RESUMO
A aterosclerose representa a principal etiologia determinante da doença arterial coronariana, seja na sua forma aguda, seja na crônica. São diversos os fatores que levam à instabilidade da placa aterosclerótica, entre eles incluem-se os (a identificação desses) mediadores neuro-humorais, inflamatórios e infecciosos, cujos mecanismos ainda não se encontram plenamente elucidados. As estatinas constituem a classe terapêutica mais estudade na atualidade, com o objetivo de modular o desequilíbrio da placa de aterosclerose. Diversos ensaios clínicos controlados e randomizados têm demonstrado o grande valor desses fármacos na prevenção primária e na secundária da doença coronariana. Entretanto, faltava definir se a utilização das estatinas nas síndromes coronarianas agudas seria capaz de conferir benefícios com conseqüente redução de desfechos clínicos. Estudos clínicos, recentemente publicados, esclarecem muitas dessas dúvidas e poderão contribuir para mudanças das diretrizes das sociedades de Cardiologia. Este artigo de revisão resume os principais achados clínicos que justificam o uso rotineiro das estatinas nas síndromes coronarianas agudas.