RESUMO
Objetivo: Avaliar o impacto da artrite reumatóide (AR ) na vida sexual de seus portadores, bem como reconhecer os principais determinantes envolvidos nesta condição, assim como na satisfação sexual desta população. Métodos: Este é um estudo observacional transversal tipo caso-controle. Foram avaliados 50 casos de AR e comparados com 50 controles pareados, livres da doença. Os dados obtidos foram coletados através de prontuários e entrevista para avaliar o perfil das relações sexuais. Resultados: Os achados de vida sexual ativa e satisfação com a atual vida sexual foram muito semelhantes entre as amostras. Características como o uso de tabaco/álcool e depressão foram mais comuns entre os artríticos. Este grupo relatou menor importância à sexualidade em suas vidas. Avaliando pacientes com artrite que acharam que suas vidas sexuais foram afetadas pela doença, apenas limitação funcional (p igual 0,03), depressão (p igual 0,014) e sentir-se menos atraente (p igual 0,009) foram significativamente diferentes dos que não se consideraram afetados. Mais pacientes com artrite não conversam com profissionais sobre disfunções sexuais (p igual O,03). Conclusão: Pacientes com artrite reumatóide mantém-se sexualmente ativos, com frequência e satisfação comparáveis a controles livres da doença. Todavia, a importância atribuída à vida sexual é menor. Limitações funcionais, perda de atratividade e depressão são apontados como causas de insatisfação. Profissionais da saúde devem abordar este assunto em consultas regulares e assim contribuir com melhorias na qualidade de vida desta população.