Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 29
Filtrar
1.
Rev. bras. epidemiol ; 26: e230050, 2023. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1521749

RESUMO

ABSTRACT Objective: To estimate the impact of sociodemographic factors on survival from COVID-19 in Brazil. Methods: Longitudinal data from a retrospective cohort of 2,000,000 hospitalizations due to COVID-19 in Brazil between March 2020 and May 2022, enrolled in SIVEP-Gripe, were analyzed. Results: The adjusted Cox model showed a 7% higher probability of death for men. 9% and 13% for the brown population compared to white and 16% for those living in the rural region. Long-lived elderly has a 301% higher probability when compared to young people. Conclusion: Sociodemographic factors interfere with survival from COVID-19 and should gain prominence in theoretical models and clinical aspects, and should be considered when formulating public policies, especially in countries with greater social inequality, such as Brazil.


RESUMO Objetivo: Estimar o impacto dos fatores sociodemográficos para a sobrevida por COVID-19 no Brasil. Métodos: Foram analisados dados longitudinais de coorte retrospectiva de 2 milhões de internações por COVID-19 no Brasil entre março de 2020 e maio de 2022, arrolados no SIVEP Gripe. Resultados: O modelo ajustado de Cox mostrou probabilidade 7% maior de morte para os homens, 9 e 13% para a população parda em comparação à branca e 16% para aqueles que vivem na região rural. O idoso longevo tem probabilidade 301% maior quando comparado aos jovens. Conclusão: Os fatores sociodemográficos interferem na sobrevida pela COVID-19 e devem ganhar destaque nos modelos teóricos tais quais os aspectos clínicos, bem como ser considerados para formular políticas públicas, especialmente em países com maior desigualdade social, como o Brasil.

2.
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992) ; 67(1): 120-124, Jan. 2021. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1287794

RESUMO

SUMMARY OBJECTIVE: To analyze the behavior of maternal mortality according to the race/color variable in the city of Rio de Janeiro, Brazil, between 2010 and 2019. METHODS: This is a cross-sectional study that used microdata collected in the Sistema de Informações sobre Mortalidade and Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. Data were disaggregated by race/color and age groups of childbearing age. Pearson's χ2 test was used to compare the ratio in each category of covariates. In order to explore the differences in the maternal mortality ratio of the respective variables, the data were adjusted using Poisson's model. Polynomial regression models were tested to describe the trend. RESULTS: There were 732 maternal deaths in the city of Rio de Janeiro between 2010 and 2019. The time trend analysis of general maternal mortality showed a significant decline between 2010 and 2018 followed by a new upward trend in 2019. There was a greater maternal mortality ratio for older age groups, especially for women over 40 (prevalence ratio of 18.80, 95%CI 13.54-26.78; p<0.0001) and black ones (prevalence ratio of 2.31, 95%CI 1.90-2.80; p<0.0001). CONCLUSION: There is evidence that maternal mortality is associated with issues of race, which suggests the racial disparity in obstetric care in the city of Rio de Janeiro.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Idoso , Mortalidade Materna , Brasil/epidemiologia , Prevalência , Estudos Transversais , Cidades
3.
Cad. saúde colet., (Rio J.) ; 29(spe): 3-15, 2021. graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1364655

RESUMO

Resumo Introdução A vigilância em saúde é um modelo de atenção à saúde que articula e integra ações em saúde pública. Para tal, é fundamental conhecer os processos de dinâmica populacional que determinam o regime demográfico. Objetivo Descrever a dinâmica populacional nos últimos 15 anos e analisar projeções para os próximos 15 anos. Método Trata-se de estudo ecológico que analisou e projetou dados do Brasil e grandes regiões para o período de 2000 a 2030. Estimaram-se indicadores de estrutura etária, longevidade e padrão e nível de mortalidade, natalidade e fecundidade para o período. Resultados Observa-se no Brasil como um todo que a mortalidade e a fecundidade seguem em declínio, com diferenciais importantes entre as regiões brasileiras. Destacam-se a diferença no ritmo de envelhecimento populacional, a mudança no padrão de fecundidade e a tendência para a mortalidade no período. Ainda, evidencia-se, por meio das projeções, que a curto prazo não se vê redução dessas desigualdades regionais. Conclusão Discutiu-se que a vigilância em saúde precisa integrar as complexas dimensões do processo saúde-doença relacionadas a essas mudanças, construindo políticas públicas intersetoriais que entendam os determinantes sociais da saúde como conformadores do território, no contexto das transições demográfica e epidemiológica.


Abstract Background Health surveillance is a health care model that combines public health actions. To this end, it is fundamental to know the population dynamics processes that determine the demographic regime. Objective To describe the population dynamics in the past 15 years and analyze their projections for the next 15 years. Method This is an ecological study that analyzed and projected data from Brazil as a whole and its regions between 2000 and 2030. Indicators of age structure, longevity, and standard and level of mortality, birth and fertility were estimated for this period. Results In Brazil as a whole, mortality and fertility will continue to decline, with important differences between Brazilian regions. Difference in the rhythm of population aging, change in the pattern of fertility, and trend for mortality in the period are highlighted. The projections also evidence that there will be no reduction in these regional inequalities in the short term. Conclusion It is discussed that health surveillance needs to combine the complex dimensions of the health-disease process related to these changes, building intersectoral public policies that incorporate social determinants of health as territorial conformers in the context of demographic and epidemiological transitions.

4.
Rev. bras. estud. popul ; 37: e0122, 2020. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1137780

RESUMO

Objetivo: realizar estratificação de risco para disseminação e gravidade da Covid-19 nas unidades da federação (UF) brasileiras a partir de características apontadas como situações de risco. Métodos: foram selecionados alguns indicadores sociais, demográficos e de saúde e submetidos à análise de componentes principais. Em seguida foi possível dividir as UF por análise de cluster. A partir da carga fatorial dos componentes, obtivemos um escore para as UF, que foram estratificadas quanto ao risco de disseminação e mortalidade da Covid-19. Resultados: os componentes referem-se às condições assistenciais, de saúde (incluindo fatores de risco), demográficas e sociais. Estes componentes permitiram a classificação final das 27 UF, com diferença na ordem quanto ao potencial de disseminação e a mortalidade. Conclusão: espera-se que a estratificação de risco possa ser uma medida de apoio à saúde pública, definindo áreas com maior potencial de dano, no sentido de subsidiar a criação de estratégias de intervenção prioritárias.


Objectives: To perform risk stratification for dissemination and mortality by COVID-19 from Brazilian federal units (FU), based on characteristics identified as risk situations. Methods: Social, demographic and health indicators were selected and underwent principal components analysis. Then, it was possible to divide the FUs by cluster analysis. Based on the factor load of the components created, a final score for the UF was obtained and they were then stratified with regard to the risk of dissemination and mortality by COVID-19. Findings: Components created refer to assistance, health (including risk factors), demographic and social conditions. These components allowed for the final classification of the 27 FU, with a difference in order with regard to the potential for dissemination and mortality. Conclusions: We believe risk stratification may be a measure to support public health, defining areas with the greatest potential for damage and on that basis, allow for the creation of priority intervention strategies.


Objetivo: Realizar la estratificación del riesgo de difusión y mortalidad por covid-19 en las unidades de la Federación Brasileña (UF) en función de las características identificadas como situaciones de riesgo. Métodos: Algunos indicadores sociales, demográficos y de salud fueron seleccionados y sometidos al análisis de componentes principales. Entonces fue posible dividir las UF por análisis de conglomerados. A partir de la carga factorial de los componentes, se obtuvo una puntuación para la UF que se estratificó en cuanto al riesgo de diseminación y mortalidad por covid-19. Resultados: Los componentes se refieren a asistencia, salud (incluidos factores de riesgo), condiciones demográficas y sociales y permitieron la clasificación final de las 27 UF, con una diferencia en orden de potencial de diseminación y mortalidad. Conclusión: Se espera que la estratificación del riesgo pueda ser una medida para apoyar la salud pública, definir áreas con el mayor potencial de daño y crear estrategias de intervención prioritarias.


Assuntos
Humanos , Fatores de Risco , COVID-19 , Condições Sociais , Brasil , Demografia , Saúde Pública , Mortalidade , Indicadores Sociais , Indicadores e Reagentes
5.
Rev. bras. estud. popul ; 37: e0117, 2020. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1137783

RESUMO

O objetivo do presente estudo é analisar diferenças na expectativa de vida com e sem multimorbidade (duas ou mais condições crônicas) entre idosos nos estados brasileiros, segundo sexo e idade. Foram utilizados os dados de mortalidade do Sistema de Informações sobre Mortalidade e projeções populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para elaborar tábuas de vida para os estados, por sexo. Informação sobre a prevalência de multimorbidade foi obtida a partir da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013. A partir do método de Sullivan, estimaram-se a expectativa de vida com e sem multimorbidade e a proporção de anos vividos com multimorbidade. A amostra de idosos da PNS possuía um total de 11.697 entrevistados, cuja idade média foi de 70,08 anos (DP 0,09 ano). A proporção de anos a serem vividos com multimorbidade aumenta com a idade (53,6% aos 60 anos e 57,3% aos 75 anos). Mulheres possuem expectativa de vida maior do que os homens, mas convivem mais com multimorbidade. Aos 60 anos, as mulheres brasileiras esperam viver, em média, 13,5 anos com multimorbidade e os homens 8,3 anos. Constatou-se grande diferença na expectativa de vida com multimorbidade quando comparadas as unidades da federação, com amplitude de 8,2 a 14,2 anos (aos 60 anos de idade). É importante considerar estas diferenças na priorização de ações e grupos para intervenção em saúde pública.


This study aims to analyze differences in life expectancy with and without multimorbidity (two or more chronic conditions) among older adults in Brazilian states, according to sex and age. Data from the Mortality Information System and population projections from the Brazilian Bureau of Geography and Statistics were used to create life tables for all states by sex. Information on the prevalence of multimorbidity was obtained from the 2013 National Health Survey (PNS). The Sullivan method was used to estimate life expectancy with and without multimorbidity and the proportion of expected life years with multimorbidity. The sample of older adults in the PNS included 11,697 subjects whose mean age was 70.08 years (SD ± 0.09). The proportion of expected years with multimorbidity increases with age (53.6% at age 60, and 57.3% at age 75). Women have higher life expectancy than men, but they live with multimorbidity more years. At age 60, Brazilian women expect to live, on average, 13.5 years with multimorbidity and men 8.3 years. There are major differences in life expectancy with multimorbidity across states - varying from 8.2 to 14.2 years (at age 60). It is important to consider these differences when defining priorities for public policies and public health interventions.


El objetivo del presente estudio es analizar las diferencias en la esperanza de vida con y sin multimorbilidad (dos o más afecciones crónicas) entre las personas mayores en los estados brasileños, según el sexo y la edad. Utilizamos datos de mortalidad del Sistema de Información de Mortalidad y proyecciones de población del Instituto Brasileño de Geografía y Estadística para desarrollar tablas de vida para los estados, por sexo. La información sobre la prevalencia de multimorbilidad se obtuvo de la Encuesta Nacional de Salud (SNP) de 2013. Utilizando el método Sullivan estimamos la esperanza de vida con y sin multimorbilidad y la proporción de años vividos con multimorbilidad. La muestra de personas mayores en el PNS tenía un total de 11.697 encuestados, cuya edad promedio era de 70,08 años (SD 0,09 años). La proporción de años a vivir con multimorbilidad aumenta con la edad (53,6 % a los 60 y 57,3 % a los 75 años). Las mujeres tienen una esperanza de vida más larga que los hombres, pero viven en mayor cantidad con multimorbilidad. A los 60 años, las mujeres brasileñas esperan vivir, en promedio, 13,5 años con multimorbilidad y los hombres, 8,3 años. Hubo una gran diferencia en la esperanza de vida con multimorbilidad cuando se compararon las unidades de la federación, que oscilaron entre 8,2 y 14,2 años (a los 60 años de edad). Es importante tener en cuenta estas diferencias al priorizar acciones y grupos para la intervención de salud pública.


Assuntos
Humanos , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Idoso , Expectativa de Vida , Multimorbidade , Pesquisa , Mulheres , Brasil , Mortalidade , Tábuas de Vida , Distribuição por Idade e Sexo , Homens
6.
Rev. bras. cancerol ; 66(1)20200129.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1095216

RESUMO

Introdução: O câncer colorretal está entre os tipos de câncer mais comuns na população brasileira e mundial com altos índices de mortalidade. Alguns estudos mostram que há uma diferença de carga sintomatológica para esse tipo de câncer entre adultos jovens e idosos que, consequentemente, podem deteriorar a qualidade de vida nesses pacientes. Objetivo: Investigar a diferença no padrão de sintomas entre pacientes adultos e idosos com câncer de cólon e reto. Método: Estudo transversal que utilizou um conjunto de dados sobre a prevalência de sintomas entre pacientes com câncer colorretal atendidos no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), por meio de um inventário de sintomas recentemente adaptado para o Brasil. Resultados: Foram entrevistados 348 pacientes, destes, 101 pacientes eram adultos jovens (29,1%) e 247 idosos (70,9%). Obteve-se diferença entre os sintomas analisados para dor (p=0,033), nervosismo (p=0,013), sonolência (p=0,033), tristeza (p=0,003), problemas com desejo sexual ou atividade sexual (p=0,014), falta de apetite (p=0,028), irritação (p=0,013), mudança nos gostos dos alimentos (p=0,042), perda de cabelo (p=0,002) e "eu não pareço mais o mesmo" (p<0,001). Conclusão: A carga sintomatológica frente ao câncer colorretal pode apresentar distinção conforme a idade. Isso é relevante, pois reforça a ideia de individualizar o tratamento para melhorar a assistência e, consequentemente, a qualidade de vida desses doentes.


Introduction: Colorectal cancer is among the most common types of cancer in the Brazilian and world population, with high rates of mortality. Some studies show that there is a difference in the symptomatic burden for this cancer among young adults and elderly individuals, which can deteriorate the quality of life of these patients. Objective: To investigate the difference in the pattern of symptoms among young adults and elderly patients with colon and rectum cancer. Method: Cross-sectional study using dataset on the prevalence of symptoms among colorectal cancer patients attended at the National Cancer Institute José Alencar Gomes da Silva (INCA) through a recently adapted inventory of symptoms for Brazil. Results: A total of 348 patients were interviewed, of which 101 were young adults (29,1%) and 247 (70.9%) were elderly individuals. There was a difference between the symptoms analyzed for pain (p=0.033), nervousness (p=0.013), drowsiness (p=0.033), sadness (p=0.003), problem with sexual interest or activity (p=0.014), loss of appetite (p= 0.028), irritation (p=0.013), change of food taste (p=0.042), hair loss (p=0.002.) and "I don't look like myself " (p<0.001). Conclusion: The symptomatic burden of colorectal cancer may differ according to age. This is relevant because reinforces the idea of individualizing the treatment to improve the care and, consequently, the quality of life of these patients.


Introducción: El cáncer colorrectal se encuentra entre los tipos de cáncer más comunes em la población brasileña y mundial, con altas tasas de mortalidad. Algunos estudios muestran que existe una diferencia en la carga sintomática para este tipo de cáncer entre adultos jóvenes y viejos, lo que en consecuencia puede deteriorar la calidad de vida en estos pacientes. Objetivo: Investigar la diferencia en el patrón de síntomas entre pacientes adultos y ancianos con cáncer de colon y recto. Método: Estudio transversal que utiliza un conjunto de datos de prevalencia de síntomas entre pacientes con cáncer colorrectal tratados en el Instituto Nacional del Cáncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) a través de un inventario de síntomas recientemente adaptado para o Brasil. Resultados: Se entrevisto a 348 pacientes, de estos 101 pacientes eran adultos jóvenes (29,1%) y 247 en acianos (70,9%). Hubo una diferencia entre los síntomas analizados para el dolor (p=0,003), nerviosismo (p=0,013), somnolencia (p=0,033), tristeza (p=0,003), problemas con el deseo sexual o actividad sexual (p=0,014), falta de apetito (p=0,028), irritación (p=0,013), cambio en los gustos de los alimentos (p=0,042), pérdida de cabello (p=0,002) y "Ya no me veo igual"(p<0,001). Conclusión: La carga sintomática del cáncer colorrectal se puede distinguir según la edad. Esto es relevante porque refuerza la idea de individualizar el tratamiento para mejorar la atención y, en consecuencia, la calidad de vida de estos pacientes.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Neoplasias Colorretais/diagnóstico , Avaliação de Sintomas , Qualidade de Vida , Brasil , Neoplasias Colorretais/epidemiologia , Modalidades Sintomáticas , Estudos Transversais , Distribuição por Idade
7.
RECIIS (Online) ; 13(1): 158-171, jan.-mar. 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-987723

RESUMO

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que teve como objetivo analisar a qualidade da declaração da idade nos registros de óbito no Brasil, de 1996 a 2015. Foi realizada uma análise por 'idade simples' dos microdados de óbitos no Brasil no período mencionado. A preferência por dígitos terminais 0 e 5 foi avaliada usando o índice de Whipple (IW). Já a preferência pelos dígitos terminais de 0 a 9 foi expressa usando o método de Myers (IM). A qualidade dos dados de idade foi alta no período [IWtot = 0,55 ­ 0,83 (masculino) e 0,71 ­ 0,93 (feminino); IM = 0,388 ­ 1,004 (masculino) e 0,430 ­ 1,589 (feminino)]. A qualidade da informação foi mais satisfatória entre homens e não houve tendência significativa a uma melhora, sugerindo sua estabilidade durante os 20 anos analisados. Foi encontrada preferência pelo dígito terminal 0 (zero) principalmente entre mulheres. Concluiu-se que os dados de óbito no Brasil, com relação à idade, são satisfatórios, podendo ser utilizados em análises demográficas e epidemiológicas.


This article presents the results of a research aimed at analyzing the quality of the information about the age on the death registers in Brazil, from 1996 to 2015. An analysis was performed by simple age of the deaths microdata in Brazil for that period. The preference for the last digits 0 and 5 was evaluated using the Whipple index (IW), while the preference for the last digits from 0 to 9 was expressed using the Myers (IM) method. The quality of the age data was high in the period [IWTtot = 0.55 - 0.83 (male) and 0.71 - 0.93 (female); IM = 0.388 - 1.004 (male) and 0.430 ­ 1.589 (female)]. The quality of the information was more satisfactory among men, and there was not a significant trend in the improvement suggesting stable quality during the 20 years analyzed. The preference was given to the last digit 0, mainly among women. It was concluded that data from death registers in Brazil regarding the age are satisfactory and can be used in demographic and epidemiological analyses.


Este artículo presenta los resultados de una investigación que tuvo como objetivo analizar la calidad de la declaración de la edad en los registros de óbito en Brasil, desde 1996 hasta 2015. Se realizó el análisis por edad simple de los microdatos de óbitos en Brasil en el periodo mencionado. La preferencia por dígitos finales 0 y 5 fue evaluada usando el índice de Whipple (IW). La preferencia por los dígitos finales desde 0 hasta 9 fue expresada usando el método de Myers (IM). La calidad de los datos de edad fue alta en el período [(IWtot = 0,55 - 0,83 (masculino) y 0,71 - 0,93 (femenino), IM = 0,388 - 1,004 (masculino) y 0,430 - 1,589 (femenino)]. La calidad de la información fue más satisfactoria entre hombres y no hubo tendencia significativa en la mejora, sugiriendo estabilidad en la calidad en los 20 años analizados. Se encontró una preferencia por el dígito terminal 0 principalmente entre mujeres. Se concluye que los datos de óbito en Brasil con relación a la edad son satisfactorios y pueden ser utilizados en análisis demográficos y epidemiológicos.


Assuntos
Humanos , Demografia , Registros de Mortalidade , Indicadores Básicos de Saúde , Estudos Ecológicos , Brasil , Sistemas de Informação , Mortalidade
8.
Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online) ; 19(1): 217-232, Jan.-Mar. 2019. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1013126

RESUMO

Abstract Objectives: to analyze the fertility pattern in Brazil and its relationship with human development in the Brazilian federation units in 2000 and 2010. Methods: this is an ecological study whose unit of analysis was the Brazilian Federative Units in the period of 2000 and 2010. The fertility was assessed considering the social (HDI), inequality, (Gini, Theil and Income Ratio) and fertility indicators (fertility rate and mean age of fertility). Results: Brazil has been experiencing a rapid fertility transition. The pattern of fertility curves changed in all Federative Units between 2000 and 2010, with a reduction in cusp size and postponement of fecundity. This change was more evident among the Federative Units with better development and lower inequality. The correlation between social and fertility indicators lost strength in the period, corroborating the transition hypothesis. Conclusions: there is a direct relation between the fecundity and inequality indicators, and inversing human development. Changes should be taken in consideration in the age structure of the population, as well as inequality indicators, for better planning in public policies for public health.


Resumo Objetivos: analisar o padrão de fecundidade no Brasil e sua relação com o desenvolvimento humano nas unidades de federação no Brasil em 2000 e 2010. Métodos: trata-se de estudo ecológico cuja unidade de análise foram as Unidades Federativas brasileiras no período de 2000 e 2010. A fecundidade foi avaliada considerando os indicadores sociais (IDH), indicadores de desigualdade (Gini, Theil e Razão de Renda) e os indicadores de fecundidade (taxa de fecundidade e idade média de fecundidade). Resultados: o Brasil vem experimentando rápida transição da fecundidade. O padrão das curvas de fecundidade modificou em todas as UF entre 2000 e 2010, com redução do tamanho da cúspide e postergação da fecundidade. Esta mudança foi mais evidente entre as UF com melhor desenvolvimento e menor desigualdade. A correlação entre indicadores sociais e de fecundidade perdeu força no período, corroborando a hipótese de transição. Conclusões: existe relação direta entre os indicadores de fecundidade e desigualdade, e inversa com desenvolvimento humano. Deve-se considerar as modificações na estrutura etária da população, bem como nos indicadores de desigualdade, para melhor planejamento de políticas públicas na saúde pública.


Assuntos
Humanos , Taxa de Fecundidade , Fertilidade , Desenvolvimento Humano , Brasil , Indicadores de Desenvolvimento , Indicadores Sociais , Indicadores de Desigualdade em Saúde
9.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(3): e00087018, 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-989511

RESUMO

Resumo: Avaliar os efeitos da idade, período e coorte de nascimento (APC) na evolução temporal da mortalidade por câncer do ovário no Brasil e suas grandes regiões, entre o período de 1980 a 2014. Estudo ecológico de tendência temporal em que foram utilizados modelos APC com uma abordagem bayesiana e o método determinístico INLA (Integrated Nested Laplace Approximations) na inferência dos parâmetros. Os dados de mortalidade e os dados populacionais foram obtidos junto ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. As taxas de mortalidade por câncer do ovário, segundo região geográfica, foram padronizadas pelo método direito, após correção dos óbitos para causas maldefinidas e diagnóstico incompleto de câncer. No período de estudo, o Brasil apresentou 4,91 óbitos por câncer do ovário por 100 mil mulheres, as regiões Sul (5,66) e Sudeste (5,70) apresentaram as maiores taxas por 100 mil mulheres, e a Região Norte a menor (3,13/100 mil mulheres). Houve aumento progressivo da mortalidade com o avançar da idade em todas as regiões. O modelo APC multivariado de melhor ajuste evidenciou risco positivo de morte no Centro-oeste e Nordeste entre 2010-2014 e, a partir do período de 1995-1999, na Região Sul. Observou-se, ainda, risco positivo e significativo de morte para as coortes mais antigas no Sul e Sudeste, e risco reduzido para as coortes mais jovens. O inverso foi observado nas regiões Norte e Nordeste. Evidenciou-se um padrão heterogêneo na evolução temporal da mortalidade por câncer do ovário nas regiões geográficas brasileiras, o que pode estar relacionado aos distintos processos de transição demográfica e epidemiológica vivenciados por estas regiões.


Abstract: This article sought to evaluate the effects of age, period and birth cohort (APC) on the temporal evolution of mortality due to ovarian cancer in Brazil and its regions from 1980 to 2014. This is an ecological, time-trend study using APC models with a Baysean approach and INLA (Integrated Nested Laplace Approximations) deterministic method for parameter inference. Mortality data and population data were obtained from the Brazilian Health Informatics Department. Rates of mortality due to ovarian cancer, according to geographical region, were standardized using the direct method, after correcting deaths for undefined causes and incomplete cancer diagnosis. In the period we studied, Brazil had 4.91 deaths due to ovarian cancer per 100,000 women, the Southern (5.66) and Southeastern regions (5.70) had higher rates per 100,000 women and the Northern region had the lowest rate (3.13/100,000 women). In all regions, there was a progressive increase in mortality as ages advanced. The multivariate best fit APC model showed positive risk of death in the Central and Northeast between 2010-2014 and, beginning in 1995-1999, in the South. We also observed a positive and significant risk of death for older cohorts in the South and Southeast and a reduced risk for younger cohorts. The inverse was opposed in the Northern and Northeastern regions. The data shows a heterogeneous pattern in the temporal evolution of mortality due to ovarian cancer in the Brazilian geographical regions, which may be related to the distinct demographic and epidemiological transition processes experienced in these regions.


Resumen: El objetivo fue evaluar los efectos de la edad, período y cohorte de nacimiento (APC) en la evolución temporal de la mortalidad por cáncer de ovario en Brasil y sus macrorregiones, durante el período de 1980 a 2014. Es un estudio ecológico de tendencia temporal, donde se utilizaron modelos APC con un enfoque bayesiano y método determinista INLA (Integrated Nested Laplace Approximations) en la inferencia de los parámetros. Los datos de mortalidad y poblacionales se obtuvieron del Departamento de Informática del Sistema Único de Salud. Las tasas de mortalidad por cáncer de ovario, según región geográfica, se estandarizaron mediante el método directo, tras la corrección de los óbitos para causas mal definidas y diagnóstico incompleto de cáncer. Durante el período de estudio, Brasil presentó 4,91 óbitos por cáncer de ovario por cada 100.000 mujeres, las regiones Sur (5,66) y Sudeste (5,70) presentaron las mayores tasas por 100.000 mujeres, y la región Norte la menor tasa (3,13/100.000 mujeres). Hubo un aumento progresivo de la mortalidad con el avance de la edad en todas las regiones. El modelo APC multivariado de mejor ajuste evidenció un riesgo positivo de muerte en el Centro-oeste y Nordeste entre 2010-2014 y, a partir del período de 1995-1999 en la región Sur. Se observó incluso el riesgo positivo y significativo de muerte para las cohortes más antiguas en el Sur y Sudeste, y riesgo reducido para las cohortes más jóvenes. Lo inverso se observó en las regiones Norte y Nordeste. Se evidenció un patrón heterogéneo en la evolución temporal de la mortalidad por cáncer de ovario en las regiones geográficas brasileñas, lo que puede estar relacionado con los distintos procesos de transición demográfica y epidemiológica vividos por estas regiones.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Adulto Jovem , Neoplasias Ovarianas/mortalidade , Neoplasias Ovarianas/diagnóstico , Brasil/epidemiologia , Métodos Epidemiológicos , Fatores Etários
10.
Rev Panam Salud Publica ; 42, sept. 2018. Special Issue Alma-Ata.
Artigo em Português | PAHO-IRIS | ID: phr-49473

RESUMO

[RESUMO]. Objetivo. Investigar a evolução da cobertura da atenção primária à saúde (APS) nos municípios brasileiros de 2007 a 2016, no contexto da teoria da equidade reversa. Métodos. Estudo ecológico realizado com dados de 5 564 municípios brasileiros. Os dados foram obtidos do Censo de 2010 e do sistema DATASUS. Os municípios foram classificados quanto ao seu desenvolvimento a partir de indicadores sociais selecionados, através de análise de cluster. Analisou-se a cobertura pela Estratégia Saúde da Família (ESF) nos grupos criados através da média e distância interquartílica, por análise de séries temporais e correlação entre variáveis. Resultados. Foram criados dois agrupamentos de municípios, de condições mais (n = 3 293) ou menos favoráveis (n = 2 271). A diferença entre os grupos, para todos os indicadores avaliados, foi significativa (P < 0,001). Em geral, independentemente do grupo, houve aumento na cobertura da ESF ao longo do período. Contudo, a partir de 2009, a cobertura média da ESF passou a ser maior no grupo com condições menos favoráveis. O aumento na cobertura também foi mais acelerado nesse grupo. Finalmente, uma mudança na correlação entre os indicadores e a cobertura de APS no primeiro e no último ano da série histórica indica que os critérios utilizados para expansão da cobertura no grupo com condições menos favoráveis passaram a valorizar a pobreza absoluta e não a iniquidade. Conclusões. A APS no Brasil cumpre seu papel de política redutora de desigualdade de acesso. Portanto, não se aplicou a este caso a teoria da equidade reversa.


[ABSTRACT]. Objective. To investigate the evolution of primary health care (PHC) coverage in Brazilian municipalities from 2007 to 2016 from the perspective of the inverse theory hypothesis. Method. This ecological study was performed with data from 5 564 Brazilian municipalities. Data were obtained from the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) and from the Unified Health System database (DATASUS). The municipalities were classified according to their social development status using selected cluster indicators. After classification of the municipalities, PHC was analyzed by determining Family health Strategy (FHS) coverage through means and interquartile distance, with analysis of time series and correlations between variables. Results. Two groups of municipalities were detected: a group with more favorable (n = 3 293) and a group with less favorable conditions (n = 2 271). The difference between the groups for all indicators was statistically significant (P < 0.001). In general, regardless of the group, an increase in FHS coverage was detected along the study period. However, from 2009 on, mean FHS coverage became higher in the group with less favorable conditions. The increase in coverage was also faster in this group. Finally, a change in the correlation between indicators and PHC coverage in the first vs. last year of the historical series indicates that the criteria used to expand coverage in the group with less favorable conditions shifted to favor absolute poverty rather than inequality. Conclusions. PHC in Brazil fulfills its role of reducing access inequalities. Therefore, the inverse theory hypothesis does not apply to this case.


[RESUMEN]. Objetivo. Investigar la evolución de la cobertura de la atención primaria de salud en los municipios brasileños desde el 2007 hasta el 2016 en el contexto de la hipótesis de la equidad inversa. Métodos. Estudio ecológico realizado con datos de 5 564 municipios brasileños, obtenidos a partir del censo del 2010 y de la base de datos del Sistema Único de Salud (DATASUS). Los municipios se clasificaron según su grado de desarrollo con un análisis por conglomerados, a partir de algunos indicadores sociales seleccionados. Se examinó la cobertura con la estrategia de salud de la familia en los grupos creados sobre la base de la mediana y del rango intercuartílico, con análisis de series temporales y correlación entre variables. Resultados. Se crearon dos grupos de municipios con condiciones más favorables (n = 3 293) o menos favorables (n = 2 271). Se observó una diferencia significativa (P < 0,001) entre los grupos en todos los indicadores evaluados. En general, independientemente del grupo, aumentó la cobertura con la estrategia de salud de la familia a lo largo del período de estudio. Sin embargo, a partir del 2009, la tasa mediana de cobertura con dicha estrategia se incrementó en el grupo con condiciones menos favorables. El aumento de la cobertura también fue más acelerado en ese grupo. Finalmente, un cambio de la correlación entre los indicadores y la cobertura de la atención primaria de salud en el primero y el último año de la serie histórica indica que los criterios utilizados para la ampliación de la cobertura en el grupo con condiciones menos favorables asignaron valor a la pobreza absoluta, pero no a la inequidad. Conclusiones. La atención primaria de salud en Brasil cumple su función como política de reducción de la desigualdad en el acceso. Por lo tanto, la hipótesis de la equidad inversa no se aplica en este caso.


Assuntos
Atenção Primária à Saúde , Equidade , Disparidades nos Níveis de Saúde , Brasil , Política Pública , Atenção Primária à Saúde , Política Pública , Equidade , Disparidades nos Níveis de Saúde , Brasil , Equidade , Disparidades nos Níveis de Saúde , Atenção Primária à Saúde
11.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 23(5): 1621-1634, Mai. 2018. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-890566

RESUMO

Resumo Objetivou-se analisar o efeito da idade-período e coorte (APC) de nascimento na mortalidade por infarto agudo do miocárdio no Brasil e regiões geográficas, segundo sexo, no período de 1980 a 2009. Os dados foram extraídos do Sistema de Informação Sobre Mortalidade e foram corrigidos e ajustados, por meio da redistribuição proporcional dos registros com sexo e idade ignorados, causas mal definidas, e também se realizou a correção do sub-registro de morte. O APC foi calculado pelo modelo de regressão de Poisson, utilizando funções estimáveis. A análise APC nos dois sexos e em todas as regiões do país evidenciou progressiva redução no risco de morte nas coortes de nascimento a partir da década de 1940, exceto na região nordeste. Nessa região, verificou-se aumento progressivo do risco de morte a partir da década de 1940 para ambos os sexos, até a década de 1950 para os homens e a década de 1960 para as mulheres. Concluiu-se que as diferenças observadas no risco de morte nas regiões brasileiras é fruto das desigualdades socioeconômicas e de acesso aos serviços de saúde existente no território brasileiro, favorecendo a mortalidade precoce por essa causa sobretudo em localidades mais pobres.


Abstract The objective of this study was to analyze the effect of age-period and cohort (APC) of birth on mortality for acute myocardial infarction in Brazil and its geographic regions, according to sex in the period from 1980 to 2009. The data was extracted from the Mortality Information System and was corrected and adjusted by means of proportional redistribution of records with sex and age ignored, ill-defined causes, and corrections were made based on the death sub-register. The APC was calculated using the Poisson regression model with estimable functions. The APC analysis on both sexes and in all regions of the country showed gradual reductions in the risk of death in birth cohorts from the decade of the 1940s, except in the Northeast. In this region, there have been progressive increases in the risk of death from the late 1940s for both sexes. This was up until the 1950s for men and the 1960s for women. It was concluded that the observed differences in the risk of death in Brazilian regions is the result of socio-economic inequalities and poor access to health services within the Brazilian territory, favoring early mortality for this cause especially in poorer areas.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Adulto Jovem , Disparidades nos Níveis de Saúde , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Infarto do Miocárdio/mortalidade , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Distribuição de Poisson , Fatores Sexuais , Estudos de Coortes , Fatores Etários , Pessoa de Meia-Idade , Infarto do Miocárdio/epidemiologia
12.
Rev. panam. salud pública ; 42: e128, 2018. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-961760

RESUMO

RESUMO Objetivo Investigar a evolução da cobertura da atenção primária à saúde (APS) nos municípios brasileiros de 2007 a 2016, no contexto da teoria da equidade reversa. Métodos Estudo ecológico realizado com dados de 5 564 municípios brasileiros. Os dados foram obtidos do Censo de 2010 e do sistema DATASUS. Os municípios foram classificados quanto ao seu desenvolvimento a partir de indicadores sociais selecionados, através de análise de cluster. Analisou-se a cobertura pela Estratégia Saúde da Família (ESF) nos grupos criados através da média e distância interquartílica, por análise de séries temporais e correlação entre variáveis. Resultados Foram criados dois agrupamentos de municípios, de condições mais (n = 3 293) ou menos favoráveis (n = 2 271). A diferença entre os grupos, para todos os indicadores avaliados, foi significativa (P < 0,001). Em geral, independentemente do grupo, houve aumento na cobertura da ESF ao longo do período. Contudo, a partir de 2009, a cobertura média da ESF passou a ser maior no grupo com condições menos favoráveis. O aumento na cobertura também foi mais acelerado nesse grupo. Finalmente, uma mudança na correlação entre os indicadores e a cobertura de APS no primeiro e no último ano da série histórica indica que os critérios utilizados para expansão da cobertura no grupo com condições menos favoráveis passaram a valorizar a pobreza absoluta e não a iniquidade. Conclusões A APS no Brasil cumpre seu papel de política redutora de desigualdade de acesso. Portanto, não se aplicou a este caso a teoria da equidade reversa.


ABSTRACT Objective To investigate the evolution of primary health care (PHC) coverage in Brazilian municipalities from 2007 to 2016 from the perspective of the inverse theory hypothesis. Method This ecological study was performed with data from 5 564 Brazilian municipalities. Data were obtained from the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) and from the Unified Health System database (DATASUS). The municipalities were classified according to their social development status using selected cluster indicators. After classification of the municipalities, PHC was analyzed by determining Family health Strategy (FHS) coverage through means and interquartile distance, with analysis of time series and correlations between variables. Results Two groups of municipalities were detected: a group with more favorable (n = 3 293) and a group with less favorable conditions (n = 2 271). The difference between the groups for all indicators was statistically significant (P < 0.001). In general, regardless of the group, an increase in FHS coverage was detected along the study period. However, from 2009 on, mean FHS coverage became higher in the group with less favorable conditions. The increase in coverage was also faster in this group. Finally, a change in the correlation between indicators and PHC coverage in the first vs. last year of the historical series indicates that the criteria used to expand coverage in the group with less favorable conditions shifted to favor absolute poverty rather than inequality. Conclusions PHC in Brazil fulfills its role of reducing access inequalities. Therefore, the inverse theory hypothesis does not apply to this case.


RESUMEN Objetivo Investigar la evolución de la cobertura de la atención primaria de salud en los municipios brasileños desde el 2007 hasta el 2016 en el contexto de la hipótesis de la equidad inversa. Métodos Estudio ecológico realizado con datos de 5 564 municipios brasileños, obtenidos a partir del censo del 2010 y de la base de datos del Sistema Ünico de Salud (DATASUS). Los municipios se clasificaron según su grado de desarrollo con un análisis por conglomerados, a partir de algunos indicadores sociales seleccionados. Se examinó la cobertura con la estrategia de salud de la familia en los grupos creados sobre la base de la mediana y del rango intercuartílico, con análisis de series temporales y correlación entre variables. Resultados Se crearon dos grupos de municipios con condiciones más favorables (n = 3 293) o menos favorables (n = 2 271). Se observó una diferencia significativa (P < 0,001) entre los grupos en todos los indicadores evaluados. En general, independientemente del grupo, aumentó la cobertura con la estrategia de salud de la familia a lo largo del período de estudio. Sin embargo, a partir del 2009, la tasa mediana de cobertura con dicha estrategia se incrementó en el grupo con condiciones menos favorables. El aumento de la cobertura también fue más acelerado en ese grupo. Finalmente, un cambio de la correlación entre los indicadores y la cobertura de la atención primaria de salud en el primero y el último año de la serie histórica indica que los criterios utilizados para la ampliación de la cobertura en el grupo con condiciones menos favorables asignaron valor a la pobreza absoluta, pero no a la inequidad. Conclusiones La atención primaria de salud en Brasil cumple su función como política de reducción de la desigualdad en el acceso. Por lo tanto, la hipótesis de la equidad inversa no se aplica en este caso.


Assuntos
Humanos , Atenção Primária à Saúde , Disparidades nos Níveis de Saúde , Política Pública , Brasil , Equidade
13.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 22(9): 2949-2962, Set. 2017. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-890439

RESUMO

Resumo Objetivou-se analisar o efeito da idade-período e do coorte de nascimento (APC) nos homicídios em mulheres. Estudo ecológico, que analisou os registros de óbitos por agressão em mulheres com 10 ou mais anos, nas regiões geográficas brasileiras, entre 1980 a 2014. Os dados foram extraídos do Sistema de Informação Sobre Mortalidade. A análise da tendência se deu por meio da regressão binomial negativa e os efeitos APC foram analisados utilizando funções estimáveis. A taxa de mortalidade média para o período foi de 5,13 óbitos por 100.000 mulheres, sendo as maiores taxas observadas na região Centro-Oeste (7,98 óbitos), Sudeste (4,78 óbitos), Norte (4,77 óbitos), Nordeste (4,05 óbitos) e Sul (3,82 óbitos). Todas as regiões apresentaram redução do risco de morte no período de 2010 a 2014, exceto a Nordeste (RR = 1,06, IC 95% 1,02- 1,10). Verificou-se aumento progressivo do risco de homicídio para as mulheres nascidas de 1955 a 1959, em todas as regiões brasileiras. As mulheres mais jovens apresentam maior risco de morrer por homicídios em todas as regiões geográficas brasileiras. Foi expressivo o perfil ascendente das taxas de mortalidade por homicídio segundo coorte de nascimento, sendo o maior risco verificado em mulheres nascidas em 2000-2004.


Abstract The aim of this study is to estimate the effects of age-period-birth cohort (APC) on female homicides. This is an ecological study which analyzed the violence-related death records of women aged 10 years and older, in the Brazilian geographic regions, between 1980 and 2014. Data on mortality were extracted from the Mortality Information System. The trend analysis was conducted using negative binomial regression and APC effects were analyzed using estimable functions. The average mortality rate for the period was 5.13 deaths per 100,000 women, with the highest rates observed in the Central-West (7.98 deaths), followed by the Southeast (4.78 deaths), North (4.77 deaths), Northeast (4.05 deaths) and South (3.82 deaths) regions. All regions presented a decrease in the risk of death in the period from 2010 to 2014, except for the Northeast region (RR = 1.06, 95% CI 1.02 to 1.10). There was a progressive increase in the homicide risk for women born from 1955 to 1959 in all Brazilian regions. Younger women are at higher risk of dying from homicides in all Brazilian geographic regions. The upward trend of homicide mortality rates according to birth cohort was significant and the highest risk was observed in women born between 2000 and 2004.


Assuntos
Humanos , Feminino , Criança , Adolescente , Adulto , Idoso , Adulto Jovem , Violência/estatística & dados numéricos , Mortalidade/tendências , Homicídio/estatística & dados numéricos , Brasil/epidemiologia , Efeito de Coortes , Fatores Etários , Sistemas de Informação em Saúde/estatística & dados numéricos , Pessoa de Meia-Idade
14.
Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online) ; 17(3): 571-580, July-Sept. 2017. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1013044

RESUMO

Abstract Objectives: to estimate the prevalence of cesarean sections and factors associated to the type of childbirth in Brazil. Methods: data on childbirths were collected in Brazil in 2014. Demographic characteristics, related to pregnancy and birth hospital regime (public or private) were evaluation. For each hypothesis raised, the variables were modeled by the binary logistic regression, which the outcome was considered in the type of childbirth. Results: the prevalence of the cesarean sections in Brazil in 2014 was 52.8%; that is 38.1% at public hospitals and 92.8% at private ones. The association between cesarean section and the legal regime at the hospital was highlighted in the logistic model which presented a positive association and interaction between age groups (OR = 23.26; 95% CI= 13.39 - 41.79 for women between 20 and 24 years old and OR = 51.04; 95% CI 31.06 - 84.23 for women aged 35 and over). Conclusions: the performance of childbirth in Brazil meets the routines and recommendations regarding women's health and humanized childbirth established by the Brazilian National Health System policies.


Resumo Objetivos: estimar a prevalência de cesáreas e fatores associados ao tipo de parto no Brasil. Métodos: foram coletados dados referentes aos partos ocorridos no Brasil em 2014. Foram avaliadas características demográficas, relacionadas à gravidez e ao regime do hospital de nascimento (público ou privado). Para cada hipótese levantada, as variáveis foram modeladas através de regressão logística binária, cujo desfecho considerado foi o tipo de parto. Resultados: a prevalência de cesárea no Brasil, em 2014, foi de 52,8%, sendo 38,1% em hospitais públicos e 92,8% em hospitais privados. No modelo logístico, destacou-se a associação entre a realização de cesáreas e o regime jurídico do hospital, que apresentou associação positiva e interação entre faixas etárias (OR = 23,26; IC = 95% 13,39- 41,79 para mulheres entre 20 e 24 anos e OR = 51,04; IC = 95% 31,06 - 84,23 para mulheres com 35 anos ou mais). Conclusões: a realização do parto no Brasil vai ao encontro das rotinas e recomendações estabelecidas nas políticas de saúde da mulher e parto humanizado do Sistema Único de Saúde.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Cesárea/estatística & dados numéricos , Saúde Materna , Política de Saúde , Serviços de Saúde Materna , Tocologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Gravidez , Modelos Logísticos , Gestão em Saúde , Administração Hospitalar , Parto Normal
15.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 22(5): 1407-1416, maio 2017. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-839957

RESUMO

Resumo O artigo é um ensaio com o objetivo de resgatar a evolução da vigilância em saúde como ação, modelo e sistema na história e trazer subsídios para o debate acerca da constituição da Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS). São resgatados elementos conceituais sobre o conceito de vigilância em saúde e sua evolução no Brasil ao longo dos anos, e é definida uma trajetória da construção do modelo de atenção, principalmente após a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Pontua-se a possibilidade de utilização, como eixo norteador, do referencial das políticas públicas baseadas em evidência, e do uso de métodos conhecidos pela análise de situação de saúde, como as análises espaciais e de séries temporais. Ao final, são elencados as questões para a efetiva criação da PNVS e os desafios colocados, principalmente, para o executivo federal na condução deste processo.


Abstract This article examines the evolution of health surveillance policies as actions, models and systems, as well as contributing to the debate about the constitution of the National Health Surveillance Policy (PNVS). The article discusses conceptual elements regarding the notion of health surveillance and its evolution in Brazil and a trajectory is provided in relation to the construction of care models, particularly after the creation of the Unified Health System (SUS). The possibility of using the framework of public policies based on evidence, and methods for analyzing health situations, such as spatial analysis and time series, are highlighted. To conclude, questions are raised regarding the effective creation of the PNVS, and the challenges that the federal executive faces in driving this process.


Assuntos
Humanos , Política Pública , Atenção à Saúde/organização & administração , Política de Saúde , Programas Nacionais de Saúde/organização & administração , Fatores de Tempo , Brasil , Vigilância da População , Análise Espacial , Modelos Teóricos
16.
Rev. bras. geriatr. gerontol ; 20(1): 20-32, Jan.-Feb. 2017. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-843846

RESUMO

Abstract Objective: to describe the process of semantic equivalence, the first stage in the validation of the EORTC QLQ-ELD14 instrument for Brazilian Portuguese. Method: Direct and independent translations of the instrument into Portuguese were carried out and validated by a meeting of experts to generate a synthesis version. The version chosen was submitted to reverse translations into English, and the form was pre-tested with patients. At the conclusion of the process, a summary version was presented. The pre-test and the final version of the instrument were applied to a total of 28 patients at a high complexity oncology treatment center. Result: after completion of the first round of pretesting, some adjustments for the next phase of the study were necessary by the expert committee. After these adjustments, in the second phase of pre-testing, the instrument was well-accepted by the population. Conclusion: the Portuguese summary version of the EORTC QLQ-ELD14 instrument for assessing the quality of life of elderly cancer patients is ready to be submitted to the next stages of the evaluation of its psychometric properties.


Resumo Objetivo: descrever o processo de equivalência semântica, primeira etapa da validação do instrumento EORTC QLQ-ELD14, para o português falado no Brasil. Método: Foram realizadas traduções diretas e independentes do instrumento para o português, validadas em reunião com especialistas para gerar uma versão síntese. A versão escolhida foi submetida a traduções reversas para o inglês e foi realizado pré-teste do formulário com pacientes. Ao final, uma versão síntese foi apresentada. O pré-teste aplicado em um total de 28 pacientes internados, em um centro de tratamento de alta complexidade em oncologia e a versão final do instrumento. Resultado: após a realização da primeira rodada de pré-testes, foram necessários alguns ajustes pelo comitê de especialistas para uma nova rodada de pré-testes, após esses ajustes, na segunda fase de pré-testes, o instrumento foi bem aceito pela população em estudo. Conclusão: a versão síntese, em português, do instrumento EORTC QLQ-ELD14 para avaliação da Qualidade de vida de pacientes idosos com câncer é adequado para ser submetida às próximas etapas de avaliação de suas propriedades psicométricas.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Comparação Transcultural , Saúde do Idoso , Neoplasias , Qualidade de Vida
17.
Rev. direito sanit ; 18(2): 18-38, 2017.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-883264

RESUMO

A judicialização da saúde é uma expressão cada vez mais presente no Brasil, materializada principalmente pelos mandados judiciais para a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos, consultas, internações e dispensação de insumos médico-cirúrgicos. Este artigo visa a analisar e discutir os conteúdos da representação social da judicialização, contextualizada na dimensão prática das representações sociais dos profissionais de saúde. O estudo qualitativo, pautado na Teoria das Representações Sociais, entrevistou 40 profissionais em um hospital universitário e na central de regulação de procedimentos e leitos na cidade do Rio de Janeiro. A análise se deu pela técnica de análise de conteúdo temático-categorial, instrumentalizada pelo software NVivo, resultando em 725 unidades de registro, distribuídas em 34 temas. Identificou-se que os profissionais apresentam um posicionamento negativo diante da realidade imposta pela judicialização, embora reconheçam esse recurso como necessário mediante a crise da saúde pública. Considerando a representação social como determinante de práticas, conclui-se que as representações oriundas deste estudo se encontram em fase de consolidação e podem influenciar a mudança das práticas dos profissionais em busca de melhorias na assistência direta aos usuários, caracterizando-se, portanto, um desafio maior no sentido de fazer avançar a democracia e a cidadania.(AU)


The judicialization of health is an expression increasingly present in Brazil, materialized mainly by court orders for the performance of diagnostic and therapeutic procedures, consultations, hospitalizations and dispensation of medical and surgical supplies. The study aims to analyze and discuss the contents of the social representations of judicialization contextualized in the practical dimension of the social representations of health care professionals. This is a qualitative study, based on the Theory of Social Representations, conducted with 40 professionals at a university hospital and the center of regulation of procedures and beds in the city of Rio de Janeiro, with 40 semi-structured interviews, that were analyzed through thematic-categorial content analysis, instrumentalized by NVivo software, resulting in 725 units of analysis, distributed in 34 themes. We identified that health care professionals have a negative position towards the reality imposed by the judicialization, however they recognize this recourse as necessary in face of the Brazilian public health crisis. Considering the social representation as a determinant of practices, it was concluded that social representations arising from this study are in the final stages of consolidation and may contribute to change the practices of health professionals in search for improvements in the users' direct care, embodying a greater challenge in the sense of promoting democracy and citizenship.(AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Política de Saúde , Decisões Judiciais , Direito à Saúde , Percepção Social , Sistema Único de Saúde , Pessoal de Saúde
19.
Rev. panam. salud pública ; 37(6): 402-408, Jun. 2015. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-754060

RESUMO

OBJETIVO: Estimar o efeito da idade, período e coorte de nascimento na mortalidade por câncer de mama no Brasil e regiões. MÉTODOS: Foram analisados dados de mortalidade por câncer de mama de 1980 a 2009 em mulheres com idade >30 anos no Brasil e regiões. O efeito da idade, período e coorte de nascimento (modelo age-period-cohort, APC) foi calculado por regressão de Poisson, utilizando funções estimáveis - desvios, curvaturas e drift - por meio da biblioteca Epi do programa estatístico R versão 3.2.1. RESULTADOS: Para o período, a taxa de mortalidade média por 100 000 mulheres foi de 22,3 óbitos no Brasil. A maior taxa observada foi de 32,4 óbitos por 100 000 mulheres na região Sul, e a menor, de 8,6 óbitos por 100 000 mulheres na região Norte. A análise nas diferentes coortes de nascimento evidenciou aumento progressivo no risco de morrer em mulheres nascidas após a década de 1930, exceto na região Sudeste, que obteve redução no risco relativo para mulheres nascidas após a década de 1930. CONCLUSÕES: Na evolução da mortalidade por câncer de mama no Brasil e na maioria das regiões, destaca-se a redução do risco de morte para as coortes nascidas a partir da década de 1930 e o aumento do risco de morrer a partir da década de 1990 até o período de 2000 a 2005.


OBJECTIVE: To estimate the effect of age, period and birth cohort on mortality from breast cancer in Brazil and regions. METHODS: Data on mortality from breast cancer were analyzed for women aged > 30 years in Brazil and regions from 1980 to 2009. The effect of age, period, and birth cohort was calculated by Poisson regression model using estimable functions: deviations, curvatures and drift through the Epi library of R statistical software version 3.2.1. RESULTS: The mean mortality rate for the period was 22.3 per 100 000 women in Brazil. The highest rate was 32.4 deaths per 100 000 women in the South, and the lowest, 8.6 deaths per 100 000 women in the North. The analysis of birth cohorts showed a progressive increase in the risk of death in women born after the 1930s, except in the Southeast, where a decrease in relative risk was noted for this group. CONCLUSIONS: The analyses revealed a reduction in the risk of death from breast cancer in Brazil and in most regions for birth cohorts starting in the 1930s, and an increased in the risk of death starting in the 1990s until the period from 2000 to 2005.


Assuntos
Neoplasias da Mama/diagnóstico , Mortalidade , Distribuição por Idade , Brasil
20.
Rev. panam. salud pública ; 37(2): 83-89, Feb. 2015. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-744913

RESUMO

Objetivo. Estimar a tendência temporal da mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil no período de 1980 a 2012. Método. Realizamos um estudo ecológico de série temporal das taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil. Os dados sobre óbitos foram provenientes do Sistema de Informações de Mortalidade e divididos em dois grupos: óbitos por doenças isquêmicas do coração (DIC) e por doenças cerebrovasculares (DCBV). Resultados. No Brasil, houve variação de -34,73% dos coeficientes padronizados de mortalidade para as DIC; aumento de 117,98% no Nordeste e de 10,26% no Centro-Oeste; e redução no Sudeste (-53,08%), Sul (-44,56%) e Norte (-4,39%). As DCBV apresentaram uma variação de -48,05%. A maioria das regiões apresentou redução nas taxas de mortalidade: -61,99% no Sudeste, -55,49% no Sul, -26,91% no Centro-Oeste e -20,78% no Norte. Só o Nordeste apresentou aumento (13,77%). Conclusões. Observamos uma tendência geral de queda dos coeficientes de mortalidade por DIC e DCBV no Brasil de 1980 a 2012, com marcadas variações regionais, sendo que as regiões Sudeste e Sul apresentaram os maiores coeficientes para os dois grupos de doenças e as regiões Norte e Nordeste, os menores. É importante considerar, nos planos de vigilância, as desigualdades no perfil epidemiológico entre as regiões do país.


Objective. To estimate the time trend of cardiovascular mortality from 1980 to 2012. Methods. We performed an ecological time series study of cardiovascular mortality in Brazil. Data regarding deaths were obtained from the Mortality Information System and divided into two groups: deaths from ischemic heart disease (IHD) and deaths from cerebrovascular disorders (CBVD). Results. A -34.73% variation in IHD standardized mortality rates was recorded for Brazil. Concerning specific regions, an increase was observed in the Northeast (117.98%%) and the Midwest (10.26%). IHD mortality rates fell in the Southeast (-53.08%), South (-44.56%) and North (-4.39%). For CBVD, the overall variation was -48.10%. Mortality rates were reduced in most regions: -61.99% in the Southeast, -55.49% in the South, -26.91% in the Midwest, and -20.78% in the North. Only the Northeast recorded an increase in CBVD mortality (13.77%). Conclusions. We observed an overall declining trend for IHD and CBVD mortality in Brazil from 1980 to 2012, with strong regional variation. Mortality rates were highest in the Southeast and South for both groups of disorders, and lowest in the North and Northeast. Surveillance efforts should take into account the regional differences in epidemiological profile.


Assuntos
Regionalização da Saúde , Anormalidades Cardiovasculares/prevenção & controle , Cardiopatias/mortalidade , Brasil
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA