Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 14 de 14
Filtrar
1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(4): e00101721, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1374808

RESUMO

Trata-se de estudo descritivo que teve como objetivo discutir as repercussões da mudança na metodologia de coleta da variável cor/raça no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) sobre as taxas de mortalidade infantil (TMI) segundo cor/raça no Brasil. Foram analisadas as variações anuais nas frequências de nascidos vivos e óbitos infantis por cor/raça entre 2009 e 2017. As TMI por cor/raça foram estimadas segundo três estratégias: (1) método direto; (2) fixando-se, em todos os anos, as proporções de nascidos vivos por cor/raça observadas em 2009; e (3) fixando-se, em todos os anos, as proporções de óbitos por cor/raça observadas em 2009. As estratégias visaram explorar o efeito isolado das variações nas proporções de nascidos vivos ou de óbitos por cor/raça sobre as estimativas de TMI antes e após a mudança da variável cor/raça no SINASC. De 2011 para 2012 (ano de mudança da variável cor/raça no SINASC), verificou-se súbito incremento das Declarações de Nascidos Vivos (DNV) de cor/raça preta, parda e indígena, acompanhado de redução de DNV de cor/raça branca, sem variações correspondentes nos óbitos. O incremento do denominador da TMI das categorias de cor/raça socialmente mais vulnerabilizadas resultou na atenuação das TMI de pretos e indígenas, no incremento da TMI de brancos e, consequentemente, na redução artificial das iniquidades na mortalidade infantil por cor/raça. A mudança da variável cor/raça no SINASC interrompeu a série histórica de nascidos vivos por cor/raça, afetando os indicadores que potencialmente dependem desses dados para seu cálculo, como a TMI. Argumenta-se que as TMI por cor/raça antes e após a mudança no SINASC são indicadores distintos e não comparáveis.


This descriptive study aimed to discuss the repercussions of the change in the methodology for recording the color/race variable in the Brazilian Information System on Live Births (SINASC) on infant mortality rates (IMR) according to color/race in Brazil. Annual variations were analyzed in the rates of live births and infant deaths according to color/race from 2009 to 2017. The IMR according to color/race were estimated using three strategies: (1) direct method; (2) for every year, setting the same proportions of live births by color/race as observed in 2009; and (3) for every year, setting the same proportions of deaths by color/race as observed in 2009. The strategies aimed to explore the single effect of the variations in the proportions of live births or of deaths according to color/race on the estimated IMR before and after the change in the color/race variable in the SINASC database. Between 2011 and 2012 (the year of the change in the color/race variable in SINASC), there was a sudden increase in birthdates with black, brown, and indigenous color/race, along with a reduction in birthdates with white color/race, without no corresponding variations in deaths. The increase of more socially vulnerable color/race categories in the IMR denominator resulted in the attenuation of IMR for black and indigenous infants and in an increase in the IMR for white infants and consequently an artificial reduction in iniquities in infant mortality according to color/race. The change in the color/race variable in SINASC interrupted the historical series of live births by color/race, affecting indicators that potentially depend on these data for their calculation, in this case the IMR. The resulting argument is that infant mortality rates by color/race before versus after the change in the SINASC database are distinct and noncomparable indicators.


Estudio descriptivo que tuvo como objetivo discutir las repercusiones del cambio en la metodología de recogida de la variable color/raza en el Sistema de Información sobre Nacidos Vivos (SINASC) sobre las tasas de mortalidad infantil (TMI), según color/raza en Brasil. Se analizaron las variaciones anuales en las frecuencias de nacidos vivos y óbitos infantiles por color/raza entre 2009 y 2017. Las TMI por color/raza se estimaron según tres estrategias: (1) método directo; (2) fijándose, en todos los años, las proporciones de nacidos vivos por color/raza observadas en 2009; y (3) fijándose, en todos los años, las proporciones de óbitos por color/raza observadas en 2009. Las estrategias tuvieron como objetivo explorar el efecto aislado de las variaciones en las proporciones de nacidos vivos o de óbitos por color/raza sobre las estimaciones de TMI antes y tras el cambio de la variable color/raza en el SINASC. De 2011 a 2012 (año de cambio de la variable color/raza en el SINASC), se verificó un súbito incremento de las Declaraciones de Nacidos Vivos (DNV) de color/raza negra, mestiza e indígena, acompañado de una reducción de DNV de color/raza blanca, sin variaciones correspondientes en los óbitos. El incremento del denominador de la TMI de las categorías de color/raza socialmente más vulnerabilizadas resultó en la atenuación de las TMI de negros e indígenas y en el incremento de la TMI de blancos y, consecuentemente, en la reducción artificial de las inequidades en la mortalidad infantil por color/raza. El cambio de la variable color/raza en el SINASC interrumpió la serie histórica de nacidos vivos por color/raza, afectando los indicadores que potencialmente dependen de esos datos para su cálculo, como la TMI. Se argumenta que las TMI por color/raza antes y después del cambio en el SINASC son indicadores distintos y no comparables.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Lactente , Sistemas de Informação em Saúde , Brasil/epidemiologia , Sistemas de Informação , Etnicidade , Mortalidade Infantil , Nascido Vivo/epidemiologia
2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(1): e00228120, 2021. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1153679

RESUMO

Birth weight is an important predictor of perinatal, infant, and preschool-age children morbimortality. However, information about indigenous children's birth weight is still scarce. This study aimed to analyze the birth weight of indigenous children based on data from the First National Survey of Indigenous People's Health and Nutrition, Brazil (2008-2009). This is the first study to address indigenous children's birth weight based on a nationwide representative sample. Mean birth weights and the respective standard deviations were calculated according to geopolitical region, sex, type of birth, and birthplace. The chi-square test was used to analyze differences in proportions, and Kruskal-Wallis and Mann-Whitney U tests in means, considering sample design and data normality. We found no records on birth weight in the researched documents for 26.7% of the 6,128 sampled children. The mean birth weight for the 3,994 children included in the analyses was 3,201g (standard deviation - SD ± 18.6g), regardless of sex, type of birth, and birthplace. The prevalence of low birth weight was 7.6% (n = 302) and was significantly higher among girls. Boys presented significantly higher mean birth weight than girls, regardless of the geopolitical region. Low birth weight was slightly less frequent among indigenous children when compared to Brazilian children in general. Our study indicates the need to improve prenatal care and the quality of consultation records for indigenous women as a strategy to promote safe pregnancy and childbirth.


O peso ao nascer é um importante preditor de morbimortalidade perinatal, infantil e pré-escolar. São escassas as informações sobre o peso ao nascer das crianças indígenas no Brasil. O estudo teve como objetivo analisar o peso ao nascer das crianças indígenas, com base nos dados do Primeiro Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição dos Povos Indígenas, Brasil (2008-2009). Este é o primeiro estudo a avaliar o peso ao nascer de crianças indígenas com base em uma amostra nacional representativa. Foram calculadas as médias e desvios-padrão de acordo com macrorregião, sexo, tipo e parto e local do parto. Foram utilizados o teste de qui-quadrado para analisar as diferenças de proporções e os testes de Kruskal-Wallis e U de Mann-Whitney para diferenças nas médias, considerando o desenho amostral do estudo e a normalidade dos dados. Para 26,7% das 6.128 crianças da amostra, não foi possível localizar qualquer registro de peso ao nascer nos documentos consultados. Entre as 3.994 crianças incluídas nas análises, o peso médio ao nascer, independentemente de sexo, tipo de parto e local do parto, foi 3.201g (desvio padrão - DP ± 18,6g). A prevalência de baixo peso ao nascer foi 7,6% (n = 302), significativamente mais alta em meninas. Os meninos apresentaram peso médio ao nascer significativamente mais alto que as meninas, independentemente de região. A frequência de baixo peso ao nascer foi ligeiramente mais baixa que nas crianças brasileiras em geral. O estudo aponta para a necessidade de melhorar a assistência pré-natal e a qualidade dos registros das consultas das mulheres indígenas, como estratégia para promover a segurança na gravidez e no parto.


El peso al nacer es un predictor importante de morbimortalidad perinatal, infantil y preescolar. La información sobre el peso al nacer de niños indígenas es escasa. El objetivo de este estudio fue analizar el peso al nacer de los niños indígenas, basado en datos de la Primera Encuesta Nacional de Salud y Nutrición de los Pueblo Indígenas, Brasil (2008-2009). Se trata del primer estudio dirigido al peso al nacer de niños indígenas, basado en una muestra representativa nacionalmente. Las medias y las respectivas desviaciones estándar del peso al nacer se calcularon según la región geopolítica, sexo, tipo de nacimiento y localización del mismo. Se usó un test chi-cuadrado para analizar las diferencias en proporciones y las pruebas Kruskal-Wallis y de la U de Mann-Whitney para las diferencias en las medias, considerando el diseño de la muestra del estudio y normalidad de los datos. Para un 26,7% de los 6.128 niños incluidos en la muestra no fue posible localizar ningún registro de peso al nacer en los documentos investigados. De los 3.994 niños incluidos en el análisis, la media de peso al nacer, independiente del sexo, tipo de nacimiento, y lugar de nacimiento, fue 3.201g (desviación estándar - SD ± 18,6g). La prevalencia del bajo peso al nacer fue 7,6% (n = 302) y fue significativamente más alta entre niñas. Los niños presentaron significativamente una media más alta de peso al nacer que las niñas, independientemente de la región. La frecuencia del bajo peso al nacer fue ligeramente más baja que la observada en niños brasileños en general. Este estudio presenta aspectos que se necesitan mejorar en el cuidado prenatal y en la calidad de los registros de las consultas de mujeres indígenas, como una estrategia para promover un embarazo y parto seguros.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Estado Nutricional , Povos Indígenas , Peso ao Nascer , Brasil/epidemiologia , Prevalência
3.
Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online) ; 19(1): 7-23, Jan.-Mar. 2019. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1013120

RESUMO

Abstract Objectives: we aimed to identify etiological factors for low birth weight (LBW), prematurity and intrauterine growth restriction (IUGR) in the Indigenous Population. Methods: for this systematic review, publications were searched in Medline/PubMed, Scopus, Web of Science, and Lilacs until April 2018. The description in this review was based on the PRISMA guideline (Study protocol CRD42016051145, registered in the Centre for Reviews and Dissemination at University of York). We included original studies that reported any risk factor for one of the outcomes in the Indigenous Population. Two of the authors searched independently for papers and the disagreements were solved by a third reviewer Results: twenty-four studies were identified, most of them were from the USA, Canada and Australia. The factors associated were similar to the ones observed in the non-indigenous including unfavorable obstetric conditions, maternal malnutrition, smoking, and maternal age at the extremes of childbearing age, besides environmental factors, geographic location, and access to health care in indigenous communities. Conclusions: etiologic factors for LBW in Indigenous Population have been receiving little attention, especially in Latin America. The three outcomes showed common causes related to poverty and limited access to healthcare. New studies should ensure explicit criteria for ethnicity, quality on the information about gestational age, and the investigation on contextual and culture-specific variables.


Resumo Objetivos: identificar fatores etiológicos para o baixo peso ao nascer (BPN), prematuridade e crescimento intrauterino restrito (CIUR) em povos indígenas. Métodos: revisão sistemática, com pesquisa nas bases Medline/PubMed, Scopus, Web of Science e Lilacs de publicações até abril de 2018. A descrição dessa revisão baseou-se na diretriz PRISMA (Protocolo de estudo CRD42016051145, registrado no Center for Reviews and Dissemination, da Universidade de York). Incluímos estudos originais que relatavam fatores de risco para algum dos três desfechos em Populações Indígenas. Dois autores fizeram buscas independentes e as discordâncias foram solucionadas por um terceiro revisor. Resultados: vinte e quatro estudos foram identificados, a maioria deles nos EUA, Canadá e Austrália. Os fatores associados foram semelhantes aos observados nos não indígenas, incluindo condições obstétricas desfavoráveis, desnutrição materna, tabagismo e idade materna nos extremos da idade fértil, além de fatores ambientais, localização geográfica e acesso aos serviços de saúde nas comunidades indígenas. Conclusões: os fatores etiológicos para BPN em povos indígenas receberam pouca atenção, especialmente na América Latina. Os três desfechos apresentaram causas comuns relacionadas à pobreza e acesso limitado aos serviços de saúde. Novos estudos devem garantir critérios explícitos para a classificação da etnia, qualidade da informação sobre a idade gestacional e a investigação de variáveis contextuais e culturais dos grupos estudados.


Assuntos
Humanos , Recém-Nascido de Baixo Peso , Saúde de Populações Indígenas , Retardo do Crescimento Fetal , Pobreza , Recém-Nascido Prematuro , Disparidades nos Níveis de Saúde , Acessibilidade aos Serviços de Saúde
4.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(supl.3): e00001019, 2019. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1019643

RESUMO

Resumo: Internacionalmente, observa-se um incremento no uso das internações por condições sensíveis à atenção primária (ICSAP) como indicador de efetividade da atenção primária à saúde. Este artigo analisa as iniquidades étnico-raciais nas internações por causas em menores de cinco anos no Brasil e regiões, com ênfase nas ICSAP e nas infecções respiratórias agudas (IRA). Com dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), 2009-2014, calcularam-se proporções por causas, taxas e razões de taxas de ICSAP ajustadas por sexo e idade após a imputação múltipla de dados faltantes de cor/raça. As principais causas de internação foram doenças do aparelho respiratório (37,4%) e infecciosas e parasitárias (19,3%), sendo as crianças indígenas as mais acometidas. As taxas brutas de ICSAP (por 1.000) foram mais elevadas em indígenas (97,3; IC95%: 95,3-99,2), seguidas das pardas (40,0; IC95%: 39,8-40,1), e as menores foram nas amarelas (14,8; IC95%: 14,1-15,5). As maiores razões de taxas ajustadas de ICSAP foram registradas entre crianças de cor/raça indígena e branca - 5,7 (IC95%: 3,9-8,4) no país, atingindo 5,9 (IC95%: 5,0-7,1) e 18,5 (IC95%: 16,5-20,7) no Norte e Centro-oeste, respectivamente. As IRA permanecem como importantes causas de hospitalização em crianças no Brasil. Foram observadas alarmantes iniquidades étnico-raciais nas taxas de ICSAP, com situação de desvantagem para indígenas. São necessárias melhorias nas condições de vida, saneamento e subsistência, bem como garantia de acesso oportuno e qualificado à atenção primária à saúde das populações mais vulneráveis, com destaque para os indígenas no Norte e no Centro-oeste, a fim de minimizar iniquidades em saúde e fazer cumprir as diretrizes do SUS e da Constituição do Brasil.


Abstract: There has been a global increase in hospital admissions for primary care-sensitive conditions (PCSCs) as an indicator of effectiveness in primary health care. This article analyzes ethnic and racial inequalities in cause-related hospitalizations in under-five children in Brazil as a whole and the country's five major geographic regions, with an emphasis on PCSCs and acute respiratory infections (ARIs). Using data from the Hospital Information Systems of the Brazilian Unified National Health System (SIH/SUS), 2009-2014, the authors calculated proportions, rates, and rate ratios for PCSCs, adjusted by sex and age after multiple imputation of missing data on color/race. The principal causes of hospitalization were respiratory tract infections (37.4%) and infectious and parasitic diseases (19.3%), and indigenous children were proportionally the most affected. Crude PCSC rates (per 1,000) were highest in indigenous children (97.3; 95%CI: 95.3-99.2), followed by brown or mixed-raced children (40.0; 95%CI: 39.8-40.1), while the lowest rates were in Asiandescendant children (14.8; 95%CI: 14.1-15.5). The highest adjusted rate ratios for PCSCs were seen among indigenous children compared to white children - 5.7 (95%CI: 3.9-8.4) for Brazil as a whole, reaching 5.9 (95%CI: 5.0-7.1) and 18.5 (95%CI: 16.5-20.7) in the North and Central, respectively, compared to white children. ARIs remained as important causes of pediatric hospitalizations in Brazil. Alarming ethnic and racial inequalities were observed in PCSCs, with indigenous children at a disadvantage. Improvements are needed in living conditions, sanitation, and subsistence, as well as guaranteed timely access to high-quality primary health care in the more vulnerable population groups, especially the indigenous peoples of the North and Central, in order to mitigate the health inequalities and meet the guidelines of the SUS and the Brazilian Constitution.


Resumen: Internacionalmente, se observa un incremento en las hospitalizaciones por condiciones sensibles a la atención primaria (ICSAP), como un indicador de efectividad de la atención primaria a la salud. Este artículo analiza las inequidades étnico-raciales en las hospitalizaciones por causas evitables em menores de cinco años en Brasil y sus regiones, con énfasis en las ICSAP y en las infecciones respiratorias agudas (IRA). Con datos del Sistema de Informaciones Hospitalarias del Sistema Único de Salud (SIH/SUS), 2009-2014, se calcularon porcentajes por causas, tasas y razones de tasas de ICSAP ajustadas por sexo y edad, tras la imputación múltiple de datos faltantes de color/raza. Las principales causas de hospitalización fueron enfermedades del aparato respiratório (37,4%) e infecciosas y parasitarias (19,3%), siendo los niños indígenas los más afectados. Las tasas brutas de ICSAP (por 1.000) fueron más elevadas en indígenas (97,3; IC95%: 95,3-99,2), seguidas de las mulatos/mestizos (40,0; IC95%: 39,8-40,1), mientras que las menores fueron en las de origen asiática (14,8; IC95%: 14,1-15,5). Las mayores razones de tasas ajustadas de ICSAP fueron en los niños indígenas comparados a los niños de color/raza blanca - 5,7 (IC95%: 3,9-8,4) en el país, alcanzando 5,9 (IC95%: 5,0-7,1) y 18,5 (IC95%: 16,5-20,7) en el Norte y Centro-oeste, respectivamente, en comparación con El color/raza blanca. Las IRA permanecen como importantes causas de hospitalización en niños em Brasil. Se observaron alarmantes inequidades étnico-raciales en las tasas de ICSAP, con situación de desventaja para los indígenas. Se necesitan mejoras en las condiciones de vida, saneamiento y subsistencia, así como la garantía de un acceso oportuno y cualificado a la atención primaria a La salud de las poblaciones más vulnerables, destacando los indígenas en el Norte y Centro-oeste, a fin de minimizar inequidades en salud y hacer cumplir las directrices del SUS y de la Constitución de Brasil.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Atenção Primária à Saúde/estatística & dados numéricos , Etnicidade/estatística & dados numéricos , Disparidades em Assistência à Saúde/estatística & dados numéricos , Hospitalização/estatística & dados numéricos , Infecções Respiratórias/etnologia , Infecções Respiratórias/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/etnologia , Brasil/epidemiologia , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Características de Residência/estatística & dados numéricos , Morbidade , Disparidades em Assistência à Saúde/etnologia , Tempo de Internação/estatística & dados numéricos , Programas Nacionais de Saúde
5.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(supl.3): e00181318, 2019. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1019649

RESUMO

Resumo: Este estudo avalia a atenção pré-natal de mulheres indígenas com idades entre 14-49 anos, com filhos menores de 60 meses no Brasil. O Primeiro Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição dos Povos Indígenas avaliou 3.967 mulheres que atendiam a tais requisitos, sendo 41,3% da Região Norte; 21,2% do Centro-oeste; 22,2% do Nordeste; e 15% do Sul/Sudeste. O pré-natal foi ofertado a 3.437 (86,6%) delas. A Região Norte registrou a maior proporção de mulheres que não fizeram pré-natal. A cobertura alcançada foi de 90,4%, mas somente cerca de 30% iniciaram o pré-natal no 1º trimestre e apenas 60% das elegíveis foram vacinadas contra difteria e tétano. Somente 16% das gestantes indígenas realizaram 7 ou mais consultas de pré-natal. Ter acesso a pelo menos um cuidado clínico-obstétrico foi observado em cerca de 97% dos registros, exceto exame de mamas (63%). Foi baixa a solicitação de exames (glicemia 53,6%, urina 53%, hemograma 56,9%, citologia oncótica 12,9%, teste de sífilis 57,6%, sorologia para HIV 44,2%, hepatite B 53,6%, rubéola 21,4% e toxoplasmose 32,6%) e prescrição de sulfato ferroso (44,1%). No conjunto, a proporção de solicitações de exames laboratoriais preconizados não ultrapassou 53%. Os percentuais de realização das ações do pré-natal das indígenas são mais baixos que os encontrados para mulheres não indígenas no conjunto do território nacional, e até mesmo para as residentes em regiões de elevada vulnerabilidade social e baixa cobertura assistencial como a Amazônia Legal e o Nordeste. Os resultados reafirmam a persistência de desigualdades étnico-raciais que comprometem a saúde e o bem-estar de mães indígenas.


Abstract: This study assesses prenatal care for indigenous women 14-49 years of age with children under five years of age in Brazil. The First National Survey of Indigenous People's Health and Nutrition assessed 3,967 women who met these criteria, of whom 41.3% in the North, 21.2% in the Central, 22.2% in the Northeast, and 15% in the South/Southeast. Prenatal care was offered to 3,437 (86.6%) of these women. The North of Brazil showed the highest proportion of indigenous women who did not receive prenatal care. Coverage was 90.4%, but only some 30% began prenatal care in the first trimester, and only 60% of the eligible women were vaccinated for diphtheria and tetanus. Only 16% of indigenous pregnant women had seven or more prenatal visits. Access to at least one clinical-obstetric consultation was found in 97% of the records, except for breast examination (63%). Laboratory test rates were low (blood glucose 53.6%, urinalysis 53%, complete blood count 56.9%, Pap smear 12.9%, syphilis test 57.6%, HIV serology 44.2%, hepatitis B 53.6%, rubella 21.4%, and toxoplasmosis 32.6%), as was prescription of ferrous sulfate (44.1%). As a whole, the proportion of orders for recommended laboratory tests was only 53%. The percentages of prenatal care procedures for indigenous women are lower than for non-indigenous Brazilian women as a whole, and are even lower than among women in regions with high social vulnerability and low healthcare coverage, like the Legal Amazonia and the Northeast. The results confirm the persistence of ethnic-racial inequalities that compromise the health and well-being of indigenous mothers.


Resumen: Este estudio evalúa la atención prenatal a mujeres indígenas con edades comprendidas entre los 14-49 años, con hijos menores de 60 meses en Brasil. La Primera Encuesta Nacional de Salud y Nutrición de los Pueblos Indígenas evaluó a 3.967 mujeres que reunían tales requisitos, procediendo un 41,3% de la Región Norte; un 21,2% del Centro-oeste; un 22,2% del Nordeste; y un 15% del Sur/Sudeste. El servicio prenatal se le ofreció a 3.437 (86,6%) de ellas. La Región Norte registró la mayor proporción de mujeres que no realizaron el seguimiento prenatal. La cobertura alcanzada fue de un 90,4%, pero solamente cerca de un 30% comenzaron el seguimiento prenatal durante el primer trimestre y sólo un 60% de las elegibles fueron vacunadas contra la difteria y tétanos. Solamente un 16% de las gestantes indígenas realizaron 7 o más consultas de prenatal. Alrededor de un 97% de los registros se observó que tuvieron acceso a por lo menos un cuidado clínico-obstétrico, excepto el examen de mamas (63%). Fue baja la solicitud de exámenes (glucemia 53,6%, orina 53%, hemograma 56,9%, citología oncológica 12,9%, test de sífilis 57,6%, serología para VIH 44,2%, hepatitis B 53,6%, rubeola 21,4% y toxoplasmosis un 32,6%) y la prescripción de sulfato ferroso (44,1%). En conjunto, la proporción de solicitudes de exámenes de laboratorio previstos no sobrepasó el 53%. Los porcentajes de realización de acciones del seguimiento prenatal por parte de las indígenas son más bajos que los encontrados en mujeres no indígenas, en el conjunto del territorio nacional, y hasta incluso en comparación con las residentes en regiones de elevada vulnerabilidad social y baja cobertura asistencial como la Amazonia Legal y el Nordeste. Los resultados reafirman la persistencia de desigualdades étnico-raciales que comprometen la salud y el bienestar de las madres indígenas.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Cuidado Pré-Natal/estatística & dados numéricos , Avaliação de Programas e Projetos de Saúde/estatística & dados numéricos , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Pesquisas sobre Atenção à Saúde/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Estudos Transversais , Disparidades em Assistência à Saúde/etnologia , Disparidades em Assistência à Saúde/estatística & dados numéricos , Registros de Saúde Pessoal , Pessoa de Meia-Idade
6.
Rev. saúde pública ; 51: 35, 2017. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-845880

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To analyze the quality of records for live births and infant deaths and to estimate the infant mortality rate for skin color or race, in order to explore possible racial inequalities in health. METHODS Descriptive study that analyzed the quality of records of the Live Births Information System and Mortality Information System in Rondônia, Brazilian Amazonian, between 2006-2009. The infant mortality rates were estimated for skin color or race with the direct method and corrected by: (1) proportional distribution of deaths with missing data related to skin color or race; and (2) application of correction factors. We also calculated proportional mortality by causes and age groups. RESULTS The capture of live births and deaths improved in relation to 2006-2007, which required lower correction factors to estimate infant mortality rate. The risk of death of indigenous infant (31.3/1,000 live births) was higher than that noted for the other skin color or race groups, exceeding by 60% the infant mortality rate in Rondônia (19.9/1,000 live births). Black children had the highest neonatal infant mortality rate, while the indigenous had the highest post-neonatal infant mortality rate. Among the indigenous deaths, 15.2% were due to ill-defined causes, while the other groups did not exceed 5.4%. The proportional infant mortality due to infectious and parasitic diseases was higher among indigenous children (12.1%), while among black children it occurred due to external causes (8.7%). CONCLUSIONS Expressive inequalities in infant mortality were noted between skin color or race categories, more unfavorable for indigenous infants. Correction factors proposed in the literature lack to consider differences in underreporting of deaths for skin color or race. The specific correction among the color or race categories would likely result in exacerbation of the observed inequalities.


RESUMO OBJETIVO Analisar a qualidade dos registros de nascidos vivos e de óbitos infantis e estimar a taxa de mortalidade infantil segundo cor ou raça, a fim de explorar iniquidades étnico-raciais em saúde. MÉTODOS Estudo descritivo que analisou a qualidade dos registros do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e do Sistema de Informações sobre Mortalidade em Rondônia, Amazônia brasileira, entre 2006-2009. As taxas de mortalidade infantil foram estimadas nas categorias de cor ou raça, pelo método direto, e corrigidas por: (1) distribuição proporcional dos óbitos com cor ou raça ignorada; e (2) aplicação de fatores de correção. Efetuou-se também o cálculo da mortalidade proporcional por causas e grupos etários. RESULTADOS Entre 2008-2009, a captação de nascimentos e óbitos melhorou em relação aos anos de 2006-2007, requerendo fatores de correção menores para estimar a taxa de mortalidade infantil. O risco de morte de crianças indígenas (31,3/1.000 nascidos vivos) foi maior que o registrado nos demais grupos de cor ou raça, excedendo em 60% a mortalidade infantil média no estado (19,9/1.000 nascidos vivos). As crianças pretas apresentaram as maiores taxas de mortalidade infantil neonatal, enquanto as indígenas apresentaram as maiores taxas de mortalidade infantil pós-neonatal. Observou-se que 15,2% dos óbitos indígenas foram por causas mal definidas, enquanto nos demais grupos não ultrapassaram 5,4%. A mortalidade infantil proporcional por doenças infecciosas e parasitárias foi maior entre indígenas, ao passo que entre crianças pretas, sobressaíram as causas externas (8,7%). CONCLUSÕES Observaram-se expressivas iniquidades na mortalidade infantil entre as categorias de cor ou raça, com situação mais desfavorável às crianças indígenas. Os fatores de correção propostos na literatura não consideram diferenças na subenumeração de óbitos entre as categorias de cor ou raça. A correção específica entre as categorias de cor ou raça provavelmente resultaria em exacerbação das iniquidades observadas.


Assuntos
Humanos , Lactente , Causas de Morte , Grupos Raciais/estatística & dados numéricos , Sistemas de Informação em Saúde/normas , Mortalidade Infantil/etnologia , Brasil/etnologia , Confiabilidade dos Dados , Atestado de Óbito
7.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 33(9): e00113016, 2017. tab
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-889755

RESUMO

Resumen: El objetivo del estudio fue estimar la carga de mortalidad por grandes grupos de causas, con foco en la diabetes mellitus, así como sus diferenciales, según la presencia o ausencia de cobertura por algún sistema de salud, para Argentina y sus regiones. El estudio fue realizado en base a los óbitos de individuos de 30 años y más, ocurridos en el trienio 2009-2011, estratificados según sexo, franja etaria, región, causa básica de muerte y cobertura de salud. Fueron calculadas tasas de mortalidad y de años de vida perdidos por muerte prematura (AVPMP). La calidad de los registros de mortalidad de Argentina fue insatisfactoria, a expensas de la elevada proporción de códigos de causas de muerte poco útiles. Los principales resultados evidenciaron la preponderancia del grupo de enfermedades crónicas en la carga de mortalidad en todas las regiones del país. En el Noreste, una de las regiones más pobres del país, la carga de mortalidad fue elevada para todos los grupos de causas. Las tasas de mortalidad y de AVPMP por diabetes mellitus ajustadas fueron más elevadas en la región de Cuyo. Se destaca la diferencia marcada en las tasas ajustadas de AVPMP, según la situación de cobertura de salud. Este estudio orienta hacia el desarrollo de acciones tendientes a disminuir las desigualdades regionales y socioeconómicas evidenciadas en los diferenciales de mortalidad en Argentina.


Abstract: The aim of this study was to estimate the mortality burden according to major groups of causes, with a focus on diabetes mellitus, as well as differences according to the presence or absence of health coverage for Argentina as a whole and its regions. The study used the mortality database for individuals 30 years or older in 2009-2011, stratified by sex, age bracket, region, underlying cause of death, and health coverage. We calculated the mortality rates and years of life lost due to premature mortality (YLLs). The quality of mortality records in Argentina was unsatisfactory, due to the high proportion of garbage codes for deaths. The main results showed a preponderance of chronic non-communicable diseases in the mortality burden in all regions of Argentina. In the Northeast, one of the country's poorest regions, the burden of mortality was high for all groups of causes. The mortality rates and adjusted YLL rates for diabetes mellitus were highest in the Cuyo region. There were marked differences in adjusted YLL rates according to health coverage status. The study's results highlight the need to develop measures to decrease regional and socioeconomic inequalities identified by mortality differences in Argentina.


Resumo: O estudo teve como objetivo avaliar a carga de mortalidade por grandes grupos de causas, com foco na diabetes mellitus, assim como seus diferenciais, segundo presença ou ausência da cobertura por algum sistema de saúde, para Argentina e suas regiões. O estudo foi realizado baseado nos óbitos de indivíduos de 30 anos adiante, acontecidos no triênio 2009-2011, estratificados segundo o sexo, faixa etária, região, causa básica de morte e cobertura de saúde. Foram calculadas taxas de mortalidade e de anos de vida perdidos por morte prematura (AVPMP). A qualidade dos registros relacionados à mortalidade na Argentina foi insatisfatória, devida à elevada proporção de códigos de causas de morte pouco úteis. Os principais resultados evidenciaram a preponderância do grupo de doenças crônicas na carga de mortalidade em todas as regiões do país. No Nordeste, uma das regiões mais pobres do país, a carga de mortalidade foi elevada para todos os grupos de causas. As taxas de mortalidade e de AVPMP por diabetes mellitus ajustadas foram mais elevadas na região de Cuyo. Destaca-se a diferença marcada nas taxas ajustadas de AVPMP, segundo a situação da cobertura de saúde. Este estudo norteia o rumo do desenvolvimento de ações que visam diminuir as inequidades regionais e socioeconômicas evidenciadas nos diferenciais de mortalidade na Argentina.


Assuntos
Humanos , Diabetes Mellitus/mortalidade , Disparidades em Assistência à Saúde , Argentina/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Causas de Morte
8.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 18(5): 1399-1409, Mai. 2013. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-674744

RESUMO

Os povos indígenas no Brasil vivenciam acelerado processo de transição nutricional e epidemiológica, verificando-se a emergência de doenças e agravos não transmissíveis, como hipertensão arterial (HA). Realizou-se, em 2005, um estudo transversal para descrever os níveis tensionais em adultos (> 20 anos) indígenas Suruí, Rondônia, e investigar sua relação com o estado nutricional e o nível socioeconômico (SSE). Foram visitadas 9 aldeias e avaliados 251 indivíduos (87,4% dos elegíveis). As médias de pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) foram maiores no sexo masculino e superiores às verificadas em 1988, com incremento na média da PAS de 7,9 mmHg e de 1,4 mmHg, em mulheres e homens, respectivamente. A PAS correlacionou-se positivamente com a razão cintura quadril (RCQ) em ambos os sexos, e com a idade, no sexo feminino. A PAD apresentou correlações estatisticamente significativas com todas as variáveis antropométricas, exceto com estatura e área muscular do braço. A prevalência de HA foi de 2,8% (M: 2,4%; F: 3,1%). Essa prevalência foi maior nos indivíduos > 40 anos, com perímetro da cintura (PC) ou RCQ elevados, sobretudo no grupo feminino e também no grupo de mais baixo de SSE. A HA é um problema de saúde emergente entre os Suruí, devendo receber atenção do sistema de saúde e dos pesquisadores.


Indigenous peoples in Brazil are experiencing rapid epidemiologic and nutritional transition, with non-communicable diseases such as hypertension emerging in their health profile. A cross-sectional study was conducted in 9 Suruí Indian villages (n-251 subjects) in Rondônia, Brazilian Amazon, in 2005, in order to assess blood pressure levels in adults (>20 years of age), as well as to investigate its possible relationship with nutritional and socioeconomic status (SES). Mean systolic blood pressure (SBP) and diastolic blood pressure (DBP) were higher in men. On average, an increase in SBP of 7.9 mmHg and of 1.4 mmHg in women and men, respectively, was detected. SBP was positively correlated with waist-hip ratio (WHR) in both sexes and with age in women. DBP showed statistically significant correlations with all anthropometric variables, except height and arm muscle area. The prevalence of hypertension was 2.8% (M: 2.4%, F: 3.1%), being higher in subjects > 40 years with PC or high WHR, especially in women and also in the group that manifested lower SES. The study concludes that hypertension is an emerging health problem among the Suruí.


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Hipertensão/epidemiologia , Indígenas Sul-Americanos , Pesos e Medidas Corporais , Brasil , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Fatores Socioeconômicos
9.
Cad. saúde pública ; 27(supl.2): s222-s236, 2011. graf, tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-593875

RESUMO

Worldwide, indigenous peoples display a high burden of disease, expressed by profound health inequalities in comparison to non-indigenous populations. This study describes mortality patterns among the Guarani in Southern and Southeastern Brazil, with a focus on health inequalities. The Guarani population structure is indicative of high birth and death rates, low median age and low life expectancy at birth. The crude mortality rate (crude MR = 5.0/1,000) was similar to the Brazilian national rate, but the under-five MR (44.5/1,000) and the infant mortality rate (29.6/1,000) were twice the corresponding MR in the South and Southeast of Brazil. The proportion of post-neonatal infant deaths was 83.3 percent, 2.4 times higher than general population. The proportions of ill-defined (15.8 percent) and preventable causes (51.6 percent) were high. The principal causes of death were respiratory (40.6 percent) and infectious and parasitic diseases (18.8 percent), suggesting precarious living conditions and deficient health services. There is a need for greater investment in primary care and interventions in social determinants of health in order to reduce the health inequalities.


Mundialmente, povos indígenas apresentam elevada carga de doença, expressa por profundas iniquidades em saúde na comparação com os não-indígenas. Neste estudo, descreve-se a mortalidade Guarani no Sul e Sudeste do Brasil, com foco nas iniquidades em saúde. A estrutura populacional Guarani expressa elevada natalidade, mortalidade precoce e baixa idade mediana e esperança de vida ao nascer. A taxa de mortalidade bruta (TM bruta = 5,0/1.000) se assemelha à nacional, mas a TM < 5 anos (44,5/1.000) e a taxa de mortalidade infantil (29,6/1.000) são duas vezes maiores que as TM correspondentes nas regiões Sul e Sudeste. A proporção de óbitos infantis pós-neonatais foi de 83,3 por cento, 2,4 vezes maior que a população geral. As proporções de causas mal definidas (15,8 por cento) e de evitáveis pelos serviços de saúde (51,6 por cento) foram elevadas. As principais causas de morte foram as respiratórias (40,6 por cento) e as infecciosas e parasitárias (18,8 por cento), sugerindo precárias condições de vida e de organização dos serviços de saúde. Há necessidade de maiores investimentos na atenção primária e em intervenções sobre os determinantes sociais da saúde, a fim de reduzir as iniquidades reveladas.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Idoso de 80 Anos ou mais , Criança , Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Recém-Nascido , Masculino , Disparidades nos Níveis de Saúde , Indígenas Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Doenças Parasitárias/mortalidade , Infecções Respiratórias/mortalidade , Brasil , Doenças Parasitárias/etnologia , Infecções Respiratórias/etnologia
10.
Rev. bras. epidemiol ; 13(1): 21-34, Mar. 2010. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: lil-543626

RESUMO

Estudos sobre morbidade hospitalar em povos indígenas no Brasil são relativamente recentes, restritos quanto à cobertura e carecem de fontes de dados capazes de gerar indicadores por etnia. Esse estudo descreve a morbidade hospitalar indígena na população residente em 83 aldeias Guarani no Sul e Sudeste do Brasil (N = 6.483), a partir de dados primários obtidos em um sistema de vigilância de hospitalizações implantado em 2007/2008, especificamente para um estudo caso-controle sobre infecção respiratória aguda (IRA) em crianças Guarani. No período, ocorreram 666 hospitalizações concentradas em 497 indivíduos, sendo a maioria em < 5 anos (71,9 por cento). As doenças respiratórias foram as principais causas de hospitalização (64,6 por cento), sobretudo em crianças (< 5 anos: 77,6 por cento; < 1 ano: 83,4 por cento), superando as magnitudes das proporções de hospitalização por essas causas em outros grupos indígenas. A taxa de hospitalização (por 100 pessoas-ano) global foi de 8,8, correspondendo a 71,4 em < 1 ano e a 21,0 entre 1 e 4 anos. A taxa de hospitalização por IRA (5,3) superou em 6,5 e 2,0 vezes àquelas por diarréia e por demais causas, enquanto em < 5 anos (IRA = 23,7), essas razões de taxas foram de 7,4 e 5,4, respectivamente. A taxa padronizada de hospitalização Guarani superou as taxas padronizadas das regiões Sul e Sudeste em 40 por cento e 210 por cento, respectivamente. As hospitalizações marcadas por condições sensíveis à atenção primária e a magnitude das IRA indicam que, além de estudos para compreender a epidemiologia das IRA, são necessários investimentos na qualificação da atenção primária à saúde Guarani.


Studies on hospital morbidity among Brazilian indigenous peoples are relatively recent, show limited coverage, and lack data sources capable of generating specific indicators according to ethnic group. The current study describes hospital morbidity in the indigenous population living in 83 Guarani villages in Southern and Southeastern Brazil (N=6,483), based on primary data obtained from a hospital admissions surveillance system implemented in 2007-2008, specifically for a case-control study on acute respiratory infections (ARI) in Guarani children. During the study period there were 666 hospitalizations in a total of 497 individuals, the majority under 5 years of age (71.9 percent). Respiratory illnesses were the main causes of hospitalization (64.6 percent), especially in children (<5 years: 77.6 percent; <1 year: 83.4 percent) and exceeded the proportions of hospital admissions from these causes in other indigenous groups. The overall hospitalization rate (per 100 person-years) was 8.8, or 71.4 under 1 year and 21.0 from 1 to 4 years of age. The ARI hospitalization rate (5.3) was 6.5 and 2.0 times higher than for diarrhea and other causes, respectively, while in children under 5 years of age (ARI=23.7) these differences were 7.4 and 5.4 times, respectively. The standardized Guarani hospitalization rate exceeded the standardized rates for the South and Southeast of Brazil by 40 percent and 210 percent, respectively. Hospitalization for primary care sensitive conditions and the high ARI rates indicate the need for studies to understand the epidemiology of ARI and investments to upgrade primary health care for the Guarani.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Criança , Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Lactente , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Hospitalização/estatística & dados numéricos , Indígenas Sul-Americanos , Morbidade , Brasil , Adulto Jovem
11.
Rio de Janeiro; s.n; 2010. xvi,239 p. tab, graf.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-587479

RESUMO

Globalmente, as infecções respiratórias agudas (IRA) estão entre as mais importantes causas de morbidade em crianças <5 anos, sendo também importantes causas de hospitalização e óbito nos países em desenvolvimento. Os povos indígenas apresentam claras iniquidades em saúde em relação aos demais segmentos sociais, sendo mundialmente vulneráveis às IRA. Realizaram-se: estudo caso-controle concorrente para investigar fatores de risco para doenças respiratórias agudas baixas (DRAB) em crianças indígenas Guarani <5 anos no Sul e Sudeste do Brasil; e estudos descritivos da morbidade hospitalar e da mortalidade, a partir dos dados primários gerados no sistema de vigilância implantado para os fins do estudo caso-controle. (...) A proporção de óbitos infantis pós-neonatais foi de 83,3 por cento, 2,4 vezes maior que a da população geral. As proporções de causas mal definidas (15,8 por cento) e de evitáveis pelos serviços de saúde (51,6 por cento) foram elevadas. As principais causas de morte foram as respiratórias (40,6 por cento) e as infecciosas e parasitárias (18,8 por cento). (...) Os resultados indicam condições de vulnerabilidade relacionadas à pobreza e a piores condições socioeconômicas, habitacionais, nutricionais e de atenção à saúde. Intervenções para minimizar essas iniquidades devem ser pautadas na garantia da subsistência, na redução da pobreza e da fome, na promoção de ambientes saudáveis e na atenção primária de qualidade. Ressaltam-se como fundamentais as atuações intersetorial e multidisciplinar e a participação indígena no processo de elaboração das propostas de intervenção.


Worldwide, the acute respiratory illness (ARI) are one of the most important causes of morbidity among children <5 years old. They are also responsible for high rates of hospitalizations and deaths in developing countries. The indigenous peoples present clear iniquities in health terms in regard to other social segments, being worldwide vulnerable to ARI. We have done: a concurrent case-control study to investigate riskfactors to low ARI (LARI) in indigenous Guarani children <5yo in Southern andSoutheastern Brazil; and descriptive studies of hospital morbidity and of mortality of the whole Guarani population based on primary data obtained from a surveillance systemimplemented for the case-control study. We observed a strong concentration ofhospitalizations in <5 year (71.9%), mainly for respiratory causes (Chapter X – ICD10) (<5 years: 77.6%; < 1 year: 83.4%). The annual hospitalization rates were of a highmagnitude among children (<1 year: 71.4/1,000; 1-4 years: 21.0/1,000). The ARI hospitalization rate in <5 years (ARI: 23.7/1,000) surpassed 7.4 and 5.4 times the hospitalization for diarrhea and other causes, respectively. While Guarani crude death rates 5.0/1000 is similar to that of the Brazilian population, mortality rate in children under 5 years of age (44.5/1000) and infant mortality rates (29.6/1000) are twice thoseobserved in South and Southern Brazil. The proportion of post-neonatal deaths was 83.3%, 2.4 times higher than that of the Brazilian population. The proportions of deaths due to undetermined causes (15.8%) and preventable ones (51.6%) were high. The major causes of death were associated with respiratory (40.6%) and infectious and parasitic diseases (18.8%)...


Assuntos
Humanos , Recém-Nascido , Lactente , Pré-Escolar , Estudos de Casos e Controles , Criança , Doenças Respiratórias/epidemiologia , Doenças Respiratórias/mortalidade , Hospitalização , Indígenas Sul-Americanos , Fatores de Risco , Brasil/epidemiologia , Povos Indígenas , Fatores Socioeconômicos , Saúde de Populações Indígenas
12.
Cad. saúde pública ; 22(2): 295-305, fev. 2006.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-421399

RESUMO

Este artigo discute a Política Nacional de Saúde Indígena, formulada na década de 90 como parte da reforma sanitária brasileira, tendo como marco a criacão, em 1999, do Subsistema de Atencão à Saúde Indígena. Coordenado pelo nível central, sob gestão da Fundacão Nacional de Saúde/Ministério da Saúde, a implementacão desse subsistema exigiu adaptacões na organizacão dos sistemas de servicos de saúde em nível local, formulando-se os Distritos Sanitários Especiais Indígenas. Essa conformacão evidenciou a necessidade de interlocucão e negociacão entre as diversas instituicões vinculadas à questão indígena, na perspectiva de superar conflitos de múltipla natureza e dificuldades operacionais. A análise realizada neste trabalho aponta as dificuldades de implementacão de uma política de saúde indígena diferenciada, sob a responsabilidade federal, no âmbito do SUS descentralizado, pois a ausência de mecanismos e instrumentos específicos que regulamentem a operacionalizacão desses servicos em nível local, assim como a falta de supervisão mais efetiva e avaliacão permanente de resultados da implementacão dessa política, fazem com que a atencão diferenciada à populacão indígena esteja submetida às vicissitudes ou virtudes da política local.


Assuntos
Implementação de Plano de Saúde , Política de Saúde , Indígenas Sul-Americanos , Sistema Único de Saúde
13.
Cad. saúde pública ; 21(5): 1602-1608, set.-out. 2005. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-407870

RESUMO

O trabalho analisa a consistência dos Sistemas de Informações Sobre Mortalidade (SIM) e Sobre Nascidos Vivos (SINASC) como fontes de dados para a avaliação de desigualdades em raça/cor em saúde no Brasil. Foram obtidas taxas de mortalidade infantil (TMI) segundo raça/cor informada nas declarações de óbitos e nascidos vivos (NV), para o país e grandes regiões, no período 1999/2002. Estimou-se também a TMI segundo raça/cor a partir da incorporação dos óbitos e NV com raça/cor não informada por dois critérios. Compararam-se as TMI obtidas no estudo com as TMI estimadas por métodos indiretos. Foram também calculadas razões das TMI entre categorias de raça/cor. Observou-se redução substancial do número de óbitos e NV com raça/cor não informada no período. Em 2002, a mortalidade infantil das crianças pretas superou em 30,0 por cento e 80,0 por cento a mortalidade infantil das brancas e em 40,0 por cento e 80,0 por cento a das pardas; o diferencial de mortalidade entre crianças indígenas e brancas ou pardas variou de 40,0 por cento a 90,0 por cento a mais para as primeiras. Espera-se que a melhoria dos registros do SIM e do SINASC permita um aprofundamento da discussão sobre desigualdades em saúde segundo raça, cor e etnia no país.


Assuntos
Etnicidade , Mortalidade Infantil , Sistemas de Informação , Nascido Vivo , Racismo
14.
Rio de Janeiro; s.n; 2000. 87 p. tab.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-276647

RESUMO

A distribuiçao desigual das doenças crônico-degenerativas tem sido atribuída aos diferentes graus de transformaçao social em diversas populaçoes. Neste sentido, estudos internacionais em populaçoes indígenas submetidas a mudanças em seus estilos de vida têm mostrado prevalências elevadas de hipertensao arterial, diabetes mellitus e de alteraçoes de fatores de risco a eles associados. Foi realizado um estudo de prevalência destes agravos na populaçao adulta das aldeias indígenas Sapukai, Paraty-Mirim e Araponga, no Rio de Janeiro. Após recenseamento, a populaçao teve os dados coletados através de entrevista e avaliaçoes clínicas e bioquímicas. O universo da populaçao estudada foi de 80 homens e 71 mulheres. As prevalências em toda a amostra, no sexo masculino e no feminino foram, respectivamente, para: hipertensao arterial (4,8 por cento, 2,6 por cento, 7,4 por cento); hiperglicemia causal compatível com diabetes mellitus (0,7 por cento e 1,4 por cento) e tolerância diminuída à glicose (3,5 por cento, 1,4 por cento, 5,6 por cento); baixo peso (4,1 por cento, 3,9por cento, 4,3 por cento); sobrepeso (26,7 por cento, 19,5 por cento e 34,8 por cento) e obesidade (4,8 por cento, 3,9 por cento, 5,8 por cento); alteraçoes lipídicas do colesterol total (2,8 por cento, 2,7 por cento, 2,9 por cento) e dos triglicerídios (12,6 por cento, 9,5 por cento e 15,9 por cento); tabagismo (5,9 por cento, 7,5 por cento e 4,2 por cento); etilismo (3,3 por cento, 6,2 por cento e 0) e sedentarismo (28,1 por cento, 7,4 por cento, 51,4 por cento). Quase todas as prevalências foram superiores no sexo feminino e maiores nas idades mais avançadas. Foram observadas correlaçoes significativas entre os índices antropométricos e os valores lipídicos e a idade (RCQ/triglicerídios: 0,366; colesterol/idade: 0,364; IMC/triglicerídeos: 0,318; RCQ/colesterol:0,306), todos com p-valor <0,01, das PAS e PAD com a idade (0,194 e 0,200; p-valor:<0,05) e da PAD com peso e IMC (0,235 e 0,228; p-valor < 0,01). Os indivíduos com 50 anos e mais apresentaram risco 4,5 vezes maior que os de até 29 anos, de apresentar acúmulo de mais de dois fatores componentes da Sindrome de Resistência Insulínica e os obesos, 4 vezes mais risco que aqueles com peso normal. Os resultados sugerem que a populaçao avaliada encontra-se sob risco intermediário para as doenças crônicas mostrando que devem ser empreendidos esforços no sentido de controlar os fatores de risco.


Assuntos
Doença Crônica , Estudos Transversais , Diabetes Mellitus/epidemiologia , Hipertensão/epidemiologia , Indígenas Sul-Americanos , Fatores de Risco
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA