RESUMO
Objetivo Analisar os efeitos e significados da auriculoterapia na perspectiva do cuidado em saúde das pessoas idosas. Metodologia Estudo qualitativo em que realizou-se o tratamento com auriculoterapia e, posteriormente, entrevistas semiestruturadas com referencial teórico-metodológico no cuidado em saúde e na qualidade de vida dos idosos. A análise foi executada a partir da Teoria Fundamentada nos Dados. Resultados Obteve-se uma categoria principal: A singularidade da qualidade de vida e sua relação com a auriculoterapia. Os participantes relataram melhora da qualidade de vida e relacionaram isso aos benefícios físicos, mentais e sociais do tratamento. Seis subcategorias revelaram a auriculoterapia como prática para uma Clínica Ampliada, construtora de vínculo entre profissional e usuário, produtora de autonomia e autocuidado; além dos benefícios da auriculoterapia nas condições crônicas, majoritariamente redução de dor, ansiedade e sentimentos depressivos. Conclusão Autocuidado e promoção da qualidade de vida devem assumir centralidade das práticas profissionais em saúde, assim como devem assumir capilaridade pelos serviços de saúde e pelas situações de vida de todos.
RESUMO
O envelhecimento populacional suscita desafios sociais que se tornam mais evidentes pela pandemia de COVID-19, e o Brasil tem observado a morte de seus idosos e de jovens que não terão a oportunidade de envelhecer. A gerontologia, nesse contexto, faz-se imperativa e sua inserção na formação de profissionais de saúde é uma demanda urgente que a Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul atende por meio de estágios curriculares voltados à pessoa idosa, construindo e consolidando conhecimentos relacionados ao envelhecimento na formação de estudantes de graduação em odontologia. As atividades ocorrem no curso diurno em unidades de saúde e em instituições de longa permanência para idosos, e no curso noturno através de visitas domiciliares a idosos vinculados a unidades de saúde. A problematização que esses estágios geram parece ter um impacto positivo no processo de formação, pois proporciona aos estudantes a possibilidade de desenvolverem outras formas de cuidado, que vão além da clínica biomédica tradicional e que os capacita como atores sociais. Essas diferentes práticas de ensino fortalecem a valorização da vida e do envelhecer, a autonomia e a participação do idoso como agente de formação e transformação social, e o protagonismo do próprio estudante.