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1.
Diagn. tratamento ; 22(1): 49-50, Jan.-mar. 2017.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-832451

RESUMO

Introdução: Aproximadamente 50% dos pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) recentemente diagnosticados têm mais de 70 anos de idade no momento do diagnóstico. Apesar disso, esses pacientes estão sub-representados em ensaios clínicos randomizados (ECR). Como consequência, os regimes terapêuticos mais adequados para esses pacientes são controversos, e o papel da terapia única ou combinada não é claro. Objetivos: Avaliar a efetividade e a segurança dos diferentes regimes de quimioterapia citotóxica para pacientes idosos não tratados previamente e com o diagnóstico de CPCNP avançado (estágio IIIB e IV). Métodos: Métodos de busca: A busca foi feita nas seguintes base de dados: Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL; 2014, edição 10), MEDLINE (1966 a 31 de outubro de 2014), Embase (1974 a 31 de outubro de 2014), eLiteratura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) (1982 a 31 outubro de 2014). Além disso, foi feita busca manual em anais de congressos, listas de referências de estudos relevantes e no banco de registros de ECR ClinicalTrial.gov. Critério de seleção: Foram incluídos apenas ECR que compararam: • terapia sem platina com agente único versus combinada, ou; • terapia sem platina versus terapia com platina combinada, em pacientes com mais de 70 anos de idade com CPCNP avançado. Foram incluídos ECRs planejados especificamente para a população idosa e ECRs da população geral que continham um subgrupo de idosos. Coleta e análise dos dados: Dois revisores avaliaram independentemente os resultados das buscas, e um terceiro revisor resolveu as divergências. Foram analisados os seguintes desfechos: sobrevida global (SG), sobrevida em um ano (S1a), sobrevida livre de progressão (SLP), taxa de resposta objectiva (TRO), eventos adversos graves, e qualidade de vida (QV). Principais resultados: Terapia sem platina com agente único versus combinada (sete ECRs) Evidências de baixa qualidade sugerem que esses tratamentos têm efeitos semelhantes sobre: (a) a SG (hazard ratio (HR): 0.92, intervalo de confiança 95% (IC 95%): 0,72 a 1,17, participantes = 1062; cinco ECRs), (b) a S1a (razão de risco (RR): 0,88, IC 95%: 0,73-1,07; participantes = 992; quatro ECRs) e (c) SLP (HR: 0,94, IC 95%: 0,83-1,07; participantes = 942; quatro ECR). A terapia combinada sem platina teve uma maior TRO quando comparada com a terapia sem platina de agente único (RR: 1,79, IC 95%: 1,41-2,26; participantes = 1014, cinco ECRs; evidência de baixa qualidade). Com relação aos eventos adversos graves, também não houve diferença entre os dois tratamentos: • Anemia: RR 1,10, IC 95%: 0,53-2,31; participantes = 983; 4 ECRs; evidências de qualidade muito baixa; • Neutropenia: RR: 1,26, IC 95%: 0,96-1,65; participantes = 983; 4 ECRs; evidência de baixa qualidade; • Trombocitopenia: RR: 1,45, IC 95%: 0,73-2,89; participantes = 914; 3 ECRs; evidência de qualidade muito baixa. Apenas dois ECRs avaliaram a qualidade de vida; no entanto, não foi possível realizar metanálise pois os dados eram insuficientes. Terapia sem platina versus terapia com platina combinada (44 ECRs). A terapia combinada com platina foi superior à terapia sem platina quanto à (a) SG (HR: 0,76, IC 95%: 0,69-0,85; participantes = 1.705; 13 ECRs; evidência de qualidade moderada), S1a (RR: 0,89, IC 95%: 0,82-0,96; participantes = 813; 13 ECRs; evidência de qualidade moderada), (c) TRO (RR: 1,57, IC 95% 1,32-1,85; participantes = 1.432; 11 ECRs; evidência de qualidade moderada), e (d) SLP (HR: 0,76, IC 95%: 0,61-0,93; participantes = 1.273; 9 ECRs; evidência de baixa qualidade). Os aventos adversos graves foram mais frequentes com a terapia combinada com platina: • Anemia: RR: 2,53, IC 95%: 1,70-3,76; participantes = 1.437; 11 ECRs; evidência de baixa qualidade; • Trombocitopenia: RR: 3,59, IC 95%: 2,22-5,82; participantes = 1.260; 9 ECRs; evidência de baixa qualidade; • Fadiga: RR: 1,56, IC 95%: 1,02-2,38; participantes = 1.150; 7 ECRs; • Emese: RR: 3,64, IC 95%: 1,82-7,29; participantes = 1.193; 8 ECRs; • Neuropatia periférica: RR: 7,02, IC 95%: 2,42-20,41; participantes = 776; 5 ECRs; evidência de baixa qualidade. Apenas cinco ECRs avaliaram a qualidade de vida; no entanto, não foi possível realizar metanálise devido à escassez de dados disponíveis. Conclusões dos autores: Em pessoas com idade superior a 70 anos com CPNPC avançado que não têm significativas comorbidades, o aumento da sobrevida global observado com a terapia combinada com platina precisa ser equilibrado com o maior risco de eventos adversos maiores, quando comparada com a terapia sem platina. Para as pessoas que não são candidatas ao tratamento com platina, encontramos evidências de baixa qualidade sugerindo que a terapia combinada sem platina e esquemas de terapia com agente único tem efeitos similares sobre a sobrevida. Não temos certeza quanto à comparabilidade dos perfis de eventos adversos. Evidências adicionais sobre qualidade de vida a partir de futuros estudos são necessárias para ajudar a tomada de decisão.


Assuntos
Idoso , Tratamento Farmacológico , Neoplasias Pulmonares
2.
Diagn. tratamento ; 21(4): 192-193, Out.-Dez. 2016.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-2513

RESUMO

Contexto: A asma é uma doença inflamatória crônica que afeta cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Como terapia holística, tem potencial para aliviar tanto o sofrimento físico quanto o psicológico de pessoas com asma, e sua popularidade se expandiu globalmente. Vários ensaios clínicos foram realizados para avaliar os efeitos da prática de ioga, porém eles encontraram diferentes resultados. Objetivos: Avaliar os efeitos da ioga em pessoas com asma. Métodos: Métodos de busca: Os autores realizaram a busca no Cochrane Airways Group Register of Trials, que inclui as bases de dados Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL), MEDLINE, Embase, CINAHL, AMED, e PsycINFO. Os autores também fizeram busca adicional na base PEDro, além de busca por estudos em andamento no ClinicalTrials.gov e WHO ICTRP. As bases foram procuradas desde seu início até 22 de julho de 2015, e não houve restrição quanto ao idioma de publicação. Foi feita busca manual em periódicos da área respiratória, em resumos de congressos, nas listas de referência de estudos elegíveis e artigos de revisão relevantes. Os autores tentaram contato com investigadores de estudos primários e especialistas qualificados na área, em busca de outros estudos publicados e não publicados. Critérios de seleção: Os autores incluíram ensaios clínicos randomizados que compararam a ioga com o cuidado usual, nenhuma intervenção ou intervenção sham em pessoas com asma, e que relataram pelo menos um dos seguintes desfechos: qualidade de vida, escore de sintomas de asma, controle da asma, medidas de função pulmonar, uso de medicação para a asma, e eventos adversos. Coleta e análise dos dados: Para cada estudo incluído, foram extraídas informações bibliográficas, características dos participantes, das intervenções/controles, da metodologia e resultados para os desfechos de interesse. Para variáveis contínuas, foi utilizada a diferença média (DM) para estimar os efeitos do tratamento, se os resultados foram medidos pela mesma escala, e diferença média padronizada (DMP), se os resultados foram medidos por diferentes escalas. Para desfechos dicotômicos, foi utilizado o risco relativo (RR). Um intervalo de confiança (IC) de 95% foi assumido para todas as análises. As metanálises foram construídas utilizando-se o software Review Manager 5.3. Os autores usaram o modelo de efeito fixo para agrupar os dados, a menos que houvesse grande heterogeneidade entre os estudos, caso em que foi utilizado o modelo de efeito randômico. Para resultados inadequados ou impossíveis de ser agrupados quantitativamente, os autores realizaram uma análise descritiva e resumiram os resultados narrativamente. Principais resultados: Foram incluídos 15 ensaios clínicos randomizados (ECR) com um total de 1.048 participantes. A maioria dos ECR foi realizada na Índia, seguida pela Europa e Estados Unidos. A maioria dos participantes era de adultos de ambos os sexos, com asma leve a moderada, com diagnóstico entre seis meses a mais de 23 anos. Cinco ECRs incluíram ioga apenas com métodos de respiração, enquanto os outros ECRs avaliaram a ioga com métodos de respiração, postura e meditação. As intervenções duraram de duas semanas a 54 meses (não mais de seis meses na maioria dos estudos). O risco de viés foi baixo em todos os domínios em um estudo e incerto ou alto em pelo menos um domínio para o restante. Houve alguma evidência de que a ioga pode melhorar a qualidade de vida (DM na pontuação do Asthma Quality of Life Questionnaire, AQLQ, de 0,57 em uma escala de 7 pontos, IC 95% 0,37-0,77; 5 estudos; 375 participantes), melhorar os sintomas (DMP 0,37, IC 95% 0,09-0,65; 3 estudos; 243 participantes), e reduzir o uso de medicação (RR 5,35, IC 95% 1,29 a 22,11; 2 estudos) em pessoas com asma. A DM para a pontuação no AQLQ excedeu a diferença mínima clinicamente importante (DMCI) de 0,5. No entanto, ainda não está claro se a melhora média dos sintomas da asma atingiu o DMCI devido à falta de um DMCI estabelecido nos escores de gravidade utilizados nos estudos incluídos. Os efeitos da ioga sobre a mudança da linha de base do volume expiratório forçado no primeiro segundo (DM 0,04 litros, IC 95% -0,10 a 0,19; 7 estudos; 340 participantes; I2 = 68%) não foram estatisticamente significativos. Dois estudos indicaram que a ioga melhorou o controle da asma, mas devido à heterogeneidade muito significativa entre os estudos (I2 = 98%), os autores não consideraram adequado realizar metanálise para este desfecho. Nenhum evento adverso grave associado com ioga foi relatado, mas os dados sobre este desfecho foram limitados. Conclusões dos autores: Esta revisão encontrou evidências de qualidade moderada de que a ioga, provavelmente, leva a pequena melhora na qualidade de vida e nos sintomas em pessoas com asma. Ainda há incerteza sobre os potenciais efeitos adversos da ioga e também sobre seu impacto na função pulmonar e no uso de medicações. ECRs com um grande tamanho amostral, de alta qualidade metodológica e bem relatados ainda são necessários para confirmar os efeitos da ioga para a asma.


Assuntos
Asma , Yoga , Ensaios Clínicos Controlados Aleatórios como Assunto
3.
Diagn. tratamento ; 21(2): 95-96, jun. 2016.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-784412

RESUMO

Introdução: Existem evidências de que, se pudessem escolher, mais da metade das pessoas prefereriam receber cuidados e morrer em casa. No entanto, apesar dos esforços e políticas em saúde, em muitos países, apenas um terço ou menos das mortes acontecem em casa. Objetivos: 1. Quantificar o efeito dos cuidados paliativos domiciliares para adultos com doenças avançadas e seus familiares cuidadores, quanto à probabilidade do paciente morrer em casa; 2. Avaliar a efetividade clínica dos cuidados paliativos domiciliares sobre outros desfechos relacionados aos pacientes e seus cuidadores, como controle de sintomas, qualidade de vida, satisfação com o cuidado e angústia do cuidador; 3. Comparar os custos e uso de recursos associados a esse tipo de cuidado; 4. Avaliar criticamente e resumir as evidências existentes sobre custo-efetividade. Métodos: Métodos de busca: Nós pesquisamos 12 bases de dados eletrônicas até novembro de 2012. Além disso, verificamos as referências de todos os estudos incluídos, de 49 revisões sistemáticas relevantes, quatro livros-texto importantes e re-sumos de congressos recentes. Entramos em contato com 17 especialistas e pesquisadores para obter dados não publicados. Critério de seleção: Nós incluímos ensaios clínicos randomizados, ensaios clínicos controlados, estudos controlados antes e depois e estudos de série interrompida que avaliaram o impacto dos cuidados paliativos domiciliares em desfechos para adultos com doenças avançadas ou seus familiares cuidadores, ou para ambos. Coleta dos dados e análises: Um autor avaliou os títulos e resumos identificados. Dois autores avaliaram, de forma independente, os estudos potencialmente relevantes e sua qualidade metodológica e extraíram os dados. Nós realizamos metanálises quando isso foi apropriado e calculamos o número necessário para tratar para obter um benefício (NNTB) para o desfecho primário morte em casa. Principais resultados: Nós identificamos 23 estudos (16 ensaios clínicos randomizados, sendo seis de alta qualidade metodológica), incluindo 37.561 participantes e 4.042 familiares cuidadores, em sua maioria com câncer avançado, mas também com insuficiência cardíaca congestiva, doença pulmonar obstrutiva crônica, HIV/AIDS e esclerose múltipla, entre outras doenças. A metanálise mostrou maior probabilidade de morrer em casa (razão de chances, OR, de 2,21, com intervalo de confiança de 95%, 95% CI, de 1,31 a 3,71; Z = 2,98, valor de P = 0,003; chi2 = 20,57, 6 graus de liberdade, df = 6, P = 0,002; I2 = 71%; NNTB = 5, 95% CI 3 a 14 (sete estudos com 1.222 participantes, três de alta qualidade) entre as pessoas que recebem cuidados paliativos em casa, comparadas com as que não recebem. Além disso, uma síntese narrativa mostrou evidência de um pequeno, porém significativo, efeito be-néfico dos cuidados paliativos domiciliares comparado com cuidado usual na redução dos sintomas para os pacientes (três estudos, dois de alta qualidade e um ensaio controlado antes e depois com 2.107 participantes), mas nenhum efeito no luto do familiar cuidador (três ensaios clínicos randomizados, sendo dois de alta qualidade e um ensaio controlado an-tes e depois com 2.113 familiares). As evidências com relação a custo-efetividade (seis estudos) foram inconclusivas. Conclusões dos autores: O resultado fornece evidência clara e confiável de que os cuidados paliativos domiciliares melhoram a probabilidade de morrer em casa e reduzem os sintomas dos pacientes, especialmente daqueles com câncer, sem modificar o luto dos cuidadores. Isso justifica o fornecimento dos cuidados paliativos domiciliares para pacientes que desejam morrer em casa. Precisamos de mais estudos para avaliar custo-efetividade, principalmente para pessoas com doenças não malignas. Novos estudos também precisam analisar o local onde ocorre a morte e os desfechos apropriados que sejam sensíveis e específicos para essa população e também comparar diferentes modelos de cuidados paliativos domiciliares com um número maior de participantes.Essa questão diz respeito à Diretiva de Vontade Antecipada, regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina em sua portaria 1995/2012. 1 Para auxiliar na resposta e oferecer subsídios de orientação, a equipe de saúde necessita de estudos como esse, que orientem a escolha do local onde se possa fornecer os cuidados que possibilitem o conforto e uma morte digna a uma pessoa portadora de uma doença avançada, sempre em função das suas necessidades, pois todos sabemos o quão impessoal, frio e desagradável pode ser o ambiente hospitalar, além dos riscos inerentes a ele, como infecções e até mesmo a realização de procedimentos desnecessários. Os quatro objetivos elencados pelos autores parecem-me fundamentais. Resumindo, consegue-se, por meio de um serviço de cuidado paliativo domiciliar, oferecer controle de sintomas, evitar procedimentos desagradáveis, diminuir o estresse do cuidador, com relação custo/benefício vantajosa? Parece claro que sim. Um serviço bem estruturado de cui-dados paliativos domiciliar aumenta a chance de o óbito ocorrer com o paciente sofrendo sintomas menos desagradáveis. Decepcionante que não tenha sido demonstrada diminuição do estresse do cuidador ou uma relação favorável quanto ao custo/benefício. Entretanto, cabe lembrar que as doenças avaliadas no estudo foram principalmente câncer e, em menor im-portância, a insuficiência cardíaca e a doença pulmonar obstrutiva crônica. As doenças degenerativas do sistema nervoso central, como a doença de Alzheimer e Parkinson, as sequelas de acidente vascular encefálico, que são doenças responsáveis pelo falecimento de uma parcela significativa dessa população, não estiveram presentes nesse estudo, o que, na minha opinião, pode ser um viés significativo, pois as características peculiares e inerentes a essas condições clínicas podem implicar em resultados diferentes do obtido.Concluindo, diante da possibilidade de se contar com um serviço domiciliar de cuidados paliativos bem estruturado, parece viável oferecer essa possibilidade a um paciente portador de doença avançada, desde que seja esse seu desejo.


Assuntos
Cuidados Paliativos , Efetividade , Cuidadores , Análise Custo-Benefício
4.
Diagn. tratamento ; 20(1)mar. 2015.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-737263

RESUMO

Introdução: Doenças cardiovasculares (DCV) são as cau¬sas mais frequentes de morte em pessoas com estágios ini¬ciais da doença renal crônica (DRC), na qual o risco absoluto de eventos cardiovasculares é semelhante ao de pessoas apre¬sentando doença da artéria coronária. Objetivo: Avaliar os benefícios (por exemplo, reduções na mortalidade geral e cardiovascular, grandes eventos cardio¬vasculares, e progressão lenta da DRC para estágio terminal (DRCT)) e possíveis danos (disfunção muscular e hepática, per¬da de pacientes e câncer) das estatinas em comparação com o placebo, nenhum tratamento, tratamento padrão ou outra esta¬tina em adultos com DRC que não estavam em diálise. Métodos: Estratégia de busca: Foi realizada busca no Cochrane Renal Group?s Register até 5 de junho de 2012. Critérios de seleção: Ensaios clínicos randomizados (ECR) e quasi-randomizados que compararam os efeitos das estatinas com o placebo, nenhum tratamento, tratamento padrão ou outras estatinas, na mortalidade, eventos cardiovasculares, função renal, toxicidade e níveis de lipídios em adultos com DRC sem diálise foram incluídos. Extração e análise dos dados: Dois ou mais autores in-dependentes extraíram os dados e avaliaram o risco de viés dos estudos. Efeitos do tratamento foram expressos pela di¬ferença de média (DM) para desfechos contínuos (lipídios, creatinina e proteinúria) e risco relativo (RR) para desfechos dicotômicos (grandes eventos cardiovasculares, mortalida¬de geral, mortalidade cardiovascular, infarto do miocárdio (IM) fatal ou não fatal, acidente vascular cerebral fatal ou não fatal, DRCT, elevação de enzimas hepáticas, rabdomióli¬se, taxas de câncer e de abandono do estudo) com intervalos de confiança (IC) de 95%. Principais resultados: Foram incluídos 50 estudos (45.285 participantes): 47 estudos (39.820 participantes) comparan¬do as estatinas com placebo ou nenhum tratamento e três estudos (5.547 participantes) comparando dois regimes di¬ferentes de estatinas em adultos com DRC sem tratamento em diálise. Foi possível realizar metanálise em 38 estudos (37.274 participantes). O risco de viés nos estudos incluídos foi alto. Sete estudos comparando as estatinas com placebo ou nenhum tratamento tiveram o menor risco de viés global e foram conduzidos de acordo com os protocolos publicados, os desfechos foram julgados por um comitê, os desfechos es¬pecificados foram relatados e as análises foram realizadas uti¬lizando o método de intenção de tratar. Em 32 (68%) estudos controlados com placebo ou nenhum tratamento, os efeitos adversos foram relatados, e sistematicamente avaliados em 16 estudos (34%). Comparado com o placebo, a terapia com esta¬tina consistentemente preveniu grandes eventos cardiovascu¬lares (13 estudos, 36.033 participantes; RR = 0,72, IC 95% = 0,66 a 0,79), mortalidade global (10 estudos, 28.276 participantes; RR = 0,79, IC 95% = 0,69 a 0,91), morte cardiovascular (7 es¬tudos, 19.059 participantes; RR = 0,77, IC 95% = 0,69 a 0,87) e IM (8 estudos, 9.018 participantes; RR = 0,55, IC 95% = 0,42 a 0,72). As estatinas tiveram efeitos incertos no AVC (5 estudos, 8.658 participantes; RR = 0,62, IC 95% = 0,35 a 1,12). Potenciais danos da terapia com estatina foram limitados pela falta de relatos adequados dos dados e eram incertos nas análises que tinham poucos eventos: creatinoquinase (CPK) elevada (7 estudos, 4514 participantes; RR = 0,84, IC 95% = 0,20 a 3,48), função hepática alterada (7 estudos, RR = 0,76, IC 95% = 0,39 a 1,50), abandono do estudo devido a eventos adversos (13 es¬tudos, 4.219 participantes; RR = 1,16, IC 95% = 0,84 a 1,60) e câncer (2 estudos, 5581 participantes; RR = 1,03, IC 95% = 0,82 a 130). As estatinas tiveram efeitos incertos na progressão da DRC. Dados sobre efeitos relativos da redução intensiva de co-lesterol em pessoas em estágios iniciais da doença renal foram escassos. As estatinas reduziram claramente os riscos de mor¬te, eventos cardiovasculares maiores e infarto do miocárdio em pessoas com DRC que não tinham doença cardiovascular prévia (prevenção primária). Conclusões dos autores: As estatinas consistentemente reduziram o risco de morte e eventos cardiovasculares maio¬res em 20% das pessoas com DRC sem necessidade de diá¬lise. Os efeitos das estatinas sobre o acidente vascular cere¬bral e a função renal foram considerados incertos e os efeitos adversos do tratamento ainda não são completamente co¬nhecidos. As estatinas têm papel importante na prevenção primária de eventos cardiovasculares e na mortalidade em pessoas com DRC


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Diálise , Insuficiência Renal Crônica
5.
São Paulo; Centro Cochrane do Brasil; 2013. 38 p.
Monografia em Português | LILACS | ID: biblio-1024059

RESUMO

Contexto: A dor lombar é um dos mais frequentes e importantes problemas que afetam a população mundial e seu tratamento ainda é controverso. A ozonioterapia tem surgido como um método de tratamento, mas ainda persistem questões quanto a sua efetividade e segurança. Objetivos: Determinar a efetividade e segurança da ozonioterapia no tratamento da lombalgia inespecífica e da lombociatalgia. Métodos: Revisão sistemática, segundo a metodologia da Colaboração Cochrane. Foram incluídos apenas ensaios clínicos randomizados que testaram a ozonioterapia isolada ou associada comparada a placebo ou outra opção de tratamento ativo. Resultados principais: Foram incluídos oito ensaios clínicos randomizados. Há uma grande heterogeneidade entre os estudos no critério de inclusão de participantes, tipo de intervenção realizada, controle e mensuração de desfecho, o que dificultou a realização de metanálise. Não foi observada efetividade da ozonioterapia no tratamento de lombalgia inespecífica (dois estudos). Dois estudos observaram melhores resultados com a ozonioterapia em médio e longo prazo, comparado a placebo ou a anti-inflamatório, para o tratamento de lombociatalgia aguda. Três estudos verificaram maior efetividade da ozonioterapia em longo prazo se comparado à injeção de esteroides no tratamento da lombociatalgia crônica, secundária a hérnia de disco. Um estudo verificou maior efetividade em longo prazo da ozonioterapia se comparado a radiofrequência pulsada, e outro estudo também verificou superioridade da injeção intradiscal de ozônio associado a colagenase se comparada a cirurgia de discectomia. Conclusões: Existe evidência de superioridade em longo prazo da ozonioterapia se comparada à injeção de esteroides, radiofrequência e cirurgia aberta. São necessários mais estudos com metodologia adequada e comparação da ozonioterapia a procedimentos placebos, assim como estudos comparando as diversas doses e meios de aplicação de ozônio.


Assuntos
Humanos , Ozônio/uso terapêutico , Dor Lombar/terapia , Ozônio/administração & dosagem , Anti-Inflamatórios não Esteroides , Deslocamento do Disco Intervertebral , Anti-Inflamatórios
6.
São Paulo; Centro Cochrane do Brasil; 2013. 40 p.
Não convencional em Português | LILACS | ID: biblio-1024062

RESUMO

Contexto: As úlceras crônicas de membros inferiores representam um problema de saúde pública e um desafio para controle e tratamento. Os principais tipos de úlcera são as venosas, isquêmicas, de pressão e diabetes. Objetivos: Determinar a efetividade e segurança da ozonioterapia no tratamento da úlcera crônica de membros inferiores Métodos: Revisão sistemática, segundo a metodologia da Colaboração Cochrane. Foram incluídos apenas ensaios clínicos randomizados que testaram a ozonioterapia isolada ou associada comparada a placebo ou outra opção de tratamento ativo. Resultados principais: A busca de literatura localizou 67 referencia, e destas apenas três estudos preencheram os critérios de inclusão, um de ozonioterapia em úlcera isquêmica e dois para úlceras diabéticas. Os estudos eram heterogêneos no modo de aplicação da terapia com ozônio, numero de sessões, duração do tratamento, e descrição de desfechos, impossibilitando a realização de metanálises. Conclusões: Existem evidências de baixa qualidade metodológica que o tratamento com ozônio pode ser efetivo e seguro no tratamento de úlceras crônicas de MMII relacionadas à diabetes e a insuficiência arterial periférica. Não foram localizadas evidências sobre a efetividade da ozonioterapia no tratamento de úlceras venosas.


Assuntos
Humanos , Ozônio/uso terapêutico , Úlcera Cutânea/terapia , Extremidade Inferior/lesões , Pé Diabético/terapia , Úlcera da Perna/terapia
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