheres magras entre as brancas. Nas mulheres, após ajustes, o peso aumentava na medida em que a posição social diminuía (OR = 1,52; IC95%: 1,36-1,70), enquanto nos homens o peso diminuía junto com a diminuição da posição social (OR = 0,87; IC95%: 0,76-0,99). A posição social afetou de maneira diferente o estado antropométrico de mulheres e homens, com perfis corporais afetados também pela raça/cor da pele, indicando o potencial de levar em conta a perspectiva interseccional ao investigar os possíveis determinantes sociais do fenômeno.


Resumen: El objetivo de este estudio fue evaluar la asociación entre posición social y estatus antropométrico de adultos brasileños de ambos sexos. Fue un estudio transversal, realizado usando datos de referencia recogidos entre 2008 y 2010, del Estudio Longitudinal Brasileño de Salud en Adultos (ELSA-Brasil), llevado a cabo en seis de las mayores capitales de estado brasileñas. Un total de 15.105 activos y jubilados, mujeres y hombres funcionarios públicos de 35 a 74 años de edad. Se definieron dos variables latentes mediante análisis de clases latentes: posición social y estatus antropométrico. Ambos constructos y análisis fueron evaluados separadamente por sexo. Las asociaciones fueron evaluadas usando una regresión logística multivariada con ajuste por edad, color de piel/raza autoinformado y estatus marital. Alrededor de un 44% de las mujeres y un 26% de los hombres fueron clasificados como con sobrepeso u obesos. La posición social tendió a ser más baja en mujeres (43,2%) y más alta entre hombres (40,4%). Las mujeres con más peso tenían más probabilidad de ser negras y mulatas/mestizas y las mujeres más delgadas tenían más probabilidad de ser blancas. En mujeres, tras el ajuste, se incrementó más el peso cuanto mayor decrecía la posición social (OR = 1,52; IC95%: 1,36-1,70), mientras en hombres el peso decrecía al igual que la posición social (OR = 0,87; IC95%: 0,76-0,99). La posición social afectó diferentemente al estatus antropométrico de mujeres y hombres, con los patrones corporales también estando afectados por etnicidad/color de piel, mostrando su potencialidad tomando en consideración la perspectiva transversal, cuando se está investigando los posibles determinantes sociales del fenómeno.


Assuntos
Humanos , Animais , Masculino , Adulto , Classe Social , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Estudos Transversais , Estudos Longitudinais , Análise de Classes Latentes
6.
Arq. neuropsiquiatr ; 78(11): 672-680, Nov. 2020. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1142367

RESUMO

ABSTRACT Background: Most studies that analyze the association between serum folate levels and cognitive function either restrict their assessments to specific clinical scenarios or do not include middle-aged individuals, to whom strategies for preventing cognitive impairment may be more feasible. Objective: To examine the association between serum folate levels and cognitive function in the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil) baseline assessment. Methods: Data from 4,571 ELSA-Brasil participants who live in the state of São Paulo, aged 35-74 years, were analyzed. The word list learning, delayed recall, word recognition, verbal fluency, and Trail Making Test Part B consisted in the cognitive tests. For each test, age, sex, and education-specific standardized scores and a global cognitive score were calculated. Crude and adjusted linear regression models were used to examine the associations of serum folate levels with cognitive test scores. Results: In multivariable-adjusted models, serum folate was not associated with global cognitive score (β=-0.043; 95% confidence interval [95%CI] -0.135 to 0.050 for lowest vs. highest quintile group), nor with any cognitive test performance. We did not find associations between serum folate and global cognitive scores in subgroups stratified by age, sex, or use of vitamin supplements either. Conclusions: We did not find significant associations between serum folate and cognitive performance in this large sample, which is characterized by a context of food fortification policies and a consequent low frequency of folate deficiency. Positive results from previous studies may not apply to the increasingly common contexts in which food fortification is implemented, or to younger individuals.


RESUMO Introdução: A maioria dos estudos que analisam a associação entre os níveis séricos de folato e a função cognitiva restringem suas avaliações a cenários clínicos específicos ou não incluem indivíduos de meia idade, nos quais estratégias preventivas para a função cognitiva podem ser mais viáveis. Objetivo: Examinar a associação entre os níveis séricos de folato e a função cognitiva na avaliação inicial do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Métodos: Foram analisados dados de 4.571 participantes do ELSA-Brasil em São Paulo, com idades entre 35 e 74 anos. Os testes cognitivos foram aprendizagem, recordatório tardio e reconhecimento de lista de palavras; fluência verbal e teste de trilhas parte B. Calculamos, para cada teste e globalmente, escores padronizados para idade, sexo e educação. Foram utilizados modelos de regressão linear para examinar as associações dos níveis séricos de folato com o desempenho nos testes cognitivos. Resultados: Em modelos ajustados para múltiplas variáveis, o folato sérico não esteve associado ao escore cognitivo global (β=-0,043; intervalo de confiança de 95%: [IC95%] -0,135 a 0,050 para 1º vs. 5º quintil), ou desempenho em qualquer teste cognitivo. Também não encontramos associações entre folato sérico e escores cognitivos globais em subgrupos estratificados por idade, sexo ou uso de suplementos vitamínicos. Conclusões: Não encontramos associações significativas entre folato sérico e desempenho cognitivo nesta grande amostra, caracterizada por um cenário sob políticas de fortificação alimentar e consequente baixa frequência de deficiência de folato. Resultados positivos de estudos anteriores podem não se aplicar às situações cada vez mais comuns em que a fortificação de alimentos é implementada, ou a indivíduos mais jovens.


Assuntos
Humanos , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Cognição , Disfunção Cognitiva , Brasil , Estudos Transversais , Estudos Longitudinais , Ácido Fólico
7.
Rev. bras. epidemiol ; 23: e200077, 2020. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1126039

RESUMO

ABSTRACT: Objective: To estimate the prevalence of polypharmacy, describe the pharmacotherapeutic classes used, and investigate whether polypharmacy is associated with demographic and socioeconomic indicators, regardless of the number of diseases, among participants in the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil) baseline (2008-2010). Method: In this analysis, 14,523 adults and elderly (35-74 years) participated. Polypharmacy was characterized as regular use of five or more medicines. The demographic and socioeconomic indicators analyzed were: gender, age, education level, per capita family income, and access to private health insurance. The independent association between demographic and economic indicators and polypharmacy was estimated by binary logistic regression. Results: The prevalence of polypharmacy was 11.7%. The most used drugs were those with action on the cardiovascular system. After adjustments, including by number of diseases, the chances of being on polypharmacy treatment were significantly higher among women, older participants and those with greatest number of diseases. Individuals without health insurance had lower chance to be under polypharmacy, as well as those with lower income. Conclusion: The occurrence of polypharmacy among ELSA-Brasil baseline participants was mainly due to drugs for the treatment of chronic diseases. The relation between polypharmacy and the female gender, as well as its association with old age, are in consonance with the results obtained in other studies. Despite the absence of an association between polypharmacy and education level, the income and health insurance results reinforce the existence of social inequalities regarding drug use.


