RESUMO
Este trabalho analisa as alteraçöes observadas à endoscopia em pacientes portadores de hipertensäo portal por cirrose e esquistossomose e as correlaciona com os achados histológicos, presença ou näo de H. pylori e funçäo hepática do paciente. Os pacientes cirróticos apresentaram prevalência significativamente mais alta de úlcera péptica, correlaçäo positiva entre presença de gastrite crônica e de H. pylori, assim como relaçäo direta entre o grau das varizes e a presença de gastropatia hipertensiva (GH). Näo houve correlaçäo estatisticamente significativa entre presença de H. pylori e o grupo do paciente, entre a presença de GH e o índice de Child Pagh, nem entre a prevalência de H. pylori e de GH. Finalmente, näo houve diferença significativa na prevalência de gastrite crônica entre os grupos de pacientes
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Cirrose Hepática/complicações , Fibrose/complicações , Fígado/fisiopatologia , Gastrite/etiologia , Helicobacter pylori/isolamento & purificação , Hipertensão Portal/complicações , Esquistossomose mansoni/complicações , Úlcera Péptica/etiologia , Idoso de 80 Anos ou mais , Biópsia , Distribuição de Qui-Quadrado , Doença Crônica , Cirrose Hepática/fisiopatologia , Endoscopia , Hipertensão Portal/fisiopatologia , Prevalência , Esquistossomose mansoni/fisiopatologiaRESUMO
Dez pacientes com disfagia causada por tumores esofágicos e da cárdia (nove com carcinomas de células escamosas e um com adenocarcinoma) foram submetidos a tratamento paliativo da disfagia pela injeçäo de álcool absoluto (95(GL), misturado ao azul de metileno a 0,5 por cento, intratumoral. O volume total injetado por via endoscópica variou de 4 a 41ml, em sessöes intervaladas de cinco dias. Avaliamos os resultados por estudo radiológico do esófago, observaçäo endoscópica e segundo os critérios de Bown, modificados. Anteriormente ao início do tratamento, o valor médio da disfagia era de 3,5 na escala de Bown. Ao fim das sessöes, essa média foi de 1,3. Todos os pacientes passaram a deglutir dieta pastosa, semi-sólida ou sólida. O tratamento era repetido quando havia recidiva da disfagia, com intervalo médio de 32,4 dias. Nao houve complicaçöes ou mortalidade em nossa casuística.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Adenocarcinoma/tratamento farmacológico , Carcinoma de Células Escamosas/tratamento farmacológico , Etanol/uso terapêutico , Azul de Metileno/uso terapêutico , Neoplasias Esofágicas/tratamento farmacológico , Transtornos de Deglutição/tratamento farmacológico , Idoso de 80 Anos ou mais , Resultado do TratamentoRESUMO
A eficiência de uma preparaçäo enzimática contendo 250 mg de pancreatina e 5 mg de bromoprida por cápsula foi avaliada em seis pacientes portadores de pancreatite crônica calcificante. A gordura fecal de 24 horas destes pacientes foi, em média, de 27,88 ñ 16,90g (inicial e de 6,85 ñ 4,98 g após 14 dias de tratamento com oito cápsulas diarias. Da mesma maneira observou-se ganho de peso corpóreo e diminuiçäo do peso fecal no grupo estudado. Näo houve intolerância. Concluiu-se que a preparaçäo utilizada eficiente, embora näo se conseguisse a total normalizaçäo da esteatrorréia em todos os paciente, como é o habitual na esteatorréia pancreatógena
Assuntos
Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Masculino , Feminino , Doença Celíaca/tratamento farmacológico , Pancreatina/uso terapêutico , Pancreatite/tratamento farmacológico , Doença Crônica , Ensaios Clínicos como AssuntoRESUMO
Cem casos de pancreatite cronica calcificante (PCC) foram estudados morfologicamente. Considerando os cortes histológicos, foi estabelecida uma seqüência de lesöes. As características fundamentais da PCC compreendem tampöes intra-ductais, calcificados ou näo; alteraçöes de intensidade variável nos ácinos e ductos, dependendo do estádio evolutivo; modificaçöes do calibre ductal, lesöes inflamatórios e fibrose. A distribuiçäo das lesöes näo era uniforme. Foi possível sugerir a existencia de três fases no processo patológico global. A primeira foi caracterizada por tampöes intra-ductais sem qualquer sinal de reaçäo inflamatória, seguida por atrofia acinar e fibrose inicial. Na segunda fase, a atrofia lobular e a fibrose eram mais intensas, além disto, foi detectada progressiva resposta celular, especialmente de linfócitos, muitas vezes destruindo tecido lobular e ductos. Finalmente, a terceira fase caracterizada por um aspecto de queimadura ("burned out"), mostrando, aqui e ali, restos de parênquima, fibrose extensa e vestígios, ou ausência de reaçäo inflamatória. Os autores sugerem que a reaçäo inflamatória poderia estar relacionada com resposta celular imunológica implicada na eliminaçäo de células doentes