Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 42
Filtrar
1.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 45(5): 253-260, May 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1449732

RESUMO

Abstract Objective To evaluate the impact of the race (Black versus non-Black) on maternal and perinatal outcomes of pregnant women with COVID-19 in Brazil. Methods This is a subanalysis of REBRACO, a Brazilian multicenter cohort study designed to evaluate the impact of COVID-19 on pregnant women. From February2020 until February 2021, 15 maternity hospitals in Brazil collected data on women with respiratory symptoms. We selected all women with a positive test for COVID-19; then, we divided them into two groups: Black and non-Black women. Finally, we compared, between groups, sociodemographic, maternal, and perinatal outcomes. We obtained the frequency of events in each group and compared them using X2 test; p-values < 0.05 were considered significant. We also estimated the odds ratio (OR) and confidence intervals (CI). Results 729 symptomatic women were included in the study; of those, 285 were positive for COVID-19, 120 (42.1%) were Black, and 165 (57.9%) were non-Black. Black women had worse education (p = 0.037). The timing of access to the health system was similar between both groups, with 26.3% being included with seven or more days of symptoms. Severe acute respiratory syndrome (OR 2.22 CI 1.17-4.21), intensive care unit admission (OR 2.00 CI 1.07-3.74), and desaturation at admission (OR 3.72 CI 1.41-9.84) were more likely to occur among Black women. Maternal death was higher among Black women (7.8% vs. 2.6%, p = 0.048). Perinatal outcomes were similar between both groups. Conclusion Brazilian Black women were more likely to die due to the consequences of COVID-19.


Resumo Objetivo Avaliar o impacto da raça (negra versus não negra) nos desfechos maternos e perinatais de gestantes com COVID-19 no Brasil. Métodos Esta é uma subanálise da REBRACO, um estudo de coorte multicêntrico brasileiro desenhado para avaliar o impacto da COVID-19 em mulheres grávidas. De fevereiro de 2020 a fevereiro de 2021, 15 maternidades do Brasil coletaram dados de mulheres com sintomas respiratórios. Selecionamos todas as mulheres com teste positivo para COVID-19; em seguida, as dividimos em dois grupos: mulheres negras e não negras. Finalmente, comparamos, entre os grupos, os resultados sociodemográficos, maternos e perinatais. Obtivemos a frequência dos eventos em cada grupo e comparamos usando o teste X2; Valores de p <0,05 foram considerados significativos. Também estimamos o odds ratio (OR) e os intervalos de confiança (IC). Resultados 729 mulheres sintomáticas foram incluídas no estudo; desses, 285 foram positivos para COVID-19, 120 (42,1%) eram negros e 165 (57,9%) não eram negros. As mulheres negras apresentaram pior escolaridade (p = 0,037). O tempo de acesso ao sistema de saúde foi semelhante entre os dois grupos, com 26,3% incluídos com sete ou mais dias de sintomas. Síndrome respiratória aguda grave (OR 2,22 CI 1,17-4,21), admissão em unidade de terapia intensiva (OR 2,00 CI 1,07-3,74) e dessaturação na admissão (OR 3,72 CI 1,41-9,84) foram mais prováveis de ocorrer entre mulheres negras. A mortalidade materna foi maior entre as negras (7,8% vs. 2,6%, p = 0,048). Os resultados perinatais foram semelhantes entre os dois grupos. Conclusão Mulheres negras brasileiras tiveram maior probabilidade de morrer devido às consequências da COVID-19.


Assuntos
Humanos , Feminino , Racismo , COVID-19/complicações
3.
Rev. panam. salud pública ; 37(4/5): 203-210, abr.-may. 2015. ilus, tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-752644

RESUMO

OBJECTIVE: To test whether the proposed features of the Obstetric Transition Model-a theoretical framework that may explain gradual changes that countries experience as they eliminate avoidable maternal mortality-are observed in a large, multicountry, maternal and perinatal health database; and to discuss the dynamic process of maternal mortality reduction using this model as a theoretical framework. METHODS: This was a secondary analysis of a cross-sectional study by the World Health Organization that collected information on more than 300 000 women who delivered in 359 health facilities in 29 countries in Africa, Asia, Latin America, and the Middle East, during a 2-4-month period in 2010-2011. The ratios of Potentially Life-Threatening Conditions, Severe Maternal Outcomes, Maternal Near Miss, and Maternal Death were estimated and stratified by stages of obstetric transition. The characteristics of each stage are defined. RESULTS: Data from 314 623 women showed that female fertility, indirectly estimated by parity, was higher in countries at a lower obstetric transition stage, ranging from a mean of 3 children in Stage II to 1.8 children in Stage IV. Medicalization increased with obstetric transition stage. In Stage IV, women had 2.4 times the cesarean deliveries (15.3% in Stage II and 36.7% in Stage IV) and 2.6 times the labor inductions (7.1% in Stage II and 18.8% in Stage IV) as women in Stage II. The mean age of primiparous women also increased with stage. The occurrence of uterine rupture had a decreasing trend, dropping by 5.2 times, from 178 to 34 cases per 100 000 live births, as a country transitioned from Stage II to IV. CONCLUSIONS: This analysis supports the concept of obstetric transition using multicountry data. The Obstetric Transition Model could provide justification for customizing strategies for reducing maternal mortality according to a country's stage in the obstetric transition.