RESUMO: Objetivo: Estimar a prevalência de polifarmácia, descrever as classes farmacoterapêuticas utilizadas e investigar se a polifarmácia está associada a indicadores demográficos e socioeconômicos, independentemente do número de morbidades, entre os participantes na linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) (2008-2010). Métodos: Participaram desta análise 14.523 adultos e idosos (35-74 anos). A polifarmácia foi caracterizada como uso regular de cinco ou mais medicamentos. Os indicadores demográficos e socioeconômicos analisados foram: sexo, idade, escolaridade, renda familiar per capita e acesso a plano de saúde particular. A associação independente entre os indicadores demográficos e econômicos e polifarmácia foi estimada por meio de regressão logística binária. Resultados: A prevalência de polifarmácia foi de 11,7%. Os medicamentos mais utilizados foram aqueles com ação no sistema cardiovascular. Após ajustes, incluindo número de doenças, a chance de estar sob tratamento com polifarmácia foi significativamente maior entre mulheres, participantes mais velhos e aqueles com maior número de doenças. Participantes de baixa renda e aqueles sem plano privado de saúde, no entanto, tiveram menor chance de estar sob polifarmácia. Conclusão: A ocorrência de polifarmácia entre os participantes da linha de base do ELSA-Brasil deveu-se principalmente a medicamentos para o tratamento de doenças crônicas. A relação entre polifarmácia e sexo feminino, bem como sua associação com maior idade, estão em consonância com os resultados obtidos em outros estudos. Apesar da ausência de associação entre a polifarmácia e a escolaridade, os resultados de renda e plano privado de saúde reforçam a existência de desigualdades sociais em relação ao uso de medicamentos.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Doença Crônica/tratamento farmacológico , Doença Crônica/epidemiologia , Polimedicação , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Estudos Longitudinais
8.
Arq. bras. cardiol ; 112(3): 220-227, Mar. 2019. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-989347

RESUMO

Abstract Background: Abdominal adiposity is a risk factor for cardiovascular disease. Objective: To determine the magnitude of the association between abdominal adiposity, according to five different indicators, and the carotid intima-media thickness (CIMT). Methods: Data from 8,449 participants aged 35 to 74 years from the ELSA-Brazil study were used. The effect of waist circumference (WC), waist-to-hip ratio (WHR), conicity index (C index), lipid accumulation product (LAP) and visceral adiposity index (VAI) on CIMT were evaluated. Data were stratified by gender and analyzed using multivariate linear and logistic regressions. A significance level of 5% was considered. Results: Participants with CIMT > P75 showed a higher frequency of abdominal adiposity (men >72% and women >66%) compared to those with CIMT < P75. Abdominal adiposity was associated with the mean CIMT, mainly through WC in men (0.04; 95%CI: 0.033; 0.058). The abdominal adiposity identified by the WC, WHR, LAP, and VAI indicators in women showed an effect of 0.02 mm on the CIMT (WC: 0.025, 95%CI: 0.016, 0.035; WHR: 0.026, 95%CI: 0.016, 0.035; LAP: 0.024, 95%CI: 0.014; 0.034; VAI: 0.020, 95%CI: 0.010, 0.031). In the multiple logistic regression, the abdominal adiposity diagnosed by WC showed an important effect on the CIMT in both genders (men: OR = 1.47, 95%CI: 1.22-1.77, women: OR = 1.38; 95%CI: 1.17-1.64). Conclusion: Abdominal adiposity, identified through WC, WHR, LAP, and VAI, was associated with CIMT in both genders, mainly for the traditional anthropometric indicator, WC.


Resumo Fundamento: A adiposidade abdominal é um fator de risco para doença cardiovascular. Objetivo: Determinar a magnitude da associação entre a adiposidade abdominal, segundo cinco diferentes indicadores, e a espessura médio-intimal de carótidas (EMI-C). Métodos: Usou-se dados de 8.449 participantes de 35 a 74 anos do ELSA-Brasil. Foi avaliado o efeito da circunferência da cintura (CC), razão cintura quadril (RCQ), índice de conicidade (Índice C), produto da acumulação lipídica (LAP) e índice de adiposidade visceral (IAV) sobre EMI-C. Os dados foram estratificados por sexo e analisados por meio de regressões linear e logística multivariadas. Foi adotado nível de significância de 5%. Resultados: Participantes com EMI-C acima do P75 mostraram maior frequência de adiposidade abdominal (homens acima de 72% e mulheres acima de 66%) em comparação aos participantes com EMI-C abaixo do P75. A adiposidade abdominal foi associada com a média da EMI-C, principalmente por meio da CC entre homens (0,04 IC95%: 0,033; 0,058). A adiposidade abdominal identificada pelos indicadores CC, RCQ, LAP e IAV entre as mulheres mostrou efeito de 0,02 mm sobre a EMI-C (CC: 0,025 IC95%: 0,016; 0,035; RCQ: 0,026 IC95%: 0,016; 0,035; LAP: 0,024 IC95%: 0,014; 0,034; IAV: 0,020 IC95%: 0,010; 0,031). Na regressão logística múltipla a adiposidade abdominal diagnosticada pela CC mostrou importante efeito sobre a EMI-C em ambos os sexos (homens: OR = 1,47; IC95%: 1,22-1,77; mulheres: OR = 1,38; IC95%: 1,17-1,64). Conclusão: A adiposidade abdominal, identificada por meio da CC, RCQ, LAP e IAV, foi associada à EMI-C em ambos os sexos, com destaque para o tradicional indicador antropométrico CC.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Obesidade Abdominal/diagnóstico por imagem , Espessura Intima-Media Carotídea , Brasil , Biomarcadores/sangue , Fatores de Risco , Estudos Longitudinais , Obesidade Abdominal/metabolismo , Produto da Acumulação Lipídica , Lipídeos/sangue
9.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 23(4): 1267-1280, abr. 2018. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-952631

RESUMO

Resumo Este trabalho avaliou a validade concorrente e de face da escala de MacArthur, que busca aferir o status social subjetivo (SSS) na sociedade, na vizinhança e no trabalho. A amostra de 159 adultos, participantes da coorte ELSA-Brasil, em Minas Gerais (2012-2014), foi selecionada e a análise incluiu métodos epidemiológicos, a teoria cognitiva da metáfora e a linguística de corpus. A validade concorrente foi moderada para a escada da sociedade (kappaw = 0,55) e boa para a vizinhança (kappaw = 0,60) e do trabalho (kappaw = 0,67). A validade de face da escala de MacArthur mostrou que o instrumento realmente captura o SSS por meio dos indicadores de posição socioeconômica. Portanto, a escala de MacArthur demonstra ser um valioso instrumento para estudar as desigualdades sociais em saúde


Abstract This work assessed the concurrent and face validity of the MacArthur scale, which attempts to capture subjective social status in society, neighborhood and work contexts. The study population comprised a convenience sample made up of 159 adult participants of the ELSA-Brasil cohort study conducted in Minas Gerais between 2012 and 2014. The analysis was conducted drawing on Conceptual Metaphor Theory and using corpus linguistic methods. Concurrent validity was shown to be moderate for the society ladder (Kappaw = 0.55) and good for the neighborhood (Kappaw = 0.60) and work (Kappaw = 0,67) ladders. Face validity indicated that the MacArthur scale really captures subjective social status across indicators of socioeconomic position, thus confirming that it is a valuable tool for the study of social inequalities in health Brazil.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Idoso , Classe Social , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos e Questionários , Brasil , Reprodutibilidade dos Testes , Estudos de Coortes , Estudos Longitudinais , Pessoa de Meia-Idade
10.
J. bras. nefrol ; 40(1): 18-25, Jan.-Mar. 2018. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-893822

RESUMO

Abstract Introduction: The aging of the population may lead to an increased prevalence of dementia and chronic kidney disease (CKD) and their overlap. Objective: We investigated the association between CKD and cognitive performance among Brazilian adults (35-74 years). Methods: Baseline data analysis of the Longitudinal Study of Adults (ELSA-Brasil), a multicenter cohort comprising 15,105 civil servants, was performed. Kidney function was defined by the CKD-Epi-estimated GRF and albumin creatinin ratio (ACR). Cognitive performance was measured across tests that included the word memory tests, verbal fluency tests and Trail Making Test B. Multiple logistic and linear regressions were used to investigate the association between CKD and global as well as test-specific lowered cognitive performance. Results: More than 90% of participants did not present CKD even considering reduced GFR or increased ACR simultaneously. Lowered cognitive performance was detected among 15.8% of the participants and mean values of GFR were slightly higher among those with normal than with lowered cognitive performance (86 ± 15 mL/min/1.73 m2 x 85 ± 16 mL/min/1.73 m2, p < 0.01). Age, education, skin-color, smoking, drinking, hypertension, and diabetes were associated with lowered cognition. After adjustment for these variables, there was no association between CKD and lowered cognitive performance. Negligibly small beta values were observed when analyzing CKD and the scores of all tests. Conclusion: These results suggest that cognitive performance remains preserved until renal function reaches significant worsening. Preventive measures to maintain renal function may contribute to the preservation of cognitive function.


Resumo Introdução: o envelhecimento da população pode levar a uma maior prevalência de demência, doença renal crônica (DRC) e da coexistência dessas doenças. Objetivo: investigamos a associação entre DRC e desempenho cognitivo em adultos brasileiros (35-74 anos). Métodos: análise de dados da linha de base do Estudo Longitudinal em Adultos (ELSA-Brasil), uma coorte multicêntrica envolvendo 15.105 funcionários públicos. A função renal foi definida pela TFG estimada CKD-Epi e pela razão albumina/creatinina (RAC). O desempenho cognitivo foi medido em avaliações que incluíram testes de memória de palavras, testes de fluência verbal e Teste de trilhas, versão B (Teste de Trilhas). Regressões logísticas e lineares múltiplas foram usadas para investigar a associação entre DRC e desempenho cognitivo global, bem como desempenho cognitivo reduzido em testes específicos. Resultados: Mais de 90% dos participantes não apresentaram DRC, mesmo considerando redução da TFG ou RAC aumentada, simultaneamente. O desempenho cognitivo reduzido foi detectado entre 15,8% dos participantes e os valores médios da TFG foram discretamente maiores entre os que apresentam desempenho cognitivo normal (86 ± 15 mL/min 1,73 m2 x 85 ± 16 mL/min/1,73 m2, p < 0,01). A idade, nível educacional, a cor da pele, o tabagismo, o consumo de álcool, a hipertensão e o diabetes estavam associados à cognição reduzida. Após o ajuste para essas variáveis, não houve associação entre DRC e desempenho cognitivo reduzido. Foram observados valores beta insignificantes ao analisar a DRC e as pontuações de todos os testes. Conclusão: estes resultados sugerem que o desempenho cognitivo permanece preservado até a função renal atingir piora significativa. Medidas preventivas para manter a função renal podem contribuir para a preservação da função cognitiva.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Insuficiência Renal Crônica/complicações , Disfunção Cognitiva/etiologia , Brasil , Estudos Transversais
11.
Arq. bras. cardiol ; 110(1): 36-43, Jan. 2018. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-888002

RESUMO

Abstract Background: Despite reports in the literature that both leisure-time physical activity (LTPA) and commuting physical activity (CPA) can promote health benefits, the literature lacks studies comparing the associations of these domains of physical activity with cardiovascular risk scores. Objective: To investigate the association between LTPA and CPA with different cardiovascular risk scores in the cohort of the Longitudinal Study of Adult Health ELSA-Brasil. Methods: Cross-sectional study with data from 13,721 participants of both genders, aged 35-74 years, free of cardiovascular disease, from ELSA Brazil. Physical activity was measured using the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Five cardiovascular risk scores were used: Framingham score - coronary heart disease (cholesterol); Framingham score - coronary heart disease (LDL-C); Framingham score - cardiovascular disease (cholesterol); Framingham score - cardiovascular disease (body mass index, BMI); and pooled cohort equations for atherosclerotic cardiovascular disease (ASCVD). Associations adjusted for confounding variables between physical activity and different cardiovascular risk scores were analyzed by logistic regression. Confidence interval of 95% (95%CI) was considered. Results: LTPA is inversely associated with almost all cardiovascular risk scores analyzed, while CPA shows no statistically significant association with any of them. Dose-response effect in association between LTPA and cardiovascular risk scores was also found, especially in men. Conclusions: LTPA was shown to be associated with the cardiovascular risk scores analyzed, but CPA not. The amount of physical activity (duration and intensity) was more significantly associated, especially in men, with cardiovascular risk scores in ELSA-Brasil.


Resumo Fundamento: Apesar dos relatos na literatura de que tanto a atividade física no tempo livre (AFTL) quanto a atividade física no deslocamento (AFDESL) promovem benefícios à saúde, estudos comparando a associação desses domínios da atividade física com escores de risco cardiovascular são escassos. Objetivo: Verificar a associação entre AFTL e AFDESL com escores de risco cardiovascular na coorte Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Métodos: Estudo transversal com dados da linha de base de 13.721 participantes de ambos os sexos, com idades entre 35 e 74 anos, livres de doenças cardiovasculares, do ELSA-Brasil. A atividade física foi mensurada por meio do International Physical Activity Questionnary (IPAQ). Foram utilizados cinco escores de risco cardiovascular: escore de Framingham - doença coronariana (colesterol); escore de Framingham - doença coronariana (lipoproteína de baixa densidade - LDL-C); escore de Framingham - doença cardiovascular (colesterol); escore de Framingham - doença cardiovascular (índice de massa corpórea - IMC); e equações de coorte agrupadas para doença cardiovascular aterosclerótica. As associações ajustadas por variáveis de confundimento foram analisadas por meio de regressão logística. Utilizou-se intervalo de confiança de 95% (IC95%). Resultados: Com quase todos os escores de risco cardiovascular analisados, a AFTL apresenta-se inversamente associada, enquanto a AFDESL não demonstra associação estatisticamente significante com nenhum deles. Observou-se, ainda, a existência de efeito dose-resposta na associação entre AFTL e escores de risco cardiovascular principalmente em homens. Conclusões: A AFTL, porém não a AFDESL, apresenta associação com os escores de risco cardiovascular analisados. A maior quantidade de atividade física (duração e intensidade) está associada de forma mais significativa, principalmente em homens, aos escores de risco cardiovascular em participantes da coorte ELSA-Brasil. (Arq Bras Cardiol. 2017; [online].ahead print, PP.0-0)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Doenças Cardiovasculares/epidemiologia , Exercício Físico/fisiologia , Atividades de Lazer , Locomoção/fisiologia , Brasil/epidemiologia , Doenças Cardiovasculares/fisiopatologia , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Estudos Longitudinais
12.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(3): e00019717, 2018. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-889905

RESUMO

The objective of the study was to estimate the contribution of ultra-processed foods to total caloric intake and investigate whether it differs according to socioeconomic position. We analyzed baseline data from the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil 2008-2010; N = 14.378) and data on dietary intake using a food frequency questionnaire, assigning it into three categories: unprocessed or minimally processed foods and processed culinary ingredients, processed foods, and ultra-processed foods. We measured the associations between socioeconomic position (education, per capita household income, and occupational social class) and the percentage of caloric contribution of ultra-processed foods, using generalized linear regression models adjusted for age and sex. Unprocessed or minimally processed foods and processed culinary ingredients contributed to 65.7% of the total caloric intake, followed by ultra-processed foods (22.7%). After adjustments, the percentage of caloric contribution of ultra-processed foods was 20% lower among participants with incomplete elementary school when compared to postgraduates. Compared to individuals from upper income classes, the caloric contribution of ultra-processed foods was 10%, 15% and 20% lower among the ones from the three lowest income, respectively. The caloric contribution of ultra-processed foods was also 7%, 12%, 12%, and 17% lower among participants in the lowest occupational social class compared to those from high social classes. Results suggest that the caloric contribution of ultra-processed foods is higher among individuals from high socioeconomic positions with a dose-response relationship for the associations.


O estudo teve como objetivo estimar a contribuição dos alimentos ultraprocessados à ingestão calórica total e investigar se essa contribuição difere de acordo com nível socioeconômico. Analisamos os dados da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto-Brasil (ELSA-Brasil 2008-2010; N = 14.378) e os de ingestão alimentar, usando um questionário sobre frequência de consumo alimentar, em três categorias: alimentos não processados ou minimamente processados e ingredientes culinários processados, alimentos processados e alimentos ultraprocessados. Estimamos as associações entre nível socioeconômico (escolaridade, renda domiciliar per capita e classe social ocupacional) e o percentual da contribuição calórica dos ultraprocessados, usando modelos lineares generalizados, ajustados por idade e sexo. Os alimentos não processados ou minimamente processados e ingredientes culinários processados representaram 65,7% da ingestão calórica total, seguidos pelos ultraprocessados (22,7%). Depois dos ajustes, a contribuição dos ultraprocessados foi 20% mais baixa entre participantes com ensino fundamental incompleto, quando comparados aos indivíduos com pós-graduação. Quando comparados aos indivíduos das classes de renda mais alta, a contribuição calórica dos ultraprocessados foi 10%, 15% e 20% mais baixa entre aqueles pertencentes aos três quintis de renda mais baixos, respectivamente. Além disso, a contribuição calórica dos ultraprocessados foi 7%, 12%, 12% e 17% mais baixa entre os participantes da classe social ocupacional mais baixa, comparados aos das classes sociais mais altas. Os resultados sugerem que a contribuição calórica dos alimentos ultraprocessados é mais alta entre os indivíduos de nível socioeconômico mais alto, com gradiente de dose e resposta nas associações.


El objetivo del estudio fue estimar la contribución de las comidas ultraprocesadas en la ingesta total calórica e investigar si difiere según el nivel socioeconómico. Analizamos datos de referencia, procedentes del Estudio Longitudinal Brasileño sobre Salud en la Edad Adulta (ELSA-Brasil 2008-2010; N = 14.378) y datos de la ingesta nutricional, usando un cuestionario de frecuencia sobre comidas, asignándole tres categorías: comida sin procesar o mínimamente procesada e ingredientes culinarios procesados, comidas procesadas, y comidas ultraprocesadas. Medimos las asociaciones entre el nivel socioeconómico (educación, ingreso por hogar per cápita, y clase ocupacional social) y el porcentaje de la contribución calórica de la comida ultraprocesada, usando modelos de regresión lineal generalizada, ajustados por edad y sexo. Las comidas sin procesar o mínimamente procesadas con ingredientes culinarios procesados contribuyeron al 65,7% del total de la ingesta calórica, seguidos de la comida ultraprocesada (22,7%). Tras los ajustes, el porcentaje de la contribución calórica de la comida ultraprocesada fue un 20% menor entre los participantes con la escuela elemental incompleta, cuando se compararon con los postgraduados. Comparados con los individuos de las clases con ingresos superiores, la contribución calórica de las comidas ultraprocesadas fue un 10%, 15% y 20% menor entre quienes pertenecían a las tres categorías de ingresos más bajas, respectivamente. La contribución calórica de la comida ultraprocesada fue también un 7%, 12%, 12%, y 17% más baja entre los participantes en el nivel ocupacional social más bajo, comparados con aquellos de las clases sociales altas. Los resultados sugieren que la contribución calórica de la comida ultraprocesada es más alta entre quienes proceden de niveles socioeconómicos más altos con una relación dosis-respuesta para las asociaciones establecidas.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Ingestão de Energia , Fast Foods/classificação , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Inquéritos Nutricionais , Estudos Transversais , Estudos Longitudinais , Manipulação de Alimentos/classificação , Valor Nutritivo
13.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(2): e00050317, 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-952375

RESUMO

"Pardos" and blacks in Brazil and blacks in the USA are at greater risk of developing arterial hypertension than whites, and the causes of this inequality are still little understood. Psychosocial and contextual factors, including racial discrimination, are indicated as conditions associated with this inequality. The aim of this study was to identify the association between perceived racial discrimination and hypertension. The study evaluated 14,012 workers from the ELSA-Brazil baseline population. Perceived discrimination was measured by the Lifetime Major Events Scale, adapted to Portuguese. Classification by race/color followed the categories proposed by Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). Hypertension was defined by standard criteria. The association between the compound variable - race/racial discrimination - and hypertension was estimated by Poisson regression with robust variance and stratified by the categories of body mass index (BMI) and sex. Choosing white women as the reference group, in the BMI < 25kg/m2 stratum, "pardo" women showed adjusted OR for arterial hypertension of 1.98 (95%CI: 1.17-3.36) and 1.3 (95%CI: 1.13-1.65), respectively, whether or not they experienced racial discrimination. For black women, ORs were 1.9 (95%CI: 1.42-2.62) and 1.72 (95%CI: 1.36-2.18), respectively, for the same categories. Among women with BMI > 25kg/m2 and men in any BMI category, no effect of racial discrimination was identified. Despite the differences in point estimates of prevalence of hypertension between "pardo" women who reported and those who did not report discrimination, our results are insufficient to assert that an association exists between racial discrimination and hypertension.


Pretos e pardos no Brasil e negros nos Estados Unidos têm risco aumentado de desenvolver hipertensão arterial, quando comparados com brancos, mas as causas dessa desigualdade ainda são pouco compreendidas. Fatores psicossociais e contextuais, inclusive discriminação racial, têm sido apontados como condições associadas a essa desigualdade. O estudo teve como objetivo identificar a associação entre discriminação racial percebida e hipertensão. O estudo avaliou 14.012 participantes da linha de base do estudo ELSA-Brasil. A discriminação foi medida com a Lifetime Major Events Scale, adaptada para português. A classificação de raça/cor seguiu as categorias propostas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Hipertensão arterial foi definida de acordo com as diretrizes atuais. A associação entre a variável composta - raça/discriminação racial - e hipertensão foi estimada através de regressão de Poisson com variância robusta, e estratificada pelas categorias de índice de massa corporal (IMC) e gênero. Tendo como categoria de referência as mulheres brancas, no estrato de IMC < 25kg/m2, as mulheres pardas mostraram OR ajustada para hipertensão arterial de 1,98 (IC95%: 1,17-3,36) e 1,3 (IC95%: 1,13-1,65), respectivamente, conforme relatavam ou não a exposição à discriminação racial. Para as mulheres pretas, as ORs foram 1,9 (IC95%: 1,42-2,62) e 1,72 (IC95%: 1,36-2,18), respectivamente, para as mesmas categorias. Entre mulheres com IMC > 25kg/m2 e homens em qualquer categoria de IMC, não foi identificado nenhum efeito de discriminação racial. Apesar das diferenças nas estimativas pontuais da prevalência de hipertensão entre mulheres pardas que relataram (vs. não relataram) discriminação racial, nossos resultados são insuficientes para afirmar que existe uma associação entre discriminação racial percebida e hipertensão.


Los "mestizos" y negros in Brasil y los negros en los EE.UU. tienen un riesgo mayor de desarrollar hipertensión que los blancos, y las causas de esta inequidad se han estudiado poco. Factores psicosociales y contextuales, incluyendo la discriminación racial, han sido identificados como las condiciones asociadas a esta inequidad. El objetivo de este estudio fue identificar la asociación entre la discriminación racial percibida y la hipertensión. El estudio evaluó a 14.012 trabajadores procedentes de la base de referencia poblacional del ELSA-Brasil. La discriminación percibida se midió mediante la Lifetime Major Events Scale, adaptada al portugués. La clasificación por raza/color siguió las categorías propuestas por el Instituto Brasileño de Geografía y Estadística. La hipertensión fue definida por criterios estándar. La asociación entre la variable compuesta -raza/discriminación racial- e hipertensión se estimó por regresión de Poisson con varianza robusta y estratificada por las categorías: índice de masa corporal (IMC) y sexo. Se eligieron mujeres blancas como grupo de referencia, en el IMC < 25kg/m2 estrato, las mujeres "mestizas" mostraron una proporción de probabilidades ajustadas para hipertensión arterial de 1,98 (IC95%: 1,17-3,36) y 1,3 (IC95%: 1,13-1,65), respectivamente, hayan o no sufrido discriminación racial. Para las mujeres negras, la proporción de probabilidades ajustadas fueron 1,9 (IC95%: 1,42-2,62) y 1,72 (IC95%: 1,36-2,18), respectivamente, en las mismas categorías. Entre las mujeres con IMC > 25kg/m2 y hombres en cualquier categoría IMC, no se identificaron efectos de discriminación racial. A pesar de las diferencias en las estimaciones puntuales sobre la prevalencia de la hipertensión entre las mujeres "mestizas", que informaron y no informaron discriminación racial, nuestros resultados son insuficientes para afirmar que existe una asociación entre la discriminación racial e hipertensión.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Racismo , Hipertensão/etnologia , Hipertensão/psicologia , Fatores Socioeconômicos , Negro ou Afro-Americano , Brasil/epidemiologia , Índice de Massa Corporal , Fatores Sexuais , Prevalência , Fatores de Risco , Estudos de Coortes , População Negra , População Branca , Pressão Arterial , Hipertensão/epidemiologia
14.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(5): e00024317, 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-952388

RESUMO

Very little is known about the association between objective indicators of socioeconomic position in childhood and adolescence and low subjective social status in adult life, after adjusting for adult socioeconomic position. We used baseline data (2008-2010) from the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil), a multicenter cohort study of 15,105 civil servants from six Brazilian states. Subjective social status was measured using the The MacArthur Scale of Subjective Social Status, which represents social hierarchy in the form of a 10-rung ladder with the top rung representing the highest subjective social status. Participants who chose the bottom four rungs in the ladder were assigned to the low subjective social status category. The following socioeconomic position indicators were investigated: childhood (maternal education), adolescence (occupational social class of the household head; participant's occupational social class of first job; nature of occupation of household head; participant's nature of occupation of first job), and adulthood (participant's occupational social class, nature of occupation and education). The associations between low subjective social status and socioeconomic position were determined using multiple logistic regression, after adjusting for sociodemographic factors and socioeconomic position indicators from other stages of life. After adjustments, low socioeconomic position in childhood, adolescence and adulthood remained significantly associated with low subjective social status in adulthood with dose-response gradients. The magnitude of these associations was stronger for intra-individual than for intergenerational socioeconomic positions. Results suggest that subjective social status in adulthood is the result of a complex developmental process of acquiring socioeconomic self-perception, which is intrinsic to subjective social status and includes current and past, individual and family household experiences.


Pouco se sabe sobre a associação entre indicadores de posição socioeconômica na infância e adolescência e baixo status social subjetivo na idade adulta, depois de ajustar para posição socioeconômica na idade adulta. Usamos dados de linha de base (2008-2010) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), um estudo de coorte multicêntrico de 15.105 servidores públicos de seis estados brasileiros. O status social subjetivo foi medido com a Escala de MacArthur do Status Social Subjetivo, que representa a hierarquia social como uma escada de 10 degraus, onde o degrau mais alto representa o status social subjetivo mais alto. Os participantes que escolheram os quatro degraus inferiores foram alocados à categoria de status social subjetivo baixo. Foram investigados os seguintes indicadores de posição socioeconômica: infância (escolaridade materna), adolescência (classe social ocupacional do chefe de família; classe social ocupacional do participante no primeiro emprego; natureza da ocupação do chefe de família; natureza da ocupação do participante no primeiro emprego) e vida adulta (classe social ocupacional, natureza da ocupação e escolaridade do participante). A regressão logística múltipla foi usada para estimar as associações entre status social subjetivo baixo e posição socioeconômica, depois de ajustar para fatores sociodemográficos e indicadores de posição socioeconômica em outras fases da vida. Depois dos ajustes, os indicadores de posição socioeconômica baixa na infância, adolescência e idade adulta permaneceram associados significativamente com status social subjetivo baixo na idade adulta, com gradientes dose-resposta. A magnitude dessas associações foi maior para a posição socioeconômica intra-indivíduo do que para a posição socioeconômica intergeracional. Os achados indicam que o status social subjetivo na idade adulta resulta de um processo complexo de desenvolvimento da auto-percepção socioeconômica, intrínseco ao status social subjetivo e que inclui experiências atuais e passadas, individuais e familiares.


Se sabe muy poco sobre la asociación entre los indicadores objetivos de la posición socioeconómica durante la infancia y adolescencia y el bajo estatus social subjetivo en la etapa adulta, después de ajustar por la posición socioeconómica para adultos. Se usaron datos de la línea de base (2008-2010) del Estudio Longitudinal de Salud en Adultos (ELSA-Brasil), un estudio de cohorte multicéntrico con 15.105 empleados públicos, procedentes de seis estados brasileños. El estatus social subjetivo se midió usando la Escala de MacArthur del Estatus Social Subjetivo, que representa la jerarquía social como una escalera con 10 peldaños, donde el peldaño superior representa el estatus social subjetivo más alto. Los participantes que eligieron los cuatro escalones inferiores de la escalera fueron asignados a la categoría baja de estatus social subjetivo. Se investigaron los siguientes indicadores del contexto socioeconómico: infancia (educación materna), adolescencia (clase social ocupacional del cabeza de familia; la clase social ocupacional del primer trabajo de los participantes; naturaleza de la ocupación del cabeza de familia; naturaleza de la ocupación del primer trabajo de los participantes), y etapa adulta (clase social ocupacional de los participantes, naturaleza de la ocupación y educación). Las asociaciones entre un bajo estatus social subjetivo y el contexto socioeconómico se determinaron usando regresión múltiple logística, tras ajustarla para factores sociodemográficos e indicadores de la posición socioeconómica de otras fases de la vida. Tras los ajustes, un bajo contexto socioeconómico en la infancia, adolescencia y etapa adulta permaneció significativamente asociado con un bajo estatus social subjetivo en la etapa adulta con gradientes dosis-respuesta. La magnitud de estas asociaciones fue más fuerte para posición socioeconómico intra-individual que para el intergeneracional. Los resultados sugieren que el estatus social subjetivo en la etapa adulta es el resultado de un complejo proceso de desarrollo, donde se adquiere una autopercepción socioeconómica, que es intrínseca al estatus social subjetivo e incluye presente y pasado, así como experiencias individuales y familiares en el hogar.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Classe Social , Nível de Saúde , Estágios do Ciclo de Vida , Ocupações , Fatores Socioeconômicos , Comportamentos Relacionados com a Saúde , Modelos Logísticos , Escolaridade
15.
Arq. bras. cardiol ; 109(5): 416-424, Nov. 2017. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-887969

RESUMO

Abstract Background: The electrocardiogram (ECG) is widely used in population-based studies. However, there are few studies on electrocardiographic findings in Latin America and in Brazil. The Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil) comprised 15,105 participants (35-74 years) from six Brazilian capitals. Objectives: To describe electrocardiographic findings in Brazilian adults without heart disease, stratified by sex, age and race/skin color. Methods: Cross-sectional study with baseline data of 11,094 adults (44.5% men) without heart disease from ELSA-Brasil. The ECGs were recorded with the Burdick Atria 6100 machine and stored at the Pyramis System. ECG analysis was automatically performed using the Glasgow University software. A descriptive analysis of heart rate (HR), P, QRS and T waves' duration, PR and QT intervals, and P, R and T axes was performed. After stratification by sex, race/color and age, the groups were compared by the Wilcoxon and Kruskal-Wallis test at a significance level of 5%. Linear regression models were used to evaluate the behavior of electrocardiographic parameters over age. Major electrocardiographic abnormalities defined by the Minnesota code were manually revised. Results: Medians values of the electrocardiographic parameters were different between men and women: HR 63 vs. 66 bpm, PR 164 vs.158 ms, QT corrected 410 vs. 421 ms, QRS duration 92 vs. 86 ms, P-wave duration 112 vs. 108 ms, P-wave axis 54 vs. 57 degrees, R-wave axis 35 vs. 39 degrees, T-wave axis 39 vs. 45 degrees (p < 0.001 for all). The 2nd and the 98th percentiles of each variable were also obtained, and graphs were constructed to illustrate the behavior of the electrocardiographic findings over age of participants stratified by sex and race/skin color. Conclusions: The values for the electrocardiographic measurements herein described can be used as reference for Brazilian adults free of heart disease, stratified by sex. Our results suggest that self-reported race/skin color have no significant influence on electrocardiographic parameters.


Resumo Fundamento: O eletrocardiograma (ECG) é amplamente utilizado em estudos de base populacional. Porém, poucos desses estudos descrevem achados eletrocardiográficos na América Latina e particularmente no Brasil. O Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) incluiu 15105 participantes (35-74 anos) de seis capitais brasileiras. Objetivos: Descrever as medidas eletrocardiográficas em adultos brasileiros não cardiopatas, estratificados por sexo, raça/cor e idade. Métodos: Estudo transversal com dados da linha de base do ELSA-Brasil (n=11094, 44,5% homens) de participantes sem doença cardiopatia prevalente. Os ECGs foram obtidos no aparelho Burdick Atria 6100 e armazenados pelo Sistema Pyramis. A análise dos ECGs foi realizada automaticamente utilizando-se o software da Universidade de Glasgow. Realizou-se análise descritiva da frequência cardíaca, da duração das ondas P, QRS e T, dos intervalos (i) PR e QT, e dos eixos de P, R e T. A comparação dos grupos estratificados por sexo, raça/cor e idade, foi feita pelos testes de Wilcoxon e Kruskal-Wallis com nível de significância definido em 5%. O comportamento das medidas eletrocardiográficas ao longo da idade foi avaliado por modelos de regressão linear. Alterações eletrocardiográficas definidas como maiores pelo código de Minnesota foram revisadas manualmente. Resultados: As medianas das mensurações foram diferentes entre homens e mulheres: FC 63 vs 66 bpm, iPR 164 vs 158 ms, iQT corrigido 410 vs. 421 ms, QRS 92 vs 86 ms, onda P 112 vs 108 ms, eixo da onda P 54 vs 58, eixo da onda R 35 vs 39 e eixo da onda T 39 vs 45 (p < 0,001 para todas). Os percentis 02 e 98 foram obtidos para cada variável analisada, assim como gráficos demonstrando o comportamento dos parâmetros eletrocardiográficos ao longo da idade dos participantes estratificados por sexo e raça/cor. Conclusões: Os valores descritos para as medidas eletrocardiográficas analisadas poderão ser utilizados como referência para adultos brasileiros sem cardiopatia prevalente, estratificados por sexo. Os resultados sugerem que não existe grande influência da raça/cor autodeclarada nas mensurações eletrocardiográficas realizadas.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Eletrocardiografia , Frequência Cardíaca/fisiologia , Valores de Referência , Brasil , Fatores Sexuais , Estudos Transversais , Estudos Longitudinais , Grupos Raciais
16.
Rev. bras. epidemiol ; 20(3): 382-393, Jul.-Set. 2017. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-898609

RESUMO

RESUMO: Objetivo: Investigar a associação entre consumo de gorduras e fibras e o fenótipo da cintura hipertrigliceridêmica (FCH). Métodos: Pesquisa de corte transversal conduzida a partir da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Foi realizada avaliação antropométrica e calculado o Índice de Massa Corporal (IMC). Os participantes foram classificados segundo presença do FCH quando circunferência da cintura ≥ 102 e ≥ 88 cm, respectivamente, em homens e mulheres, e triglicerídeos ≥ 150 mg/dL. O consumo de gorduras e fibras foi avaliado a partir de um Questionário de Frequência Alimentar validado e as variáveis socioeconômicas, demográficas e características comportamentais foram coletadas por meio de questionário. Foram realizados testes do χ2, Mann-Whitney e regressão de Poisson com significância de 5%. Resultados: Homens apresentaram menor prevalência do FCH (RP = 0,959; IC95% 0,948 - 0,969). Maiores prevalências de FCH foram observadas em indivíduos com atividade física fraca (RP = 1,039; IC95% 1,021-1,057), histórico de tabagismo (RP = 1,044; IC95% 1,031-1,057), menor renda per capita (IRR = 1,035; IC95% 1,022-1,049) e obesidade (RP = 1,32; IC95% 1,305-1,341). Consumo de gorduras e fibras não foi associado ao FCH. Conclusão: Maior prevalência do FCH foi encontrada em obesos, porém não foi observada associação entre o consumo de gorduras e fibras e o fenótipo.


ABSTRACT: Objective: To investigate the association between fat and fiber intakes and the hypertriglyceridemic waist phenotype (HWP). Methods: Cross-sectional survey conducted from the baseline of Brazilian Longitudinal Study of Health Adult (ELSA-Brasil). Anthropometric measurements were conducted and the body mass index was calculated (BMI). Participants were classified according to the presence of HWP when waist circumference ≥ 102 and ≥ 88 cm, respectively, in men and women, and triglycerides ≥ 150 mg/dL. Fat and fiber intakes were assessed using a validated food frequency questionnaire, and socioeconomic, demographic and behavioral variables were collected through a questionnaire. The χ² test, Mann-Whitney and Poisson regression were performed with significance level of 5%. Results: There was no association between fiber and fat intakes with HWP. A lower prevalence of HWP among men was observed (IRR = 0.959; 95%CI 0.948 - 0.969). A higher prevalence of HWP was observed in participants with low physical activity (OR = 1.039, 95%CI 1.021 - 1.057), smoking history (OR = 1.044, 95%CI 1.031 - 1.057), lower per capita income (IRR = 1.035; 95%CI 1.022 - 1.049) and obesity (OR = 1.32, 95%CI 1.305 - 1.341). Fat and fiber intakes were not associated with HWP. Conclusion: A higher prevalence of HWP was found in obese, but no association was found between intake of fat and fiber and phenotype.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Idoso , Gorduras na Dieta , Fibras na Dieta , Cintura Hipertrigliceridêmica/diagnóstico , Fenótipo , Brasil , Estudos Transversais , Cintura Hipertrigliceridêmica/genética , Pessoa de Meia-Idade , Fenômenos Fisiológicos da Nutrição
17.
São Paulo med. j ; 135(3): 266-269, May-June 2017. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1043427

RESUMO

ABSTRACT CONTEXT AND OBJECTIVE: It has been reported that earlier age at first childbirth may increase the risk of adult-onset diabetes among postmenopausal women, a novel finding with important public health implications. To date, however, no known studies have attempted to replicate this finding. We aimed to test the hypothesis that age at first childbirth is associated with the risk of adult-onset diabetes among postmenopausal women. DESIGN AND SETTING: Cross-sectional analysis using baseline data from 2919 middle-aged and elderly postmenopausal women in the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). METHODS: Age at first childbirth was determined from self-reporting and newly diagnosed diabetes through a 2-hour 75-g oral glucose tolerance test and/or glycated hemoglobin. Logistic regression was performed to examine associations between age at first childbirth and newly diagnosed diabetes among postmenopausal women. RESULTS: We did not find any association between age at first childbirth and diabetes, either when minimally adjusted for age, race and study center (odds ratio, OR [95% confidence interval, CI]: ≤ 19 years: 1.15 [0.82-1.59], 20-24 years: 0.90 [0.66-1.23] and ≥ 30 years: 0.86 [0.63-1.17] versus 25-29 years; P = 0.36) or when fully adjusted for childhood and adult factors (OR [95% CI]: ≤ 19 years: 0.95 [0.67-1.34], 20-24 years: 0.78 [0.56-1.07] and ≥ 30 years: 0.84 [0.61-1.16] versus 25-29 years; P = 0.40). CONCLUSION: Our current analysis does not support the existence of an association between age at first childbirth and adult-onset diabetes among postmenopausal women, which had been reported previously.


RESUMO CONTEXTO E OBJETIVO: Foi relatado que idade mais precoce no primeiro parto pode aumentar o risco do diabetes de início adulto entre mulheres na menopausa, um novo achado com implicações de saúde pública importantes. Até então, no entanto, nenhum estudo conhecido tentou replicar esta descoberta. Objetivou-se testar a hipótese de que a idade no primeiro parto está associada ao risco de diabetes de início na vida adulta em mulheres pós-menopáusicas. DESENHO DE ESTUDO E LOCAL: Análise transversal utilizando dados de base de 2.919 mulheres pós-menopáusicas de meia-idade e idosas no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). MÉTODOS: A idade no primeiro parto foi determinada por autorrelato e diabetes recentemente diagnosticado por um teste de tolerância à glicose oral de 2 horas com 75 g e/ou hemoglobina glicada. A regressão logística foi realizada para examinar associações entre idade no primeiro parto e diabetes recentemente diagnosticada entre mulheres pós-menopáusicas. RESULTADOS: Não encontramos associação entre idade no primeiro parto e diabetes, quando ajustados minimamente para idade, raça e centro de estudo (odds ratio, OR [intervalo de confiança, IC 95%]: ≤ 19 anos: 1,15 [0,82-1,59], 20-24 anos: 0,90 [0,66-1,23], ≥ 30 anos: 0,86 [0,63-1,17] versus 25-29 anos, P = 0,36) ou quando totalmente ajustados para fatores infantis e adultos (OR [IC 95%]: ≤ 19 anos: 0,95 [0,67-1,34], 20-24 anos: 0,78 [0,56-1,07], ≥ 30 anos: 0,84 [0,61-1,16] versus 25-29 anos, P = 0,40). CONCLUSÃO: Nossa análise atual não apoia uma associação entre a idade no primeiro parto e o diabetes de início na vida adulta entre mulheres pós-menopáusicas, como relatado anteriormente.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idade Materna , Pós-Menopausa/fisiologia , Diabetes Mellitus/fisiopatologia , Fatores de Tempo , Glicemia/análise , Brasil , Razão de Chances , Estudos Transversais , Estudos Prospectivos , Fatores de Risco , Idade de Início , Estatísticas não Paramétricas , Diabetes Mellitus/diagnóstico
18.
São Paulo med. j ; 135(3): 234-246, May-June 2017. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-904082

RESUMO

ABSTRACT CONTEXT AND OBJECTIVE: Type 2 diabetes is a chronic disease associated with a wide range of serious health complications that have a major impact on overall health. The aims here were to develop and validate predictive models for detecting undiagnosed diabetes using data from the Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil) and to compare the performance of different machine-learning algorithms in this task. DESIGN AND SETTING: Comparison of machine-learning algorithms to develop predictive models using data from ELSA-Brasil. METHODS: After selecting a subset of 27 candidate variables from the literature, models were built and validated in four sequential steps: (i) parameter tuning with tenfold cross-validation, repeated three times; (ii) automatic variable selection using forward selection, a wrapper strategy with four different machine-learning algorithms and tenfold cross-validation (repeated three times), to evaluate each subset of variables; (iii) error estimation of model parameters with tenfold cross-validation, repeated ten times; and (iv) generalization testing on an independent dataset. The models were created with the following machine-learning algorithms: logistic regression, artificial neural network, naïve Bayes, K-nearest neighbor and random forest. RESULTS: The best models were created using artificial neural networks and logistic regression. ­These achieved mean areas under the curve of, respectively, 75.24% and 74.98% in the error estimation step and 74.17% and 74.41% in the generalization testing step. CONCLUSION: Most of the predictive models produced similar results, and demonstrated the feasibility of identifying individuals with highest probability of having undiagnosed diabetes, through easily-obtained clinical data.


RESUMO CONTEXTO E OBJETIVO: Diabetes tipo 2 é uma doença crônica associada a graves complicações de saúde, causando grande impacto na saúde global. O objetivo foi desenvolver e validar modelos preditivos para detectar diabetes não diagnosticada utilizando dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) e comparar o desempenho de diferentes algoritmos de aprendizagem de máquina. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Comparação de algoritmos de aprendizagem de máquina para o desenvolvimento de modelos preditivos utilizando dados do ELSA-Brasil. MÉTODOS: Após selecionar 27 variáveis candidatas a partir da literatura, modelos foram construídos e validados em 4 etapas sequenciais: (i) afinação de parâmetros com validação cruzada (10-fold cross-validation); (ii) seleção automática de variáveis utilizando seleção progressiva, estratégia "wrapper" com quatro algoritmos de aprendizagem de máquina distintos e validação cruzada para avaliar cada subconjunto de variáveis; (iii) estimação de erros dos parâmetros dos modelos com validação cruzada; e (iv) teste de generalização em um conjunto de dados independente. Os modelos foram criados com os seguintes algoritmos de aprendizagem de máquina: regressão logística, redes neurais artificiais, naïve Bayes, K vizinhos mais próximos e floresta aleatória. RESULTADOS: Os melhores modelos foram criados utilizando redes neurais artificiais e regressão logística alcançando, respectivamente, 75,24% e 74,98% de média de área sob a curva na etapa de estimação de erros e 74,17% e 74,41% na etapa de teste de generalização. CONCLUSÃO: A maioria dos modelos preditivos produziu resultados semelhantes e demonstrou a viabilidade de identificar aqueles com maior probabilidade de ter diabetes não diagnosticada com dados clínicos facilmente obtidos.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Algoritmos , Diabetes Mellitus Tipo 2/diagnóstico , Aprendizado de Máquina Supervisionado/normas , Simulação por Computador/normas , Brasil , Modelos Logísticos , Estudos de Viabilidade , Reprodutibilidade dos Testes , Teorema de Bayes , Sensibilidade e Especificidade , Redes Neurais de Computação
19.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 33(9): e00154116, 2017. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-889759

RESUMO

Abstract: Mental disorders are associated with employment status as significant predictors and as consequences of unemployment and early retirement. This study describes the estimates and associations of 12-month DSM-IV prevalence rates of mental disorders and use of health services with employment status by gender in the São Paulo Metropolitan Area, Brazil. Data from the São Paulo Megacity Mental Health Survey was analyzed (n = 5,037). This is a population-based study assessing the prevalence and determinants of mental disorders among adults, using the Composite International Diagnostic Interview. The associations were estimated by odds ratios obtained through binomial and multinomial logistic regression. This study demonstrates that having mental disorders, especially mood disorders, is associated with being inactive or unemployed among men and inactive among women, but only having a substance use disorder is associated with being unemployed among women. Among those with mental disorders, seeking health care services is less frequent within unemployed.


Resumo: Os transtornos mentais estão associados à situação laboral enquanto preditores significativos e consequências do desemprego e da aposentadoria precoce. Este estudo estima as taxas de prevalência de transtornos mentais nos últimos 12 meses de acordo com o DSM-IV, além do uso de serviços de saúde e as associações com situação laboral de acordo com gênero na Região Metropolitana de São Paulo, Brasil. Foram analisados dados do São Paulo Megacity Mental Health Survey (n = 5.037), um estudo populacional que avalia a prevalência e determinantes dos transtornos mentais entre adultos, usando a Composite International Diagnostic Interview. As associações foram estimadas através de razões de prevalência, obtidas por regressão logística binomial e multinomial. O estudo mostra que os transtornos mentais, especialmente transtornos de humor estão associados à inatividade ou ao desemprego entre os homens e à inatividade entre as mulheres, com exceção aos transtornos devido ao uso de substâncias psicoativas que também estão associados ao desemprego em as mulheres. Entre os portadores de transtornos mentais, a busca de serviços de saúde é menos frequente entre os desempregados.


Resumen: Los trastornos mentales están asociados a la situación laboral, como predictores significativos por las consecuencias que provocan el desempleo y la jubilación precoz. Este estudio estima las tasas de prevalencia de trastornos mentales en 12 meses, de acuerdo con el DSM-IV, además del uso de servicios de salud y las asociaciones existentes con la situación laboral, de acuerdo con el género en el área metropolitana de São Paulo, Brasil. Se analizaron los datos del São Paulo Megacity Mental Health Survey (n = 5.037), un estudio poblacional que evalúa la prevalencia y determinantes de los trastornos mentales entre adultos, usando la Composite International Diagnostic Interview. Las asociaciones se estimaron con razones de prevalencia, obtenidas por la regresión logística binomial y multinomial. El estudio muestra que los trastornos mentales, especialmente los trastornos de humor, están asociados a la inactividad o al desempleo en hombres y a la inactividad en mujeres, pero que sólo el trastorno de consumo de sustancias está asociado al desempleo en mujeres. Entre los portadores de trastornos mentales, la búsqueda de servicios de salud es menos frecuente entre los desempleados.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Idoso , Adulto Jovem , Emprego/estatística & dados numéricos , Transtornos Mentais/epidemiologia , População Urbana , Brasil/epidemiologia , Fatores Sexuais , Prevalência , Inquéritos Epidemiológicos , Serviços de Saúde/estatística & dados numéricos , Pessoa de Meia-Idade
20.
Cad. saúde pública (Online) ; 33(supl.1): e00110516, 2017. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-839721

RESUMO

Abstract: There has been little cross-national comparison of perceived discrimination, and few studies have considered how intersectional identities shape perception of discriminatory treatment in different societies. Using data from the ELSA-Brasil, a study of Brazilian civil servants, and the Americans’ Changing Lives Study, a nationally-representative sample of U.S. adults, we compare reports of lifetime discrimination among race-by-gender groups in each society. We also consider whether educational attainment explains any group differences, or if differences across groups vary by level of education. Results reveal higher lifetime discrimination experiences among Black respondents in both countries, especially Black men, than among Whites, and lower reports among White women than White men. Brown men and women also reported higher levels than White men in Brazil. For all race-by-gender groups in both countries, except Brazilian White men, reports of discrimination were higher among the more educated, though adjusting for educational differences across groups did not explain group differences. In Brazil, we found the greatest racial disparities among the college educated, while U.S. Black men were more likely to report discrimination than White men at all levels of education. Results reveal broad similarities across countries, despite important differences in their histories, and an intersectional approach contributed to identification of these similarities and some differences in discrimination experiences. These findings have implications for social and public health surveillance and intervention to address the harmful consequences of discrimination.


Resumo: Há poucos estudos comparativos entre países sobre a experiência com a discriminação percebida, e poucos examinaram a maneira pela qual as identidades interseccionais configuram a percepção do tratamento discriminatório nas diferentes sociedades. Com base em dados do ELSA-Brasil (um estudo de funcionários públicos brasileiros) e do Americans’ Changing Lives Study (em uma amostra nacional representativa de adultos americanos), os autores comparam os relatos de grupos diferentes em relação à discriminação sofrida ao longo da vida, de acordo com raça e gênero, em cada sociedade. O estudo também investiga se o grau de escolaridade explica as diferenças entre grupos, ou se as diferenças dentro do mesmo grupo variam de acordo com a escolaridade. Os resultados mostram uma percepção maior de discriminação entre indivíduos negros em ambos os países, principalmente homens negros, comparado com brancos, além de menos relatos de discriminação sofrida por mulheres brancas comparado com homens brancos. No Brasil, mulheres e homens pardos relataram maiores níveis de discriminação em comparação com homens brancos. Com exceção de homens brancos, para todos os grupos analisados por raça e gênero, os relatos de discriminação foram mais frequentes entre os mais escolarizados, embora o ajuste por diferenças de escolaridade dentro dos grupos não explicasse as diferenças entre grupos. No Brasil, encontramos as maiores disparidades raciais entre indivíduos com nível superior, enquanto nos Estados Unidos, os homens negros relatavam mais discriminação do que os homens brancos, independentemente de grau de escolaridade. Os resultados revelam semelhanças gerais entre os dois países, apesar de importantes diferenças históricas. A abordagem interseccional contribuiu para a identificação dessas semelhanças e de algumas diferenças nas experiências com a discriminação. Os achados do estudo têm implicações importantes para a vigilância social e sanitária, assim como, para intervenções voltadas ao enfrentamento das consequências danosas da discriminação.


Resumen: Existen pocos estudios comparativos entre países sobre la experiencia con la discriminación percibida, y pocos examinaron la manera mediante la cual las identidades interseccionales configuran la percepción del tratamiento discriminatorio en las diferentes sociedades. En base a los datos del ELSA-Brasil (un estudio de funcionarios públicos brasileños) y del Americans’ Changing Lives Study (en una muestra nacional representativa de adultos americanos), los autores comparan los relatos de grupos diferentes, en relación a la discriminación sufrida a lo largo de la vida, de acuerdo con raza y género, en cada sociedad. El estudio también investiga si el grado de escolaridad explica las diferencias entre grupos, o si las diferencias dentro del mismo grupo varían de acuerdo con la escolaridad. Los resultados muestran una percepción mayor de discriminación entre individuos negros en ambos países, principalmente hombres negros, comparado con los blancos, además de menos relatos de discriminación sufrida por mujeres blancas, comparado con hombres blancos. En Brasil, mujeres y hombres mestizos relataron mayores niveles de discriminación, en comparación con los hombres blancos. Con excepción de hombres blancos, para todos los grupos analizados por raza y género, los relatos de discriminación fueron más frecuentes entre los más escolarizados, aunque el ajuste por diferencias de escolaridad dentro de los grupos no explicase las diferencias entre grupos. En Brasil, encontramos las mayores disparidades raciales entre individuos con nivel superior, mientras en los Estados Unidos, los hombres negros relataban más discriminación que los hombres blancos, independientemente del grado de escolaridad. Los resultados revelan semejanzas generales entre los dos países, a pesar de importantes diferencias históricas. El abordaje interseccional contribuyó a la identificación de esas semejanzas y de algunas diferencias en las experiencias con la discriminación. Los hallazgos del estudio tienen implicaciones importantes para la vigilancia social y sanitaria, así como, para intervenciones dirigidas a hacer frente a las consecuencias perniciosas de la discriminación.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Preconceito/estatística & dados numéricos , População Negra/estatística & dados numéricos , População Branca/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Estados Unidos , Negro ou Afro-Americano , Brasil , Fatores Sexuais , Grupos Raciais , Autorrelato
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA