RESUMO
Os autores abordam o comportamento da hepatite viral durante o ciclo grávido-puerperal, por ser a maior causa de icterícia neste período. Confirmam a importância da transmissão vertical para a hepatite do tipo B, além de sinalizarem para a gravidade da hepatite dos tipos C e E. O tipo C tem altas taxas de cronificação e o tipo E, quando adquirido no terceiro trimestre da gestação, apresenta a possibilidade de hepatite fulminante, com morte materna. Relembram o diagnóstico clássico da fase aguda e a assintomática fase crônica, além de lembrarem os possíveis diagnósticos diferenciais. A literatura é unânime em recomendar o rastreamento universal para a hepatite B, deixando as demais formas para situações de forte evidência epidemiológica. Finalmente informam as possibilidades terapêuticas com imunoglobulinas aplicadas na mãe e no recém-nato