RESUMEN OBJETIVO: Evaluar si las características propuestas del Modelo de Transición Obstétrica, un marco teórico que puede explicar los cambios graduales que experimentan los países a medida que eliminan la mortalidad materna evitable, se pueden observar en una amplia base de datos de salud materna y perinatal de varios países; y tratar sobre el proceso dinámico de reducción de la mortalidad materna utilizando este modelo como marco teórico. MÉTODOS: Este estudio consistió en un análisis secundario de un estudio transversal realizado por la Organización Mundial de la Salud que recopiló información sobre más de 300 000 mujeres que dieron a luz en 359 establecimientos de salud de 29 países de África, Asia, América Latina y Oriente Medio, durante un período de 2 a 4 meses en el 2010 y el 2011. Se calcularon los índices de afecciones potencialmente mortales, resultados maternos graves, morbilidad materna extremadamente grave, y muerte materna, y se estratificaron según las etapas de transición obstétrica. Se definen las características de cada etapa. RESULTADOS: Los datos de 314 623 mujeres indicaron que la fecundidad femenina, calculada indirectamente por el número de partos, fue mayor en los países que se hallaban en las primeras etapas de la transición obstétrica, desde un promedio de 3 hijos en el estadio II a 1,8 en el estadio IV. El nivel de medicalización de los establecimientos de salud de los países participantes, definido por el número de partos por cesárea y el número de partos inducidos, tuvo tendencia a aumentar según avanzaba la etapa de transición obstétrica. En el estadio IV, las mujeres tuvieron 2,4 veces más partos por cesárea (15,3% en el estadio II y 36,7% en el estadio IV) y 2,6 veces más inducciones de parto (7,1% en el estadio II y 18,8% en el estadio IV) que las mujeres en el estadio II. A medida que avanzaban las etapas de transición obstétrica, también se incrementaba la media de edad de las mujeres primíparas. La ocurrencia de rotura uterina mostraba una tendencia descendente, y se reducía 5,2 veces, de 178 a 34 casos por 100 000 nacidos vivos, a medida que un país efectuaba la transición del estadio II al IV. CONCLUSIONES: Este análisis apoya el concepto de transición obstétrica utilizando datos de varios países. El Modelo de Transición Obstétrica podría justificar la adaptación de las estrategias para reducir la mortalidad materna según la etapa de transición obstétrica en que se halla un país.


Assuntos
Organização Mundial da Saúde , Mortalidade Materna , Fatores de Risco , Saúde Materna
4.
Rev. bras. saúde matern. infant ; 15(1): 91-104, Jan-Mar/2015. tab
Artigo em Português | LILACS, BVSAM | ID: lil-746158

RESUMO

Descrever a adequação da atenção à saúde entre as mulheres que fizeram o pré-natal e/ou parto no Sistema Único de Saúde (SUS), nos municípios prioritários para a redução da mortalidade infantil na Amazônia Legal e no Nordeste. Métodos: análise de dados secundários de inquérito de base populacional com mães e crianças menores de um ano de idade que compareceram à Campanha de vacinação em 2010. A amostra estudada foi de 13.205 mulheres com acompanhamento de pré-natal e de 13.044 mulheres com acompanhamento de parto, em 252 municípios prioritários. A adequação do pré-natal e parto foi classificada em conformidade com indicadores de processo propostos pelo Programa Nacional de Humanização do Pré-natal e Nascimento. Resultados: entre as mulheres investigadas 75,4 por centorealizaram seis ou mais consultas de pré-natal, mas somente 3,4 por cento tiveram acesso a um pré-natal classificado como adequado. O acesso à ultrassonografia foi relatado por 96,1 por cento das mulheres, ao exame de HIV por 91,8 por cento e ao teste de sífilis por 68,7 por cento. Apenas 44,2 por cneto das mulheres recebeu indicação da maternidade na qual deveria fazer o parto e a internação no local indicado ocorreu em 8,6 por cento dos casos. A atenção ao parto foi considerada adequada para apenas 1 por cento das entrevistadas. Os resultados variaram entre os estados e níveis socioeconômicos das mulheres. Conclusões: foram identificadas falhas na atenção ao pré-natal e parto, que é inadequada e socialmente iníqua nestas regiões, contribuindo para os precários indicadores de saúde materno infantil na Amazônia Legal e no Nordeste do Brasil...


To describe the adequacy of healthcare among women undergoing prenatal and/or childbirth care in the Brazilian National Health System, SUS, in municipalities that have been earmarked for reduction of infant mortality in Amazonia Legal and the Northeast Region. Methods: secondary data from a populationbased survey involving mothers and children aged under one year of age attended by the 2010 vaccination campaign were analyzed. The sample under study comprised 13.205 women who had received prenatal care and 13,044 whose deliveries had been accompanied, in 252 earmarked municipalities. The adequacy of prenatal and childbirth care was classified according to process indicators proposed by the National Program for the Humanization of Prenatal Care and Childbirth. Results: of the women studied, 75.4 percent had attended six or more prenatal consults, but only 3.4 percent had access to prenatal care classified as adequate. Access to ultrasound was reported by 96.1 percent of the women, an HIV exam by 91.8 percent and a syphilis test by 68.7 percent. Only 44.2 percent of the women were told which maternity hospital they should give birth in and only 8.6 percent were in fact admitted to the recommended facility. Childbirth care was considered adequate for only 1 percent of those interviewed. The results varied from one State to another and according to the socioeconomic status of the women. Conclusions: shortcomings were identified in prenatal and childbirth care, which is inadequate and socially unjust in these regions, thereby contributing to poor indicators for maternal and child health in Legal Amazonia and the Northeast Region of Brazil...


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Cuidado Pré-Natal , Mortalidade Materna , Saúde Materna , Serviços de Saúde Materna , Sistema Único de Saúde , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Humanização da Assistência , Indicadores Básicos de Saúde , Qualidade da Assistência à Saúde
5.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 35(9): 388-393, set. 2013. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-690689

RESUMO

OBJETIVO: Descrever a frequência da mortalidade materna em um hospital de atendimento terciário e avaliar a sua evitabilidade. MÉTODOS: O presente estudo, mediante a análise das mortes maternas ocorridas no período de 1999 a 2010 em uma maternidade de referência de Campinas - Brasil, aborda alguns dos fatores associados, as principais causas de óbito e alguns problemas de estrutura dos serviços de saúde. É um estudo descritivo retrospectivo com avaliação de variáveis sociodemográficas, história clínica e obstétrica das mulheres, além das causas do óbito. RESULTADOS: A maioria dos óbitos maternos ocorreu por causas obstétricas diretas (45%) e evitáveis (36%), em mulheres com gestação pré-termo que tiveram o parto por cesárea (56%) e vários procedimentos de manejo, incluindo transfusão sanguínea, admissão em UTI e necessidade de laparotomia e/ou histerectomia. A transferência de outro hospital esteve associada ao predomínio de causas obstétricas diretas (19 versus 6, p=0,02) e evitáveis (22 versus 9, p=0,01). CONCLUSÃO: A mortalidade materna por causas infecciosas e hipertensivas ainda predomina. Observamos o aumento de causas clínico-cirúrgicas e neoplásicas como causa do óbito em mulheres durante o ciclo grávido puerperal.


PURPOSE: To describe the prevalence of maternal mortality at a tertiary care hospital and to assessits preventability. METHODS: This study, through the analysis of maternal deaths that occurred during the period from 1999 to 2010 at a reference in Campinas - Brazil, CAISM/ UNICAMP, discusses some of the factors associated with the main causes of death and some structural problems of structure of the health services. It is a retrospective descriptive study with evaluation of sociodemographic variables and the medical and obstetric history of women, and the causes of death. RESULTS: The majority of maternal deaths occurred due to direct obstetric (45%) and avoidable (36%) causes, in women with preterm gestation, who delivered by cesarean section (56%) and received various management procedures, including blood transfusion, ICU admission and need for laparotomy and/or hysterectomy. The hospital transfer was associated with the predominance of direct obstetric (19 versus 6, p=0.02) and avoidable causes (22 versus 9, p=0.01). CONCLUSIONS: We conclude that, despite current advances in Obstetrics, infections and hypertensive disorders are still the predominant causes of maternal mortality. We observed an increase of clinical-surgical conditions and neoplasms as causes of death among women during pregnancy.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Adulto Jovem , Mortalidade Materna/tendências , Brasil/epidemiologia , Estudos Retrospectivos , Centros de Atenção Terciária
6.
Clinics ; 68(7): 922-927, jul. 2013. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-680713

RESUMO

OBJECTIVE: To study the prevalence of potentially life-threatening maternal conditions and near miss in Brazil according to maternal age. METHODS: A secondary analysis of the 2006 Brazilian demographic health survey database using a validated questionnaire to evaluate maternal morbidity with a focus on age extremes. The study included 5,025 women with at least 1 live birth in the 5-year reference period preceding their interviews. Three age range periods were used: 15-19 years (younger age), 20-34 years (control), and 35-49 years (advanced maternal age). According to a pragmatic definition, any woman reporting eclampsia, hysterectomy, blood transfusion, or admission to the intensive care unit during her pregnancy/childbirth was considered a near-miss case. The associations between age and severe maternal morbidity were further assessed. RESULTS: For the 6,833 reported pregnancies, 73.7% of the women were 20-34 years old, 17.9% were of advanced maternal age, and only 8.4% were of younger age. More than 22% of the women had at least one of the complications appraised, and blood transfusion, which was more prevalent among the controls, was the only variable with a significant difference among the age groups. The overall rate of maternal near miss was 21.1 per 1000 live births. There was a trend of higher maternal near miss with increasing age. The only significant risk factor identified for maternal near miss was a lower literacy level among older women. CONCLUSIONS: There is a trend towards worse results with increasing age. The investigation of the determinants of maternal near miss at the community level using an innovative approach through a demographic health survey is an example suggested for under-resourced settings. .


Assuntos
Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Gravidez , Adulto Jovem , Idade Materna , Mortalidade Materna , Complicações na Gravidez/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Idade Gestacional , Inquéritos Epidemiológicos , Morbidade , Resultado da Gravidez/epidemiologia , Fatores de Risco , Fatores Socioeconômicos
7.
Clinics ; 67(3): 225-230, 2012. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-623095

RESUMO

OBJECTIVES: The World Health Organization has recommended investigating near-misses as a benchmark practice for monitoring maternal healthcare and has standardized the criteria for diagnosis. We aimed to study maternal morbidity and mortality among women admitted to a general intensive care unit during pregnancy or in the postpartum period, using the new World Health Organization criteria. METHODS: In a cross-sectional study, 158 cases of severe maternal morbidity were classified according to their outcomes: death, maternal near-miss, and potentially life-threatening conditions. The health indicators for obstetrical care were calculated. A bivariate analysis was performed using the Chi-square test with Yate's correction or Fisher's exact test. A multiple regression analysis was used to calculate the crude and adjusted odds ratios, together with their respective 95% confidence intervals. RESULTS: Among the 158 admissions, 5 deaths, 43 cases of maternal near-miss, and 110 cases of potentially lifethreatening conditions occurred. The near-miss rate was 4.4 cases per 1,000 live births. The near-miss/death ratio was 8.6 near-misses for each maternal death, and the overall mortality index was 10.4%. Hypertensive syndromes were the main cause of admission (67.7% of the cases, 107/158); however, hemorrhage, mainly due to uterine atony and ectopic pregnancy complications, was the main cause of maternal near-misses and deaths (17/43 cases of near-miss and 2/5 deaths). CONCLUSIONS: Hypertension was the main cause of admission and of potentially life-threatening conditions; however, hemorrhage was the main cause of maternal near-misses and deaths at this institution, suggesting that delays may occur in implementing appropriate obstetrical care.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Gravidez , Adulto Jovem , Hipertensão Induzida pela Gravidez/mortalidade , Mortalidade Materna , Hemorragia Pós-Parto/mortalidade , Complicações na Gravidez/mortalidade , Morte , Métodos Epidemiológicos , Unidades de Terapia Intensiva/estatística & dados numéricos , Obstetrícia/normas , Período Pós-Parto , Admissão do Paciente/estatística & dados numéricos , Complicações na Gravidez/etiologia , Organização Mundial da Saúde
9.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 31(11): 559-565, nov. 2009. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-536045

RESUMO

OBJETIVO: comparar a mortalidade materna declarada pelo Sistema Nacional de Informação sobre Mortalidade (SIM) com a investigação pela pesquisa de óbitos de mulheres em idade reprodutiva (RAMOS), de 10 a 49 anos; identificar a subnotificação e investigar as causas de morte materna (MM) no período de 1999 a 2006. MÉTODOS: série temporal e de base populacional a partir das informações das declarações de óbito (DO), fornecidas em banco de dados pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE) e com as causas de morte codificadas pela Classificação Internacional de Doenças (CID), décima revisão e o número de nascidos vivos (NV). Os óbitos foram categorizados em MM declarada, presumível e não-materna. A identificação dos casos foi feita a partir de listagem com a data de nascimento e de óbito no velório municipal, e as informações complementares ao estudo foram obtidas no Setor de Vigilância Epidemiológica do Comitê Municipal de Investigação da MM (CMIMM). Foram levantadas informações sobre MM contidas no SIM. Nos casos de MM declaradas e não-declaradas, foi identificado o percentual de subnotificação; foram calculadas as razões de mortalidade materna (RMM) oficial e corrigida e o fator de ajuste para o período, e as causas de MM foram revisadas e classificadas. RESULTADOS: foram identificadas 12 MM, sendo seis declaradas e seis não-declaradas. A subnotificação foi de 50 por cento, o que correspondeu a um fator de ajuste igual a dois. A RMM oficial foi 14,7 e a corrigida de 29,4 mortes por 100.000 NV. As causas básicas foram mal atribuídas na maioria dos casos. As causas obstétricas diretas foram mais prevalentes, dentre elas a eclâmpsia e a síndrome HELLP, seguida por infecções. CONCLUSÕES: são necessárias medidas políticas e administrativas para a efetiva atividade dos Comitês de Investigação das MM. A prevalência de causas obstétricas diretas é indicativa de falhas na assistência materna e perinatal.


PURPOSE: to compare maternal death data from the National Death Information System (DIS), with a death survey of 10 to 49 year-old women at reproductive age (RAMOS), in order to identify sub-notification and to search for causes of maternal death (MD) from 1999 to 2006. METHODS: population based temporal series taken from death certificate (DC) information from Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE) database, with the death causes codified by the International Classification of Diseases (ICD), tenth revision, and the number of born alive babies (BA). Death was categorized into declared, presumptive MD and non-maternal. The identification of cases was done from a list with both the birth and death dates in the municipal morgues, and further information was obtained in the epidemiological sector of the Municipal Committee of Surveillance of Maternal Death (MCSMD). Information on MD was raised in the DIS. Sub-notification rates in cases of declared and non-declared MD were identified, maternal official death rates (MDR) and the adjusted factor for the period were calculated and corrected, and MD cases were reviewed and classified. RESULTS: twelve MD were identified, six of them declared and six non-declared. Sub-notification rate was 50 percent, giving an adjusting factor equal to 2. The official MDR was 14.7 and the corrected one was 29.4 deaths by 100,000 born alive. In most of the cases, the basic causes of death were mistaken. Direct obstetric causes were more prevalent, among them eclampsia and HELLP syndrome, followed by infections. CONCLUSIONS: political and administrative measures are needed for the effective action of MD survey committees. The prevalence of direct obstetric causes indicates failures in maternal and perinatal care.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Criança , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Mortalidade Materna/tendências , Brasil , Métodos Epidemiológicos , Adulto Jovem
10.
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992) ; 55(6): 692-699, 2009. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-538501

RESUMO

OBJECTIVE: To identify the risk factors associated with low birth weight (<2500 grams). METHODS: Unmatched case-control study performed in a tertiary maternity hospital in Campinas, Brazil, involving 43,499 liveborn infants delivered in the institution between 1986 and 2004. Analysis of the database containing information on deliveries of women who gave birth to infants with low (6,477 cases) and normal (37,467) birth weight were performed. Factors associated with low birth weight were identified according to the odds ratio (OR) and 95 percent confidence interval (95 percentCI) in the bivariate analysis and according to the adjusted OR in the multivariate analysis. Sociodemographic characteristics, reproductive history, previous morbidity and factors related to current prenatal care were studied. RESULTS: Extremes of reproductive age, poor education, low maternal weight, smoking beyond the fourth month of pregnancy, previous cesarean section, interdelivery interval <24 months and >37 months, maternal history of hypertension, cardiopathy and premature delivery, few (<5) prenatal visits and beginning prenatal care late in pregnancy (after the 3rd month), premature rupture of membranes, increased blood pressure, infectious diseases and hemorrhages during current pregnancy were all associated with low birth weight. Maternal obesity and being a primipara were found to be protective factors. CONCLUSION: These results confirm the findings of previous studies. The detection and prenatal management of modifiable factors, counseling, pre-conception intervention, adequate prenatal care and the implementation of primary and secondary prevention of maternal morbidity should be a target for all obstetrician as a potential source for reducing the incidence of low birth weight.


OBJETIVO: Identificar os fatores de risco associados com baixo peso (<2500 g) ao nascimento. MÉTODOS: Estudo caso-controle não pareado realizado em uma maternidade terciária de Campinas, SP, envolvendo 43.499 nascidos vivos de partos realizados na instituição entre 1986 e 2004. Realizaram-se análises do banco de dados contendo informações sobre os partos de mulheres que deram à luz a crianças de baixo peso (6.477 casos) e peso normal (37.467) ao nascimento. Os fatores associados com o baixo peso ao nascimento foram identificados pelo odds ratio (OR) e IC95 por cento na análise bivariada e pelo OR ajustado na análise multivariada. Foram estudadas características sócio-demográficas, história reprodutiva, morbidade prévia e fatores relacionados ao pré-natal atual. RESULTADOS: Os fatores que estiveram associados com o baixo peso ao nascimento foram extremos de idade reprodutiva, baixa escolaridade, baixo peso materno, fumar além do quarto mês de gestação, cesariana anterior, intervalo interpartal <24 meses e >37 meses, história materna de hipertensão, cardiopatia e parto prematuro, <5 consultas de pré-natal e seu início tardiamente na gestação (após o terceiro mês), rotura prematura de membranas, aumento da pressão arterial, doenças infecciosas e hemorragias durante a atual gestação. Obesidade materna e primiparidade foram fatores de proteção. CONCLUSÃO: Estes resultados confirmam os achados de estudos prévios. A detecção e manejo ante-parto de fatores modificáveis, aconselhamento, intervenção pré-concepcional, pré-natal adequado e a implementação de prevenção primária e secundária de morbidade materna devem constituir uma preocupação para todo obstetra como potencial fonte de redução da incidência de baixo peso ao nascimento.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Criança , Feminino , Humanos , Recém-Nascido , Gravidez , Adulto Jovem , Recém-Nascido de Baixo Peso , Cuidado Pré-Natal , Nascimento Prematuro/etiologia , Brasil , Estudos de Casos e Controles , Idade Materna , Análise Multivariada , Fatores de Risco , Fatores Socioeconômicos , Adulto Jovem
11.
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992) ; 54(3): 249-255, maio-jun. 2008. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-485609

RESUMO

PURPOSE: Demographic health surveys may constitute a valuable source of information on maternal morbidity, particularly in locations where an integrated system of epidemiological surveillance with wide geographic coverage has not yet been developed. METHODS: This study analyzed the database obtained from a national Demographic Health Survey carried out in Brasil in 1996. Data regarding how the survey was conducted, characteristics of the women interviewed who had given birth to live infants in the five preceding years, characteristics of the obstetrical care received and complications reported were evaluated. RESULTS: Responses from a weighted total of 3,635 women were analyzed. Statistically significant differences (p<0.001) were found between geographic domains for most characteristics studied. Deliveries were predominantly hospital-based throughout the whole country. Prevalence of self-reported maternal morbidity ranged from 15.5-22.9 percent in the various geographic domains analyzed. This geographic factor was found to be associated to differences in the occurrence of complications, generally and specifically, for cases of prolonged labour. CONCLUSION: Differences in morbidity may reflect the intricate relationship between determinants of human development and maternal health conditions.


OBJETIVOS: Os estudos demográficos de saúde podem constituir fonte valiosa de informação sobre a morbidade materna, especialmente nos locais onde ainda não foi desenvolvido um sistema de vigilância epidemiológica integrado e de ampla cobertura geográfica. MÉTODOS: Este estudo consiste na análise secundária do banco de dados da última Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde, realizada no Brasil, em 1996. Foram analisados os dados referentes à operacionalização da pesquisa, as características das mulheres entrevistadas que tiveram gestações resultantes em nascidos vivos nos cinco anos precedentes ao inquérito, as características da assistência obstétrica e das complicações referidas por estas mulheres. RESULTADOS: As respostas de um total ponderado de 3.635 mulheres foram analisadas. Foram observadas diferenças significativas (p<0,001) entre os domínios geográficos para a maior parte das características estudadas. A assistência ao parto foi predominantemente hospitalar em todo o país. A prevalência de morbidade materna referida oscilou entre 15,5 por cento e 22,9 por cento nos diferentes domínios geográficos analisados. Este fator geográfico esteve associado a diferenças de risco para a ocorrência de complicações em geral e, mais especificamente, para a ocorrência de trabalho de parto prolongado. CONCLUSÃO: Estas diferenças em morbidade possivelmente refletem o intrincado relacionamento existente entre as determinantes do desenvolvimento humano e as condições de saúde materna.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Recém-Nascido , Pessoa de Meia-Idade , Gravidez , Adulto Jovem , Parto Obstétrico/normas , Inquéritos Epidemiológicos , Bem-Estar Materno/estatística & dados numéricos , Complicações na Gravidez/epidemiologia , Autorrevelação , Brasil/epidemiologia , Demografia , Métodos Epidemiológicos , Sistemas de Informação Hospitalar , Resultado da Gravidez , Complicações na Gravidez/mortalidade , Indicadores de Qualidade em Assistência à Saúde , Estudos de Amostragem , Fatores Socioeconômicos , Adulto Jovem
12.
Cad. saúde pública ; 24(3): 653-662, mar. 2008. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-476598

RESUMO

Apresentar uma experiência de relacionamento do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), e do SIH com ele próprio, aplicados na área de morbidade materna grave (near miss) e mortalidade materna. Trata-se de um estudo empírico, utilizando-se dados brasileiros das capitais de estados e do Distrito Federal em 2002. Para os dois relacionamentos, aplicados separadamente em cada uma das capitais, estabeleceu-se estratégia de blocagem em três passos simples, bem como a de múltiplos passos relacionados, e duas de revisão manual. Do total de pares verdadeiros dos dois relacionamentos, menos de 8 por cento não puderam ser localizados pelos passos simples, enquanto que a estratégia de múltiplos passos deixou de localizar apenas 0,7 por cento. Foi possível explorar o assunto de mortalidade e morbidade materna grave nos bancos de dados. O número de pares formados e revisados sob a estratégia de múltiplos passos foi inferior à soma dos pares nos três passos simples e, além disso, menos pares foram perdidos. Porém, para o relacionamento do SIH com ele próprio, sugerem-se as duas estratégias.


This article presents an experience with record linkage from the Brazilian Hospital Information System (SIH) with the Mortality Information System (SIM), and the SIH with itself, applied to severe maternal morbidity (near miss) and maternal mortality. This was an empirical study using Brazilian data for the state capitals and Federal District in 2002. For the two linkages separately applied in each capital, a three simple step blocking strategy was established, plus related multiple steps and also two clerical review strategies. From the total number of true pairs found after the two linkages, simple steps failed to find fewer than 8 percent, while the multiple step strategy failed to find only 0.7 percent. This approach allowed exploring the issue of severe maternal morbidity and mortality in these databases. The number of pairs found and reviewed under the multiple steps strategy was lower than the sum of pairs obtained with the three simple steps, and fewer pairs were lost. However, for the record linkage of the SIH with itself, both strategies are suggested.


Assuntos
Hospitais , Sistemas de Informação , Mortalidade Materna , Morbidade , Brasil
13.
Rev. panam. salud pública ; 21(6): 396-401, jun. 2007. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-463157

RESUMO

OBJETIVOS: Compilar, consolidar e analisar as informações obtidas por inquéritos do projeto MEASURE DHS acerca de assistência obstétrica e complicações da gestação na América Latina e Caribe. MÉTODOS: O presente estudo exploratório incluiu sete inquéritos demográficos realizados na década de 1990 (Bolívia, Brasil, Colômbia, Guatemala, Nicarágua, Peru e República Dominicana). Além do levantamento das características das entrevistadas e da assistência obstétrica recebida, foi estimada a ocorrência de complicações (trabalho de parto prolongado e complicações hemorrágicas, hipertensivas e infecciosas). RESULTADOS: A mediana do número de visitas de pré-natal oscilou entre 4,7 (Bolívia) e 6,6 (República Dominicana). Na Bolívia, Peru e Guatemala foram observadas altas taxas (>40 por cento) de assistência ao parto por parteiras tradicionais, parentes e outras pessoas sem treinamento formal. República Dominicana e Brasil apresentaram as maiores taxas de parto em estabelecimento de saúde (>90 por cento). Na Guatemala, Peru e Bolívia, mais de 45 por cento dos partos foram domiciliares. A maior taxa de cesárea foi registrada no Brasil (36,4 por cento); as menores taxas foram registradas no Peru e Guatemala (<12 por cento). A taxa de complicações da gestação referidas pelas mulheres foi de 16,7 por cento no Brasil, 17,9 por cento na Guatemala, 42,1 por cento na Colômbia, 42,5 por cento na Nicarágua, 43,0 por cento na República Dominicana, 51,7 por cento na Bolívia e 51,8 por cento no Peru. CONCLUSÃO: A ocorrência relatada de complicações graves da gestação nos inquéritos avaliados está muito acima da taxa de 15 por cento citada na literatura, podendo ter sido superestimada. A validação prévia dos questionários utilizados para coleta de dados nesse tipo de estudo é extremamente importante para gerar dados mais adequados.


OBJECTIVE: To compile, consolidate, and analyze information obtained in surveys conducted by the MEASURE DHS [Demographic and Health Surveys] program, concerning obstetric care and pregnancy complications for women in Latin America and the Caribbean, in the five years before the survey. METHODS: This exploratory study utilized data from demographic surveys carried out in the 1990s in seven countries of Latin America: Bolivia, Brazil, Colombia, the Dominican Republic, Guatemala, Nicaragua, and Peru. The study describes the characteristics of the women who were interviewed and of the obstetric care that they received in the five years before the respective survey, and it also estimates the occurrence of prolonged labor and of hemorrhagic, hypertensive, and infectious complications in those five years. RESULTS: The median number of prenatal consultations ranged from 4.7 in Bolivia to 6.6 in the Dominican Republic. More than 40 percent of deliveries in Guatemala, Peru, and Bolivia were attended by traditional midwives, relatives, or other persons without formal training. The highest rates of deliveries performed in health care facilities (> 90 percent) were in the Dominican Republic and Brazil. In Guatemala, Peru, and Bolivia more than 45 percent of deliveries were at home. The highest rate of cesarean delivery was in Brazil (36.4 percent), and the lowest rates (< 12 percent) were in Peru and Guatemala. The rate of pregnancy complications reported by the women surveyed was 16.7 percent in Brazil, 17.9 percent in Guatemala, 42.1 percent in Colombia, 42.5 percent in Nicaragua, 43.0 percent in the Dominican Republic, 51.7 percent in Bolivia, and 51.8 percent in Peru. CONCLUSION: The reported occurrence of severe pregnancy complications in the surveys we examined was well above the 15 percent rate reported in other scientific literature, suggesting that these complications may have been overestimated in the MEASURE DHS surveys. Prior validation...


Assuntos
Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Gravidez , Complicações na Gravidez/epidemiologia , Fatores Etários , Cesárea/estatística & dados numéricos , Inquéritos Epidemiológicos , Entrevistas como Assunto , América Latina , Complicações do Trabalho de Parto/epidemiologia , Parto , Cuidado Pré-Natal/estatística & dados numéricos , Inquéritos e Questionários , Fatores Socioeconômicos , Índias Ocidentais
14.
Rev. saúde pública ; 41(2): 181-189, Apr. 2007. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-451202

RESUMO

Objetivo: Descrever as características da mortalidade materna segundo Sistema de Informação sobre Mortalidade em relação a dados correspondentes a esses registros em outros sistemas. Métodos: Estudo descritivo, com utilização dos dois sistemas de informações de dados vitais e do sistema hospitalar, para as 26 capitais estaduais e o Distrito Federal do Brasil, em 2002. Inicialmente foram calculadas as razões de mortalidade materna e obtidas informações das mortes maternas declaradas. A partir dessas mortes relacionou-se probabilisticamente os Sistema de Informação sobre Mortalidade com o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e com o Sistema de Informações Hospitalares, utilizando-se o programa Reclink II, com estratégia de blocagem em múltiplos passos. Para os registros pareados, foram detalhados os diagnósticos e procedimentos hospitalares aproximados pelos critérios mais conhecidos de morbidade materna grave. Resultados: Foram registradas 339 mortes maternas em 2002, com razões de mortalidade materna oficial e ajustada, respectivamente, de 46,4 e 64,9 (mortes por 100.000 nascidos vivos). No relacionamento com os dados do sistema de nascidos vivos, foi possível localizar 46,5 por cento das mortes maternas e, com o de informações hospitalares, localizaram-se 55,2 por cento das mortes. O diagnóstico de internação mais frequente foi o de infecção 13,9 por cento, e o procedimento com maior percentagem 39,0 por cento foi o de admissão à UTI. Conclusões: foi baixa a percentagem de relacionamento entre os registros das três fontes estudadas. Nenhuma das possíveis falhas e ou impossibilidade de relacionamento apontadas, isoladamente ou em conjunto, podem explicar esse baixo percentual.


Assuntos
Humanos , Feminino , Causas de Morte , Estatísticas Vitais , Interpretação Estatística de Dados , Mortalidade Materna , Registros de Mortalidade , Sistemas de Informação
15.
São Paulo med. j ; 125(2): 91-95, Mar. 2007. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-454750

RESUMO

CONTEXT AND OBJECTIVE: Systemic lupus erythematosus is a chronic disease that is more frequent in women of reproductive age. The relationship between lupus and pregnancy is problematic: maternal and fetal outcomes are worse than in the general population, and the management of flare-ups is difficult during this period. The aim here was to compare the outcomes of 76 pregnancies in 67 women with lupus, according to the occurrence or absence of flare-ups. DESIGN AND SETTING: An observational cohort clinical study evaluating the evolution of pregnant women with lupus who were receiving care at the prenatal outpatient clinic, Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas (CAISM/Unicamp), between 1995 and 2002. METHODS: Data were collected on a precoded form. The women were divided into two groups according to the occurrence or absence of flare-ups, as defined by the systemic lupus erythematosus disease activity index (SLEDAI). The presence or absence of flare-ups and renal involvement was considered to be the independent variable and the other results were dependent variables. RESULTS: Flare-ups occurred in 85.3 percent of cases, and were most significant when there was renal involvement. This was related to greater numbers of women with preeclampsia and poor perinatal outcome. Intrauterine growth restriction was more common in the women with active disease. Placental weight was significantly lower in the women with renal involvement. CONCLUSIONS: Flare-ups and renal involvement in lupus patients during pregnancy are associated with increased maternal and perinatal complications.


CONTEXTO E OBJETIVO: O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença crônica que acomete preferencialmente mulheres em idade reprodutiva. A associação entre lúpus e gravidez é problemática e os resultados maternos e perinatais são piores que na população geral. O objetivo foi determinar os resultados de 76 gestações de 67 mulheres lúpicas segundo a atividade da doença. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo clínico descritivo avaliando a evolução de gestantes lúpicas seguidas no Ambulatório de Pré-Natal Especializado do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas (CAISM/Unicamp), no período de 1995 a 2002. MÉTODOS: Os dados foram coletados a partir de uma ficha pré-codificada. As mulheres foram divididas em dois grupos segundo atividade do lúpus eritematoso sistêmico (LES) na gestação, conforme o índice de atividade de doença lúpica SLEDAI (Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index). A presença ou não de atividade de doença e de envolvimento renal foram consideradas variáveis independentes e os demais resultados as variáveis dependentes. RESULTADOS: A doença em atividade durante a gestação ocorreu em 85,3 por cento dos casos, sendo o acometimento renal o mais importante, relacionando-se a um maior número de mulheres que tiveram pré-eclâmpsia e pior evolução perinatal. Restrição do crescimento intra-uterino foi mais freqüente nas mulheres com doença ativa. O peso da placenta também foi significativamente menor nas mulheres com envolvimento renal. CONCLUSÕES: A atividade da doença e o envolvimento renal do LES na gestação associam-se com o aumento de complicações maternas e perinatais.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Adolescente , Adulto , Lúpus Eritematoso Sistêmico/complicações , Complicações na Gravidez/etiologia , Cesárea/estatística & dados numéricos , Métodos Epidemiológicos , Retardo do Crescimento Fetal/etiologia , Recém-Nascido de Baixo Peso , Nefropatias/etiologia , Lúpus Eritematoso Sistêmico/sangue , Lúpus Eritematoso Sistêmico/imunologia , Placenta/anatomia & histologia , Pré-Eclâmpsia/etiologia , Resultado da Gravidez , Cuidado Pré-Natal
17.
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992) ; 52(5): 293-297, set.-out. 2006. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-439646

RESUMO

OBJETIVOS: Avaliar a correlação entre o número ideal de filhos (NIF) e o arrependimento pós-laqueadura. MÉTODOS: Foi realizado um estudo de caso-controle aninhado a uma coorte. De um total de 3878 mulheres entrevistadas na coorte, 1012 estavam laqueadas no momento da entrevista do estudo original e constituíram a amostra deste estudo. Consideraram-se como arrependidas e se constituíram nos casos as mulheres que referiram que, nas mesmas circunstâncias, não voltariam a fazer a laqueadura (103 - 10,8 por cento). O NIF foi categorizado de acordo com sua relação com o número de filhos vivos (NV): NIF > NV e NIF < NV. Calculou-se a proporção de mulheres arrependidas e estimou-se o risco de arrependimento conforme a relação NIF/NV por meio de odds ratio com os respectivos intervalos de confiança (IC) de 95 por cento. Posteriormente, estratificou-se a análise pelas variáveis de controle. Realizaram-se dois modelos de regressão logística múltipla para identificar os possíveis fatores de risco para o arrependimento pós-laqueadura entre as mulheres com NIF > NV. RESULTADOS: Evidenciaram-se como fatores de risco independentes para o arrependimento pós-laqueadura o NIF > NV (OR 12,7), fazer a laqueadura com a intenção de esperar um tempo para ter mais filhos (OR 8,0) e ter tido mais de dois partos (OR 2,4). CONCLUSÃO: Os dados do presente artigo sugerem que a avaliação prévia do NIF poderia auxiliar na identificação de um grupo de mulheres com maior risco para o arrependimento pós-laqueadura.


OBJECTIVES: The purpose of this paper was to evaluate the relationship between the ideal number of children (INC) and post tubal ligation regret. METHODS: A nested case-control study was carried out with a total of 3878 women interviewed. Of these 1012 had been surgically sterilized at the time of the interview of the original study and as such comprise the sample of this study. These are constituted by women who stated that they would not undergo tubal ligation again and who regretted the procedure (103 - 10.8 percent) if they were to face the same circumstances. The Ideal Number of Children INC- was divided into two groups according to the relationship with the number of live births (LB): INC > LB and INC < LB. The proportion of women who regretted was calculated and the risk of regret estimated according to the relation INC/LB by means of Odds Ratios with the respective 95 percent confidence interval. Then the analysis was stratified according to control variables. Two multiple logistic regression models were developed in order to identify the independent risk factors associated with regret among women with INC>LB. RESULTS: The independent risk factors identified for post tubal ligation regret are INC > LB (OR=12.7), for performance of tubal ligation with the intention of just waiting some time before having more children (OR=8.0) and for having had more than two deliveries at the time of sterilization (OR=2.,4). CONCLUSION: Results suggest that a previous evaluation of the INC could help identify women with a higher risk for post ligation regret.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Emoções , Características da Família , Esterilização Tubária/psicologia , Fatores Etários , Métodos Epidemiológicos , Serviços de Planejamento Familiar , Fatores Socioeconômicos
18.
Rev. bras. saúde matern. infant ; 6(2): 161-168, abr.-jun. 2006.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-448746

RESUMO

Nas últimas décadas, nos países desenvolvidos houve queda acentuada da mortalidade materna, enquanto nos países em desenvolvimento a queda foi pequena ou não ocorreu. De qualquer forma, como o óbito materno, em termos absolutos, é pouco freqüente, os eventos mórbidos maternos graves tornaram-se o foco das atenções, por representarem "eventos sentinela" ao óbito. No Brasil a principal fonte de informações em saúde é o Ministério da Saúde, através de seu sistema chamado DATASUS. A utilização dessas informações rotineiras, disponíveis nos diversos sistemas de informação públicos de saúde pode ser útil não apenas para o mapeamento diagnóstico de morbidade grave e mortalidade materna, mas também para seu monitoramento contínuo e prospectivo, criando um sistema de alerta ou de vigilância que permita, quando ativado, desencadear intervenções terapêuticas ou preventivas para evitar a ocorrência do óbito materno, constituindo uma inovação e um desafio a ser testado em futuro próximo.


During the last decades there was a huge decrease of maternal mortality in developed countries, while in developing countries the decrease was small or did not happen at all. Nevertheless, because maternal death is less common in absolute frequency, severe maternal morbid events became the focus of attention because these are "lookout events" preceding death. In Brazil, the main source for health information is the Ministry of Health, through its system called DATASUS. The use of this available routine information by several public health information systems could be useful not only to determine severe maternal morbidity and mortality, but also for prospective and continuous monitoring. This could potentially create a surveillance system allowing, when activated, the implementation of preventive and/or therapeutic interventions to avoid maternal death. It could be an innovative and challenging method to be tested in a near future.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Sistemas de Informação , Mortalidade Materna , Complicações na Gravidez , Sistema Único de Saúde , Brasil
19.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 28(5): 310-315, maio 2006. ilus, mapas, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-434475

RESUMO

A razão de mortalidade materna (MM) é indicador da qualidade de saúde, influenciada diretamente pelo grau de desenvolvimento econômico-cultural-tecnológico de um país. Os dados oficiais de MM no Brasil, ainda que subestimados, sinalizam a falta de qualidade dos serviços de assistência à gestação, parto e puerpério. Esta característica é comum entre os países em desenvolvimento, onde estão as gestantes mais necessitadas e com maior dificuldade de acesso a assistência de qualidade. A assistência pré-natal não pode prevenir as principais complicações do parto, causas importantes de MM, mas algumas intervenções no pré-natal poderão favorecer o prognóstico materno e prevenir a MM. Neste contexto, o artigo faz uma atualização, embasada em evidências científicas, sobre intervenções efetivas no pré-natal para prevenção da mortalidade materna. As estratégias mais importantes constituem um tripé, com intervenções específicas relacionadas a promoção da saúde materna, prevenção dos riscos e garantia de suporte nutricional durante a gestação, além de critérios para investigação do risco gestacional e inclusão da gestante no componente básico do modelo de assistência pré-natal. Finaliza com a definição de prioridades na prevenção de MM relacionada à eclâmpsia/pré-eclâmpsia e reforça a importância da normatização dos sistemas de referência para os casos de emergência obstétrica.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Mortalidade Materna , Cuidado Pré-Natal , Fatores de Risco , Saúde da Mulher , Serviços de Saúde da Mulher
20.
Cad. saúde pública ; 22(2): 255-264, fev. 2006. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-421395

RESUMO

Esta revisão sistemática sobre near miss materna objetivou analisar dados de incidência e as definicões adotadas de near miss. Procedeu-se uma busca eletrônica em bancos de periódicos científicos e também das referências bibliográficas dos estudos identificados. Foram identificados inicialmente 1.247 estudos, analisados na íntegra 35, sendo 17 excluídos e 18 incluídos. A revisão da lista de referências destes artigos identificou mais vinte, totalizando assim 38 estudos incluídos: vinte com definicões de near miss relacionadas à complexidade do manejo, seis de disfuncão orgânica, dois com definicão mista e dez pela presenca de sinais ou entidades clínicas específicas. A razão de near miss média foi de 8,2/mil partos, o índice de mortalidade materna foi 6,3 por cento e a razão caso:fatalidade de 16:1. Conclui-se que a incidência de near miss tende a ser maior nos países em desenvolvimento e quando utilizada a definicão de disfuncão orgânica. O estudo da morbidade materna near miss pode contribuir para a melhora da atencão obstétrica e subsidiar o combate à morte materna.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Mortalidade Materna , Complicações na Gravidez
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA